Resenhas - A mulher ruiva

Michelle 31/03/2021

Não é um livro simples de gostar. A vida de Cem é influenciado por mitos de tragédias entre país e filhos e o final da sua vida acaba bem previsível.

@gezaine_ 18/01/2021

Foi meu primeiro contato com o autor e gostei bastante da experiência. Seu estilo de escrita me agradou, os capítulos são curtos, tornando a leitura fluida. Fiquei com vontade de ler outras obras de Orhan Pamuk.

Wesley.Sancho 21/02/2021

MINHA NOSSA ?
Eu não conhecia o autor, muito menos o enredo do livro, decidi ler sem ler o prefácio e sem pesquisar mais sobre ele. Minha ideia era não criar nenhuma resistência prévia, acabou que deu certo e sem dúvida esse foi um dos melhores livros que já li e um dos mais surpreendentes.
A narrativa é apaixonante, fiquei confuso entre as decisões dos personagens, perplexo como mitos e contos influenciaram de forma tão contundente aquelas pessoas, refleti sobre a relação da sociedade e da religiosidade turca com o desenrolar do trama, me impactou demais como o livro conseguiu passar a influência da paternidade, passar as emoções de forma tão vivida, ao ponto que eu me senti de luto com personagem, com raiva e aliviado com ele.
Quando achava que tinha entendido toda a estrutura da obra, virava a página e tinha uma surpresa que me fazia repensar tudo que havia lido, quando terminei a última página, a última frase, parecia que todos os sentimentos que o livro me transmitiu, voltaram de uma única vez.
Que experiência incrível.

Wagner269 07/03/2022

O poço que há em nós
Passamos horas mirando as estrelas, pensando em como atingir o céu. Sonhando com a morada dos deuses, mas o Paraíso pode estar sob nossos pés, e talvez precisemos cavar um poço fundo para atingi-lo, sem desistir diante das provações.
Ao cavarmos em nós mesmos, tão profundamente exige coragem, resiliência, persistência e fé (esta coisa abstrata que surge em cada um de nós e nos impele a passar pelo purgatório) e então encontrar a água.
A mulher ruiva se orgulha em dizer que escolheu ser ruiva a despeito de quem já nasceu assim, contra o destino. Mas ignora ela que o destino quisesse que ela fosse assim, para que então os olhos de Cem fossem capturados para ela e então ela reconhecesse nele o seu destino interrompido.
Um filho abandonado por seu pai biológico, quase mata um pai simbolico ao abandona-lo por ciumes e raiva e expiará essa culpa e por essa culpa é que perderá seus olhos. Talvez tudo seja acidental e coincidência para quem acredita que possa ser, mas quem conhece a força do destino, reconhecerá nisso tudo uma força desencadeadora.
Quantos poços teremos que cavar em nós mesmos para acharmos água ou quão profundamente teremos que cavar?

Emanuell K. 21/02/2021

Uma obra que brinca com o folclore e com os mitos literários. Pamuk realmente me conquistou nesse livro! Demonstrou que dá pra falar de histórias antigas sem perder o prumo!

Fernanda 05/05/2021

O início onde é descrito incessantemente a função de cavar poços foi bem difícil para mim.
Em determinado momento o desfecho estava evidente, mas acabou se tornando surpreendente.

@eleeoslivros 20/01/2021

fui surpreendido positivamente com esse primeiro contato com Orhan. que livro, que final de cair o cy da bunda!

Nilodanilo101 21/03/2021

Vamos de novo?
No começo o livro tem bastante dificuldade de prender o leitor. Até a metade do livro realmente é tudo muito descritivo e arrastado, com poucas reviravoltas e revelações para manter o leitor vivo. Porém da metade para o final o livro não só ressuscita, como também da motivos para o leitor desejar ler tudo de novo e com o triplo da atenção.

isabelhias 05/12/2023

Bem escrito, envolvente, e a leitura voa.
Não conhecia nenhum trabalho do autor e acabei comprando o livro só porque estava de promoção mesmo. E foi uma surpresa muito boa!
O narrador e personagem principal relaciona a sua falta de presença da figura paterna, bem como o posterior homem ocupante desse papel, seu mestre cavador de poços, com os mitos do Édipo Rei, em relação ao parricídio, e a história de Rostam e Sohrab, um filicídio de uma epopeia persa. Conforme o título, muito se fala da sua paixão inédita e avassaladora por uma mulher ruiva, que vai mudar o rumo da vida do personagem e encaixá-lo ora em um dos arquétipos, ora em outro.
A construção da vida conforme os mitos e a ideia de que a realidade ocorre ?imitando? essas lendas é a trama subjetiva principal. O livro é bem escrito, ou escrito certinho conforme meu gosto, com riqueza no aprofundamento dos processos de pensamento, na moralidade e nos devaneios do personagem.
Com certeza me fez ter vontade de ler outros livros do autor.

Gláucia 19/02/2021

A Mulher Ruiva - Orhan Pamuk
Primeiro livro da Tag do ano de 2021 e meu primeiro do autor.
Um jovem de 16 anos passa uma temporada como aprendiz de um escavador de poços que o regala com lendas e histórias populares, muitas delas baseadas no Alcorão. A história de Édipo também tem grande influência na vida do jovem Cem, nosso protagonista. Cria-se um laço entre os dois e a leitura nos conduz a esperarmos um paralelo entre as histórias narradas e o destino dos dois. A mulher ruiva será o pivô desse desenlace.
Apesar de curto achei um pouco cansativo e repetitivo.

Idelgardo.Silva 08/02/2022

Spoiler sem Spoiler...?
Não fui fisgado logo de cara, mas sabe quando algo te diz que você pode ser surpreendido? Foi bem o que aconteceu, mas foi bem na página 110 a coisa começa a desenvolver... antes disso você quer logo que o cavador ache logo a bendita água... kkkk
Brincadeiras a parte, o livro foi muito bom ainda mais que me fez sair da minha zona de conforto. Vale apena a leitura.?

Flavia.Borges 12/07/2022

Verossímil como uma história verdadeira e familiar como um mito.

Nosso caráter é forjado não somente por nossas liberdades, mas também pelas forças de história e lembrança

Rafaela.Garcia 14/02/2021

A história tem como tema central relação entre pai e filho. O começo do livro me prendeu demais, mas quando chegou na segunda parte achei muito repetitivo e a história foi perdendo a graça

Andre.S 23/07/2021

Um livro que prendeu minha atenção nos primeiros capítulos mas que descambou em um marasmo literário total com fim decepcionante. Perda de tempo.

Vicky 30/09/2021

O que águas turvas podem esconder
Há muitos pontos de análise interessantes na narrativa deste romance. A retomada cíclica de mitos como Édipo de Sófocles e o épico Shahnameh dão um toque especial para esta história que reserva segredos comparáveis às águas turvas de um poço fundo. As dicotomias entre homem e mulher, Ocidente e Oriente, pai e filho, cidade e província, avanço tecnológico e trabalho manual são abordadas por Orhan Pamuk continuamente, criando-se assim um aspecto de moralidade clássica tocante e que cresce conforme a narrativa se desenvolve, atingindo seu ponto máximo através do desfecho mitológico.