Realismo Capitalista

Realismo Capitalista Mark Fisher




Resenhas -


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@lucasmascarenhas 06/01/2022

Em uma sociedade onde toda a existência é avaliada em termos apenas dinheiro como sendo o ideal e a continuar consumindo ininterruptamente.E Com a crescente desregulamentação do capital e do trabalho. O livro faz uma crítica ao realismo capitalista como a crença ilusória de que não há alternativa ao capitalismo e que qualquer outra alternativa seria ilusória, utópica e inviável.
Aborda ainda os bloqueios e os sofrimentos de uma sociedade de classes em que a consciência de classes se encontra largamente adormecida.
?O capitalismo é inerentemente disfuncional e o custo para que ele pareça funcionar é demasiado alto?.
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Jônatas Iwata 06/01/2022

A escrita do Fisher realmente tem um ritmo bom e as ideias são, em si, interessantes. O problema é que não diferem muito da ideologia pós-pós-moderna de Twitter e Reddit (todo mundo sabe, hoje em dia, que a arte é instrumento de poder) e também não ajuda que o cara só sabe citar meia dúzia de autores dezenas de vezes. Incontável a quantidade de "de acordo com Zizek"s do livro.
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Anderson 05/01/2022

Mark Fisher apresenta seu conceito de "realismo capitalista", analisando a cultura, as subjetividades, cinema hollywoodiano, adoecimento mental e tantos outros elementos, aponta como o neoliberalismo conseguiu se impor como "única alternativa", sendo mais fácil imaginar o fim do mundo que o fim do capitalismo. Crítica ácida, leve e de grande envergadura, o livro é um convite a reflexão crítica e a construção de uma utopia alternativa ao capitalismo.
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claris 21/12/2021

falácia da democracia: para quem e a custo de quê?
estou sinceramente com preguiça de fazer uma resenha elaborada ou escrever sobre o que eu achei do livro - bom demais, por sinal - então vou deixar alguns trechos que eu destaquei:

?Para justificar seu conservadorismo, partidários de ordem estabelecida não podem chamar esse estado de ideal ou maravilhoso. Então, em vez disso, decidiram dizer que todo o resto é horrível. Nossa democracia não é perfeita. Mas é melhor que as ditaduras sangrentas. O capitalismo é injusto, mas não é criminoso como o stalinismo. Nós deixamos milhões de africanos morrerem de AIDS, mas não fazemos declaraçõ es racistas e nacionalistas, como Milosevic. Nós matamos iraquianos com nossos bombardeios, mas não cortamos suas gargantas com faces como fazem lá em Ruanda etc.?

? [?] a correlação entre o aumento das taxas de distúrbios mentais e o modelo capitalista neoliberal praticado em países como Grà Bretanha,Estados Unidos e Austrália. Na mesma linha de James, quero argumentar que é preciso reformular o problema crescente do estresse e da angústia nas sociedades capitalistas. Em vez de atribuir aos indivíduos a responsabilidade de lidar com seus problemas psicológicos, aceitando a ampla privatização do estresse que aconteceu nos últimos trinta anos, precisamos perguntar: quando se tornou aceitável que uma quantidade tão grande de pessoas, e uma quantidade especialmente grande de jovens, estejam doentes? A "epidemia de doença mental" nas sociedades capitalistas deveria sugerir que, a invés de ser o único sistema que funciona, o capitalismo é inerentemente disfuncional, e o custo para que ele pareça funcionar é demasiado alto.?

?Os anos 1980 foram o período no qual o realismo capitalista se estabeleceu, com muita luta, e criou raízes. Foi a época em que a doutrina de Margaret Thatcher de que ?não há alternativas?- um slogan tão sucinto para o realismo capitalista quanto se poderia querer - se transformou em um profecia brutalmente autorrealizável.?


?A chantagem ideológica que está por aí desde os primeiros concertos do Live Aid insiste que "indivíduos caridosos" podem acabar diretamente com a fome, sem precisar de nenhum tipo de solução política ou de reorganização sistêmica. [?] O objetivo era apenas garantir que partes dos lucros de transações específicas fossem destinados a boas causas. A fantasia era que o consumismo, longe de estar intrinsecamente implicado na desigualdade global sistêmica, poderia, ao contrário, resolvê-la.?
EU PRECISAVA COLAR ISSO POR AÍ SABE

O capitalismo, por sua própria natureza, se opõe a qualquer noção de sustentabilidade. Não existe e não existirá, enquanto persistir o fetiche pelo acúmulo de capital, um modelo sustentável ou ?amigo?.
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Igor Gil 13/12/2021

"A vitória da direita só é inevitável se pensarmos que é"
Eu esbarrei nesse livro por conta de uma indicação de uma indicação. O nome chamativo para aqueles que como eu são leitores assíduos de ficções científicas distópicas e pós-apocalípticas é uma isca muito bem colocada; mais ainda logo a primeira página do livro o autor citar nada mais e nada menos que "Filhos da Esperança". O que encontramos posteriormente é, talvez, ainda melhor (e pior), simultâneo ao fio de esperança que, por mas tênue, invisível e arrebentável que seja, une todas as distopias: a esperança.

