Resenhas - A Casa Holandesa

Clara Vellozo 03/12/2023

É um livro acolhedor
A CASA HOLANDESA

Tem certos livros que pegam a gente sem nem mesmo entendermos porque. Foi o que aconteceu com a leitura deste livro tão agradável, tão simples e tão leve. Apenas quando tinha lido mais da metade que descobri o motivo do apego - me lembrou em partes a história do que já vivi - uma casa que representa o paraíso na Terra em uma época que não volta mais.

Ninguém quer ficar preso ao passado, mas sempre acontece dele se fazer no presente, seja em forma de pessoas, de um objeto, um cheiro, um lugar. É a missão deste narrador e personagem principal que está o tempo todo procurando entender o que aconteceu no passado que o transformou em que ele é no presente - as pessoas que amou, as decisões que tomou, os lugares que frequentou - e o que fazer agora em diante.

É um livro acolhedor, que acalma e acalenta o coração, veio em boa hora nesse sufoco que torna-se o fim de ano.

lAvia 03/12/2023

A casa holandesa
Uma das melhores leituras do ano. um livro sobre relações familiares, sobre o peso que o passado tem no nosso presente e sobre como esse peso, muitas vezes, só é carregado por hábito. todos os personagens são extremamente bem escritos, palpáveis, acreditáveis e, principalmente, humanos. lindo!

Cristina190 01/12/2023

Lindo
Simplesmente uma das histórias mais emocionantes e lindas que já li
Chorei em mais de um capítulo
Como eu sofri e como eu amei cada um desses personagens (menos a Andrea, que descanse em paz no inferno)

Eu sinto falta da Maeve e acabei de perder ela
E nossa como eu amei o Danny em cada página

Tô triste e com saudades já

ana ð 30/11/2023

Muito para digerir
Acabei esse livro e tive que esperar um tempo pra poder digerir tudo o que tinha lido e estabelecer uma nota e organizar a mente pra escrever uma pequena resenha.

eu acho que no todo eu gostei bastante do livro. apesar de geralmente eu não ler esses livros que não tem plot e é só contando a vida dos personagens, esse aqui me prendeu desde o início.

achei a leitura super fluida e quanto mais eu lia mais interessada ficava. algumas mudanças da passagem de tempo (que ia e voltava) me deixaram confusa algumas vezes mas no todo foi tudo ótimo.

a história é bonita. é intricada. complexa. real.

a sensação que eu tinha era de estar num chá da tarde com alguns velhos amigos em que eles me contavam como estavam a vida e como iam as coisas.

apesar disso tudo, algumas coisas me incomodaram:

- o danny parecia uma porta as vezes de burro sinceramente. parecia que não pensava em nada, não racionalizava nada e parecia que estava sempre esperando a irmã ou alguém dizer o que ele deveria pensar, sentir ou achar das coisas.

- apesar de ele ser o narrador e eu ter gostado da sua narração. ele parecia na maioria das vezes uma folha, sabe? sendo levada sempre pelo vento (alguém) para direções. parecia que ele não tinha vontade ou sentimentos próprios. quando mais criança eu achava ok, mas quanto mais velho ele ficava isso ficou um pouco irritante pq parecia que ele tinha a personalidade de uma porta

- o fato da maeve querer controlar a vida do danny (e o Danny deixar). aquilo de cursar medicina pra mim foi o auge pelo amor de deus, sério????? o garoto o tempo todo dizendo que não queria fazer aquilo mas não tinha pulso nenhum pra impor a própria vontade NA PRÓPRIA VIDA

- fiquei muito muito irritada que a maeve caiu de amores pela própria mãe quando ela volta e aí pega o danny pra Cristo pq ela não tratando a mãe deles como ela gostaria que ele tratasse???? de novo, são situações em que os sentimentos do danny são subjugados pelo dos outros, entendidos como se não tivessem qualquer validade. as pessoas passam por cima disso (e ele deixa).

🤬 #$%!& é completamente entendível a reação q ele tem diante de uma mãe que ele não tem qualquer tipo de lembrava voltar depois de anos de abandono pq queria ajudar todo mundo menos os próprios filhos. eu me coloquei muito nessa situação e acho que na verdade o danny pegou até leve com ela. eu teria feito bem pior

- a celeste parece que só abria a boca pra ver insuportável meu deus. eu não aguentava mais toda hora ela brigando com danny por causa da irmã ou por causa da casa pelo amor de deus sabe.

mas apesar disso, eu gosto da história. acho que ela foi bem real, bem humana em sua essência.

vale muito a experiência.

