Resenhas - Somos Todos Adultos Aqui

Jubalinhas 22/05/2024

Gostosinho
Uma história bastante diversa, com personagens complexos do começo ao fim.
Alguns aspectos das identidades poderiam ganhar mais profundidade, mas não atrapalha o desenvolvimento da história.
Fiquei bastante reflexiva sobre a questão do nome morto, se teria ou não outra solução para contar a história, mas ao mesmo tempo gostei de ver o nome morrer, seguir sua metamorfose de forma pacífica e cheia de acolhimento.

AleBertulino 20/05/2024

SOMOS TODOS ADULTOS AQUI
Este livro oferece uma leitura leve e encantadora, destacando de forma tocante o poder da amizade e da confiança. Embora alguns personagens sejam menos cativantes e o enredo apresente momentos fracos e pouco cativante, o desfecho é emocionante e aquece o coração, deixando uma sensação reconfortante.

Isabelli.Bressan 17/05/2024

Adultos quem?
Quem gostou do livro que me perdoe, mas esse povo era tudo, menos adulto. >< Vou dar um tempo e ler ele de novo, vi muitas pessoas falarem bem, não é possível que eu tenha lido errado.

Andreia Santana 16/05/2024

Uma leiturinha de conforto
Somos todos adultos aqui lembra filmes como Parenthood (Ron Howard, EUA, 1989). O romance de Emma Straub traz a mesma estrutura narrativa: uma família às voltas com as próprias disfunções. A diferença é que os mais de 30 anos que separam o livro de Straub, de 2021, do filme de Howard, serviram para os dramas familiares ganharem outros contornos, com debates mais contemporâneos.

O livro conta a história de Astrid Strick e sua família. Ela é viúva, mãe de três e avó de uma adolescente e dois bebês gêmeos. Astrid beira os 70 anos e depois de décadas de viuvez, o marido morreu jovem, decide sair do armário após presenciar a morte de uma vizinha atropelada por um ônibus escolar. Ela reúne toda a família em um jantar e apresenta a namorada, a cabeleireira e dona de salão Birdie, que até então, aparecia apenas como uma amiga de longa data da matriarca.

Ao mesmo tempo, o filho mais velho da protagonista, Elliot Strick, pai dos gêmeos, está estressado tentando trazer um negócio milionário para a cidadezinha onde a família mora, Clapham, enquanto tenta si provar para a mãe; Porter, a filha do meio, criadora de cabras e fabricante de queijo, decide engravidar por inseminação artificial aos 39 anos e não sabe muito bem o que fazer com a paixão juvenil que ainda sente pelo ex-namorado, Jeremy, um dos veterinários da cidade; e Nick, o caçula, ex-ator adolescente que decide abandonar a fama, envia a filha Cecelia para a avó cuidar depois que a menina enfrenta problemas na escola em Nova York, onde vivia com o pai e a mãe, uma bailarina e beldade francesa.

Gravitando em torno da família há os demais moradores da cidade e seus e dramas. Como Robin, uma menina transgênero que se torna a melhor amiga de Cecelia na escola nova. Robin é filha de um casal acolhedor e de mente aberta que tem uma mistura de loja de antiguidades e brechó. As cenas dela e de Cecelia são as mais fofas do livro. A neta de Astrid é minha Strick preferida na história.

O que acontece com cada personagem e como resolvem seus dilemas, só lendo para saber. Mas já adianto que essa história, que tem aquela atmosfera gostosinha indie, não traz grandes reviravoltas ou injeções pesadas de adrenalina. Para quem costuma reclamar que 'nessa história não acontece nada', aviso que Somos todos adultos aqui tem vários acontecimentos, mas todos deliciosamente cotidianos.

Trata-se de uma história confortável, cheia de otimismo e simplicidade, na medida para quem aprecia as sutilezas. É a vida dos personagens acontecendo no dia a dia, suas interações, a capacidade de dizerem ou não o que sentem em relação uns aos outros e a si mesmos, como lidam com os problemas em conjunto e de forma individual. É uma leitura em ritmo suave, para confortar, sem sustos ou revelações bombásticas.

