Klara e o sol

Klara e o sol Kazuo Ishiguro




Resenhas - Klara e o Sol


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Minha Velha Estante 17/06/2021

Estamos nos EUA, mas em um futuro onde encontramos Klara, que passa os dias alternando lugares na loja em que mora, observando o comportamento dos humanos que passam diante de sua vitrine e dos seus amigos AA como ela e sonhando em ter uma boa criança a quem fará companhia.

Mas porque a necessidade de Amigos Artificiais? Nesse futuro, crianças e adolescentes vivem quase que em total isolamento (sentiu algo familiar???), assistem aula por videochamada e os encontros entre amigos são feitos em um ambiente controlado, onde os pais estejam separados apenas por um parede. Ah, e todos são manipulados geneticamente, ou não são vistos com bons olhos pela sociedade que não acredita em apostar apenas na natureza. E mesmo entre os adultos você não encontra um nível de interação muito maior.

Klara se torna AA de Josie, uma garota meiga e frágil, com uma doença grave que pode levá-la a morte. E nesse ponto temos uma discussão muito interessante que questiona o quanto do ser humano pode ser modificado, replicado ou substituído pela tecnologia. Um debate ético filosófico que questiona a aceitação da finitude da vida humana e mexe com o leitor.

Apesar de observadora, Klara não é capaz de entender todas as camadas do ser humano e sua capacidade para a maldade. Alimentada por energia solar, Klara vê o Sol como um ser todo poderoso que é capaz de nutrir AAs e humanos, considerando sua existência vital e a falta dela, um dos motivos para Josie não se recuperar. Pegando o gancho, Ishiguro aproveita para falar de meio ambiente, já que Klara acredita que o sol estaria zangado por conta das fábricas que estão poluindo o céu com suas grandes chaminés, empreendendo uma luta pessoal para acabar com a poluição.

Klara e o Sol é uma narrativa lenta, mas no ritmo certo para levar o leitor a caminhar junto com a protagonista, embarcando nessa descoberta de mundo que Klara faz onde a observação é a principal ferramenta para entender o mundo em que se vive e o questionamento de tudo ao seu redor é essencial para fazer escolhas.

site: https://www.minhavelhaestante.com.br/2021/05/klara-e-o-sol-kazuo-ishiguro.html
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Evy 19/07/2023

Achei interessante
Gostei bastante dessa leitura, achei envolvente, fiquei intrigada em uma boa parte da leitura. O autor vai explicando o mundo aos poucos e isso foi me deixando envolvida.
É interessante como a gente se apega à Klara e vai tentando entender as emoções junto com ela. Os outros personagens eu não consegui me conectar.
Em certo momento fiquei sem entender o rumo da história e a ligação da Klara com o sentimento da fé, mas aos poucos fui refletindo e pude ver sentido nas ações dela.
Gostei da escrita do Kazuo e pretendo ler outros livros dele.
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Edu 01/09/2021

Até que começou bem, mas...
Uma ficção com uma proposta mega interessante que te fisga de jeito logo no início. Lembra os melhores filmes com personagens dotados de inteligência artificial.

Li metade em um dia. Depois desngringolou completamente. Dos caminhos que a história poderia ter seguido, o autor escolheu a mais rasa, sem sal e pouco inventiva para o universo criado.

A história poderia ser adaptada para um filme ou uma série, com mudanças essenciais na história da metade para o final e com certeza ia ser sucesso.

Se você está procurando algo água com açúcar para ler, continua sendo uma opção razoável.
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Flavio.Vinicius 19/08/2021

O lirismo da máquina
Livro belíssimo, poético, filosófico, profundo. Uma história de amizade (ou não?) entre uma robô e uma menina com uma doença grave. Um contexto mais amplo e geral que circunda todos os personagens e não é explicado pelo autor. Questões amplas sobre a própria característica da humanidade: afinal, existe algo específico a cada ser humano, que nos individualiza e nos faz únicos? Ou isso é apenas uma ilusão que contamos a nós mesmos?

Kazuo Ishguro é brilhante quando retrata cotidianos, detalhes e pequenezas da vida circundados por um contexto amplo. Em Quando éramos órfãos, o contexto é a guerra entre o Japão e a China; em Vestígios do dia, o nazismo. Klara e o Sol traz o contexto de uma sociedade distópica, destroçada pela desigualdade, em que os seres humanos estão paulatinamente sendo substituídos por máquinas.