Aninha 29/11/2023

A Casa Holandesa
Não sei exatamente o que me fez ler esse livro em 4 dias. Apesar da narrativa devagar, sem muita atenção, o livro me prendeu. Talvez eu tenha ficado pensando: será que a vida deles vai se resumir a isso? E fiquei esperando que algo acontecesse. Aconteceu. Muitas coisas. Muitas reflexões sobre o passado e muitos ?se?. Será que a vida deles teria sido diferente se eles não fossem tão obstinados pelos passado e pela casa? Até que ponto vale o apego ao passado? Até onde somos capazes de aceitar o outro e de perdoar?

RayLima 27/11/2023

Sobre os fantasmas do passado, redenção e perdão
?A Casa Holandesa? de Ann Patchett é uma história apaixonante, um romance familiar que passeia entre o passado e o presente da vida de Danny e Maeve, um casal de irmãos do subúrbio da Filadélfia. Filhos de Cyril Conroy, um homem simples que conseguiu fazer uma pequena fortuna no ramo imobiliário e comprar uma mansão para presentear sua esposa, o que ele não esperava era que a Casa Holandesa (como a propriedade era conhecida por todos) acabaria por ser a ruína de sua família.

?Existem momentos na vida em que damos um salto, e o passado que nos sustentava até então sai de trás de nós e o futuro onde pretendíamos aterrissar ainda não está em seu lugar, e por um instante ficamos suspensos, sem reconhecer nada nem ninguém, nem a nós mesmos.?

A história é narrada por Danny, o filho mais novo, mas creio que a personagem principal seja Maeve. Com sua autoconfiança e personalidade forte, Maeve toma para si a tarefa de cuidar do irmão caçula. Essa ligação entre irmãos é cada vez mais fortalecida pelo tempo e pelas adversidades que eles passam. E é notável a influência que a irmã tem sobre o irmão, pois ao contrário dela, Danny é passivo e acata tudo que a irmã decide, até mesmo sobre o seu próprio futuro. Apesar de tudo, entre os altos e baixos da vida, a única certeza que eles tem é de que o outro sempre estará lá quando for preciso. E assim essa história emocionante vai sendo contada, ao longo de cinco décadas vamos acompanhar os desdobramentos e as reviravoltas dos irmãos Conroy.

Não quero falar muito sobre a história, pois o quanto menos você saber, melhor. É uma história muito bonita e bem escrita. Fala sobre as imprevisibilidades da vida, perdão, maternidade, casamento e a brevidade de tudo isso que faz parte daquilo que chamamos humanidade.

?Homens abandonam os filhos o tempo todo e o mundo os perdoa. Buda foi embora e Odisseu foi embora e ninguém deu bola para os filhos deles. Eles partiram em suas nobres jornadas para fazer o que bem quisessem, e milhares de anos depois ainda estamos cantando sobre isso.?

Além de tudo isso, é um livro viciante, todo o tempo eu queria que tivesse alguém que estivesse lendo comigo para poder conversar sobre esses personagens. A autora consegue te fazer sentir vários sentimentos diferentes, pois ela nos desperta empatia pelos protagonistas, então tudo que acontece com eles é como se estivesse acontecendo com alguém que nós conhecemos. Senti raiva, angústia, tristeza, mas principalmente amei Danny e Maeve, queria protegê-los e acolhê-los. Preciso confessar que comprei esse livro porque achei a capa linda, e me surpreendi, pois se tornou um dos meus favoritos do ano.

lele 25/11/2023

Uma leitura que vai estar comigo
é o tipo de leitura que eu amo. a narrativa é incrível, me emocionei tantas vezes. é um livro que vc precisa ler com calma e ir absorvendo. amei a construção da maeve e do danny. a sandy e a jocelyn são personagens tão carismáticas e até mesmo a may que apareceu pouco. favoritei.

Laura 23/11/2023

Esse livro foi realmente bom, principalmente a primeira parte e a terceira parte do livro. Infelizmente não gostei tanto da segunda parte porque achei os fatos que aconteciam menos interessantes. Achei interessante a ligação diferente que cada personagem tem com a casa , e como ela une tantas pessoas diferentes. Gostei de saber do drama da vida da Meave e do Danny, e como essa história é tão real e tocante. A escrita não é pesada e nem arrastada , mas eu achei que faltou para mim algo a mais nesse livro, gostaria que a trama tivesse se passado mais tempo nessa casa.

Ana 23/11/2023

A leitura é bem fluida, dá para ler o livro rapidinho, mas a história no meu ver, não apresentou grandes emoções, não teve nada de diferente.

kkkkkaren 15/11/2023

Sobre o luto e o perdão
Quanta falta faz uma mãe e quando falta ela deixa de fazer? É um livro muito bonito sobre o amor é o perdão. E sobre o luto.