Uma das coisas que mais gostei é a forma como a temática LGBT+ é tratada de forma bem sincera, verossímil e sensível pela autora. Cada personagem lida com suas potencialidades e limitações nessa área de uma maneira muito autêntica.

A história de Robin é cheia de afetividade e mostra outra perspectiva, a das crianças trans que são aceitas e encorajadas. Embora a realidade seja mais dramática para muita gente, é bom quando a literatura mostra também o lado das famílias e amizades que dão suporte.

O que mais posso dizer é que Somos todos adultos aqui é o tipo de leitura para quem está sedento de finais felizes em meio ao desamor no mundo...

Ficha Técnica:
Somos todos adultos aqui
Autora: Emma Straub
Tradutora: Camila von Holdefer
Editora: HarperCollins Brasil/TAG Inéditos, 2021
352 páginas
R$ 39,80 (livro físico, capa para o mercado, na Amazon) ou a partir de R$ 15 (usado, capa da TAG, na Estante Virtual. A edição da TAG está esgotada na Livraria Dois Pontos, que é o site oficial de venda dos kits antigos do clube de leitura).

site: https://mardehistorias.wordpress.com/

flor de inverno 14/05/2024

Nem todos são adultos
Achei que esse livro seria uma coisa mas foi algo totalmente diferente. Na minha opinião, a leitura é beeem arrastada (os capítulos mudando de visão o tempo todo, sem descrições prévias, contribuiu pra isso) até uns 80% do livro, diversas vezes fiquei com vontade de abandonar.

Sobre os personagens principais:
? Cecília, pra mim, é a melhor de todas. Retrata até que bem o que são as facetas da adolescência e a evolução dela é boa, poderia ter sido melhor mas é boa.
? Robin aparece depois mas também é legal, é quase como um complemento do enredo da Cecília mas tem presença. Adorei a cena de liberdade dela no final.
? Casal Juliette e Nicky fica sendo mais sobre o Nicky já que ele é um dos irmãos da trama principal. Passei a gostar mais quando teve uma explicação maior da vida dele e tal. Gostaria que mostrasse mais da dinâmica do casal. Os dois paressem mais coadjuvantes.
? Casal Wendy e Elliot seguem na mesma linha, basicamente. Wendy só apareceu poucas vezes mas achei ela ótima também. Elliot é... É, ele só tá ali. Mas a revelação dele e entendimento com a mãe no final foi bom.
? Porter é a mais insuportável dos três irmãos, ela é uma mulher adulta mas age como adolescente 90% do livro e só vai aceitar que está errada praticamente no final, mesmo com a amiga Rachel tentando ajudar. Achei que ela seria melhor quando iniciei mas errei sobre, ela fica aceitável no final só.
? Astrid é bem chatinha às vezes também mas a força que ela teve pra seguir em frente na vida e a vontade de ser melhor para a família foi uma atitude legal.
? Birdie é uma fofa.

O ponto alto do livro é que ele aborda vários assuntos importantes e como eles impactam a vida dos que convivem conosco. Enfim, sinto que poderia ter sido melhor executado.

Rayssa.Travalha 14/05/2024

Pessoas...
Sinto que esse livro mostra muito dos sentimentos dos personagens, controvérsias, angustias, questões mau resolvidas que atormentam a mente, e decisões ruins e questionáveis.
Temos uma relação familiar conturbada, mostra cada um dos irmãos ve a propria criação, o rumo que cada um levou com base nisso. O rumo que a mãe deles leva com isso.
Tem representatividade lgbtqia+.
Da vontade de bater com a cabeça de uns personagens no chão as vezes.
Tem relação com luto e como se apaixonar de novo depois.
Gravidez de mãe solteira.
Cidade pequena que quase não muda com o tempo.
E pessoas muito reais.

