Cira e o Velho

Cira e o Velho Walter Tierno




Resenhas - Cira e o Velho


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Mi Cherubim 15/02/2011

Cira e o Velho
Uma história de Walter Tierno. O que posso falar sobre esse livro? A narrativa é totalmente diferente do que estamos acostumados. Quem conta a história é simplesmente .... não, não contarei, pois isso é segredo rsrsr


Mas posso falar que parece um conto jornalístico. Um rapaz ganha um álbum de figurinhas e se encanta com Cira. Mas como ter a figurinha dela? Temos três opções: súplica aos pais, tentar trocar ou ganhar no bafo, sim no bafo um jogo, no qual crianças batem as figurinhas com a mão e quem virar ganha.


Assim nosso protagonista correu o mundo atrás de histórias que falavam de Cira, seu objeto de obsessão. Eu disse obsessão? Sim, era assim que nosso protagonista se apresenta.


Ele foi para o sul da caatinga em busca de histórias, ou melhor, das lendas que cercavam sua obsessão. A primeira pessoa “entrevistada” foi uma senhora muito velha chamada Nhá. Nhá era uma das amantes de Norato. Você deve estar se perguntando “quem é Norato?” Norato é o pai de Cira.


Cira é filha de cobra Norato e a bruxa Guaracy. Vamos contar um pouco da história deles. Norato nasceu do ventre de uma índia que tinha engravidado quando tinha se banhado no rio. Ele e sua irmã Maria Caninana eram gêmeos e saíram de dentro do ventre em dois ovos. Assim que nasceram à mãe deu de mamar as duas cobrinhas, mas assim que o marido da índia viu as duas cobras, ele achara que estavam atacando ela. Quando chegou perto viu que eles estavam mamando resolveu dar fim nisso. Jogou as duas cobras na água, achando que mataria e matou sua mulher. As cobrinhas viram sua mãe ser morta e seguiram correnteza abaixo.


As cobras cresceram. E apareceu para Norato um mago que o ensinava, mas sua irmã Maria Caninana morria de ciúmes deles... e com isso matou o mago. Seguiu sua vida sem seu irmão. Mas Caninana queria vingança, contra seu ‘pai’ e foi buscar um ser chamado “Senhor das Mentiras”. O acordo foi selado.


Norato começou a sentir desejo por mulheres, mas sendo cobra não poderia fazer nada... mas algo mudou, Norato desejou ser homem para possuir a mulher que estava a sua frente. E assim surgiu, um homem lindo que a mulher se sentiu atraída por ele. Fez amor e plantou sua semente. Após o ato consumado voltou a virar cobra. E isso aconteceu 14 vezes e a última e mais especial foi à bruxa Guaracy e dela nasceu Cira, de quem tanto falei acima.


Mas dona Nhá contou ao seu visitante que os filhos de Norato estavam sendo mortos e que Cira era a última. E foi contando como os assassinatos ocorreram, e quem havia matado todos. Domingos Jorge Velho, mais conhecido como o Velho matou todos os herdeiros de Norato, com a falsa ladainha que Norato havia matado Maria Caninana, seu marido e seus filhos e o espírito dela queria vingança, mas a trama era maior, bem maior que isso.


O nosso ‘pesquisador da vida de Cira’ estava buscando todas as informações que podia para entender sobre sua “musa” rsrsr, mas o que realmente estava querendo esse visitante? Para você saber quem ele era, o que ele queria e principalmente o que ele fez você tem que ler Cira e o Velho.

Nota da Milena: Conversando com o Walter pelo Twitter eu falei que estava lendo o livro. Veio à resposta: Espero que esteja curtindo. Eu disse que sim, bastante, aí veio o inesperado: O espírito é esse. Se gostar, recomende. Se não gostar... minta! Hahahaha Aí retruquei onde fica minha credibilidade? Rsrsrsr Gente vou falar uma coisa a todos. O LIVRO É EXCELENTE o final é surpreendente. A história acontece no Brasil, com seres de nosso folclore, com acontecimentos reais, pessoas reais e a narrativa que não te deixa largar o livro. Para todos os lugares que fui levei e só sai no domingo depois que terminei o livro. Muito obrigada pela história Walter, realmente eu amei e recomendo a todos esse livro! Para conhecer mais sobre o Walter acesse o blog e para saber sobre o livro tem o site.
waltertierno 03/04/2011minha estante
"Um rapaz ganha uma figurinha?" Em que momento é dito que era um rapaz? (fica a dica)


marquessjuh 07/09/2018minha estante
Estou amando esse resumo! Foi o que mais me esclareceu sobre a identidade do narrador da estória... Acho que minhas dúvidas foram sanadas...


