Doug Tods 17/03/2011
Preparem-se para abrir mão de seus precedentes livros prediletos!
Seria o bastante dizer que este livro superou como nenhum outro minhas expectativas? Seria o bastante dizer que ele praticamente massacrou todo o respeito que eu tinha por Harry Potter? Que quase fez desaparecer todo o apreço que eu tinha por Percy Jackson e os olimpianos? Céus! Este livro é ainda melhor do que O Hobbit! Logo, não é o bastante eu dizer apenas isso, já que o livro se trata da perfeição em forma impressa.
Vamos começar bem do início... Eu era um garoto que odiava ler livros, grossos então, nem pensar! Então como magia (e olha que eu já estou familiarizado com esse tema!) a saga Harry Potter surgiu para despertar meu amor pela leitura, J.K. Rowling conseguiu por meio do fantástico mundo relacionando a Hogwarts despertar o interesse por mundos ocultos nas paginas de livros. O triste disso é que Harry Potter logo chegaria o fim, e J.K. até então não lançou mais nada para aquietar meu coração ansioso por tramas.
Li em seguida Coração de Tinta, também relacionado à magia, fantástico! Mas nada que pudesse se igualar a trama extraordinária do menino-bruxo. Eu estava começando a achar que nada poderia superar a saga de Rowling quando ganhei o livro O Senhor dos Anéis A Sociedade do Anel. Antes de começar a ler ele, descobri a existência de O Hobbit que inexplicavelmente se tornou meu livro predileto. Procurem entender, Harry Potter é uma saga perfeita, de forma que cada livro depende dos outros seis, O Hobbit não, ele não necessita da existência dos livros da trilogia O Senhor dos Aneis, ele é independente.
Acreditando que O Hobbit seria para sempre meu livro predileto, conheci um garoto de 12 anos, descolado como muitos outros de sua geração, ele se chamava Percy, e revolucionou minha forma de pensar. Percy Jackson e os Olimpianos entrou em minha vida como um raio, que me atingiu sem avisos e me contagiou por inteiro. Com ele descobri que a mitologia Grega é a coisa mais fantástica que eu posso ter acesso. Com cinco livros, a saga de Rick Riordan me fez renascer em relação à literatura. Rick apresenta a historia do ponto de vista do protagonista, o que faz parecer que ela é real, ele me fez acreditar sem esforço nenhum na existência dos deuses olimpianos, e lá estava eu, acreditando que nada mais fantástico e perfeito pudesse ser inventado por mente humana...
Por todo apreço, amor e consideração que passei a ter por Rick Riordan, logo encontrei uma forma de possuir A PIRÂMIDE VERMELHA o primeiro livro de sua nova saga As Crônicas dos Kane. O livro é narrado como uma gravação de voz, o que faz os acontecimentos parecerem ainda mais reais do que os de Percy Jackson. De dois em dois capítulos, os irmãos e protagonistas vão se revezando para registrar sua história.
Carter é um garoto de quatorze anos, desde a morte sua mãe ele vive com o pai, os dois não possuem um lar fixo, ficam vagando de país em país, inquietos, pois o pai dele é egiptólogo, e precisa viajar muito do Egito para museus espalhados pelo mundo. Carter não é o que podemos chamar de"adolescente normal", pois não tem amigos, não frequenta colégio, e tem como únicos bens tudo que consegue guardar em uma única mala. Pode-se imaginar como ele ama a própria vida. Carter acabou se tornando minha fonte de ligação ao livro, pois me encontro em Carter e encontro Carter em mim. Somos tão parecidos que penso seriamente que eu posso estar abrigando Hórus. Rsrs.
Sadie é uma garota de doze anos que com a morte da mãe passou a viver com os avós maternos na Inglaterra. Frequenta colégio, tem amigos, tem um lar e familiares, mas o que deseja mesmo é estar do lado do pai. Ela o vê apenas duas vezes ao ano, mas isso não é suficiente. Sadie tem um temperamento típico dos personagens femininos jovens criados por Rick, ela é temperamental e sarcástica. Mas há algo que a diferencia de todas as outras, ela nos consegue fazer rir ao menos uma vez por capítulo, talvez seja ela o segredo para tamanho sucesso.
O pai de Carter e Sadie, o renomado egiptólogo Dr. Julios Kane aproveita a véspera de natal, uma das duas datas no ano que ele tem permissão de ver a filha, para levar os filhos ao museu. Esse não é o tipo de programa que adolescentes costumam cobiçar, mas quem liga para o que adolescente pensam ou deixam de pensar?! A verdade é que Julios tem um plano em mente, um plano arriscado que relacionasse a misteriosa morte de sua esposa. Ao explodir um importantíssimo artefato egípcio, Julios liberta cinco deuses da mitologia egípcia, um deles o sequestra, e é ai que a aventura começa.
A magia exibida neste livro é uma magia diferente da magia de Harry Potter. É algo menos teórico, é mais aventuroso, é mais perigoso, é muito mais intenso! E é com a parte relacionada à magia que este livro consegue supera os da saga de Rolling, acho que Harry abriria mão de sua Firebolt sem pensar duas vezes para poder criar uma única vez um avatar como Carter é capaz de criar. Em minha opinião, a mitologia Grega de Percy ainda é superior a mitologia Egípcia dos Kane, mas o que diferencia é que a egípcia foi mais bem trabalhada, melhor aproveitada, a trama é impecável. A aventura logicamente é eletrizante como se pode esperar de qualquer livro criado por Rick, mas ela também é agradável ao mesmo tempo, quase tão, ou superando então a grandiosidade e encanto emitido pela trama de O Hobbit.
Eu torço para que A PIRÂMIDE VERMELHA fique por pouco tempo sendo meu livro predileto, pois mais livros da série estão por vir, e espero que sejam ainda mais perfeitos e fantásticos que esse primeiro (se isso for possível, é claro!). Mas pelo que ando averiguando e suspeitando, As Crônicas dos Kane precisa continuar fime e forte nessa jornada para não perder o posto de soberana em meu intimo, pois Rick Riordan não descança e vem também com a saga Os Heróis do Olimpo, e pelo pouco que li, já tenho uma enorme ciência de que a mitologia grega pode ainda passar a egípcia para trás, só depende do nosso gênio Riordam.
Shakespeer e os irmãos Grimm que me perdoem, mas Rick humilha a todos vocês.
A opinião de quem está lendo essa resenha pode ser contrária a essa, mas para mim: É Deus no céu, deuses gregos e egípcios nos livros e RICK RIORDAN na terra!
Sou eternamente grato Rick! ;D