Isadora Silva 24/01/2024
Uma experiência única
Comer, rezar, amar é um livro sensacional, irreverente e arrebatador, acho que todas nós somos um pouco Elizabeth Gilbert, mas para gostar do livro depende realmente do momento que a pessoa está encarando.
Quando Liz (já somos íntimas) estava deprimida, presa a um casamento infeliz e totalmente perdida, chorou no banheiro e pediu ajuda a Deus, esse livro é o resultado do milagre Dele de alguma forma.
É um livro de memórias onde Liz narra suas experiências em busca de três coisa: prazer (Itália), Deus (Índia) e Equilíbrio (Indonésia). E ela encontra as três coisas, não da forma que imaginava, mas como precisava e isso é o mais bonito, não é um livrinho fofinho de "viajei para me encontrar", está mais para "eu não tinha mais nada a perder"
Eu gostei muito do livro, a escrita da autora é fluida, leve e em muitos momentos é como uma longa conversa, gosto da forma como ela expõe suas piores percepções com sinceridade e isso faz do livro um lugar seguro para o leitor. O livro tem pouquíssimos diálogos e ainda assim você não cansa dessa leitura. As pessoas que Liz conheceu foram incríveis e tornaram a viagem muito melhor.
A única coisa que me incomodou foi que a Liz usa África mais de uma vez como se fosse um país e não um continente gigantesco, além disso a expressão "humor negro" também aparece na obra, como foi escrito há um tempo, entendo que não era o caso de excluir, mas talvez de acrescentar uma nota de rodapé.
De toda forma eu super recomendo essa leitura.