Mi Cherubim 11/09/2018minha estante
O Walter jura que não, mas pra mim é ele sim rs




nanda 31/10/2010

Eu quis ler esse livro pela empolgação da indicação de alguém que leu. E devo dizer que durante a leitura, e depois que li, entendi o motivo de tanta empolgação.
É um livro que eu realmente gostei muito.
É nacional, a história se situa no Brasil mesmo, com várias figuras que estamos acostumados a ouvir histórias desde pequenininhos. Mas não é isso que deixa o livro bom.
O jeito de contar a história do escritor é muito bacana! Te prende muito. E não através de um suspensezinho dos que param a história no ponto em que ia ficar bom o negócio, não! Te prende porque a história é boa mesmo, te envolve. Os personagens são cativantes, apaixonantes. Tu se sente próximo a eles, e por isso quer saber que fim se dará.
Além de toda a leitura ser muito bom, o final também foi super legal. Eu gostei muito.
Me surpreendeu e foi uma surpresa boa. hehehe. A surpresa de quem foi pego em uma peça, mas uma peça divertida. Como se o escritor pudesse ver minha cara ao fim do livro ao descobrir a verdade e risse dela. hahahaha.
Foi muito legal ler o livro.
Recomendadíssimo!
naniedias 30/12/2010minha estante
nanda, adorei sua resenha! E concordo com o que você disse!!! É realmente uma história incrível com um final surpreendente =)


angelcirne 25/06/2012minha estante
Adorei sua resenha. Além de tudo o livro é muito bem escrito.E as ilustrações são lindas.


Vivi 31/10/2012minha estante
Realmente, Cira e o Velho é top! Ótima definição do livro =)




Nana 15/09/2015

Deve ser brincadeira. Como eu gostaria de ter escrito esse livro. Do caralho. Simples assim.
Mateus 17/09/2015minha estante
aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah que felicidade
fui eu
a culpa é minha!


Nana 17/09/2015minha estante
Tudo culpa tua. Melhor pressão que você fez foi me fazer ler isso kkk




Tibor Moricz 27/11/2012

Leitura recomendada.
Tenho lido menções do livro Cira e o Velho de Walter Tierno há tempos nas redes sociais. Nem todas elogiosas (embora reconheça que muitas foram feitas por pessoas que aparentemente não gostam/gostavam de Tierno. Assim, impossível encará-las com a devida seriedade).

Giulia Moon acabou por abreviar essa leitura que, cedo ou tarde, acabaria acontecendo. Entrou em contato oferecendo-me seu livro para resenha e propôs que eu lesse também dois outros, um deles o objeto dessa postagem.

Cira — a protagonista — é guerreira e bruxa. Trás nos ombros a caveira de Norato, seu pai, e luta para vingar a morte da mãe, provocada pelo sertanista Domingos Jorge Velho.

É uma história aderente. A prosa de Tierno é madura e ele conseguiu me conduzir pela trama sem tropeços. O desenrolar se inicia perto de 1680, antes da guerra dos Palmares. Tierno mistura fantasia e fatos históricos com competência, derrama sobre o leitor uma cornucópia de entes mágicos folclóricos, cidades fantásticas, lendas exuberantes, lutas ferozes.

Bem definidos no livro estão os dois arcos narrativos que se interligam. No primeiro, o Velho persegue Cira e sua mãe para matá-las. No segundo, Cira o persegue para vingar-se. No intermédio, vários quiproquós exigem da heroína o máximo de sua força e esperteza.

Tierno traz a história bem presa a reboque até os dias atuais, onde a magia inerente ao passado se perde na concretude de uma contemporaneidade cinzenta e melancólica.

Ao longo da história nos deparamos, aqui e ali, com momentos que poderiam ter sido melhor explorados, ou crises cujas soluções abusaram da simplicidade ou da conveniência, mas nada que prejudique a minha visão geral da obra.

Publicado em 2010, Cira e o Velho tem tudo para agradar em cheio qualquer leitor de gênero e, mais especificamente, aqueles que reclamam um uso maior do nosso rico folclore em histórias mais brasileiras. Trata-se de um bom livro de entretenimento. Leitura recomendada.

Capa e revisão competentes.

***

Cira e o Velho

Editora: GIZ Editorial
Gênero: Fantasia
Formato: 14 cm x 21 cm
Páginas: 229
Antonio Cícero 29/12/2012minha estante
Este é um dos melhores livros, dos quais já li... É ótimo...


Antonio Cícero 29/12/2012minha estante
Este é um dos melhores livros, dos quais já li... É ótimo...




