A odisseia de Hakim

A odisseia de Hakim Fabien Toulmé




Resenhas - A odisseia de Hakim


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Dragons 01/05/2024

Extremamente intenso. Acredito que dentro as obras do autor, a trilogia da Odisseia de Hakim compõem a obra mais dilaceradora do autor. Mesmo sendo em HQ ( o recurso da descrição minuciosa é restrita), a dor, o desespero, a angústia são plenamente sentidos. Viciante. Não consegui parar de ler.
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hadascm 24/04/2024

"fazia tempo d+ q eu corria atrás de algo q smp me escapava"
Não consigo pôr em palavras o quão pungente essas HQs foram para mim. Com poucas cores e sem romantizar ou distorcer a figura do Refugiado, Fabien Toulmé veicula com responsabilidade os relatos que lhe foram confidenciados por Hakim (pseudônimo), incutindo no leitor as emoções e a intensidade dos périplos vivenciados por ele, cada angústia e cada medo intensificados pelo peso do filho que ele carregava consigo. É assustador pensar que há tantos outros cujas histórias, que são, nas palavras de Hakim*, "(...) diferentes mas, ao mesmo tempo, tão semelhantes em desespero, desgraça e miséria", nunca serão contadas. É igualmente angustiante saber que a maioria das pessoas que conseguem, de fato, fugir de seus países em momentos de desgraça são as que, como pontuado por Hakim, já eram consideravelmente privilegiadas em seus países natais, e que, portanto, os mais desamparados pela guerra e pela pobreza sequer têm as condições de arcar com todo o "business do desespero".
Achei genial a escolha do autor pelo uso da metalinguagem, ocasionalmente mostrando momentos da "entrevista" com Hakim*, porque deixou dolorosamente claro que a labuta de Hakim* e de sua família como imigrantes não findou ao chegarem na França; pelo contrário, eu tive a impressão de que ele estava revivendo seus dias na Turquia, no Líbano e na Jordânia.

Eu terminei esse livro há alguns dias, e ainda penso em Hakim e sua família ? tanto os que estão tentando construir uma vida na França, quanto os que ficaram na Síria ? todos os dias. Se eu fosse professora ou, sei lá, se eu trabalhasse na área da educação, eu tornaria essa leitura obrigatória. É preciso humanizar essas pessoas, que, como o autor comentou no início da primeira HQ, e que eu mesma já havia reparado antes, são constantemente desumanizadas pelo modo apático como a mídia trata os casos de quem morre atravessando o mar, tentando fugir da desgraça em seus países natais, e a questão imigratória em geral; é tão desproporcional à real gravidade da situação, que tornou muita gente indiferente a dor desses imigrantes. São pessoas que, assim como Hakim* ? que havia acabado de comprar e reformar o apartamento que planejava morar quando se casasse, e só queria continuar cuidando das plantas de seu viveiro ? também tinham sonhos e ambições e vidas inteiras que deixaram para trás. Pessoas que, ao contrário do imaginário popular, não escolhem países Europeus para roubar empregos (até porque dificilmente os conseguem, como testemunhado por Hakim*) e viver um "European Dream", e sim porque, além de serem geograficamente mais próximos aos locais de conflito, têm as """"melhores"""" condições para um imigrante, apesar da copiosa discriminação. É absurdo pensar que alguém ? especialmente, como já mencionado, alguém que costumava viver uma vida confortável e cheia de privilégios ? escolheria pôr a sua própria vida e a dos que ama em perigo, para morar algures que será tratado com hostilidade, dificilmente encontrará um emprego fixo, cujas nuances culturais desconhece e cuja língua sequer fala, se tivesse outra opção.

Enfim, foi uma trilogia que me marcou demais e que recomendo pra literalmente todo mundo.
ana !! 24/04/2024minha estante
amo o jeito que vc escreve!
quero ser que nem vc qnd eu crescer


hadascm 25/04/2024minha estante
POIS EU DIGO O MSM DE VC




Lopes74 23/04/2024

Leitura obrigatória
Fiquei tão imersa nessa história que li as três HQs de ontem para hoje, a trajetória de Hakim virou meu império romano.

Essa história me marcou para sempre e acredito que essa leitura deveria se tornar obrigatória nas escolas, é uma verdadeira aula de empatia, história e geopolítica.

