Falso espelho

Falso espelho Jia Tolentino




Resenhas - Falso espelho


27 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2


spoiler visualizar
comentários(0)comente



Pamela 03/02/2024

Me senti meio burra e meio inteligente
O tanto de referência que esse livro tem... Não é a toa que autora coloca textos de apoio no final de cada ensaio (o que é muito bom, apesar de eu não ter lido nenhum).

São 9 ensaios, sendo que o sexto ensaio possui "subensaios". Eu não acho que todos eles têm a ver com o título do livro, mas isso no final das contas foi uma coisa boa. Muito boa na verdade, são tantas informações que Jia Tolentino nos dá que às vezes eu me perguntava se tinha entendido tudo (não tinha!). Mas essa era a graça, era voltar no texto e perceber que ela estava refletindo bastante sobre o assunto, ao ponto de deixar o leitor meio perdido e eu adoro me sentir meio perdida às vezes.

Os ensaios que mais gostei foram:

"O eu na internet": achei incrível como ela traz todo um contexto histórico para explicar como a internet é hoje. Além disso, o jeito como ela explica que o próprio "eu" virou um produto e que tudo se tornou performance é avassalador.


" A otimização constante": nesse aqui ela acaba com feminismo liberal várias vezes e é um máximo ver ela fazendo isso com tanta inteligência! Jia nós traz pequenas coisas do cotidiano para mostrar que "o feminismo não erradicou a tirania da mulher ideal, antes consolidou essa tirania e a tornou mais complexa".


Gostei muito do livro, só não dou cinco estrelas porque às vezes ela se repetiu bastante e... Às vezes gostaria de mais didática (apenas textos de apoio não são suficientes para assuntos tão complexos como os abordados no livro).

Por fim, recomendo super a leitura do livro, e sinto que ele será um livro para o qual sempre vou voltar!
comentários(0)comente



Bi Bueno 22/12/2023

Falso Espelho, reflexões sobre a autoilusão
?As vezes parece que o feminismo não é capaz de imaginar uma evolução mais satisfatória do que essa situação atual, em que, no lugar de sermos aconselhadas por revistas de meados do século XX a gastar tempos e dinheiro para nos tornarmos mais radiantes para os nossos maridos, podemos agora aconselhar umas às outras afazer exatamente as mesmas coisas, mas para nos mesmas?.
comentários(0)comente



Paulinha 08/11/2023

Ótima reflexão através de ensaios
São vários ensaios ótimos, alguns fogem um pouco do tema principal, mas todos são bem importantes e interessantes.
Muito das reflexões são baseadas na história de vida dela e nas opiniões dela, as vezes se tornando um pouco massante.
Ela nasceu no mesmo ano que eu, então sinto que vivemos a mesma experiência em relação a evolução da Internet.
Super recomendo a leitura
comentários(0)comente



Pri 23/04/2023

Achei cansativo, muitas referências que não sabemos, alguns trechões que realmente provo cam insights mas a grande maioria mais do mesmo.
comentários(0)comente



Camis Pinheiro 25/03/2023

Falso Espelho
Não concordo com quase nada do que ela escreve, do que ela acredita e de como ela acredita no feminismo e na Bíblia, mas por isso mesmo que achei boa a leitura. Me confrontou!

Não recomendo para todo mundo o livro. Alguns ensaios são bem longos e todos são em volta dela, visão dela e vida dela.
comentários(0)comente



Michele Alberton 14/01/2023

Chatinho e arrastado
Algo não me agradou e não sei explicar. Eu esperava outra dinâmica nas crônicas, talvez uma maior abrangência de temáticas, mas não encontrei. Achei o livro arrastado demais.

Teve trechos que não consegui entender também, como se houvesse algum problema com a tradução. Enfim, um livro mais ou menos...
comentários(0)comente



Paola 03/01/2023

Que livro difícil. Desde maio que comecei ele, e terminei só pela teimosia de não desistir de um livro.

Achei a leitura pesada, umas histórias que começavam do nada e se alongavam por muuuuito tempo no capítulo, até que chegava a hora que eu me perguntava ?por que mesmo que essa história começou??

Não curti
João 04/01/2023minha estante
A escrita desse livro é bem complexa e densa mesmo, eu levei uns 20 dias para ler




Rosangela Max 04/11/2022

Ótimos ensaios.
Achei que nem todos os ensaios tiveram coerência com o tema do livro. Alguns tinham relação com a manipulação da imagem pessoal, mas feita por terceiros e não pela própria pessoa. Independente disso, achei todos interessantes.
Os que mais gostei foram : ?A otimização constante?, ?Heroínas puras?, ?O golpe das redes sociais?, ?Os disruptores?, ?A eleição?, ?Viemos da velha Virgínia? e ?O culto de mulher difícil?.
A autora desenvolveu alguns textos usando como base histórias autobiográficas e cabe mencionar que o livro está cheio de spoilers de outros livros, filmes e séries.
Recomendo a leitura.
comentários(0)comente



João 15/09/2022

Esperava mais
Não que o livro seja ruim, ele trata de muitas questões polêmicas até e que precisam ser debatidas e questionadas, mas ficou meio repetitivo acho que poderia ter sido trabalhado de uma forma melhor.

