A filha única

A filha única Guadalupe Nettel




Resenhas -


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Debora 17/10/2022

Não é sempre que um livro abre tantas possibilidades sobre a maternidade
Termino a leitura feliz e com o coração cheio de esperança.
Por meio do acompanhamento de 3 - ou 4 - vidas de mulheres, Guadalupe traça caminhos para se viver e enxergar a maternidade de muitas formas diferentes.
Não só a maternidade, mas, no meu entender, este é o fio condutor.
Me agradou demais a leitura, super recomendo. Mesmo pq é raro livros sobre a maternidade que abrem possibilidades de novos horizontes. Não vou dizer que não há dor, pq aí não seria sobre personagens mulheres e mães plausíveis. Mas, apesar da dor, há caminhos.
Tana 18/10/2022minha estante
Que bonito isso. Descreveu muito bem as sensações do livro!


Debora 19/10/2022minha estante
Obrigada!




ritita 17/05/2022

Ah, esta tal maternidade...
Tristíssimo, mas de uma delicadeza ímpar.
Três mulheres em situações diferentes da vida, que questionam, sofrem, negam e amam a maternidade.
A narrativa é profunda sobre afetos, amores, medos, incondicionalidade e operosidade do parir um outro ser.
Parir é uma imposição social? Pergunta Laura que não quer ter filhos e acha crianças uma chatice só.
Doris tem um filho com episódios de extrema violência com ela, e nada consegue fazer.
Alina, ainda que não pensasse em ser mãe, dá à luz uma menininha com prognóstico de poucos dias de vida.
O casal de pombos que mora na varanda de Laura nidificam ovos que não são seus.
Ser mãe é padecer no paraíso ou no inferno? Não é só usufruir e amar?
O que a sociedade e as próprias mães esperam delas?
Leiam e tirem suas conclusões.
Muito bom, mas também muito sofrido.
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@Marverosa 30/05/2022

Boa visão sobre maternidade
Varias mulheres, várias óticas diferentes, mas não seriam as mesmas?
Diria 4 mulheres, a mãe da protagonista rouba a cena, 5 mulheres, a babá tem sua vez, Guadalupe se aproveita das personagens e mostra diferentes facetas da maternidade e feminino.
Me toca no tema, enredo as vezes desliza, parece que o livro poderia ser maior em algumas partes, mas no fim é uma boa experiência de Leitura. Olhares atentos vão captar muitas mensagens neste livro pequeno.
Muito bom
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Jéssica Maria 11/06/2022

If you've never wept and want to, have a child
A leitura é muito fluida e muito agradável, os capítulos são curtos e te deixam com vontade de avançar na leitura.

O livro foi uma grande surpresa pra mim. A medida que avançava fui aprendendo a gostar das personagens e também criando empatia por elas.

Na verdade, todas as primeiras impressões que tive sobre a leitura foram sendo modificadas no decorrer em que ia lendo, porque as personagens também iam mudando.

Como é de se esperar, fala muito sobre maternidade e as expectativas sobre as mulheres. Fala também dessa relação entre mães e filhos, em várias fases da vida.

Eu gostei de tudo, até do momento em que a Laura soltava uns ensinamentos budistas. Não tenho que reclamar de nada!

Obrigada à Camila, do Podcast Indo e Voltando, que indicou esse livro no twitter!
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Tatiane 18/06/2022

Não consigo pensar em nada além de: QUE LIVRO!

A Filha Única traz questões sobre o papel da mulher e, principalmente, o papel da mãe na sociedade.

É possível uma mulher decidir que não quer ter filhos e viver bem com a escolha? É possível uma mãe se cansar do filho? Uma mãe questionar se não teria sido melhor a morte da filha? Uma mulher se doar totalmente a um filho que não é seu?

A resposta é um enorme "SIM!" escrito em letras maiúsculas e neon vermelho.

A humanização da maternidade que existe nesse livro me tocou muito. É uma descrição totalmente crua e realista de algo que a sociedade insiste em vender como "amor incondicional".

Essa humanização vem através do olhar de Laura, que escolheu não ser mãe. Durante o decorrer do livro ela percebe que as mães são, na verdade, mulheres com uma carga enorme que geralmente carregam sozinhas.