Isabel 15/11/2023

Conforto
Numa maré de falta de empolgação com leituras, comecei a ler esse. Amei a narrativa, criei muito afeto pelos irmãos Maeve e Danny.
É uma história familiar cotidiana, com as surpresas da Casa Holandesa, feridas abertas do passado e muito amor e suporte entre os personagens. Gostei muito! ??

Andrea170 15/11/2023

Reflexões
Leitura fluida e envolvente com reflexões profundas da vida como ela é e não como esperamos ou gostaríamos que fosse. É simplesmente a vida.

Livro impactante sobre a natureza humana em várias gerações. Fica a mensagem de que, independente do rumo dos acontecimentos, a vida não seria nem melhor nem pior, apenas diferente. E talvez, nem tão diferente assim. Como trocar seis por meia dúzia.

Um dos grandes motes é o abandono do lar pela mãe. Em grande parte do romance, fica a ideia de que ela morreu e o pai não quis contar a verdade aos filhos pequenos. No terço final é revelado que ela realmente foi embora para “ajudar aos outros”. O filho, depois de adulto, questiona essa intensão (que foi às expensas de ajudar aos próprios filhos) e não consegue perdoá-la. Esse ponto de vista é bastante forte e dominante no livro e não contrabalança com a visão contrária, colocada de modo muito sutil, de que as mães são seres humanos e como tal cometem erros, alguns graves. Erros esses, perdoáveis aos homens que abandonam o lar, mas jamais às mulheres que “devem ser mães perfeitas” e que a “maternidade vem em primeiro lugar” mesmo que para isso ela precise renegar sua natureza. Chamou minha atenção também, fato do pai, e depois o filho/narrador, terem comprado casas grandes e enormes para suas esposas sem consultá-las e sequer se importar se era do seu agrado. É um livro forte, certamente desses que marcam a gente profundamente.

Camilla Milla 14/11/2023

A Casa Holandesa
Amei este livro, indico pra todos!
Este livro fala sobre pessoas, relacionamentos, memórias, traumas, escolhas e consequências. É muito completo. A história me envolveu demais, é tão dolorosa e real, foi bastante densa, li devagar saboreando aos poucos.
A trajetória do Danny e da Maeve foi triste, serem expulsos da casa repentinamente e viverem presos às memórias. A visita à casa no final foi pesada.
Sobre a Elna, uma personagem real, bem escrita e que eu odiei. Uma mãe egoísta que abandonou a família pra ajuda desconhecidos, que volta quando a filha já idosa infarta e depois opta por sair da casa da filha pra cuidar da madrasta que expulsou os filhos de casa e lhes causou tanto mal.
Eu queria um final mais feliz para a Maeve, ela e o Danny mereciam ficar com a casa, e não a May, que só se parecia fisicamente com a tia, mas que a história não trouxe muitos detalhes da personagem.

Livinha 11/11/2023

Um livro diferente. A protagonista aqui é a casa, não os personagens. Aqui temos a descrição de histórias de famílias que tiveram a experiência de morar na Casa Holandesa, trazendo uma em particular. Uma obra que fala sobre amor - ou a falta dele, perdão, falta. Uma mãe que abandona os filhos e o marido para ir em busca de si mesma. E filhos lidando com a ausência da figura materna - e colocando a casa quase como um símbolo de acolhimento (ou, mais uma vez, a falta dele). Aqui também temos a fetichilizacao da desgraça, muito bem desenvolvida pelos irmãos, que, mesmo após anos, ainda voltam à Casa Holandesa para vê-la de longe. É um livro lento, mas muito bom.

mdudalivros 29/10/2023

A Casa Holandesa foi um livro em crescente. A narrativa cresceu em mim ao longo das páginas à medida que Danny e Maeve, eles próprios, amadureciam (ou tentavam). Esse livro aborda sobretudo o que é ser família. Muito mais do que laço sanguíneo e parental, família é cuidar. É se fazer presente. E muitas vezes, não recebemos isso de quem se espera receber, provocando traumas que podem perdurar até a vida adulta.

Criei um carinho enorme por esses 2 irmãos
e respeito pelo amor - muitas vezes não saudável - que eles tinham pelo passado na Casa Holandesa, um castelo de um conto de fadas que durou pouco e marcou muito.

Foi uma leitura extremamente fluída e reflexiva, senti muito pelos personagens e por mim mesma, ao me imaginar perdendo a minha própria ?Casa Holandesa?. Ansiosa para ler mais livros da autora ou nessa pegada de drama familiar ??