Fisher tem um estilo de escrita bem "free style", deixando de lado determinados formalismos acadêmicos que vão desde um linguajar rebuscado e pedante aos inúmeros movimentos de citações e concretudes que separam fluxos de consciência anedóticos e ciência. Mas que fique claro, toda a influência que Fisher possui de Jameson, Deleuze, Guatarri, Zizeck e outros ficam claras, inclusive diretamente mobilizadas. Simultaneamente, temos um complexo emaranhado de ficções, livros e filmes, sendo constantemente citados e que são cruciais para entender o raciocínio do autor; e principalmente o conceito de hiperstição que responde a pergunta posta como subtítulo do livro.

Em capítulos estranhamente nomeados e mais ainda estranhamente organizados, Fisher nos guia por seus desabafos sobre o futuro, seus medos, sua depressão e como o imperialismo capitalista parece vencer, assim como sempre venceu, os resquícios de uma esquerda que ainda hoje luta para se reinventar e inevitavelmente fracassa; mas então para que lutar? A resposta está na mágica daquilo que é e daquilo que deveria ser.

O futuro é, e sempre foi talvez, um campo em disputa. Controlar o futuro é controlar o presente, mas não o futuro místico e astrológico que prevemos em instrumentos mágicos, mas sim o futuro imaginado, o futuro criado e, acima de tudo, o futuro creditado como verdade. O que faz do realismo capitalista a verdade em si é justamente a crença de que não h[a outra alternativa, não há outra escolha (frase repetida infinitas vezes pelo autor em todos os artigos do livro); mas é aqui que mora o ponto chave: o realismo capitalista precisa da crença de que ele é o único caminho, como uma profecia autorealizavel.

Realismo Capitalista deixa um gosto de amargura no céu da boca, mas também uma vontade fortificada de lutar contra o "real" imaginado. A herança de Fisher vive nos aceleracionistas de esquerda (ou fáusticos, como preferir), mas também vive nos fragmentos das identidades que pouco a pouco percebem e aumentam as rachaduras do próprio sistema, através de ferramentas que o próprio sistema fornece. Acelerar o inevitável, mas se apropriar da aceleração como de dentro para fora e de fora para dentro.

Que um dia, Fisher, em seu descanso cósmico possa ver as ruínas desse sistema opressor, o tiro final no sistema nervoso desse zumbi apodrecido comedor de carnes, futuros e humanidades; ou, simplesmente, que o movimento dialético-materialista da historia leve suas ideias àqueles que um dia findarão esse sistema.
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Caio380 05/12/2021

A angústia como efeito do realismo capitalista
Mark Fisher, desafia o leitor/leitora a imaginar as causas sistêmicas do sofrimento psíquico. A partir dessa proposição, Fisher, ao longo dos artigos que compõem o livro, procura apontar as causas sociais do sofrimento. A angústia, seria causada pelo "realismo capitalista" que limita os horizontes políticos da sociedade. Ao se colocar com a "única opção", o realismo capitalista, empobreceria no capacidade de imaginar alternativas ao regime. A leitura dessa obra é indicada a todos e todas que sentem a privatização da sua subjetividade. Ou, para quem pretende problematizar a depressão, a partir de fora, isto é, do social. Fisher foi um pensador sensível as mudanças estruturais do capitalismo do século XXI. Vale a pena ler. Quem sabe sua angústia diminua ao longo das páginas.

site: https://medium.com/@socioabsurdo/a-ang%C3%BAstia-como-efeito-do-realismo-capitalista-f75ed9012ca9
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Cachamorra 07/11/2021

Aquele tapa na orelha necessário
"É um tapa no pé da orelha." Foi o que pensei quando terminei o capítulo 'Não Sirvo para nada'. O livro é uma leitura necessária para nossa geração, que com a crença na meritocracia e no individualismo liberal, se cobra por resultados que não está em nossas mãos. Resultados esses impossíveis no atual modelo socioeconômico. Ler, no meio de uma Pandemia de Covid, que devemos pensar a depressão e outras doenças psíquicas, deveriam ser consideradas como resultado do sistema capitalista atual e consequentemente uma Pandemia (também) fez abrir uma nova área de interesses.

O livro abre para o leitor uma área de análise interessante, misturando cultura pop e análise marxista. Realismo Capitalista é um livro essencial para entender o dia de hoje.
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Victor.Albuquerque 13/10/2021

Pontos interessantes
A crítica de Fisher a uma esquerda que se recusa a lutar é muito boa e chama para o debate e acorda uma esquerda acostumada com a derrota, porém o livro na tentativa de buscar uma solução falha em muitoa pontos e pra mim a principal falha é acabar vendo o capitalismo de uma forma muito heterogênea e, basicamente, um retrato do capitalismo central.

Para um debate sobre a periferia do capitalismo e formas de organização popular não é um livro que pode acrescentar muito.
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tata 29/08/2021

Neste livro, Mark Fisher busca passar ao leitor a resposta pelo qual o realismo capitalista, sentimento em que esse seria o único sistema político e econômico viável, existe e continua mesmo após crises como a de 2008.
O livro traz linhas de raciocínio interessantes para justificar tal fato: com críticas ao neoliberalismo e à esquerda pela ausência de um efetivo ativismo contra esse sistema, além de demonstrar como o capitalismo não só atinge esferas políticas e econômicas, mas também as demais, como saúde e educação. Alguns dos argumentos me deixaram bem pensativa.
Algumas vezes eu me sentia um pouco perdida no meio das referências, de fato ele traz vários pensadores, filmes e acontecimentos para elaborar seus pensamentos, mas não acho que prejudique tanto a leitura.
Um bom livro, não diria para quem quer ler algo sobre isso pela primeira vez, sem entender conceitos básicos, mas para quem tinha essa pergunta martelando na cabeça: por que é mais fácil imaginar o fim do mundo do que o fim do capitalismo?
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Gabriel 08/07/2021

Leitura essencial!
Tô bem cansadinho pra fazer algum comentário mais elaborado, mas deixo aqui a recomendação dos escritos do Mark Fisher. São excelentes as explanações do mecanismo neoliberal!

Cada um dos artigos é extremamente assertivo e além das análises muito bem desenvolvidas, é também um prato cheio para se pensar a construção de ações políticas efetivas de enfrentamento ao jogo de precarização e desassistência do neoliberalismo.
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João Sales 27/06/2021

Realismo Capitalista
Realismo Capitalista, segundo Mark Fischer, é um sentimento disseminado de que o capitalismo é o único sistema econômico viável. Reduzindo qualquer tentativa de uma saída mais inclusiva e igualitária a mero devaneio fantasioso e utópico. É é essa confiança cega que o mantém em pé.

Ao mesmo tempo que as implicações oriundas do sistema econômico são tão evidentes, tais como a depredação do meio ambiente, a epidemia de doenças mentais e a desigualdade, estas são solapados por slogans vazios como "consumo consciente", "economia sustentavel", "capitalismo verde", meritocracia e etc. com o claro objetivo de maquiar um sistema inerentemente disfuncional.

Mark Fischer é um filósofo que se diferencia por fazer paralelos de suas análises com a cultura pop. Cita filmes e seriados para exemplificar seu ponto de vista.

Cheguei a essa obra após ler referências a ele feitas por David Wallace-Welles (Terra Inabitável) e Nancy Fraser (O velho está morrendo e o novo não pode nascer).
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11/05/2021

Realismo capitalista
Eu comecei a ter contato com o comunismo e cada vez mais fazia sentido mas ao mesmo tempo não é como se isso fosse uma possibilidade: é um consenso que a minha geração não vai viver uma revolução no Brasil. Mas por quê?
Peguei esse livro e logo de cara.. REALISMO CAPITALISTA!
Mark Fisher começa explicando esse fenômeno pós-moderno: a crença de que o capitalismo não é uma das opções de sistema, mas sim a única possível. O capitalismo passa a se apresentar como não ideológico, ele está aí e pronto, não temos como mudar isso. Ele é um sistema perfeito? Não. Mas não importa, pelo menos não é o comunismo??.
Então qualquer alternativa ao capitalismo é demonizada para que aceitemos ele como a única opção.
Fisher fala sobre "o Grande Outro" para depois nos mostrar que o capitalismo pós-moderno é a "anunciada renúncia da crença do Grande Outro", ou seja, o capitalismo assume publicamente suas falhas pois a estratégia de se manter não é parecer perfeito, mas sim inevitável.
Ler isso dá um desânimo... Ô se dá! Mas a gente não pode abaixar a cabeça, precisamos continuar lutando para destruir essa concepção de que o capitalismo é inevitável e lembrar todos de que existem outras opções!
Tiveram algumas partes do livro que achei difíceis, então pretendo reler quando eu for mais inteligente kkkkk. Mas aproveitei muita coisa dele, recomendo a leitura!
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Caetano.Bezerra 29/04/2021

"a vitória da direita só é inevitável se pensarmos que é"
Influenciado por um dos meus podcasts favoritos, me interessei assim que soube da tradução.

A escritura de Mark Fisher é bem mais leve que a maioria da filosofia que temos, e faz muitas referências a filmes e cultura pop.

O autor explica seu conceito de realismo capitalista, sendo a esfere da linguagem e mentalidade do neoliberalismo, que nos faz acreditar que não há alternativa. Fazendo isso, tenta nos empurrar pra frente, oferecendo alternativas e criticando algumas estruturas das esquerdas mais tradicionais.

Espero que logo tenha mais obras traduzidas.
Nanda 15/06/2022minha estante
Qual o podcast? rs fiquei curiosa da recomendação, pq o livro é incrivel




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