Nossa Parte de Noite

Nossa Parte de Noite Mariana Enríquez




Resenhas - Nossa parte da noite


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mafaldabooklover 28/05/2024

A autora sabe como prender a nossa atenção
Livro que traz tensão do início ao fim.
Até os momentos descontraídos são pesados, pois temos consciência da sua efemeridade. Um livro para quebrar expectativas, com personagens complexos e incompletos em sua humanidade. Adorei a dinâmica do livro e a linearidade utilizadapela autora.
Um livro sobre poder econômico, político e sobrenatural. Até onde os poderosos vão para permanecerem no poder?
Só não dou 5 estrelas pois, para mim, o ato final, cheio de potencial, deixou a desejar.
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César Ribeiro 25/05/2024

Fui com muita sede ao pote.
Não sou de fazer resenhas aqui no Skoob, apenas dou as estrelas, mas senti necessidade de vir aqui falar da minha experiência.

Confesso que fui atrás desta obra por ter escutado por aí, nas redes, que se tratava de uma obra vinda de uma das maiores vozes femininas do horror latino contemporâneo, o que me fez criar enormes expectativas.

Outro ponto, vendido por aí, é a grande importância que dão ao período da ditadura Argentina, como se fosse algo marcante e presente na narrativa a todo momento.

Dessa foram, fui achando uma coisa a nível da grandiosidade citada por aí e me deparei com um livro O.K.

A história, por si só, já não me prendeu por ser mais do mesmo que já vimos aos montes na cultura pop, aqui há apenas um toque de requinte e sofisticação para a família dos personagens, uma coisa meio aristocrata. Mas é apenas mais um livro de bruxaria e demônios, sem algo de diferente a acrescentar.

Em muitos momentos percebi fortes indícios de inspiração em Stephen King, tanto em elementos narrativos bem como em elementos que encontramos nas obras do King sendo ditas, aqui, da mesma maneira como nos livros dele (quem já leu IT, vai reconhecer). O que não seria problema, afinal podemos referenciar e reverenciar outros autores que gostamos, mas, nesse livro, me soou deslocado e nada sutil.

Sobre a ambientação, esperava mais, também, da representação Latina que o povo tanto cita, mas, apesar de ser ambientado, em parte, na Argentina, não senti como se estivesse de fato lá. Não senti a cultura, a regionalidade... parece um livro inglês, com elementos de um livro inglês, em solo sul-americano. Me causou estranheza.

Sobre a ditadura, não há nada além de menções simples em poucos momentos da trama.

Não vou falar dos partes longas, parágrafos imensos e estilo estético escolhido, porque não me incomodou em nada. Só devo citar, para fechar a resenha, que muitos momentos a escrita parece confusa e muitas coisas são interrompidas bruscamente de modo que não conseguimos lembrar mais adiante quando aquele pedaço retorna à trama.
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Eduarda 23/05/2024

"...deixei algo meu em você, espero que não seja amaldiçoado"
Já considero este um dos melhores livros da minha leitura deste ano. Uma história incrível, envolvente, aterrorizante... Em diversos momentos senti medo real, o que me deixava paralisada de terror mas ao mesmo tempo com uma necessidade voraz de saber o que acontecia em seguida. O fato de se passar em um país da América Latina e incorporar elementos realistas torna tudo tão próximo que o horror alcança níveis quase palpáveis. O fim do livro deixou em mim a vontade de permanecer acompanhando a jornada de Gaspar, bem como descobrir mais segredos da seita e de todo esse universo tão bem construído pela autora. Gostaria de destacar, ainda, a crônica "O poço de Zañartú" da jornalista Olga Gallardo que me tirou o fôlego do início ao fim. Esse capítulo é um ótimo recorte de como a mescla de eventos reais e ficção produzem um terror de tão alta qualidade. Enfim, sem dúvidas recomendo a leitura, talvez ela também nos marque do mesmo modo que a Escuridão marca os seus escolhidos.
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giulia.klein.5 28/04/2024

Um bando de inglês acabando com a vida de colonizados
A leitura foi lenta por motivos de cagaço. A autora não tem pena do leitor. Foi difícil manter meu hábito de ler antes de dormir. Mas de toda forma, a história é muito envolvente.
Em resumo, mostra um bando de inglês acabando com a vida de colonizados, sob o pretexto de conservar algo "sagrado". O tipo de livro que você não quer continuar lendo por medo, mas que é impossível largar.
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Danny 26/04/2024

Eu não me apeguei ao livro e aos personagens. Só fiz mesmo ler. A melhor coisa do livro é que ele se passa na america latina. Brasil é citado várias vezes. Tem varias coisas da nossa cultura. Mas não apeguei a história do menino médium que via os fantasmas.
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Snowxmann 13/04/2024