Uma obra brilhante, para ser lida ao som da cantora britânica Dido e a canção "See the Sun" (essa música foi uma dica que li num comentário aqui mesmo no Skoob). Amei o livro.
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Anna.Giulia 04/12/2021

Acabo o livro sem entender 10% da história. As dúvidas que tive ao longo da leitura não foram desenvolvidas nem explicadas
Thaís Furlan 10/01/2022minha estante
Me senti igual. Um monte de pontas soltas, tudo jogado




Estante do Papai 21/04/2024

Chorou em "Flores para Algernon"?
Este livro é para pessoas sensíveis. Para aqueles que vêem além do material. Linguagem sensível e história simplesmente linda. Por enquanto, meu preferido de 2024!
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Beatriz.Cruz 27/08/2022

Klara e o Sol é um livro delicado e encantador
Klara e o Sol conta a história de uma robô (Klara) que tem a tarefa de cuidar de Josie, uma adolescente doente. A história começa na loja em que Klara é exibida para potenciais compradores até sua acomodação e cotidiano na casa de Josie.

Apesar de ser um livro sutil e muito bem escrito, surpreende por ser fácil de ler. Algumas partes desse mundo futurista são enigmáticas e paulatinamente, acabam sendo desvendadas pelo leitor, tornando a obra um pequeno quebra-cabeças.

Trata-se de um excelente drama misterioso com uma pitada de sci-fi. Recomendo a todos que gostam de uma leitura leve e estão dispostos a derrubar algumas lágrimas.
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Clara 30/10/2021

Livro bonito, lento mas bonito. É uma história sensível e delicada, quem gosta de muita ação e movimento talvez não vá gostar muito. Eu só consegui apreciar de verdade quase na metade porque começou a fazer mais sentido pra mim.
É o tipo de livro que se virar um filme vai ter uma fotografia linda. Pelo menos na minha cabeça tudo parecia muito bonito ?
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Laura.Bianchini 14/09/2021

Uma narrativa permeada de reflexões
Acredito que foi um livro muito diferente de tudo o que eu já li.
A narrativa em primeira pessoa evidencia os pensamentos e análises de Klara, uma AA - espécie de robô-, enquanto os elementos políticos e sociais desse tempo são apenas pincelados de forma secundária. Achei muito curioso que as reflexões suscitadas pela obra não estão exatamente explícitas, mas certamente estão lá.
Os AAs foram desenvolvidos para auxiliar no desenvolvimento das crianças, mas principalmente para afastar a solidão delas, o que indica um progressivo isolamento das futuras gerações, evidências do que já presenciamos na atualidade. Ademais, o livro aborda uma questão central no campo da bioética, que só é explicitamente revelada no decorrer do livro, mas envolve a relação entre os ''elevados'' e os ''não elevados. Sem contar na referência sutil à ambientação política desse tempo, elemento que eu gostaria que tivesse sido mais desenvolvido. Tudo isso é envolto em uma sutil camada de mistério, que me prendeu completamente.
O ponto levantado sobre no que consiste a essência humana foi muito tocante. O que nos particulariza? O que nos torna únicos, insubstituíveis?
Me apeguei à Klara desde o início, foi um livro que me provocou muitas emoções e reflexões. Mas ainda preciso refletir mais sobre o final, sobre o que significou tudo aquilo. Ainda sim, um livro maravilhoso!
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Monique | @moniqueeoslivros 14/02/2022

Klara and the Sun
{Leitura 07/2022 - ?? Japão}
Klara e o Sol - Kazuo Ishiguro

Essa é a história de uma Inteligência Artifical desenvolvida para ser a companhia perfeita de uma criança. Depois que a criança escolhe determinado AA, sua tarefa é prezar pela sua segurança, educação e não deixar que ela se sinta solitária. Se for bem sucedida, até sua juventude.

Falando assim, o livro parece ser quase um sci-fi clichê. Mas aqui nessa obra, a ideia de o narrador ser uma inteligência artificial, para mim, foi apenas o recurso utilizado para que a gente pudesse ter uma ideia de como alguém de fora - de fora mesmo - entenderia e analisaria o ser humano.