O que Laura faz é o que toda a sociedade deveria fazer pelas mães: oferecer apoio, compreender e não julgar.
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Gabriela 04/10/2022

Sensível
Livro extremamente sensível sobre escolhas e maternidade. Chego a dizer que nunca havia pensado em certos temas abordados sob esse aspecto, mesmo sendo uma temática presente em meu cotidiano. Recomendo a leitura, mas alerto que é forte.
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Pandora 06/10/2022

Este é o segundo livro de Guadalupe Nettel que leio e chego à conclusão que talvez seus escritos não sejam para mim. Sempre termino com a sensação de que ela quis tratar de vários assuntos, mas fica faltando alguma coisa, um aprofundamento.

No livro A Hóspede ela faz uma primeira parte primorosa, interessantíssima, que nos deixa totalmente envolvidos e boquiabertos, esperando o que está por vir. Aí amorna, e questões como a gerência de instituições para deficientes, os marginalizados sociais, o idealismo de uma sociedade mais justa e, principalmente, a abordagem do duplo, dos desdobramentos nas pessoas e na sociedade ficam um tanto atropeladas.

Neste La hija única, Laura (a narradora) e Alina são grandes amigas, tendo ambas vivido um tempo na França. Um dos motivos que as uniam era a decisão de não serem mães, o que de certa forma as colocava num grupo distinto daquelas conhecidas que abraçavam a maternidade. Mais tarde, já de volta ao México - para onde Alina retornara um ano antes - Laura se dedica à sua tese de doutorado e fica surpresa quando Alina lhe conta que ela e o marido estão há um ano tentando engravidar e que decidiram fazer um tratamento, ainda que fosse necessária a fertilização in vitro ou um transplante de óvulo.

Aqui, a autora trata de maternidade e amizade, de situações que nos colocam cuidando de alguém sem querer, situações em que os cuidados que teremos que ter vão além do que esperávamos, situações em que tudo muda de um dia para outro, situações sem controle. Mas mais uma vez senti que o princípio do livro foi cativante e depois foi amornando e se confundindo, até que eu estava desejando que acabasse.

A relação da narradora com a mãe, a depressão e passado de abuso da vizinha, o coletivo feminista, a situação do México, tudo é vapt-vupt. Numa certa altura, só a história da família de Alina me interessava.

Talvez se ela tivesse usado várias vozes narrativas? quem sabe?

A escrita de Guadalupe é fluida; ainda tentarei os contos, que não conheço.
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Cris 16/10/2022

Um livro sobre a relação de nós mulheres e maternidade, uma história bem contada e que traz muito nas entrelinhas. Um livro pra refletir, pra discutir, pra degustar... Mas não só sobre isso, é também sobre amor e amizade. Sobre autoconhecimento, sobre lutas e lutos. Um livro curto e com conteúdo incrível!
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Leila 31/10/2022

Um dos livros sobre maternidade mais legais que li nos últimos tempos, real, não idealizado e bem moderno. Super fácil de nos identificarmos com as personagens apresentadas independentes das escolhas por elas trilhadas, sendo você mãe (o meu caso) ou não. Personagens críveis e situações inusitadas mas não inimagináveis e impossíveis de serem vividas. Amei Lina com seus anseios e medos, suas dores e seus pensamentos "proibidos" mas tão verdadeiros. Gostei muito da narradora, concisa, segura de si, mas ao mesmo tempo aberta a novos rumos e novos desafios. Afinal a vida está aí para ser vivida e viver nunca é algo redondo né? as regras do jogo mudam constantemente e temos que dançar conforme a "música". Ser mãe não é fácil, não existe cartilha para seguirmos e não existe o tal "paraíso" prometido, só existe dias de luta e amor no coração para tentarmos ser o melhor que conseguimos e é muito legal lermos obras assim, que mesmo distante de nossa realidade, nos espelha. Recomendo a leitura.
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Lais da Mata 13/11/2022

O libro me pegou pelo título, mas o conteúdo era totalmente diferente do que esperava (pra melhor). As diveras formas de maternidade trabalhadas nesse livro é encantador. Sensível.
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Clarispectiana 26/12/2022

Literatura mexicana contemporânea
O tema da maternidade é muito presente nas minhas leituras e nesse caso, são mulheres que temem e rejeitam a maternidade. Incluso a essa rejeição ocorrem questionamentos a esse dito "dom natural", mas em contrapartida ocorre o encontro de afeto entre uma mulher e uma criança.