Mas o conteúdo é bom, da pra tirar várias coisas do livro e pensar um pouco sobre mas não me prendeu
comentários(0)comente



Mary 05/09/2022

Cansativo
Ótimas reflexões escritas da maneira mais longa possível.

Acredito que seria viável nos apresentar o ?lugar? do qual a autora escreve sem gastar mais da metade do capítulo descrevendo a escola que ela frequentou ou os episódios do reality show que participou.

Os pontos trazidos para discussão são extremamente pertinentes e interessantes, mas se perdem no meio de tantos rodeios.

Já ouvi críticas quanto ao desfecho, por não apresentar nenhuma solução aos problemas levantados, mas nesse ponto acho o livro extremamente coerente. Não existe uma fórmula ou um só caminho que sirva para as inúmeras tendências indesejáveis. O convite é se voltar para o ?eu?.
comentários(0)comente



idkvixo 27/08/2022

Nossa, que genial, sensacional e maravilhoso! Esse livro foi uma viagem, uma experiência e eu amei cada capitulo. O meu preferido foi o capítulo 5: Êxtase, mas em todos os capitulos eu grifava algo ou me identificava com alguma coisa. Traz temas como casamento, redes sociais, feminismo, política e muitos outros que te fazem refletir bastante sobre você. A linguagem e a escrita de Jia me prenderam muito, me fascinaram mesmo e me deixaram realmente imersa na leitura, mesmo que eu tenha enfrentado uma ressaca literária no meio do livro (tipo demorei quase metade do mês pra terminar, mas eu juro que nao foi porque o livro é ruim, muito pelo o contrário!!)
Os ensaios são extremamente modernos e reais, é impossível nao refletir e se identificar com as reflexões de Jia, de verdade, tinha vezes que eu nao acreditava que estava lendo algo que fosse tao relevante pra mim. Recomendo muito muito muito pra todo mundo, ele é super necessário!!
comentários(0)comente



Yeda 18/08/2022

!!!!!!!!!!!!!!!!!
Jia Tolentino trouxe uma visão sagaz e fresca sobre os assuntos que ela se propôs a escrever em seu livro. Eu nunca havia lido conjuntos de ensaios dos quais eu não gostasse, mas esse foi revigorante.

Em "Falso Espelho" os assuntos tratados são aqueles que interessam à sociedade, mais especificamente mulheres: dependência da internet, feminismo, roupas de ginástica, política, casamento, e outros temas que são desenvolvidos sob a perspectiva pós Y2K. Suas opiniões são revigorantes, adequadas e modernas. Suas citações para embasar um argumento vão de Emma Bovary à Miley Cyrus, passando por artigos e pesquisas que enriquecem a leitura.
Apesar de ser uma leitura densa e um pouco mais lenta devido à enorme quantidade de informações que precisam ser absorvidas, a leitura não é maçante. Ao invés de parecer que alguém está tentando mostrar que sabe mais do que você, ou que são apenas opiniões que surgiram na cabeça de alguém e foram escritas sem nenhuma supervisão(como vários ensaios que eu já li), a sensação é de que você está conversando com uma amiga, que conversa sobre os assuntos que te interessam, e que traz pontos de vista interessantes.

Em nenhum momento a autora se colocar em uma posição moralmente superior ou julga as mulheres que fazem parte do que ela critica, já que ela se insere no mesmo grupo que todas nós. Então, quando ela critica o uso indiscriminado da internet e o fato de que hoje as pessoas não se importam se você é ativista, contanto que você dê RT em conteúdo ativista, ela sabe que também faz parte da sociedade que depende da internet para ter uma personalidade, das pessoas que têm distorção de imagem por causa das fotos retocadas no instagram.


É claro que o livro é escrito sob o viés feminista, mas ele também critica o feminismo em seus pontos mais vulneráveis e mais controversos; por exemplo, ela critica arduamente o fato de mulheres se esconderem atrás do feminismo para tomar decisões que impactam o coletivo:

"E o feminismo reiteradamente tentou deixar certos aspectos da discussão fora dos limites da crítica. Ele valorizou tanto o sucesso individual, enfatizou tanto as decisões pessoais, que criticar qualquer coisa que uma mulher escolha para se tornar mais bem-sucedida é visto como uma atitude não feminista, mesmo em situações como essa em que as escolhas das mulheres são ditadas tanto pelas expectativas sociais quanto pelos arbitrários custos da busca pela beleza, busca que é mais gratificante se você for, para começar, jovem, rica e convencionalmente atraente."


