Carol 20/09/2023O 1º LIVRO DA AUTORAFoi uma honra ter a oportunidade de ler o primeiro livro dessa autora tão querida e enxergar o quanto ela evoluiu em sua trajetória de escrita. O dinamismo literário, bem como o enredo impactante e completo continuam sendo traços fortes de Quinn.
Na presente obra, acompanha-se Emma, uma herdeira norte-americana que é requisitada para passar uma temporada na Inglaterra com sua família por parte de pai - aparentemente a única, por incrível que pareça. Um tanto relutante por deixar a empresa do pai, a que tanto se dedicava de maneira empreendedora, ela vai e lá se envolve igualmente em muitas aventuras. Dentre suas peripécias, a principal - que culmina no início de seu romance - se baseia nela salvando um garotinho de um quase iminente atropelamento enquanto vestia roupas associadas a uma empregada. Nesse interim, ambos são resgatados pelo tio do menino e a mãe dele, que estavam próximos da cena, iniciando um laço instantâneo de amizade e gratidão eterna - por parte da mulher - e de interesse lascivo e de tentação - por parte, obviamente, o duque.
De modo geral, a escrita é bastante cativante e a narração é dada, como de costume, em terceira pessoa. No entanto, diferentemente dos livros posteriores, há uma mistura nos fluxos narrativos, em vez de uma divisão efetiva das perspectivas subjetivas de ambos os protagonistas. Ademais, alguns conflitos entre eles foram de certa forma muito imaturo, sobretudo considerando que o mocinho possui quase 30 anos, eventualmente deixando a verossimilhança comprometida.
Alguns outros personagens secundários também foram esquecidos ao longo da história, como o sobrinho do duque e o pai de Emma. Nesse sentido, houve uma certa inconclusão com base nisso.