Achei um livraço, além de referências musicais e literárias o que para mim é sempre um deleite.
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Jaguatirica 29/12/2022

Que delícia de narrativa
Crônicas familiares, Memória e Maternidade são meus temas favoritos nos livros e geralmente vêm com coices pesados pra gente lidar. Nunca quis e não quero ser mãe, e sequer me passa pela cabeça esse desejo (tá mais pra pânico, um pânico terrível, quase tão pesado quanto o medo de morrer) mas Maternidade é um tema que me interessa, principalmente quando escancara algumas coisas que os tabus tentam encobrir. É isto que Guadalupe fez em A Filha Única, fez uma obra de arte linda, em formato de crônica, com personagens cativantes, deliciosos e que nos envolvem.

Um livro lindo, pesadíssimo, com uma narrativa de adrenalina (você começa e não para mais) e um interesse crescente vai te envolvendo. Meu shipp vigorando... Hahahaha.
Três mulheres e questões chaves: depressão pós-parto, luto, perda de identidade, esgotamento, solidão, e uma pergunta: o que é ser "mãe"? Quais violências e transformações internas e sociais recaem sobre um corpo com útero?

Obrigada por me tirar da ressaca literária, Guadalupe! Li em dois dias de tão apaixonada que fiquei.

Livro importantíssimo!
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EVELYN 01/01/2023

Ahhhh a maternidade!
Sabe aquele livro que você começa ler sem muita expectativa e é surpreendido ? Então, esse livro foi assim pra mim? QUE LIVRO BOM!

Laura é a narradora e nós acompanhamos as coisas a partir da visão dela, que conta o que está acontecendo com ela e com as suas amigas.

É um livro sensível, mostra que ser mãe não é uma maravilha, Alina que por um momento não queria ser mãe muda de ideia, engravida, descobre que o cérebro da filha não está desenvolvendo pois tem microlissencefalia e é informada de que a bebê irá morrer assim que nascer, passa por um luto antecipado no final da gestação, mas Inês surpreende a todos sobrevivendo mas será dependente dos pais pro resto da vida e agora Alina precisa aprender a lidar com isso. Doris, que ficou viúva recentemente, é uma mulher marcada pela violência que sofria antes do marido falecer e que não está sabendo lidar com o filho que tem vários episódios de raiva e não a respeita, ela está esgotada física e emocionalmente lidando com a depressão e o sentimento de amar muito o filho mas se arrepende de o ter tido porque sente que ele sugar toda sua energia, e não se sentindo capaz de cuidar dele decide mandá-lo para casa da irmã, e por fim Laura uma mulher independente que nunca gostou de crianças e priorizou sua carreia, estudo e viagens não quer abrir mão das coisas que gosta para ser mãe só por ser algo que a sociedade espera dela simplesmente por ser mulher, decidida a não ter filhos e faz uma laqueadura para não ceder a “?tentação”? e se arrepender depois, mas que acaba estremecendo relacionamento com sua mãe ao revelar o que fez, mas que acaba se apegando ao filho de Doris e passa a ser sua rede de apoio.

É um livro sobre mulheres, feminismo e maternidade, e sobre o pouco controle que nós temos com os acontecimentos da vida, foi o melhor livro que li em 2022 e recomendo muito leitura.

?Acho que chega um momento em que todas as mães percebem isto: nós temos os filhos que temos, não os que imaginávamos, ou o que gostaríamos de ter, e é com eles que temos de lidar?

?Uma Criança por mais terna e doce que fosse em seus bons momentos sempre representaria um limite a sua liberdade, um encargo econômico, sem falar do desgaste físico e emocional que traz consigo?
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Lívia 24/01/2023

A realidade da maternidade
Não conhecia a autora, mas fiquei completamente encantada com a escrita, encaixe perfeito de palavras e alusões! Eu amei muito!
Sobre a narrativa, acredito que não tinha como ser outra personagem, Laura foi feita para o papel de narradora: Crente que a maternidade e suas obrigações são imposições do patriarcado e que ser mãe não é tão bom quanto parece; mas a convivência com sua amiga Alina que deu a luz à uma criança especial e com sua vizinha Doris, que tem um filho com temperamento explosivo herdado do pai, faz com que a narradora adentre esse mundo das mães e filhos sem se dar conta.
A alusão das famílias com as pombas na varanda de Laura também fez com que o livro se tornasse mais sentimental e interessante.
O que eu mais gostei foi que em nenhum momento a maternidade foi romantizada e os pensamentos recorrentes das mães, que podem parecer loucos em alguns pontos de vista, mas que são reais!
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