A mulher ideal, a modelo de instagram que reforça a pressão estética ao mesmo tempo em que é vítima mas também se beneficia desse padrão foram debatidos de maneira muito, muito sensata. Também há algumas páginas que se dedicam a explorar o conceito mais obscuro do feminismo, as "girlbosses", e dentro dessa parte, ela mostra a incongruência do "feminismo capitalista":


"E então, numa época de liberdade e poder feminino sem precedentes, numa época em que estamos mais preparadas do que nunca para enxergar nossa vida sob um viés político, nós temos, em vez de mais direitos reprodutivos, igualdade de salários, licença de assistência familiar obrigatória, cresches subsidiadas e um aumento no salário mínimo, apenas o tipo de empoderamento feminista autocongratulatório que as empresas podem apoiar, o tipo que vem com as mercadorias ? canecas com as palavras 'Lágrimas Masculinas', camisetas com as palavras 'Feminista Fodástica'.(Em 2017, a Dior vendeu por 710 dólares uma camiseta que dizia 'Sejamos todos feministas'.)"


A autora me surpreendeu ao definir as gerações pós-internet por golpes famosos. O que o Fyre Festival dizia sobre a nossa condição atual em termos de sociedade? Como o Facebook nos isolou mais do que nunca ao passar uma sensação falsa de conexão? Por que as girlbosses são vendidas como feministas e por que elas não são?


Outro ensaio muito interessante é a heroína trágica das histórias adultas. Sim, aquela personagem que está presa a um casamento, não tem direitos, trai o marido e se suicida no final. Aquela personagem que na verdade são várias! Qual o motivo de Bovary, Karenina e Pontellier terem um caminho tão parecido? E afinal, como essas histórias pavimentaram as novas heroínas que apesar de terem fins diferentes, passam por situações muito parecidas daquelas escritas nos séculos passados?


"As heroínas das últimas décadas têm se preocupado com as mesmas questões relacionadas a amor e constrição social; elas apenas respondem a essas perguntas de maneira diferente. A ficção contemporânea sobre as mulheres não reflete ou subverte o texto da heroína; ela, na verdade, explode o conceito, recriando e manipulando a maneira pela qual a construção narrativa influencia a ideia de individualidade feminina."


Uma das coisas que mais me agradaram nesse livro foi o fato dela ter escrito sobre sua bolha , reconhecido isso e expandido para um número maior de pessoas, como situações que são recorrentes e vividas por inúmeras mulheres, mesmo que possuam detalhes diferentes. O exemplo mais claro disso é o ensaio sobre um estupro na Univerdade da Virgínia, instituição em que ela se formou. Tolentino denunciou a incolumidade das fraternidades e os estupros cometidos por homens que saíram ilesos. Apesar do caso citado ter acontecido nessa universidade, não é difícil relacionar com casos que aconteceram em todo o mundo: a negligência da polícia, a suspeita em relação a vítima, as punições piores aos homens negros e a impunidade dos homens brancos. Além disso, ela traz informações antigas para comparar com a situação atual e formar um raciocínio se as coisas mudaram tanto como acreditamos, ou se na verdade estamos mais perto das décadas em que as mulheres não podiam nem votar se não tivessem o sobrenome do marido.


Se eu tratar de todos os assuntos que ela trouxe nos ensaios, seriam inúmeras páginas. Tudo que eu posso dizer é que me senti contemplada, compreendida e com mais informação depois dessa leitura. Discordei em alguns pontos(na verdade só um) da autora, mas mesmo assim ela não estava com um raciocínio absurdo. Não diria que esse livro é um manual da mulher moderna, mas que é um livro que precisa ser lido pelas pessoas, especialmente pelas mulheres; vários dos assuntos que ela trata não são novidades, mas o formato usado para expressar esses temas conhecidos são revitalizantes e detalhados.
comentários(0)comente



Yara 26/05/2022

Falso espelho
Necessário, viu? Não conhecia a autora, ganhei de presente de viagem. Maravilhosa, falha, humana, contraditória, real. Os caminhos da humanidade atualmente, casamento, redes sociais, enfim, ela perpassa muitos assuntos nesse compilado de ensaios.
comentários(0)comente



Aline | @42.books 13/04/2022

Os ensaios desse livro são absurdamente atuais e relevantes. A percepção apurada da autora sobre temas modernos do cotidiano é o que enriquece o livro de boas reflexões. Gostei muito da leitura e do que ela despertou.
comentários(0)comente



27 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR