yeuxdelilah 27/04/2024
"Quando o dedo errático do destino aponta para você, todas as estradas levam ao mesmo lugar."
Aqui temos um narrador de 22 anos que nos conta acontecimentos intrigantes e horripilantes da sua vida a partir do momento em que descobre uma habilidade incomum: James Conklin vê gente morta.
Ele não apenas vê, como também pode conversar com elas! Os mortos quando acabam de morrer apresentam algumas características: maior visibilidade, sempre são encontrados no local ou perto de onde morreram e a fala é audível para aqueles que os enxergam. A medida que o tempo passa, fica mais difícil de serem vistos e ouvidos, o que, com certeza, é um alívio para Jamie, já que ele vê esses recém-mortos na forma como perderam a vida, ou seja, se alguém foi morto com um tiro na boca, é assim que Jamie o verá.
Nesse desenrolar, conhecemos a mãe do protagonista, chamada Thia, uma agente literária que criou o filho de forma solo (depois descobrimos o porquê). Os dois têm uma relação saudável, mas assim que ela descobre a habilidade de Jamie, Thia pede para que ele guarde segredo e nunca conte a ninguém.
Porém, com uma crise financeira em andamento e quando um dos autores famosos e proeminentes agenciados por Thia morre, ele vê a oportunidade de conseguir, através do filho, uma forma de saber o enredo do livro final da série escrita pelo autor tendo em vista o desespero da mãe ao temer entrar em falência. Então eles partem nessa jornada auxiliados pela amiga policial de Thia, Liz, que dirige até a casa do autor para tentarem encontrá-lo. E essa é apenas uma das aventuras, porque um pouco depois Liz também pede a Jamie que a ajude com o caso de um terrorista: Thumper, que planejou e montou bombas em um lugar desconhecido antes de morrer.
Gostei muito desse livro, foi o primeiro King que eu li e posso dizer que foi uma leitura envolvente, rápida, assustadora, mas também divertida. Gostei dos personagens secundários e achei o enredo bem fechado. Porém, o que me desagradou um pouco foi o final corrido. No mais, também adorei o fato de termos aqui uma criança como protagonista, o que quase sempre me agrada em livros.