Luiz Teodosio 29/03/2020

Um folclore para adultos
Um convite para conhecer Cira

Logo de cara, Walter Tierno faz um trabalho magistral em conduzir a curiosidade do leitor acerca de uma das personagens no título do livro: Cira. Um narrador em primeira pessoa expõe seu fascínio sobre uma personagem folclórica — que viu em uma figurinha, quando ainda era criança — e a sua obsessão em querer conhecer mais sobre ela. Isso levou-o a viajar para vários lugares, a fim de ouvir os relatos daqueles que tiveram contato com essa personagem. E é a partir do recorte desses relatos que o narrador monta a história de Cira e apresenta-a ao leitor. A introdução de Cira e o Velho é irretocável nesse “convite ao leitor”, e parte da qualidade também se deve à sua prosa bastante refinada.

Folclore brasileiro na veia

Este livro foi publicado em 2010, e, pelo o que me lembro, a temática do folclore brasileiro era escassa no cenário da literatura fantástica nacional, ganhando proeminência apenas nos anos posteriores. Sabe-se que, mesmo hoje, a nossa literatura especulativa (fantasia, terror e ficção científica) ainda encontra uma certa resistência de alguns leitores; o mesmo vale para os nossos mitos, que acabam sendo desprezados ou vistos como menos interessantes que os de outros países. Pode ser que Cira e o Velho tenha sofrido desse preconceito, o que é uma pena, pois garanto que o seu conteúdo é composto de qualidade e criatividade.

Pesam dois elementos a favor da temática desse livro: o primeiro é ambientação histórica — período colonial do século XVII —, na qual as lendas possuem mais presença se comparada a uma ambientação contemporânea; o segundo são as lendas em si, pertencentes ao nosso folclore e mescladas com a criatividade do autor, de forma a criar uma identidade brasileira reconhecível. A fantasia aqui tem aquele tom de absurdo que a gente encontra nas lendas que nossos avós nos contam, uma aura surrealista que extrapola a lógica mas mantém a verossimilhança.

Uma história de vingança

O enredo de Cira e o Velho é constituído de dois arcos: o primeiro arco nos apresenta o Velho, vilão da história, em uma missão para matar os filhos do Cobra Norato; o segundo arco, bem maior, é uma consequência dessa missão: a vingança de Cira. Nas jornadas de ambos os personagens, o leitor irá presenciar diversas tragédias que não se resumem apenas a mortes, e sim a coisas bem piores. No entanto, não se trata de uma história que intenta o choro no leitor, e sim o testemunho assombroso de todos esses eventos. Daí porque, enquanto lia, sentia dificuldades ou demorava a me conectar a certos personagens. A própria Cira foi uma personagem que pouco me cativou no decorrer da história — apesar de suas falhas humanas, como a solidão, ingenuidade e impulsividade, trabalhadas ao lado de uma postura quase badass —, ao passo que alguns secundários e o próprio vilão me passavam uma vivacidade maior.

Por ser uma história de vingança, ela não é leve. Este é um aviso necessário, pois ainda há pessoas que ficaram com o tom infantil do folclore brasileiro na cabeça e se esquecem de que as histórias envolvendo os nossos mitos são bem sinistras e violentas. Por exemplo, sangue e sexo são dois elementos comuns em Cira e o Velho; certamente não é algo pra criança. A violência deste livro, no entanto, não parte necessariamente do fantástico, como uma caveira que beija um curupira e arranca sua língua, mas também das crueldades humanas, como abusos e estupros — lembre-se: se passa na época da escravidão. Embora pareça uma leitura bastante tensa, ela é banhada naquele sentimento de assombro e mistério que sentimos ao escutar as lendas, e isso anestesia um pouco o choque que sentiríamos ao ver certos acontecimentos dentro de uma ótica mais realista. Basta pensar que você é, em vez de uma criança, um adulto escutando as lendas narradas por alguém mais velho, o qual incluirá temas e situações cujo peso você compreenderá em idade madura.

Texto e ilustrações

A escrita do Walter é bastante objetiva, numa tentativa de contar mais com menos, com frases fortes e bem efetivas. O estilo, que privilegia a concisão, gera uma leitura rápida e fluida, que é suportada também por capítulos curtos e ganchos bem pensados. No entanto, ao longo do livro, nota-se um desequilíbrio no ritmo de leitura, que se torna mais protuberante em sua parte final, que é bem mais apressada e destoa bastante do que foi consolidado na parte inicial. Vale destacar as epígrafes que introduzem quase todos os capítulos, algumas das quais sendo recortes de documentos históricos, com o objetivo de contextualizar ou adornar algum conflito ou temática daquele capítulo. O livro também conta com ilustrações desenhadas pelo próprio autor, de estilo menos realista, meio caricato em alguns momentos, e de traços fortes, que adicionam um charme às páginas do livro.

