O eterno marido

O eterno marido Fiódor Dostoiévski




Resenhas - O Eterno Marido


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Gabriela.Andrade 01/06/2024

Foi o terceiro livro do Dostoiévski que eu li e dentre esses 3 (noites brancas, gente pobre e o eterno marido) eu fico com ele!
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Mare25 26/05/2024

Um dos romances breves bem sucedidos de Dosto...
??Triângulo amoroso no qual o mestre da Literatura Russa Clássica discorre acerca do falecimento de uma mulher e por meio de cartas deixadas, seu ingênuo e inocente marido, Pavel Pavlovitch, fica ciente de sua traição com diversos outros homens. Expõe também, o relacionamento incomum e posterior, após 9 anos sem se ver, entre o marido e um desses amantes Veltchanínov, suposto pai de Lisa, que Pavel considerava sua filha .
??Tessitura aliciante, caracterizada por personagens trivais e cruéis mesclado de traições e amizades duvidosas, vingança, adultério, amor não correspondido, neurose, moralidade, inveja.
??Releitura rápida, empolgante e envolvente, superindico! ?
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skoobgb 25/05/2024

SIMPLESMENTE PERFEITO
"É a pura verdade!", concluiu, enquanto aprofundava a análise, de modo incansável. "Esse Quasímodo de T. era tolo e nobre o bastante para se apaixonar pelo amante de sua esposa, na qual, durante vinte anos, ele não percebeu nada! Ele me respeitou durante nove anos, honrou minha memória e guardou na lembrança meus 'aforismos'... meu Deus, e eu não tinha a menor ideia! Ontem, ele não pode ter mentido! Mas será que ele me amava ontem, quando ficou falando de amor e me disse: 'vamos acertar as contas'? Sim, ele amava com maldade, e esse é o amor mais forte...

A tensão entre Pável Pavilóvitch e Aleksei Ivanóvitch é o ponto chave dessa novela. De praxe, e mais uma vez, Dostoiévski provando ser um dos melhores escritores de todos os tempos.
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Nicole Pazzini 24/05/2024

O livro conta a história de Vieltchâninov, um homem já 'velho' (naquela época, com quarenta anos já era considerado velho), que demonstra ser um pouco egocêntrico, grosso e carrasco. A angústia inicial de Vieltchâninov surge quando ele cruza mais de uma vez com um sujeito que usa uma fita de luta, despertando nele uma certa aversão, o fazendo questionar se ele conhecia aquele sujeito, se aquele homem o estava seguindo, qual seria o motivo de o encontrar com certa frequência?
Um dia, Vieltchâninov está em seu apartamento (isso era madrugada, já que o personagem sofre de insônia) e vê pela janela que o sujeito com a fita de luto está em frente ao seu prédio. Neste momento ele passa a recordar, o sujeito em questão é Pávlovich, um amigo que ele não via já fazia nove anos.
Pávlovich surge na porta de Vieltchâninov de madrugada, um tanto confuso. Ele adentra ao apartamento e informa que Natália, sua esposa com o qual Vieltchâninov teve um caso (nove anos antes), faleceu de tuberculose. Claro, Vieltchâninov fica se perguntando o motivo para aquele antigo amigo bater em sua casa aquela hora para lhe informar sobre isso.
Nisso, o personagem relembra o momento em que ele se apaixonou e teve o caso com Natália. No dia seguinte ele vai visitar Pávlovich e descobre que ele não está sozinho, mas sim com Lisa, a filha que ele teve com sua esposa Natália.
Vieltchâninov se encanta com Lisa e surge uma indagação: será que Lisa é filha mesmo de Pávlovich? Será que ele soube do caso que tivera com Natália? O restante do livro reflete muito essa dúvida do personagem.
Ele nutre um amor paternal por Lisa, procurando até estabelecer ela em um local mais apropriado (em um sítio de um casal amigo que possuem filhos). As dúvidas só aumentam quando ele percebe que Pávlovich não é um grande pai, não possui grande importância com o bem-estar de Lisa.

Resumidamente, sem spoiler, é disso que trata essa magnífica obra de Fiodor. Eu gostei MUITO, diria que esse romance é ainda melhor que Noites Brancas para quem nunca leu o autor.
Nesse livro ele desenvolve bem o personagem, indo em questões morais, filosóficas e psicológicas, mas não é tanto como ocorre nas outras obras que eu li, o que não afeta em nada o êxito final da obra e da construção do personagem.
"Na sua opinião, a essência de tais maridos consiste em serem, por assim dizer, "eternos maridos" ou, melhor, serem na vida apenas maridos e mais nada. "Um homem assim nasce e desenvolve-se unicamente para se casar e para, depois do casamento, se tornar imediatamente num apêndice da sua mulher, mesmo no caso de ter um carácter individual incontestável. A principal característica deste marido é um enfeite bem conhecido. Não pode deixar de ser cornudo, do mesmo modo que o sol não pode deixar de brilhar; mas não só nunca sabe disso, como também, de acordo com as leis da própria natureza, é incapaz de sabê-lo."
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Lu 22/05/2024

Que surpresa!
Comecei a ler sem ter ideia do que iria encontrar. Só sabia o que tinha lido muito superficialmente: que o viúvo encontrava o ex amante da esposa.
Esse enredo por si já é bem surpreendente, mas o desenrolar de tudo é muito imprevisível.
Em alguns trechos, parecia que eu estava lendo Machado de Assis.
Excelente!
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siazlara 06/05/2024

"Sim, ele me amava com maldade"
Nesse livro eu encontrei tudo que eu espero de um livro ao abri-lo. Drama, suspense, apreensão, tristeza, felicidade, raiva, tudo ao mesmo tempo.

É incrível o jeito que a narrativa se desenrola sem os leitores conseguirem tomar a frente dela ou prever os próximos acontecimentos, justamente pela dualidade presente nas ações, falas e pensamentos dos personagens principais.

Além de ter sido muito bem planejado e desenvolvido, sinto que todas as cenas se encaixam e têm seu impacto na trama, nenhuma é dispensável.
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Zé Guilherme 18/04/2024

Arrependimentos de um homem ?bom?.
Meu primeiro contato com o Dostoiévski e o que fica de mensagem nessa novela, é a crueza é dureza dos arrependimentos. Apesar de não conseguir me conectar com nenhum dos personagens, o aspecto folhetinesco te faz devorar as páginas. Um começo emblemático.
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sam (?) 24/03/2024

Um bom livro.
"A decisão mais natural! Sim, senhor, a natureza não ama os monstros e ela os extermina com ?soluções naturais?. O monstro mais monstruoso é um monstro com sentimentos nobres: eu sei disso por experiência própria, Pável Pávlovitch! Para o monstro, a natureza não é mãe carinhosa, mas sim madrasta. A natureza cria monstros, mas não para ter pena, e sim para dar cabo deles? e com razão. Hoje em dia, abraços e lágrimas de perdão não saem barato nem para pessoas decentes, quanto mais para gente como eu e você, Pável Pávlovitch!"

Não é lá a obra prima do Dotoievski, tanto que ele fez essa obra em uma situação de endividamento e sufoco. Mesmo assim, há muitas coisas que podemos usufruir nessa história de O Eterno Marido.
Das leituras que tive do Dotoievski até agora, essa é com certeza uma das mais tranquilas e com direiro até a uma quantidade boa de humor em questão aos personagens e conflitos da história, um livro bem àmeno de ler comparado às muitas histórias densas e com teor mais sombrio característico do autor.
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Pedro 21/03/2024

Livro extremamente importante pra se ler do velho Dostoiévski, expõe uma fase mais madura que já se mostrava no próprio autor a um tempo, é o romance pequeno mais bem escrito do autor, além de ser o livro mais sátiro e engraçado do autor
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Zaqueu 17/03/2024

Mistura de amor e ódio.
Ler Dosto é não ter arrependimentos nunca e mais uma vez estive diante de uma das obras mais incríveis dele.

A história possui poucos personagens e temos aqui basicamente uma mistura de traições, falsas amizades, amor não correspondido, vingança, inveja, indiferença ou seja é uma obra recheada de bons acontecimentos e que me prendeu do começo ao fim.
Aqui mais uma vez temos uma figura feminina (Lisa) que dá um tom mais leve e uma certa ordem em todo o caos criado pelos acontecimentos da história.

Obra para quem ainda não começou ler esse autor incrível, mais que indicada, pois ao contrário de Crime e Castigo e Os Irmãos Karamazov não é tão densa.
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letscia 02/03/2024

36 (2024) apenas maridos e mais nada.
"Sim, senhor, a natureza não ama os monstros e ela os extermina com ?soluções naturais?. O monstro mais monstruoso é um monstro com sentimentos nobres: eu sei disso por experiência própria, Pável Pávlovitch! Para o monstro, a natureza não é mãe carinhosa, mas sim madrasta."
Poucas vezes termino uma obra pensando: o que acabei de ler? E isso pode significar duas coisas diametralmente opostas: ou o livro foi esplêndido ou uma aberração. "O Eterno Marido" se encaixa no primeiro caso. A impressão que tive foi que a história teve um desenrolar miseravelmente cômico - e triste. Os dois personagens são muito interessantes e desenvolvem ótimos diálogos.
A leitura me prendeu bastante, sem deixar espaço para questionamentos sobre possíveis omissões ou áreas que exigissem maior exploração. A dramaticidade da narrativa foi surpreendentemente envolvente, mesmo para alguém como eu, que não costuma apreciar tramas que envolvem infidelidades.
Pávlovitch e Veltchanínov têm características, até certo ponto, caricatas. Pávlovitch representa a figura do marido traído, que está mais focado em desempenhar seu papel como cônjuge e em ter uma esposa para chamar de sua - mesmo que a mesma seja estupidamente infiel - do que afetado com o adultério. Ele é passivo ao extremo - até mesmo quando toma atitude, Pável falha - ele é a escória do homem, o personagem representa o ridículo, não conseguimos sentir pena porque ele se rebaixa a um nível absurdo. Já Veltchanínov é o tipo de amigo que Pávlovitch teme apresentar à esposa. Embora seja retratado como corajoso, minha percepção é que ele é, na verdade, o mais covarde dos dois. Não ficou claro se o homem tem algum bom princípio, de todo, mas ele é a figura que constrange homens como Pávlovitch. Aleksei é uma pessoa que performa aquilo que os outros querem ver, ele é quem deve ser no momento que deve ser, e por isso ele se sente superior a homens como seu amigo. Há um momento no início em que ele demonstra arrependimento e sofrimento por suas ações passadas, revelando até mesmo ser um hipocondríaco. No entanto, esses pensamentos parecem vazios, apenas ocupando sua mente, o esquecimento é parte de sua natureza, ele vive ao acaso.
"O Eterno Marido" apresenta uma trama envolvente, repleta de personagens cativantes e uma narrativa que revela profundidade.
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Julio503 27/02/2024

Amor e Perversão
Entre Veltchanínov e Pável Pavlovítch, não existem tantas diferenças assim, como o próprio narrador faz questão de evidenciar ao fim do livro. Ambos são incomuns, avessos a normalidade, profundamente mesquinhos mas, acima de tudo, perversos, cada um a sua maneira.

Em meio a amores proibidos, traições, revelações, e até mesmo uma tentativa de assassinato, vemos uma história incomum sendo desenrolada, onde as intenções não parecem ser, seja de qual lado for, muito claras ou definidas. Tudo parece mutável, as emoções extremamente voláteis, com a única certeza sendo a de que existem dois lados, onde nenhum tem o privilégio de se chamar de certo, ou o demérito de se chamar de errado. Ambos estão perdidos, confusos e, mesmo com atitudes moralmente questionáveis, só pode se ver dois homens e suas histórias que, quando se entrecruzam, geram atrito (muito atrito) e caos.

É um livro inteligente, sagaz, de um humor sórdido, que elabora não só a ideia do marido traído, mas também do medo de ter a traição descoberta por parte do traidor, das consequências dos atos do passado e do presente, e de como as aparências, por vezes, parecem ter o único intuito de enganar, fazendo paixão ter a imagem de ódio.
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henrique.barsil 14/02/2024

Dostoiévski e sua literatura incomparável
O mestre da Literatura Russa Clássica! Dostoiévski traz em sua obra sentimentos crus, diamantes brutos, prontos para serem lapidados pelos olhos do leitor. Obrigado, Dostoiévski!
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melbernardoo 11/02/2024

O amor com maldade é o amor mais forte.
O eterno marido de Fiódor Dostoiévski é uma novela que foi publicada originalmente em 1870. Possui um caráter mordaz e trágico, em que o cômico aparece trazendo leveza e descontração ao enredo. Apesar da genialidade de Dostoiévski ao abordar temas como traição, moralidade e neurose, o aclamado autor russo não se orgulhava dessa obra. Em uma carta endereçada a sua sobrinha disse ?odiei essa história desde o começo?, queixou-se o autor. Dostoiévski escreveu o romance em apenas três meses a fim de sanar as dívidas que possuía.

Os acontecimentos vão se desenrolando de modo que o leitor não é capaz de adivinhar o que acontecerá em seguida.
Aleksei Veltchanínov é um solteirão de quase quarenta anos que viveu com intensidade. Todo o mal comportamento da juventude deu lugar ao arrependimento, fato esse que lhe causa notória ansiedade e hipocondria.
Veltchanínov passa a notar que, com certa frequência, há um homem de crepe de luto no chapéu que parece observá-lo, mas ele não o reconhece.
O homem de crepe no chapéu trata-se de Pável Pávlovitch Trussótski, um amigo que Veltchanínov não via há mais de nove anos e está de luto pois sua esposa Natália faleceu de tuberculose, deixando sua filha Liza orfã de mãe e seu marido viúvo.
Tal novidade deixa Veltchanínov atordoado, uma vez que chegou a ser amante de Natália durante um longo período. Seria Liza filha dele? Trussótski saberia de algo? Tais questionamentos passam a permear os pensamentos do homem.

?Mas será que ele me amava ontem, quando ficou falando de amor e me disse: ?vamos acertar as contas?? Sim, ele amava com maldade, e esse é o amor mais forte??
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