Nascido do Crime

Nascido do Crime Trevor Noah




Resenhas - Nascido do Crime


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Cassio Kendi 07/10/2021

Em Joanesburgo, há um daqueles ônibus circulares em que você recebe um bilhete único e pode parar nos pontos turísticos da cidade. Desci em Constitution Hill, uma prisão em que já estiveram detidos gente como Nelson Mandela e Mahatma Gandhi, e que foi transformada em museu com o fim do apartheid. Já era tarde, e o ônibus do qual desci era o último do dia. Fui para a entrada. Fechado. Fui chamar um Uber, decepcionado. Bateria desligada. Caramba.

Perguntei para um guarda se havia um ponto de táxi ali perto. Ele não pareceu me entender, mas me levou para o escritório administrativo do prédio. Falei com dois funcionários, que se ofereceram a me levar até a casa da família que me hospedava. Chegando lá, coincidência: eles conheciam a mãe, que trabalhara no museu por muito tempo. Entre um café e outro, a mãe me disse "Esse aqui sabe onze línguas, aquele lá sabe um pouco menos, só oito". "Só oito", repeti mentalmente.
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Nascido do Crime é um daqueles raros livros que ensina tanto quanto diverte. Por meio das histórias de infância de Trevor, é possível entender diversos aspectos da história recente da África do Sul, e os efeitos do apartheid no cotidiano de uma família 'misturada', algo proibido na época (o pai de Trevor é branco e suíço, e a mãe, negra e sul-africana). Ele exemplifica a divisão social em negros, brancos e pardos com histórias de seus recessos escolares, e explica como a estratégia de colonização de 'dividir para conquistar', que fomentava o conflito entre diferentes povos nativos, teve como consequência a multiplicidade de línguas faladas em uma mesma região. "Só oito", pensei neste ponto do livro.

Normalmente, não sinto tanta diferença entre ouvir ou ler um mesmo livro, mas neste caso, a experiência auditiva é muito superior. O audiobook é narrado pelo próprio autor, que é um apresentador, comediante e excelente contador de histórias. A tonalidade é praticamente perfeita e as imitações dos diferentes sotaques e particularidades das personagens são impagáveis. Perdi a conta da quantidade de vezes em que dei risada, e teria rido bem menos se estivesse lendo ao invés de ouvindo.

Um exemplo de trecho que me fez rir alto, em que o autor discute com a mãe se devem ir para a igreja após o carro quebrar:
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"É o diabo." - era a explicação dela para o carro enguiçado - "O diabo não quer que a gente vá à igreja. É por isso que temos que pegar a van."
Sempre que me via contra a teimosia religiosa da minha mãe, eu tentava, da forma mais respeitosa possível, argumentar buscando um ponto de vista diferente.
"Ou" - eu arriscava — "O Senhor sabe que hoje não deveríamos ir à igreja, e é por isso que ele fez o carro enguiçar, pra que a gente fique em casa como uma família e tire o dia pra descansar, pois até o Senhor descansou no sétimo dia."
"Isso é o diabo falando, Trevor."
"Não, porque Jesus está no controle, e, se Jesus está no controle e nós rezamos para Jesus, ele faria o carro funcionar, mas não foi isso que aconteceu, então..."
"Não, Trevor! Às vezes Jesus coloca obstáculos em nosso caminho para ver se somos capazes de superá-los. Como Jó. Isso pode ser um teste."
"Ah! Verdade, mãe. Mas o teste pode ser comprovar se estamos dispostos a aceitar o que aconteceu e ficar em casa, louvando Jesus por sua sabedoria."
"Não. Isso é o diabo falando. Agora vai se trocar"
"Mas, mãe!"
"Trevor! Sun’qhela!"
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Uma grande parte das histórias envolve este relacionamento materno. Segundo o autor, "Eu pensava que eu era o herói de minha história, mas escrevendo o livro, passei a entender com o tempo que minha mãe era a herói".