Deuses sempre se comportam como as pessoas que os criam
Horror.
Esse é um livro de horror, nas diversas formas em que ele se apresenta, na família, na política, no sobrenatural mas acima de tudo, no ser humano. Isso porque apesar desse ser um livro sobre uma ordem que invoca um deus terrível e escuro, o verdadeiro horror é o ser humano. O ser humano que em seu egoísmo e egocentrismo se julga tão precioso que não se importa em destruir vidas para viver para sempre.
O ser humano que tortura, mutila e mata para alcançar seus objetivos.
Um livro que atravessa anos, gerações, ditaduras, a morte e o desaparecimento dos inimigos dos militares, a epidemia da aids.
Como escapar da ordem? São poderosos, ricos a perder de vista, ajudados pelos militares, pela midia. Como se livrar deles? Como sair de sua teia? Juan acha que para ele não é possível mas para o seu filho, talvez seja e ele toma todas as decisões mais questionáveis e absurdas em nome dessa liberdade, esse é outro ponto muito interessante sobre o livro, enquanto seus vilões são bem definidos, os mocinhos também não são nenhum mar de rosas e é difícil gostar genuinamente da maioria deles (exceto o cristal Luís).
Uma leitura incrível, uma mitologia rica e profunda com muitas referências latino americanas que vale a pena conhecer. Não achei a leitura difícil, apesar da falta de capítulos dá para se guiar pelos parágrafos.
Apesar de esperar um final mais longo, talvez cortando algumas partes do meio do livro para deixar o final mais longo e mais detalhado, foi uma leitura excelente.
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Faty Didier 31/03/2024

Avassalador
Juan é um médium muito poderoso, pertencente à Ordem, uma organização iniciática envolvida com os mistérios do oculto, que procura, por meio de seus médiuns, se conectar com a Escuridão e, assim, desenvolver um método capaz de dar a seus membros a capacidade para a vida eterna.

Juan se casa com Rosário, filha de uma importante família fundadora da Ordem. Juntos, eles tem Gaspar, filho do casal e médium em potencial. Gaspar é peça chave da trama, para a Ordem a continuidade da organização e a possibilidade de dar a seus membros as condições para vencer a morte. Rosário morre no início da história em situação suspeita e que é revelada no decorrer da história.

A relação de Gaspar e Juan é permeada por complexidade. Vemos uma família disfuncional, marcada pela tragédia da morte da mãe, mas também pelas pequenas tragédias cotidianas que rondam a relação desses dois, no meio de tantos segredos, terrores, espíritos, escuridão. A forma como Juan ama o filho é passional, desesperada, abusiva e choca como Mariana Enriquez trabalha essa relação, nos pormenores do desespero e da violência. Juan quer por tudo salvar o filho de repetir o seu destino e, a seu modo, caótico, na verdade, o empurra para o inevitável.

Mas nem tudo é violência nesse livro de mais de 500 páginas, vemos relações mais afetuosas como a amizade de Gaspar, Adélia, Vick e Pablo, já na fase adolescente da trama. Apesar de um desfecho pesado, essa parte é um breve suspiro de doçura num livro de histórias tão duras. Da mesma forma, a fase em que Gaspar passa com seu tio tbm carrega uma doçura impossível de não pontuar. Seu tio vai mostrar a ele que, finalmente, relações familiares podem ser permeadas por amor e que amor não é o mesmo que violência e medo, como ele estava acostumado.

A ideia do livro em si é das que mais me interessam, pois mistura o mágico, o místico com a realidade política latino-americana. A história se passa entre a ditadura Argentina, com passagens que remontam a ditadura brasileira e mostra como os cultos da Ordem, o dinheiro dos poderosos e a violência política se entrecruzam numa relação perversa e imoral. E por falar em perversidade, temos aqui as mais completas descrições da crueldade, ao narrar a situação de tortura aos presos (?engaiolados?), utilizados pela Ordem com a cumplicidade da ditadura, na busca por um possível médium.

É um livro de terror, é bom lembrar e, como tal, aterroriza mesmo! Muitas passagens são cruas, cruéis, avassaladoras e violentas. As vezes eu precisava parar para respirar fundo e continuar, eu, medrosa que sou. Mas tudo é muito interessante, de forma que apesar de denso, pesado, assustador, você quer continuar. Demorei um mês para terminá-lo, mas foi uma das aventuras literárias mais interessante dos últimos tempos. Enriquez, é uma bruxona latina que muito me intriga e quero continuar acompanhando. Se fosse vc, faria o mesmo. Recomendadíssimo!
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Elen 29/03/2024

Haunt me
?Não me deixe sozinho, haunt me?
Livro pesadíssimo, tanto em carga emocional como em cenas extremamente desconfortáveis. Tem muito do sobrenatural mas a autora faz a brilhante jogada das piores cenas e práticas partirem do ser humano (na maior parte das vezes em busca de alcançar a imortalidade, perpetuando para sempre os horrores a que são capazes)
A ambientação na ditadura deixa tudo mais incomodo e claustrofóbico. Não tem pontas soltas, tudo faz sentido. Tem personagens extremamente bem desenvolvidos e moralmente questionáveis, tudo faz esse livro valer a pena.
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Viviane 03/03/2024

Sou muito fã de terror , porém este livro realmente de deixou com medo e alguns momentos da estória.
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Luan 28/02/2024