Meu único questionamento é se Hakim recebeu alguma parte dos ganhos com o livro? Estou torcendo para que sim.
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Maju 09/04/2024

Ando pensando muito atualmente sobre ?a lista de livros que eu faria caso eu fosse professora de literatura? e com toda certeza essas 3 hqs estariam no topo. A Odisseia de Hakim é uma aula de historia de forma muito didática que nos prende desde o inicio. Como imigrante, achei importante o autor incluir dados sobre o papel da imigração e os seus impactos nos paises receptores. Muito emocionante e necessário!!!
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Bia Amaral 14/03/2024

Marcante
Li em um dia porque precisava saber a resolução da jornada do Hakim. Essa história com certeza vai ficar comigo para sempre! Uma aula de geopolítica e história mas, acima de tudo, uma aula de empatia. Incrível
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Lia 16/02/2024

Volume 3
Que história emocionante e com um final relativamente feliz. Que esse livro chegue em várias pessoas para terem a real noção do que é um refugiado
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Livia Barini 15/02/2024

Belíssimo
Nesta trilogia Fabien Tolmé, com muita sensibilidade, nos conta a história de Hakim, um refugiado sírio. Como era a sua vida antes da Primavera Árabe, como viu o início das manifestações em seu país, o que ele e a família sofreram durante o início dos conflitos e como a vida de todos foi se despedaçando a medida que a guerra se instalava.

Acompanhamos a sua jornada em busca de emprego e um lugar seguro para morar e poder ajudar a família que ficou para trás. Vemos o quanto ele é desprezado e usado por aqueles que enriquecem explorando a desgraça alheia. E enfim, vemos sua jornada por vários países em uma fuga perigossísima para salvar a si mesmo e ao filho, com o objetivo de reencontrar sua esposa.

É triste saber que há muitos Hakins espalhados pelo mundo neste exato momento. E que a sua luta não se encerra ao serem acolhidos em outro país. Essa luta continua, cercada de preconceito e dificuldades financeiras.

Um livro necessário e muito bonito. Recomendo a leitura.
Monique 16/02/2024minha estante
Simplesmente amo essa trilogia!




Barbara.Moreira.Azevedo 01/02/2024

Ótima leitura
Esse terceiro HQ da história de Hakim demonstra muito a angústia por ele vivida. A cada página queremos saber como vai terminar cada travessia, cada encontro com novos personagens, sejam refugiados ou policiais. Fiquei perplexa quando ele decide aceitar ajuda de um ou outro, se imaginar naquela situação e sem saber em quem confiar. A leitura com certeza vale a pena, os desenhos são bons, tem horas que dá vontade de estar junto e cuidar do pequeno hadi (filho de hakim).
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Wagner47 15/01/2024

Compaixão pelo Número 645
Se o volume anterior é aflitivo, Toulmé consegue aumentar seu próprio nível. Como dito anteriormente, a gente sabe que Hakim e seu filho reencontram sua família, mas as decisões tomadas pelo protagonista (ou a inatividade em algumas delas) nos atingem mesmo assim.

Acredito que esse seja o melhor volume que abrange a xenofobia que o primeiro livro pincela. E o melhor de tudo é que isso é sentido pelo leitor em páginas silenciosas, em olhares violentos ou em caras tortas (sendo mega entendíveis em traços simples).

Gostei muito do final também. Toulmé poderia encerrar de forma feliz com o reencontro, mas isso foi um novo ponto de partida. O autor não deixa passar em branco os novos desafios que Hakim terá daqui pra frente.

Já li outras duas obras do autor ("Não era você que eu esperava" e "Duas vidas", ambas incrivelmente boas e já resenhadas aqui). E novamente um simples quadro transpassou todo o sentimento dessa Odisseia, assim como aconteceu nos dois livros anteriores.

Toda a carga da trilogia explode em um simples abraço.
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Gabriela.Steindorf 01/11/2023

O fim da odisseia?
Essa história acabou comigo. É isso. Me sinto insignificante e impotente.

Nesse último volume acompanhamos a viagem de Hakim (e de seu filho bebê!!!) atravessando da Grécia > Macedônia > Sérvia > Hungria (criei ódio profundo desse país e dos húngaros, me desculpem) > Áustria > Suíça > França.