Um folclore para adultos

Cira e o Velho é um caldeirão cultural de personagens folclóricos em um período histórico, apesar de também alcançar o tempo presente. Esse enredo adulto e sombrio pode ser encarado como uma necessária extensão de nossa relação com o folclore brasileiro, visto que, em muitos de nós, ela estagnou no Sítio do Pica-pau Amarelo e nos livrinhos para colorir na escola.

Nota: 9.0

site: https://literaponto.com
@_leandropaixao 27/03/2023minha estante
Resenha super analítica, fantástico! Agora estou até com vergonha de fazer a minha (risos), parabéns Luís Fernando!




Regiane 13/01/2011

Maravilhoso!

Definitivamente a capa desse livro possui uma maravilhosa ilustração de encher os olhos, o que a torna muito atrativa. Confesso que esse foi um dos motivos que despertou meu interesse, porém devo deixar claro que a sinopse e as diversas críticas positivas, foram o que realmente me levaram a querer ler essa obra.

Temos aqui a história de uma jovem chamada Cira - filha da bruxa Garacy e de Cobra Norato - que vive em uma busca sedenta por vingança ao sertanista Domingos Jorge Velho, por ele ter deixado sua mãe morrer por conta da sua ganância por ouro. Ela tem plena consciência que não será nada fácil concluir sua vingança, pois sabe que o Velho é muito astuto, além de ser protegido por homens de sua confiança, também conta com a ajuda de magia.

O que Cira não poderia imaginar é que por trás de tudo isso, estaria Maria Caninana - a irmã de seu pai - aquela que foi capaz de fazer um pacto com o Pai da Mentira para atingir seus objetivos. Uma criatura má e sem piedade.

No decorrer da história, a jovem guerreira em sua busca incessante ao sertanista, encontra com animais reis, caraíbas, princesa amaldiçoada, mboitatás e muitos outros personagens interessantíssimos, entre eles, Nhá - uma das amantes de seu pai Norato, a qual torna-se uma grande amiga e fiel companheira de suas jornadas.

Por muitas vezes, Cira é extremamente teimosa e muito precipitada, e por conta de algumas ações impensadas, acaba resultando em consequências indesejáveis. De acordo com um dos nossos ditos populares, podemos dizer que ela acaba trocando os pés pelas mãos em certas situações, mas felizmente, quase sempre, a sorte parece estar ao seu lado, e sendo assim, ela se safa e continua firme e obstinada em seu objetivo: Matar o Velho. A partir daqui, eu não me atrevo a falar mais nada para não cometer spoilers, mas eu preciso comentar que o desfecho da história foi totalmente surpreendente, o que muito me agradou.

Fazia tempo que eu não lia algo tão rico e fascinante da nossa cultura. Sinceramente, me senti inconformada por não ter lido esse livro antes. É uma mesclagem perfeita do folclore nacional com a criatividade do autor. Confesso que foi bem difícil interromper a leitura, pois a história é bem amarrada e intrigante. Carreguei o livro para todos os lados, e a toda e qualquer oportunidade - mínima que fosse - lá estava eu, com os olhos fixos nas páginas de Cira e o Velho.

Também tenho que dizer o quanto a escrita do Walter me cativou. Com certeza é um dos principais ingredientes que faz essa obra ser tão envolvente, sendo assim - com tantas qualidades - não poderia ser diferente, o livro se tornou um dos meus preferidos.

E concluindo, quero dar parabéns ao autor por ser um artista completo. Para aqueles que não sabem, além de escritor, Walter é um incrível ilustrador. Todas as imagens, tanto da capa, quanto das páginas internas, foram criadas por ele.

Walter muito obrigada por me dar essa oportunidade de conhecer sua obra. Espero sinceramente que através dessa resenha eu possa atrair outras pessoas a lerem. Tenho absoluta certeza de que elas estarão ganhando muito com isso.
Kewllyta 23/05/2021minha estante
Me convenceu. Lerei!




Vivi 31/10/2012

Cira e o Velho - Walter Tierno

06/02/2011

Meu primeiro contato com o livro foi de encanto!!! A capa é muito bonita e te dá a sensação nítida de haver um segredo escondido por trás dela, além disso tenho um fraco por capas com acabamento fosco, acho que valoriza muito mais o trabalho artístico.

Bem... vamos ao livro!!!! Enrolei o resto da semana pra não pegar no livro porque estava terminando outro e não queria pausa-lo de novo.

Gostei muito da narrativa do livro, me fez lembrar das histórias de lendas antigas que escutava na varanda da casa de uma senhora que não me lembro mais o nome, na minha infância no interior do Maranhão.