Única coisa de que senti falta foi entender como Trevor passou de vendedor de CDs piratas para apresentador de um dos programas de TV mais populares dos Estados Unidos. Espero que saia uma segunda parte da autobiografia, contando histórias desta transição.
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ps: Um aplicativo muito bom para escutar livros é o Audible. Se você não tem conta, eles te dão 30 dias de teste e um crédito gratuito, para trocar por qualquer livro. Ganho exatos zero centavos com esta recomendação, sou apenas um cliente muito satisfeito.
ps2: Todas as entrevistas que vi com ele são boas, tanto como entrevistado quanto como entrevistador. Minha favorita é esta, em que ele entrevista 'gogo', sua avó: https://www.youtube.com/watch?v=1s5iz6ml-qA
ps3: se você conhecer um livro com características semelhantes (autobiográfico, engraçado e que conte o contexto social do país do autor), por favor, me indique.
Kira 07/10/2021minha estante
Aí que resenha maravilhosa ??
Eu amo esse livro, não sei inglês mas deve ter sido
muito bom ter ouvido ele com o próprio Trevor contando... Tem na Netflix dois shows dele que são muito bons também, não sei se você já viu, mas recomendo também.


Kira 07/10/2021minha estante
Aí que resenha maravilhosa ??
Eu amo esse livro, não sei inglês mas deve ter sido muito bom ter ouvido ele com o próprio Trevor contando... Tem na Netflix dois shows dele que são muito bons também, não sei se você já viu, mas recomendo também.


Wally.Mota 07/10/2021minha estante
Excelente livro ?


Sandra 07/10/2021minha estante
adorei sua resenha. Tbm li o livro e confesso que não teria lido se não tivessem me emprestado sem eu pedir, rs Motivo - não gosto de autobiografia. Mas confesso que esta em surpreendeu... e como vc diz, nos faz conhecer a historia de uma forma leve.


Jefferson.AlcAntar 07/10/2021minha estante
Muito bom este livro! Uma leitura bem bacana.


Vitoria 07/10/2021minha estante
A tua resenha me deixou curiosa para ler!


Jam_santos 08/10/2021minha estante
Meu livro fav da vida


Francisco569 08/10/2021minha estante
Eu também achei que faltou essa passagem de vendedor a comediante/apresentador de forma mais explícita, mas suspeito que ele não tenha inserido por já não fazer tanto parte da infância/adolescência dele na África do Sul e que é o foco temporal do livro. Ele apenas cita sobre algumas apresentações dele, se me lembro bem.


Bia 12/10/2021minha estante
Esse livro é maravilhoso mesmo


Mici635 19/10/2021minha estante
Tua resenha me deixou curiosa! És muito boa nisso. ??


Leticia.Nunes 31/10/2021minha estante
Li o inicio da resenha e me deu curiosidade de ler / ouvindo o audiobook. Parei de ler pra nao ter spoiler


Lele 07/11/2021minha estante
Adorei!!!!


Cassio Kendi 22/12/2021minha estante
Sandra, também acabei pegando para ouvir o livro sem querer, estava em promoção e muito bem avaliado no Audible, e decidi pegar.
Jo, verdade, acho que o autor acabou focando na infância/adolescência mesmo. Espero que um dia saia uma continuação, contando de onde este livro parou


Maria Cleusa 04/01/2022minha estante
Um livro que nos prende, eu nunca li nada sobre o apartaid de um modo leve de entender o que o povo sul africanos passaram. Gostei muito do modo de escrever do Trevor Noar.


xxstellinha_a 18/02/2023minha estante
Nossa, amei sua resenha! Achei esse livro na estante da minha irmã e resolvi pegar pra ler e ela me disse que era um bom livro, eu li e simplesmente amei ele e tudo sobre ele e também passei a conhecer o Trevor.Li esse livro numa época em que estava estudando o apartheid e ele me ajudou a entender muitas coisas além de me divertir lendo


xxstellinha_a 18/02/2023minha estante
Nossa, amei sua resenha! Achei esse livro na estante da minha irmã e resolvi pegar pra ler e ela me disse que era um bom livro, eu li e simplesmente amei ele e tudo sobre ele e também passei a conhecer o Trevor.Li esse livro numa época em que estava estudando o apartheid e ele me ajudou a entender muitas coisas além de me divertir lendo