Diário de Impressão: Nossa Parte da Noite
Não sou leitor de livros de terror. Esse, no entanto, tem um estilo que me atraiu já nas primeiras páginas. Contexto histórico rico e personagens interessantíssimos. No entanto, ainda é cedo para sabe o que me aguarda. Veremos.
14/01/2024 (6%)

O livro falha às vezes no ritmo, mas a linguagem é tão carregada de oculto e feitiçaria que me mantém encantado. Cheguei em uma parte que realmente me surpreendeu. E agora, depois de uma cena literalmente diabólica, estou fisgado.
19/01/2024 (14%)

Estou impressionado em como estou hipnotizado por esse livro. Achei que não me interessaria porque não sou fã do gênero terror, mas Mariana Enriquez é habilidosíssima com as palavras; quase uma médium. Personagens profundos, enredo instigante e um subtexto maduro. Realmente um terror diferente de tudo. Poderia dizer que é realismo mágico, mas está mais para feitiçaria naturalista.
23/01/2024 (24%)

Apesar das extensas descrições, que às vezes são desnecessárias, estou fascinado por esse livro. Com frequência penso nele quando não o estou lendo. O que vai acontecer com Gaspar? Onde está Rosário? Será que seitas ocultistas aproveitaram o estado de exceção criada pela ditadura militar argentina para sacrificar adultos e crianças, como na história? E por aí vai.
26/01/2024 (31%)

Alguns leitores falam que essa parte que estou lendo, que abrange a infância/adolescência de um dos personagens principais, é excessivamente descritiva. Outros a chamam até de desnecessária. Eu não achei nada disso. Pelo contrário, é justamente onde o livro está me ganhando. A cena da Argentina ganhando a copa de 1986 (sim, futebol em um livro de Terror) é uma das descrições mais profundas e nostálgicas de um período emblemático. Tudo serve para criar atmosfera. Contribui para o aprofundamento do drama, do suspense, de tudo que está por vir, porque literatura é PERSONAGEM, e tudo aqui serve para desenvolvê-los. Talvez, claro, o livro tenha me fisgado por motivos pessoais. Me vi totalmente transportado para minha própria pré-adolescência, meus medos e idiossincrasias. Tenho mais motivos emocionais para defender esse livro do que racionais. Mas boa literatura não é exatamente isso? Quando fala com o coração? Mariana Enriquez está me impactando de um jeito inesperado.
05/02/2024 (49%)

Achei que com a chegada do novo capítulo, o livro esfriaria e me decepcionaria, pois ele iria acompanhar o passado e não o futuro da trama. Me enganei. O livro explodiu. Não consegui respirar de tanto maravilhamento. Ele aprofunda personagens, expande o universo, enriquece mais ainda a trama e te conduz em uma experiência única. Finalmente entendi o que é o horror. E estou apaixonado.
14/02/2024 (73%)

Se não fosse pelo clube de leitura (Oficina Literária), eu já teria devorado esse livro da mesma forma que ele me devora.
18/02/2024 (88%)

O que mais gostei desse livro, o que mais me fez amá-lo, foi sua imprevisibilidade. Não tinha ideia do que ia acontecer. Também amei o tom nostálgico, as reflexões políticas, as explorações temáticas; tudo é rico e denso. O terror, o que menos me interessava, me conquistou como fogo na escuridão. Mariana Enriquez abriu meus olhos para o gênero e tenho muito a agradecer.
O final foi satisfatório e cruel. Cruel porque não é feliz, não tem encontro dos personagens favoritos e é rápido demais. Sim, eu queria mais, mesmo de um livro tão longo. Mas é satisfatório. Ele nos premia com o que tanto queríamos. Você vibra com o resultado. Além disso, ele é bem amarrado, fechado na medida certa, deixando a gente com a impressão que tudo foi desvendado. Mas claro que não foi. Ainda há oculto e mistério, algo para se descobrir e ter medo. E isso, esse gosto de insólito, é justamente o que fez a história ser tão saborosa. Até agora, a experiência mais impactante do ano.
27/02/2024 (100%)
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Capitão Peixoto 19/02/2024

Uma leitura diferente!
Uma edição especial de um livro da literatura argentina, algo que nunca tinha feito antes. Um terror simples, mas consideravelmente bom e com muito hot, o que não é meu preferencial. No entanto, uma boa leitura de 544 páginas!
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JL Marcal 31/01/2024

Muito sombrio
Um livro muito sombrio, mas uma leitura muito boa. Queria saber o processo criativo que levou a autora a escrever um livro assim. Recomendo demais!!!!
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Amorimxz 21/01/2024

Não foi uma leitura ruim, mas foi bem difícil tanto que demorei quase 2 meses para terminar (coisa que nunca tinha acontecido com nenhum livro que li).
O excesso de detalhes, parágrafos enormes (as vezes uma página inteira), a forma que o livro foi escrito sendo dividido em partes grandes e não em capítulos foi o que tornou a leitura tão arrastada e cansativa.
29/01/2024minha estante
Tive exatamente a mesma sensação. Cheguei num ponto em que até pulei uns pedaços. Parecia que eu estava lendo livro para fazer TCC ?. Não curti muito.




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