Realmente me senti parte da história, e quanto mais lia mais queria continuar lendo, comecei a leitura ontem pela manhã e terminei hoje antes das 9hs.

Posso dizer que é muito difícil um livro me prender desse jeito, acho quase impossível escrever aqui um resumo sem soltar um monte de spoilers, que não é minha intenção.

A história é sobre Cira, filha da bruxa Guaracy e do Cobra Norato, Cira e sua mãe foram mortas e abandonadas por Domingos "O Velho" e sua comitiva, contratado pela irmã de Norato, para saudar uma dívida com o Senhor das Mentiras, O Velho e sua comitiva precisam matar os últimos descendentes de Cobra Norato.

Em seu último suspiro a Bruxa Guaracy lança um feitiço e consegue enganar a morte (gostei muito da descrição da morte), mais não sem consequências para as duas, quando Cira renasce, nasce também seu desejo de vingança que a levará ao extremo do ódio e da razão (ou da falta dela) para concluir sua vingança.

No final do livro temos uma surpresa com o nosso narrador... que é claro não vou contar aqui...

Podem encontrar mais sobre o livro e o autor em:
http://www.ciraeovelho.com.br/
http://www.waltertierno.com/

Bjokas!!!!
waltertierno 31/10/2012minha estante
Brigadão!




@_leandropaixao 11/04/2023

Uma ótima supresa!
Um livro totalmente voltado para o folclore brasileiro e que merece muito mais visibilidade, tive uma surpresa muito boa com esse livro, com direito a uma reviravolta nas últimas páginas digna de bestseller, além de tudo isso o livro aborda a ambientação do século XVII, com direito a história do Brasil, terá como cenário o grande Quilombo dos Palmares

Nesse livro acompanhamos a história de Cira, uma jovem que além de linda, descendente de sereias e bruxas e possui poderes grandiosos, não se engane pela beleza, ela pode ser letal! Cira é filha da bruxa Garacy e de Cobra Norato, Norato sempre viveu em busca de parceiras para perpetuar sua espécie, mas por trás de tudo isso existe toda uma maldição que faz com que Norato faça de tudo para proteger Cira de sua tia, Maria Caninana irmã de Norato.

Cira e sua mãe vive em meio a floresta e vez ou outra seu pai passa temporadas com elas, por ainda ser criança ela sempre sai de casa em busca de brincar com os animais, índios e o que achar interessante, mas nem sempre tudo é um mar de maravilhas, caso alguém ou algum caçador decida seguir aquele linda menina afim de saber de onde vem ou para onde vai, certamente essa pessoa a perderá de vista e dificilmente ou até, nunca mais encontrará o caminho de volta pra casa. Em um desses retornos ela é surpreendida chegando em casa e de imediato realiza o código de segurança que aprendera com sua mãe desde muito pequena. Devido a ambição demasiada por ouro do sertanista Domingos Jorge Velho, acaba aceitando um trabalho para aniquilar a vida de Cira, nesse momento que a trama começa a engatar de forma mais rápida e entendemos o porque de Cira querer tanto a sua vingança para ceifar a vida de Domingos.

Em meio a todo esse desenrolar da história, ainda vamos ver várias passagens com personagens do nosso amado folclore, uma fantasia um tanto quanto pesada para ser destinada ao público infanto-juvenil, mas deliciosa de ser lida, uma escrita bastante atraente e fluída, vale muito a pena ler e valorizar essa obra nacional.
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Alba 15/10/2010

Imperdível!!
Cira é filha de Guaracy - uma bruxa - e Norato, cria de humano com cobra.

Norato e sua Irmã, Maria Caninana nasceram de uma índia que foi seduzida por uma jiboia à beira do rio e foi morta pelas mãos do companheiro ao ser pega amamentando as duas crias.

Num acordo com o “Senhor das Mentiras”, Maria Caninana pede a habilidade de se transformar em humana para matar o ex-amante e assassino de sua mãe em troca de catorze de suas crias e catorze das crias de seu irmão, Norato. Aí a trama se desenrola, e aí que conhecemos o Velho.

Domingos Jorge Velho é um assassino e mercenário. Está pronto para cumprir qualquer acordo e não pestaneja ao aceitar a tarefa de dar cabo dos dois últimos filhos de Norato para que a dívida de Maria Canina esteja, enfim, sanada.

E Cira é filha de Norato e de uma bruxa da floresta que tem parentesco com as sereias. Uma bruxa capaz de enganar a morte! E a tarefa que parecia fácil, se torna difícil, e se cria uma vendeta! E essa vendeta vai ter um palco inesperado. A Guerra dos Palmares.