Liliane32 10/11/2023minha estante
Amei sua resenha, recomendo o audiobook de "Estou feliz que minha mãe morreu" caso não tenha lido ou ouvido ainda. Tem momentos hilariantes contados pela autora. Outros momentos, bem desconfortáveis




EduardoCDias 12/01/2020

Vidas quase desperdiçadas
O livro conta história do comediante sul-africano Trevor Noah, sua vida da infância até a maturidade. Misturando um estilo hilário para descrever suas traquinagens na infância e o relacionamento com sua mãe com um estilo quase jornalístico e realista na descrição dos fatos do absurdo apartheid, o livro prende do início ao fim. Num ritmo frenético no começ, diminuindo um pouco na metade, chegando a quase sentimental no fim. O relacionamento com sua mãe é uma das relações mais bonitas sobre as quais já li. Definitivamente um favorito.
Gah Scudeller 12/01/2020minha estante
Gostei da resenha, vou procurar o livro Eduardo. Abraços.


EduardoCDias 12/01/2020minha estante
Você vai gostar!




Danilo546 30/12/2020

A história de Trevor é muito bonita e comovente, mas não gostei da forma como ele apresenta determinados temas, como o da criminalidade, bem como o da religião. Livro bom, mas longe de ser excelente.
JaakSean 08/01/2021minha estante
Ola. Você tem interesse em trocar?


Danilo546 08/01/2021minha estante
Tenho não, desculpa :(




Nathália 22/07/2022

A autobiografia mais fantástica que eu já li na minha vida!
Esse livro me fez sentir tanta coisa que só por isso ele já mereceu 5?.

Tive raiva do fanatismo religioso da mãe de Trevor, mas ao mesmo tempo ria das coisas absurdas que ela dizia em nome de Jesus.
Me acabei de rir com o tanto de roubada em que Trevor se meteu, parecia até que era tudo inventando pq não era possível tanta coisa dar errado na vida de uma única pessoa.
Chorei de rir com a confusão do dançarino "H1tl3r" e ao mesmo tempo me entristeci por tudo que aconteceu na segunda guerra...
Comecei o livro detestando a Patrícia (mãe de Trevor) e terminei amando e admirando muito ela.

Enfim! Eu poderia citar inúmeras emoções que rolaram durante a leitura desse livro. Mas, sem dúvida o capítulo decisivo para que eu pudesse avaliar minha experiência foi o último. Cheio de gatilhos (e aqui deixo muito claro que é gatilho do início até o fim do capítulo. então, por favor, tenham cuidado) e de reflexões sobre viver num mundo racista e misógino onde o patriarcado ainda é lei em muito lugar, assim como na casa de Trevor.

É um livro que fala sobre os impactos do apartheid e sobre o quanto estar inserido nesse contexto pode afetar as relações a curto, médio e longo prazo. Mas é também sobre se reerguer, aprender com os erros e superar as dificuldades.

Trevor, autor e protagonista desse livro, é a prova de que nascem flores em pedra. E não, não estou romantizando tudo que rolou, apenas feliz por ele ter ultrapassado tantas barreiras e se tornado quem ele é hoje.

E Abel, onde quer que você esteja, te desejo tudo de pior! E é de coração que eu digo isso.
Nathália 22/07/2022minha estante
ERRATA:
- No 2° parágrafo, o correto seria *patriarcado.

- No penúltimo parágrafo, "pôde afetar", em vez de "pode afetar".


DANILÃO1505 22/07/2022minha estante
Parabéns, ótimo livro

Livro de Artista

Resenha de Artista!




Angelita 17/01/2021

Uma biografia de amor por sua mãe incrivel
"? Por que tudo isso? Por que mostrar ao Trevor o mundo se ele nunca vai sair do gueto?
? Porque - Respondia minha mãe -, mesmo que ele nunca saia do gueto, ele vai saber que o gueto não é o mundo. Se eu conseguir pelo menos isso, já terei feito o suficiente."

Uma obra autobiográfica do comediante Trevor Noah onde, em três partes, ele discorre sobre sua infância em uma África do Sul durante os anos finais do Apartheid, assim como sua percepção dos anos após a queda do sistema de segregação de raças no país.
Trevor nos conta sobre como sua mãe Patrícia Nombuyiselo Noah o criou para não enxergar limites em sua capacidade, com isso podemos rir e chorar diante das desventuras que os Noah passam, sendo suas histórias marcadas pelo sistema de cores que institucionalizou o racismo e a segregação de pessoas na África do Sul.
Trevor nos presenteia com sua visão nua e crua sobre a vida nas periferias, sobre família, crescimento pessoal e profissional, oportunidades, amizades, solidão e sobre como a violência doméstica pode escalar e tornar uma família refém do medo e da falta de proteção das instituições. Mas acima de tudo, esse livro nos fala sobre religiosidade com apelos culturais próprios dos negros da África do Sul.
Graças às maneira cativante de escrita do Trevor tive crises de riso em alguns trechos, assim como adorei saber mais sobre o Apartheid de alguém que cresceu nesse sistema infeliz, fora as outras ricas contribuições culturais. Chorei um pouco no final com as reviravoltas de tudo, mas o humor ácido de Patrícia e Trevor deram um final incrível pra tudo. Vale demais a leitura, o aprendizado e as risadas.

"Nada de lutar contra o sistema. Melhor tirar sarro dele."
Matheus Silveira 21/01/2021minha estante
Preciso ler esse!


Angelita 21/01/2021minha estante
To com o livro da Brenda, se quiseres levo pra ti na reunião, sla




Kira 14/01/2021

Esplêndido e divertido
Eu não sei se este livro será o melhor do ano, mas tenho certeza que se tornou um dos favoritos da vida.

Então vamos lá, tenho dois critérios para avaliar a qualidade de um livro:

-Ele tem que me entreter/ me divertir
Ou
-Ele tem que me fazer refletir/ pensar

Muitos que são 5 estrelas, são excelentes como um todo, mas é extremamente raro ao meu ver conseguir se encaixar em ambas as categorias.

Pois bem Trevor Noah conseguiu essa proeza, esta é uma obra muito divertida e extremamente reflexiva.
Não teve um capítulo que não me emocionei de alguma forma, que não ri de alguma forma.
Trata de assuntos tão pesados como o Apartheid e toda a sua segregação racial, desigualdade social, relacionamentos destrutivos e etc de um jeito descomplicado e leve, o que não torna as coisas menos pesadas.
Também trata do amor, fiquei tão emocionada com o relacionamento que ele tem com a mãe e até mesmo com o pai, que não foi maior por causa de todo o contexto da situação.
Que o amor é uma escolha e que "ser escolhido é o maior presente que você pode dar a qualquer ser humano".

Chorei de tristeza, dor e revolta, mas também chorei de felicidade, de amor e de gratidão, senti cada capítulo da história. É uma obra sensível e tocante e extremamente bela.

Rolou também muita identificação como cria da favela que sou, tendo passado toda a minha infância e boa parte da minha adolescência vivendo em favelas, tem muita coisa pra se identificar com este livro, você olha algumas coisas e pensa "é infelizmente é assim mesmo que as coisas funcionam, mas olha tem isso aqui também de bom". Você percebe também o quanto nós somos iguais na desigualdade, que Brasil e África do Sul são muito ligados em suas mazelas.

