claris 09/05/2024
A dualidade do ser
Citando o comentário feito por Claudia Fusco: "Explorar as partes mais feias de nós não é fácil, mas pode ser útil, seja para uma convivência mais empática ou para administrar os próprios sentimentos'.
Essa obra possui diversas interpretações mas ao meu ver é justamente sobre isso que ela trata, a forma na qual lidamos com os nossos sentimentos repridos, com o nosso "outro eu", aquele que não é tão belo, que não é aceito, que não é bem visto, que preferimos esconder para que as outras pessoas não saibam o que se passa conosco. Quais os males de reprimirmos as nossas partes feias e o que isso nos causa. Na obra, quanto mais Jekyll tentava abafar os sentimentos de Hyde, pior as coisas se tornavam, até que tudo virou uma bola de neve e ele não mais sabia equilibrar a sua dualidade.
Uma leitura incrível. Achei que a história se encaminharia mais para um terror e acabei de deparando com questões humanas que enfrentamos ao decorrer da nossa vida. Muito bom.