Gostou? Quer ler mais?? Acesse o site e confira a resenha completa:

http://www.psychobooks.com.br/2010/10/cira-e-o-velho-walter-tierno.html
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danilo_barbosa 01/12/2010

Mulher guerreira, valente e mulher. Em sua voz ecoa todo a revolta e beleza do mundo folclórico brasileiro.
Em Cira e o Velho, de Walter Tierno (Giz Editorial, 232 páginas) os nosso folclore se indígena e amazônico se mistura, dando o toque que nossa literatura precisava.
Guerras, paixões, sangue, alegria e dor povoam esta página que mistura história e fantasia contando a história de Cira, a rainha guerreira, filha da feiticeira Guaracy e de Cobra Norato. Por causa de sua maldosa tia, Ana Caninana, Cira perde sua mãe e é deixada para morrer pelo bandeirante Domingos Jorge Velho.
Mas a nossa forte heroína foge da morte e busca a vigança da dor de perder quem ama. E nesse caminho as lendas que conhecemos desde criança de misturam com a história cruel e de coragem do povo brasileiro.

Veja resenha completa no Literatura de Cabeça:
http://literaturadecabeca.blogspot.com/2010/09/cira-e-o-velho.html
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Carol Chiovatto 28/10/2010

CIRA E O VELHO - WALTER TIERNO
Não tenho por hábito escrever a sinopse do livro, o que pode ser uma grande falha, mas dou algumas palavras acerca da história. Trata-se uma história bem doida que mistura o folclore nacional de forma mestra, e uma parte da história brasileira na época da escravidão e a queda do Quilombo dos Palmares.

A forma como a história se desenvolve é fluida, não cansa, apenas causa curiosidade maior a cada página para saber como vai acabar aquilo tudo.

Ele apresenta o vilão (que é a personagem da história que conhecemos melhor) e me dava ânsia de vômito a cada cena que ele aparecia. Isso é bom, imagino, porque pelas descrições ele devia ser mesmo a pessoa mais repulsiva do mundo inteiro. É o Domingos Jorge Velho, um caçador de índios e de recompensas, ganancioso que aceita qualquer trabalho lucrativo.

Um desses trabalhos é matar a bruxa Guaracy e a filha dela (a Cira do título do livro, nossa heoína). Ele apenas aceita e se prepara. Não vou contar quem mandou e nem por quê, pois isso faz parte do charme da história.

Ok, ele consegue matar a Guaracy (e não sem uma boa briga) e deixa a Cira pra morrer, depois de ter cortado o pescoço dela e deixado-a com os ossos quebrados. Na época, Cira tinha apenas uns 12 anos de idade.

Cira tem aparência humana, mas é descendente de uma tribo de sereias que inclui a Yara por parte de mãe, e de uma cobra por parte de pai (o pai dela é o Norato, um cobra filho de uma índia e uma cobra) que assume forma humana para ter relações sexuais com humanas.

Bom, a Cira não morre. A mãe faz um feitiço em seu último suspiro transformando-se numa árvore que abriga Cira dentro se si.

Aiii, não posso continuar contando a história sem entregar o ouro! :D Bom, ela é solta graças a uma menina chamada Nhá, uma escravinha raptada de uma fazenda numa invasão de quilombolas.

Depois de liberta, numa forma de mulher adulta, Cira só pensa em se vingar de Domingos (o Velho), que matou sua mãe e a deixou para morrer. Cada um tem sua impressão, mas são costumo ser parcial às personagens movidas por vingança, nem em livros, nem no cinema.

A história é muito rica e cheia de aventuras a partir do momento que Cira e Nhá partem atrás do Velho, e o cobra Norato parte atrás de sua irmã (RÁ, EU NÃO IA FALAR). Há muitos conceitos em que eu nunca havia pensado antes.

Só não consegui familiaridade com as personagens. Fora o Velho repulsivo, não senti envolvimento com nenhuma das outras personagens. E não culpo o autor, ele não tentou fazer isso. A forma escolhida de narrativa demonstra apenas as impressões de quem conta a história a respeito da personagem, e a Cira, por exemplo, só é descrita a partir das muitas visões de quem a conheceu.

Por essa razão, as personagens parecem não ter profundidade, mas, pela narrativa, é nítida que essa era a intenção do autor.

Li o livro em três dias, sendo que só o pegava durante uma hora no ônibus entre minha casa e a faculdade. Isso diz muita coisa.
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Bianca 30/05/2011

Mais uma resenha do http://redomadecristal.com.br
Cira e o Velho, de Walter Tierno, é leitura obrigatória para qualquer pessoa que pretenda lançar um livro ou se julgue um escritor.

Sim, é dessa forma que começarei a minha resenha e explicarei os motivos ao longo dela.

Conheci o Walter através da linda Alba Milena do Psychobooks. Ela me disse que ele queria enviar o livro para que eu lesse e resenhasse. Eu não estava mais aceitando livros para resenha, mas sempre abrirei exceção para livros recomendados por ela. rs

Explicação básica: Tenho medo de pegar livros de autores nacionais porque a maioria pensa que é o novo Tolkien, J.K. Rowling ou Nicholas Sparks. Se eu ler e não gostar, muitos ficarão chateados e alguns, indignados. Para evitar problemas, evito a leitura. Não quero levantar a bandeira de que um livro deve ser lido por ser nacional, se eu penso que ele deve ser lido por ser bom. Tanto faz quem o escreveu. É claro que, se for nacional e bom, melhor ainda. A divulgação é obrigatória. Enaltecer o nacional por ser nacional não mudará o modo como as pessoas veem a nossa literatura.

Entendam que não quero magoar ninguém. Quem sou eu para falar mal de um livro? Não sou crítica literária. Apesar disso, aprendi que há algumas regrinhas devem ser seguidas para se escrever e publicar um livro. Como o Walter cumpriu todas elas, pude relaxar e ler feliz.

Livro bom é aquele que, independente de ser do meu gênero literário favorito, me faz viajar na história sem precisar acordar com os problemas em sua estrutura.

Foi assim com Cira e o Velho. A leitura fluiu e não tropecei pelo caminho. Mesmo quando aconteciam fatos que me incomodavam, a história ainda era convidativa. Esses fatos, no caso, faziam parte da narrativa e precisavam ser daquele jeito para que o livro existisse e as vidas dos personagens fossem determinadas. Eu sou sensível e o Velho era um assassino impiedoso que matava por dinheiro, aí já viu. Como eu me sentia dentro da história, era como se acontecesse comigo.

"Por vezes, questionava-se se aquela aventura toda valeria a fortuna prometida, mas sempre chegava à mesma conclusão: a ganância tem argumentos com que não se consegue discutir." – assim era o Velho.

"Um som encontrou os ouvidos do bando. Uma música incrivelmente bela e reconfortante. O bando ficou entorpecido, abobalhado, quase feliz. Era Cira."

Cira é filha de Cobra Norato e da bruxa Guaraci. A missão do Velho é assassinar os filhos de Norato. O objetivo de Cira é se vingar.

Walter narra sua história através de acontecimentos reais do cenário brasileiro e acrescenta cultura e folclore a cada situação. Foi uma viagem a tudo o que conheci na infância através de Monteiro Lobato, mas que agora ganhou um tom adulto, sensual, mais humano do que mito.

Além da originalidade, o autor merece ser parabenizado pela estrutura e revisão de sua obra. Ninguém precisa saber escrever corretamente para ser escritor, mas é preciso reconhecer isso e contar com profissionais que o ajudem a aprimorar o seu trabalho. Soube que a esposa do Walter é revisora e que o livro teve o seu toque. Ela também deve ser reconhecida por isso. Queria que ela tivesse revisado meu livro. *-*

O livro também é recheado de ilustrações feitas pelo próprio escritor.

Como disse no início, Cira e o Velho é leitura obrigatória para quem quer escrever. É um aprendizado sobre como se estruturar e desenvolver um livro, criar e fundamentar personagens. Um escritor não nasce de um piscar de olhos. Ler bons livros é um dos caminhos para escrever melhor. Como bem lembrou uma amiga, Thomas Edison já dizia: "Talento é 1% inspiração e 99% transpiração.". Ninguém nasce pronto.
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dani 11/12/2010

Cira e o Velho - Walter Tierno
Cira e o Velho foi um livro que me surpreendeu de várias maneiras positivas. Para começar traz como pano de fundo da história toda a riqueza do nosso folclore nacional porém vista com uma nova perspectiva, algo diferente, como um curupira que foi corrompido pelo mundo moderno e terminou viciado e cafetão. Fiquei muito feliz de ler uma obra que explorasse tão bem tudo que o nosso folclore tem de bom, fazia um bom tempo que não lia um livro com essa temática. Depois a narrativa é envolvente e sutil, o narrador vai nos contando sobre Cira e mal percebemos o quanto já foi lido.

A história se inicia com este narrador comentando sua busca pela história de Cira e com isso ele vai apresentando aos poucos o que aconteceu com essa personagem, filha da bruxa Guaracy e do cobra Norato, e que por um plano ardil de sua tia Maria Caninana terá que se vingar do Velho Domingos e assim sua empreitada traz diversas aventuras e novos personagens como a negra Nhá, os animais – reis entre outros.