Não poderia deixar de falar também da Patrícia, mãe do Trevor, uma das grandes protagonistas da história, mulher forte e incrível.
"Aprenda com o passado e seja uma pessoa melhor por conta disso, mas não chore pelo que passou. A vida é cheia de dor. Permita que a dor o fortaleça, mas não se apegue a ela. Não seja amargo"

E é isso, poderia passar horas só falando de quão perfeito é, mas posso resumir assim: você termina o livro e pensa "poxa não teve um capitulo ruim, que incrível".
Davyd 22/02/2021minha estante
Excelente sua resenha, suas palavras me tocaram. Deu muita vontade de lê-lo. Parabéns, é obrigado.


Kira 22/02/2021minha estante
Ah muito obrigada Davyd fico feliz que tenha gostado e espero que goste deste livro, eu achei incrível ?? hahaha




Rael666 16/05/2024

Acho que ninguém entenderia o que esse cara passou.
Imagina ser uma criança parda, em uma época em que a sua mãe preta e o seu pai branco que não deveriam estar juntos, ficaram juntos. Você é fruto do crime e tudo o que te cerca é crime, porque não existem oportunidades para você e para as pessoas a sua volta. A sua história, é ignorada; a sua dor, é diminuída; você, é negligenciado. Não foi só difícil ser o Trevor na África do Sul em pleno fim do apartheid, foi impossível.

Ele teve sorte de ser inteligente e ter uma mãe com mais resiliência do que qualquer um, porque a única coisa que garantiu a sobrevivência e sucesso desse homem foi o fato de que ele foi um camaleão. E qualquer pessoa parda sabe o que é isso: não se encaixar em lugar algum, não ser branco e bem preto, não ser aceito e nem negado. Você é cercado de pessoas e ao mesmo tempo está sozinho, não entendendo a dor delas assim como elas não entendem a sua. Não tem uma forma melhor de descrever a minha experiência com esse livro além de: hilária, melancólica, intensa e indentificavel. O racismo existe, está por aí e é tão intrínseco que até às situações desse livro que envolvem outros problemas (como a violência doméstica) envolvem-o.

Um dos livros mais tristes e viscerais que eu já li, mas também um dos melhores e definitivamente um dos meus favoritos. 0 arrependimentos.
Cris 16/05/2024minha estante
Esse livro é muuuito bom


Cris 16/05/2024minha estante
Esse livro é muuuito bom




Verona 28/02/2021

Que livro bacana de se ler, foi uma das melhores leituras do ano. O autor transitou entre temas pesados e revelou fatos da sua infância de maneira leve e descontraída.

? Você não pode culpar ninguém pelo que você faz. Não pode culpar o passado por quem você é. Você é responsável pela sua vida. Você faz suas próprias escolhas?
Kira 28/02/2021minha estante
Aí este livro é meu neném ??


Verona 28/02/2021minha estante
Agora é meu também ?




Kleilson.Torquatto 13/07/2023

Maravilhosoooo!!
Esse livro é incrível!!
Por mais que seja uma biografia o autor traz coisas tão necessárias e importantes que me deixaram curioso pra conhecer mais sobre os assuntos abordados no livro.

É uma história biografia sobre a vida do comediante Trevo Noah e sua vivência na África do Sul, durante e após o Apartheid, que foi um regime de segregação racial que vigorou no país entre os anos de 1948-1994.

É uma história muito bem escrita, dolorosa e com umas partes bem cômicas em que o autor usa da suas artimanhas de comediante para amenizar os assuntos pesados e tristes contidos no livro. É também um livro bem ?histórico? pois vai adentrar fundo nesse período do Apartheid que aconteceu na África do Sul, todas as dificuldades que ele passou com a família, em especial com mãe e todas as mazelas deixadas por esse regime no país.

É aquele tipo de livro que me prendeu do começo ao fim e que me fez conhecer mais sobre o assunto, pois não conhecia detalhadamente. É uma leitura gostosa, fluida, e divertida em algumas partes e em outras vai destroçar seu coração. É um livro ótimo pra dar de presente, acredito que vá agradar a todos que receber.
Eu demorei um pouco para finalizar porque fiquei agarrado com provas da faculdade, mas devido a fluidez e a simplicidade da escrita, acredito que daria para finalizar em um ou dois dias tranquilamente.

É um livro de não ficção que vou panfletar e indicar para todo mundo, pois eu amei demais!!
Leiam; ?Nascido do crime.?
Jackie! 13/07/2023minha estante
Tô com muita vontade de ler esse, recentemente tenho gostado muito de ler livros de "memórias".


Kleilson.Torquatto 13/07/2023minha estante
É um livraço!!
Eu comecei a ler em e-book pelo app da BibliON e gostei tanto que dei uma pausa no e-book e comprei o livro físico no site da estante virtual e foi baratinho. Daí finalizei pelo físico mesmo. Fiz muitas marcações. ??
Vale muito a pena conhecer.




Tehil 16/02/2020

Apesar do tom de comédia, esse livro é uma aula sobre o racismo na África do Sul. Devia ser livro paradidático nas nossas escolas.
Karla Lima @seguelendo 19/08/2020minha estante
Adorei!


Tehil 20/08/2020minha estante
Eu também!!




jessyhehe 05/02/2020

:)
O livro é simplesmente incrível!
Baltazar Bananas 23/08/2020minha estante
Não tem nem o que dizer, né? É simplesmente perfeito. Tudo. A narrativa, o enredo, a execução e mesmo com tudo isso não é pretensioso. Livrão


jessyhehe 23/08/2020minha estante
Concordo :)




Gé.siqueira 02/04/2021

Um menino, sua mãe e o amor!
Por indicação de um grande amiga, comecei a ler esse livro.

Trevor Noah você me trouxe, conhecimento, risadas, lágrimas, reflexões e admiração!!!

A história da vida dele é, além de divertida inspiradora, fascinante..........
O modo como ele se relaciona com a mãe, o amor, cumplicidade, fica tão nítido que parece que sai do livro e acerta em cheio seu coração.
Patrícia uma mulher forte, que saiu da favela, se fez , se tornou independente, mãe e criou um filho SOZINHA , em meio ao TERROR que foi o Apartheid. Sou mega fã dela !
Noah um garoto, espevitado, um terror por onde passava, NOSSA SENHORA, chegava a me dar uma agonia quando ele ia relatando as 'arte' que aprontava.
Mas, mesmo com esse jeito meio torto e maluco, sempre foi um garoto que batalhou pelo que quis, pelo que achava certo, muitas vezes do jeito errado, mas lá estava ele, não desistindo.

O amor é um ato de criação. Quando ama alguém, você cria um novo mundo para essa pessoa. Minha mãe fez isso por mim, e, com o progresso que tive e as lições que aprendi, criei um novo mundo pra ela!
Anne 02/04/2021minha estante
Quero ler!!




Amanda Mendonça 29/02/2020

Trevor Noah trata com leveza e humor sua vivência durante apartheid. Um livro necessário para todos.
Will 29/02/2020minha estante
Como você fez pra ler os livros desde manhã estou tentando entra em algum livro para ler mais não entra ?




Nathalia 28/06/2022

jurídico patricia noah
"RESENHA 1 (janeiro de 2021)

Trevor Noah tem sido meu crush famoso por um pouco mais de um ano e queria ler esse livro desde que eu soube que ele existia, então minha expectativas tavam bem altas. E eu sai daqui mais fã desse cara do que eu entrei. Eu acho tão lindo o quão claro ele tem as coisas da vida dele, como ele enxerga com clareza as coisas, sei lá, acho que eu queria ter essa clareza sobre as coisas da minha vida. Talvez com o tempo. Pra explicar melhor, eu sinto que por mais que a vida dele tenha sido difícil e que ele mesmo tenha feito escolhas questionáveis, o jeito como ele aborda os temas faz parecer que ele está muito em paz com o que aconteceu, e que ele realmente consegue ter uma distância da situação na qual ele consegue explorar a situação por uma visão meio sociológica, o que sem dúvidas é muito enriquecedor pro livro.

E sem dúvida eu passei a admirar muito mais ele pela relação dele com a mãe. Sou uma pessoa bem familiar então ver ele falar sobre a relação dele com a mãe foi bem emocionante, sem dúvidas também me tornei fã da Patricia Noah, ela é uma personagem incrivelmente interessante e o mais legal é: ela não é uma personagem (!). Ela é foda, não tem outra maneira de descrever, e preciso dizer que estou ansiosa pela adaptação cinematográfica por que a "jornada" dela é incrível, real e crua (e sem dúvida muito dolorosa), mas ver tudo do ponto de vista do Trevor é lindo. Ela deve ser uma mulher maravilhosa e eu sinto tanta admiração nas palavras dele que já tá me dando vontade de chorar.

Gosto de como cada capítulo funciona, com a primeira página preta meio que introduzindo o tema e dai ele conta uma história da vida dele que acaba por explicitar alguma coisa sobre a cultura sul-africana. É interessante porque não é sociológico usar a si mesmo como exemplo, mas ao mesmo tempo ele atinge objetivos sociológicos (ao meu ver pelo menos). O capítulo sobre o Teddy (acho que o nome é Daltonismo) faz isso brilhantemente - conta toda a história de uma amizade pra no final chegar no ponto que ele queria fazer e abordar a questão da cor ou do colorismo - ou seja aquele capítulo que ele conta toda a história do amigo trambiqueiro que achou uma menina bonita pra no baile com ele e no fim ela não falava a mesma língua que ele pra explicitar como a África do Sul é um país multicultural e com um monte de línguas diferentes. É brilhante porque ele "ensina" (talvez a palavra seja um pouco forte, mas acredito que para todo mundo que não viveu nesse contexto dele aprende com esse livro, porque ele é incrivelmente rico, ainda mais por além de trazer a experiência negra na África do Sul também traz a visão de uma pessoa miscigenada).

Como o Trevor tinha dificuldade pra se encaixar, mas ao mesmo tempo usava isso ao seu favor, isso tem a ver com o jeito que você encara a vida. Ele era um camaleão, se fosse eu no lugar dele eu ficaria desolada, mas acho que foi algo que ele teve que aprender a lidar também, e sem dúvida o jeito em como ele respondia a isso também. A mãe dele foi deixada pelo pai pra trabalhar numa fazenda longe de qualquer pessoa que ela conhecesse, mas eu sinto que ela criou ele com o intuito de quebrar ciclos e isso é muito lindo.

Resumindo aqui então, sou fã do Trevor, tô aqui pra tudo o que ele fizer, acho foda como ele usa humor pra abordar assuntos sérios e importantes, acho lindo ver a admiração dele pela mãe é incrivelmente emocionante. Acho um pouco cedo pra dizer que é o melhor livro do ano, mas os outros livro vão ter que correr pra ganhar desse aqui.

RESENHA 2 (junho de 2022)

Esse parágrafo, não faz parte da resenha. Ele existe porque existem coisas que eu preciso dizer antes de começar minha resenha. Essa é a primeira vez que eu re-resenho um livro. Eu li Nascido no Crime pela primeira vez um ano atrás e bem, basicamente, semana passada, na aula de inglês, a gente fez um teste vocacional do buzzfeed e o resultado do meu teste foi que eu deveria ser comediante. Eu não tenho nenhuma pretensão de ser comediante, até porque eu não tenho capacidade de me apresentar pra um grupo de 10 pessoas ou mais e acredito que isso possa ser um empecilho nesse tipo de carreira e eu também acho que eu tenho um pouco de orgulho demais pra conseguir fazer piada comigo mesma. Enfim, como eu tinha que fazer uma apresentação final pro inglês, eu decidi que eu iria fazer minha apresentação sobre um comediante. Eu tava com dificuldade de encontrar um tema pra a apresentação porque não queria babar ovo de estado-unidense, e daí falar do Trevor Noah serviu como uma luva. A partir daqui segue-se uma resenha que tem como intuito me ajudar a produzir minha apresentação sobre esse livro.

