Lorrane 25/02/2023
Estilo "Sessão da Tarde"
O romance autobiográfico narra a história de Liz Gilbert, uma escritora norte-americana, de 34 anos de idade, em uma jornada de autodescoberta espiritual, como pessoa e pelos sentidos da vida, enquanto viaja por três países: Itália, Índia e Indonésia, ao longo de um ano, logo após passar por um turbulento divórcio e um namoro fracassado (quem nunca).
O que achei: A escrita da autora é bem fluida, leve e divertida. Um excelente passatempo para relaxar e desanuviar a mente, bem estilo "Sessão da Tarde". Há diversas curiosidades espalhadas pelo livro e reflexões sobre a vida que tornam a leitura bastante prazerosa.
Minha parte favorita foi a viagem à Indonésia (3ª parte do livro - Amar), onde a Liz se deparou com uma diversidade cultural bem distinta da dela e também da nossa, enquanto brasileiros, repleta de curiosidades. Por exemplo, os bebês balineses só tocam o chão, após o sexto mês de vida. Antes, eles são considerados "deuses" enviados diretamente do Céu e, por este motivo, carregados no colo. Há uma cerimônia bastante intrincada que transforma o bebê de "deus" em "ser humano", no 6º mês de vida da criança, conduzida por um xamã. Achei curioso. Aliás, há diversas outras curiosidades como essa, ao longo do livro, especialmente na parte da viagem à Indonésia.
Por ser um livro autobiográfico, requer um pouco de paciência para àqueles leitores ávidos por plot twists, ação, aventura, tramas instigantes e complicadas de entender. É um retrato da vida real, então, não espere uma história sobre "vilões e mocinhos", mundos mágicos e seres encantados (embora a gente ame livros assim também).
Em resumo: O livro é bom, de leitura bem fluída, tranquilo, sem gatilhos, que faz você querer arrumar as malas e embarcar em uma viagem rumo ao desconhecido também, em busca de autodescobrimento. Recomendo muito a leitura.