Saramago nos disse que "para ver a ilha é preciso sair da ilha". E o percurso do livro vai nesse caminho. O nosso comportamento, nossas emoções e nossa racionalização com as coisas que nos acontecem é complexo e muito, muito interessante. Ao mesmo tempo, um "robô" que observa e apreende isso tudo não tem a capacidade de se tornar uma pessoa. O que lhe falta?

Klara e o Sol é uma história de amizade, de fé e esperança, e também de indagações sobre que mundo estamos construindo, e que relações estamos cultivando. A ficção científica acaba sendo aqui um pano de fundo para a realidade humana, mostrando que essas duas coisas mencionadas - ficção científica e realidade humana - não são tão opostas quanto o dicionário nos leva a crer.
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mlnprf 24/02/2024

Decepcionante e completamente desconexo
Eu tentei, juro que tentei, mas não rolou.

O Ishiguro erra uma série de vezes: personagens sem personalidade com diálogos vazios e um monte de desculpas esfarrapadas. Todos têm "algo a esconder" e nada fica explícito no livro. Existem, pelo menos, três personagens com doenças inexplicáveis, incluindo a própria Josie (o autor queria algo muito utópico que pudesse fazer um robô ser capaz de salvá-la, enquanto toda uma equipe médica não). A irmã falecida da Josie (até então inexistente) é citada no meio do livro só para criar um plano de fundo para o drama, tendo em vista que logo depois ninguém toca no nome dela.

Em algum momento a Klara fica preocupada com a saúde da Josie e faz uma promessa muito aleatória com o sol. Contudo, enquanto nesse momento a Klara visivelmente quer ajudar e salvar a Josie, na primeira oportunidade que a mãe sugere que, caso a filha morra, a Klara ocupe seu lugar, a Klara simplesmente aceita (!) sem argumentar (pelo contrário, ela vê o protótipo da Josie pendurada e não tem nenhuma reação de raiva ou traição). Isso foi um contraponto tão absurdo! Talvez fosse mais interessante se a Klara começasse a demonstrar sentimentos de ódio naquele momento (diferente dos que ela aprendeu, para trazer um aspecto realista e humano), mas não! ela vai continuar sendo um robô inocente pelo resto da narrativa.

Para melhorar, além de toda a distância e relação super esquisita entre a mãe e a filha, nesse exato momento percebemos que a mãe já cogita que a filha vai morrer e já planeja ter um robozinho dela! Que bizarrice! Se a Klara se tornasse a Josie durante o período de luto seria uma proposta completamente diferente do que existir um “planejamento” prévio (!) da morte da própria filha.

Outros pontos desconexos são: 1. quando a Klara "destrói" o robô retirando um fluido muito aleatório da cabeça dela absolutamente do nada; 2. a conversa bisonha da mãe do Rick com o ex-namorado dela (que não acrescenta em nada a história) e 3. o fato de Rick e Josie se afastarem sem qualquer motivo plausível. Entretanto, a cereja do bolo fica para a mãe da Josie que defende não destruir a Klara e permitir seu "lento desvanecer" (ps: nesse ponto o robô já passa a maior parte do tempo dentro de um depósito), mas logo depois a Klara é descartada para algum ferro-velho. Aqui, nenhuma surpresa, apenas o puro suco da hipocrisia humana.

Para não dizer que foi tudo ruim, o último diálogo é até sensível. Klara encontra a Gerente da loja que já sabia do destino óbvio dos AA que ela vendia, mas não esperava que a Klara (a mais inteligente) tivesse o mesmo destino. Nas entrelinhas, existe sim uma crítica à problemática sobre o que nos faz humanos, até que ponto vai o desenvolvimento científico e sobre a descartabilidade dos IA quando não é mais conveniente.

A grande questão é: a proposta não era ruim, mas foi muito mal executada. A Klara era uma personagem perspicaz, que poderia ter desenvolvido sentimentos honestos e até ter se tornado uma personagem mais humana, mas no final acabou sendo mais um aspirador de pó descartado num terreno baldio. Maçante e decepcionante.
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Thainara Ramalho 22/06/2023

Klara e o sol
Primeiro livro desse autor que leio, e sem dúvidas lerei outros!
Eu amei esse livro, embora somente a personagem Klara tenha meu coração, e talvez o Rick kkk os outros achei todos injustos e chatos?
Algumas coisas ficaram sem respostas óbvias, mas da para imaginar nas entrelinhas as devidas respostas.
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