luana 03/01/2024
Nós mulheres meio todas as mulheres do livro
?A filha única? foi uma compra aleatória, eu não sabia sobre o que se tratava e nem o que eu deveria esperar do livro, comprei num momento crítico da minha saúde mental e demorei bastante tempo para acabá-lo, mas diria que foi um dos livros mais confortantes que eu já li.
Laura é uma mulher que nunca quis ter filhos, ela acreditava que a maternidade era uma experiência que dividia as mulheres. A mulher tinha sua liberdade e sua individualidade antes dos filhos, depois ela vivia pela criança, isso fez com que ela decidisse que não queria ter filhos.
Sua visão sobre essa situação começou a mudar quando sua melhor amiga, Alina, decidiu que queria ter filhos com o seu marido e, além de querer ter um, ela estava tendo problemas com a fertilidade e fazendo tudo que fosse possível para engravidar.
Com o desenvolvimento da filha de Alina, Inez, Laura notou que ficava animada com aquilo e, quando Alina sofria, Laura notou que também acompanhava essa tristeza, mesmo que Inez não estivesse viva ou existisse individualmente, Laura desenvolveu um sentimento muito forte pela criança. Paralelo a isso, Laura também tinha uma vizinha chamada Doris, ela tinha um filho pequeno que tinha crises de raiva e quebrava tudo enquanto gritava com a mãe.
O livro mostra que, mesmo que a Laura tivesse optado por não ter um filho próprio, ela se sentia mãe e sentia o amor de mãe. Mesmo que ela optasse por se opor a pressão social de que a mulher precisa ser mãe, ela acabou desenvolvendo uma parte desse amor materno por outro personagem do livro.
Isso me fez refletir bastante sobre esse assunto, eu gostaria de ser mãe? Eu gostaria de passar pelas situações que Alina e Doris passavam? Como eu reagiria quanto a elas?
A minha parte favorita da leitura é poder tentar me enquadrar em um cenário qual eu não faço parte porque ele não existe e que me trás dúvidas quais eu ainda não tenho respostas.