Vou deixar uma passagem aqui, resumindo o sentimento que fica sobre a guerra e sobre os refugiados, de um sírio que Hakim encontrou ao tentar fugir da Hungria:

"É uma loucura o que está acontecendo com a gente... e todos esses europeus que imaginam que somos miseráveis que vêm pra ganhar dinheiro, tomar os empregos deles... os verdadeiros miseráveis nem têm escolha, ficam mesmo na Síria, recebendo bombas na cabeça. Cheguei a ouvir políticos dizendo que éramos covardes. Que a gente devia pegar em armas pra defender nosso país. Mas por quem? Pelos bárbaros do estado islâmico? Ou pelos carniceiros que estão no poder? E gostaria muito que eles me dissessem em que tipo de arma devemos pegar contra bombas e armas químicas. Tenho certeza de que se tudo isso ocorresse no país deles, seriam os primeiros a fugir. Ou pior, a aproveitar a situação pra ganhar dinheiro."

Questiono o fim da odisseia realmente ser um fim porque até hoje, anos e anos depois da guerra e da fuga de Hakim, ele é sua família ainda estão separados, andando de casa em casa, procurando emprego, procurando dignidade. Não somos humanos o suficiente com os refugiados, em lugar nenhum. E isso parte meu coração em mil pedaços.
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Bruno.Rafael 27/09/2023

Hakim e o poder de transformação
Nossa, que história espetacular!
A última parte da odisseia começa na Grécia, e Hakim e seu filho tentam chegar na França para reencontrarem Najmed, sua esposa. No volume 2 parecia que eles já teriam passado pelo pior, mas Hakim nos avisa que ainda teria muitas situações difíceis pela frente, e ele estava certo. No volume 3, vemos situações que parecem improváveis de terem acontecido, principalmente quando passam pela Hungria. Que caos! O país o qual, durante o trajeto, teve a menor empatia com os refugiados. O que eles passaram por lá, nenhum ser humano merece passar, ainda mais pessoas que estão fugindo obrigatoriamente de seus países em busca de melhores condições de vida. Pareciam até criminosos pelo olhar alheio. Mas no fim, superação. Essa viagem certamente foi transformadora para Hakim e seu filho Hadi. Fico pensando se teria a força e a coragem desse Sírio para superar todos os desafios que ele enfrentou. Mas como ele disse, seu filho foi sua força motriz.
Além deles, nós também, leitores, saímos dessa leitura transformados. Só um ser humano sem empatia e sem emoções não seria impactado por toda a história envolvendo, não só o percurso de Hakim, mas de todos os refugiados descritos e não-descritos na HQ. É um aprendizado enorme sobre a situação dos migrantes e refugiados e uma história que se leva para a vida. O autor, Fabien, tem muito crédito nisso, pois soube, assim como em suas outras obras, transmitir as sensações e reflexões necessárias para o leitor, sem aumentar nem diminuir o sofrimento alheio. Ele também foi muito criativo e perspicaz nas introduções e na parte final da história, nos mostrando que o fim da história de Hakim ainda está se desenrolando. Muito boa essa dinâmica que ele deu à HQ.
Espero que essa história seja transformadora para todos que a leiam, e que a percepção que temos sobre os refugiados mude. Elas não querem roubar seu emprego, não querem seu dinheiro, só querem ser felizes e buscar qualidade de vida para suas famílias, e esperam que um dia seus países estejam em clima de paz. Essas pessoas esperam que sejam um dia reconhecidas pelo que elas são, e não pelo rótulo que a sociedade lhes impõem.
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Ana Tambara 18/08/2023

O "fim" da odisseia
Entre aspas, porque é impossível ser um fim de fato. Gostei bastante desse encerramento da HQ. Uma pena que o valor dela, mesmo na internet, está extremamente caro. Sorte que consegui emprestado. Recomendo!
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03/08/2023

A Odisséia de Hakim
Fiquei absolutamente imersa na HQ. É uma espécie de livro que tem meu coração e esse, em especial, é perfeito em toda a sua sensibilidade, verdade, humanidade.
O livro nos permite conhecer um pequeno recorte de como é a vida e as circunstâncias, que podem acontecer a qualquer um, que levam alguém a ser um refugiado.
Fiquei com um questionamento que não consegui encontrar resposta: Hakim recebeu alguma parte dos ganhos com os livros? Afinal, é sua história.
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