O livro possui uma leitura fácil e cadenciada, todos os fatos são bem amarrados e a trama te segura mostrando coisas novas sempre, foi um livro que eu gostei muito e recomendo.

http://olhosderessaca25.blogspot.com/2010/12/cira-e-o-velho-walter-tierno.html
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naniedias 30/12/2010

Cira e o Velho, de Walter Tierno
Tudo começou com um pacote de figurinhas... Nada mais do que um simples hobby de criança. Mas aquela figurinha estampada com uma mulher muito branca, com longos cabelos negros e roupas vermelhas nunca mais saiu da cabeça do menino. Ele se interessou pela história de Cira e foi atrás de fontes, para conhecer melhor aquela lenda.
E foi através da boca de pessoas que, supostamente, conviveram com Cira que ele conheceu toda a história.
O Velho, paulista, Domingos, ou como mais quiser chamá-lo, é um homem que busca o lucro - o lucro acima de tudo! E é por uma promessa de altos ganhos, que ele vai atrás dos filhos de Cobra Norato. O primeiro, um grande guerreiro, ele consegue matar, apesar de não ter sido fácil e de ter perdido vários homens. Mas ele não imaginava que seria tão difícil matar a segunda filha... ainda mais que era apenas uma criança de 11 anos. Aliás, a verdade é que o Velho pensou que a havia matado. Ele subestimou a grande magia da bruxa Guaracy, mãe de Cira, que se utilizou de magia antiga, e proibida para salvar a si própria e a menina. Cira não iria deixar barato o que fizeram com ela e com sua mãe: ela iria atrás de vingança.

O que eu achei do livro:
Surpreendente! Esse livro é completamente diferente de tudo o mais que eu li nesse ano! E é um livro maravilhoso! Você gosta de mitologia? Lendas? E que tal lendas indígenas? E que tal uma lenda indígena que não fala sobre índios? Essa história me parece, e muito, uma lenda indígena! Não tem como não se apaixonar pela história!
E o final? Perfeito!
Walter Tierno tem uma escrita cativante, que faz com que ler cada página seja um prazer, mas sem ser cansativa ou demasiadamente rebuscada! E a história de Cira, contada aos poquinhos, é impressionante!
Cira é um personagem muito diferente, instigante. Ela é decidida, cruel, maravilhosa! E Nhá, que a acompanha em suas aventuras é uma menina doce, medrosa e fiel! Todos os personagens do livro são muito bem estruturados e desenvolvidos - gostei muito disso!
E como se tudo isso não fosse já o suficiente para fazer qualquer um se apaixonar por esse livro, ainda tem as ilustrações! São várias ilustrações pelo livro, lindas, e todas feitas pelo próprio autor - inclusive a da capa!
E aí? Ficou doido para ler esse livro? Realmente é um ótimo livro! Super recomendado!

Nota: 9
Dificuldade de Leitura: 6

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Tielle | @raposaleitora 20/01/2011

Resenha Livromaníaca
Cira e o Velho foi escrito por Walter Tierno e publicado pela Giz Editorial. Contém 232 páginas e ilustrações lindas da história, feitas pelo próprio autor. Recebi o livro do autor e me encantei com a qualidade do livro... é simplesmente lindo.

A história começa a ser narrada por um homem que desde criança é apaixonado pela lenda de Cira, filha do Cobra Norato e da bruxa Guaracy. Com o tempo este jovem não se contenta em olhar sua figurinha ilustrada, então ele parte atrás de pessoas que dizem conhecer bem a história de Cira e também de tê-la conhecido pessoalmente, entre eles Dona Nhá, o próprio Norato, um padre que sofreu um ferimento da heroína...

Mas a narrativa não se concentra nas conversas que o jovem tem com os entrevistados, mas reconta os relatos de forma que os minimos detalhes das batalhas, das dificuldades e de todas as emoções que os personagens viveram sejam vividos pelos leitores.

Domingos (o velho) é um homem ganancioso, inteligente e impaciente. Um dia ele é contratado por um Caraíba para um serviço que lhe garantiria muitos ganhos. Ele teria que matar os dois filhos de Norato, o primeiro filho foi morto com sucesso para o velho, mesmo tendo sido um serviço bem dificil, com perda de alguns homens; já a segunda filha foi mais dificil, a bruxa Guaracy dificultou muito o trabalho mas no final as duas jaziam no chão, encaminhando-se para a morte. Em seu último suspiro, a bruxa executou uma magia proíbida que deu à Cira o direito de vingança... e ela aceitará esse fardo com muito prazer.

Tierno nos leva à lendas indígenas e à uma mitologia maravilhosa. Os personagens são complexos e únicos, simplesmente amei a descrição ( e da ilustração) da "morte". Nunca vi nada parecido.

Livro super recomendado, e o que é ainda melhor é que é nacional. *-*
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