Rodrigo C. 21/09/2017
Não é o "Nosso Lar dos pretos velhos"
Este é o meu primeiro livro de Robson Pinheiro e fui atraído pelo marketing (errôneo) de que se trataria de um "Novo Lar dos Pretos Velhos". No entanto, não há qualquer descrição da cidade espiritual de Aruanda, que raramente é citada. O foco do livro é sobre o trabalho das falanges espirituais dos pretos velhos, dos caboclos e dos exus.
Tem início com uma breve narrativa sobre como a Umbanda foi "fundada" (a incorporação do Caboclo das Sete Encruzilhadas em Zélio de Moraes, em 15.11.1908). A partir de daí, segue a descrição da campanha do espírito "Ângelo Inácio", na companhia de Wallace, Pai João e Silva (com a participação especial de Vovó Catarina), para a transmissão de conhecimentos relacionados à Umbanda aos encarnados (nós).
Entre os temas abordados há os orixás e o sincretismo com os santos católicos, os elementais, os magos negros, a forma como se dá a obsessão (e o trabalho empreendido por espíritos para a desobsessão), goécia (prática da necromancia), antigoecia (limpeza perispiritual e etérica) e apometria (tratamento espiritual).
A narrativa é fluída e os temas abordados são interessantes, mas não pude esconder minha decepção enquanto lia e não era entregue o que eu (erroneamente) esperava. Talvez num futuro eu possa rever minha concepção do livro.