Segunda tentativa de fazer essa resenha porque na primeira eu devaneei demais sobre mim mesma e esqueci de falar sobre o livro. Basicamente eu tava falando sobre como ler sobre a experiência do Trevor me faz mais consciência sobre a minha própria… pele? raça? realidade? identidade? Talvez todos. Basicamente eu comecei falando sobre o dia em que eu me dei conta de que eu não era branca, mas daí eu me distraí a partir daí bastante.

O que a gente passa aqui no Brasil é muito diferente da África do Sul, Trevor é a falha do sistema por ser miscigenado enquanto no Brasil toda a política racial pós-escravidão girou em torno disso. Num mundo ideal, eu e o Trevor estamos na mesma posição, porque somos duas pessoas miscigenadas "na primeira geração" (filhos de pais de etnias diferentes é o que eu quero dizer), mas no mundo real, isso infere em situações bem diferentes.

Na primeira vez que eu li esse livro eu dei 5 estrelas e favoritei. O Trevor tem uma capacidade de contar uma história da vida dele com humor e verdade, ao mesmo tempo que consegue se distanciar suficientemente do acontecimento pra fazer inferências sobre como aquela situação se insere na cultura sócio-histórica da África do Sul. Acho esse movimento algo tão "elevado". Por isso eu dei 5 estrelas. O fato de eu não conseguir ligar nenhum acontecimento da minha vida em qualquer teia maior do que o arcabouço sociocultural da minha família me faz pensar que eu sou alguém muito privilegiada e que viveu a vida toda numa torre de marfim. E também me faz pensar que eu não reflito suficientemente sobre os acontecimentos da minha vida porque pensar sobre qualquer coisa da minha por mais de três minutos me dá uma crise de ansiedade a essa altura.

Mas tirando isso, eu vim aqui falar que minha avaliação desse livro caiu. Ele ainda tem um coraçãozinho porque eu ainda amo esse livro e o Trevor Noah é uma das poucas pessoas vivas que eu tenho a capacidade de falar que eu sou fã, mas acho que hoje eu daria 4 de 5 pro livro.

A primeira parte é exemplar, acho que tudo o que ele aborda ele faz excepcionalmente bem e tudo mais, mas na segunda parte eu sinto como se os pontos importantes de serem feitos já foram feitos e ele tá repetindo com uma roupagem adolescente. Talvez eu tenha essa visão porque eu romantize a infância e esteja pouco me lixando pra adolescência. Não é como se fosse de todo ruim também o capítulo da amoreira é ótimo, mas eu sinto que, por conta dele ter segurado tudo sobre a mãe dele pro último capítulo do livro, a segunda parte do livro ficou vazia… dela. Patricia Nombuyiselo Noah. Até porque eu disse isso ano passado e digo de novo agora: a principal personagem desse livro é a Patricia. Privar a gente dela é desapontante. Faz sentido, porque a figura de um pai é muito mais importante quando você é criança, mas acho que é algo pelo qual a gente passa por conta do livro ser de não-ficção.

Por conta do jeito que o Trevor escolheu estruturar os capítulos nas últimas duas partes, também achei que algumas coisas ficaram repetitivas.
Mas ainda amo o livro e super indico pra todo mundo que quer entender mais sobre a África do Sul, sem grandes pretensões - lembro que quando li pela primeira vez minha irmã tinha acabado de fazer um trabalho sobre urbanismo na África do Sul e muitas coisas que ela tava vendo tão presentes no livro também - principalmente sobre backyard dwellers."
Fabiana.Ayumi 29/06/2022minha estante
kween d+ ? queria saber resenhar assim




Renata 14/02/2021

Me trouxe de volta ao mundo da leitura!
Um dos livros mais lindos que já li... Chorei, gargalhei, aprendi, amei demais. Recomendo muito.
Beto Bavutti 17/02/2021minha estante
Minha melhor leitura do ano passado.




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