EuNathMancinelli 10/05/2024

Relações familiares
Para os pais e principalmente para todos nós que somos filhos. Um drama familiar simples que fala das dores, questões e dificuldades de cada papel dentro do núcleo familiar, da diculdade de acertar nas decisões sem haja consequências na vida do outro, mostra que mesmo que as vezes, todos estejamos apenas tentando acertar, não seremos perfeitos, vamos decepcionar, vamos ser interpretados de formas diferentes. Essa família poderia ser a de qualquer um de nós, com seus desentendimentos, mágoas, dificuldades e se esforçando para dar o seu melhor.
Essa história destaca a importância de nos ouvirmos, prestarmos atenção e falar aquilo que é importante enquanto temos tempo. Não é porque somos da mesma família que o amor não precisa ser construído e pode aumentar ainda mais.

Felipe.Ramos 07/05/2024

Uma descoberta maravilhosa e que esse Drama tenha mais hype por aqui no IG! ?

? A leitura foi bem agradável e gostei da autora ser direta com a introdução dos personagens e suas vidas em particular. Os capítulos são curtos e você consegue absorver bem o drama que cada figura carrega, seja em questão familiar, relacionamento amoroso ou no âmbito profissional.

? Não conhecia a escrita da Emma e posso dizer que fiquei surpreso com sua forma de pontuar a emoção e o psicológico de uma forma bem real. Essa característica aproxima ainda mais o leitor da obra, pois cria um laço instantâneo, intimidade ou identificação com os assuntos envolvidos também.

? A rainha Astrid! Essa senhorinha deu um show de amor próprio, carisma e me deixou pensativo sobre sua análise de vida ao longo dos anos, principalmente sua relação com os filhos e netos. Só quem conhece o amor de vó sabe o quanto esse sentimento é surreal de bom! E outro ponto aqui bastante notável é: Aproveite o momento enquanto você está vivo! ?

? Amizade improvável: Quando uma mudança de ares coloca um amigo especial no seu caminho, aproveite porque amizades assim são raras. Cecelia sabe o quanto é difícil fazer amigos e conhece muito bem um ambiente escolar tóxico. August entra na sua vida para animar seus dias com muita cumplicidade!

? Esse drama é sobre a vida adulta que todos vivenciamos. Não existe perfeição, ninguém vai ser feliz o tempo inteiro e todos estamos sujeitos ao erro. É sobre perdoar, seguir em frente e se abrir para o amor, independente da idade ou sexualidade. Não dispensamos uma boa dose de aventuras e risadas. Afinal de contas, Somos todos adultos aqui!

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CamilA 06/05/2024

É um livro de cotidiano, com pequenos conflitos familiares vistos como urgentes de resolução após Astrid, uma mulher madura, viúva e mãe de 3 filhos, presenciar a morte repentina de Barbara, uma conhecida que foi atropelada por um ônibus escolar.
Esse acidente vira uma obsessão pra ela, que revisita sua relação com os filhos e também toma coragem para expor seu relacionamento com uma mulher.
Mais uma história leve pra ler entre livros mais pesados. Não vi muito desenvolvimentos das personagens, elas continuam as mesmas com a diferença que começam a compartilhar mais suas questões, mostrando como o simples fato de conversar pode estreitar relações.

Maria17184 28/04/2024

Sobre família e amizade
Esse aqui me pegou muito.

A história é contada de várias perspectivas, mas foca em 3 gerações de mulheres da mesma família, Cece, Porter e Astrid.

Cece é uma pré-adolescente gentil, inteligente e incrível. Mesmo. Eu gostaria de ser amiga dela. Os pais são liberais e carinhosos. Ainda assim, erram com ela várias vezes, mesmo tentando muito acertar. E isso a magoa e ela se sente sozinha e abandonada, de uma forma que nenhuma criança deveria, mas acho que nenhuma menina passa pela adolescência sem se sentir assim.

Porter é adulta e decide ser uma mãe solo. E eu me senti abraçada por ela. Porque Porter passou grande parte da vida tentando agradar e, então, ela tem 38 anos e não fez nada do que realmente queria. Ela lidou com os problemas sozinha porque não queria incomodar. E deu no que deu. E é claro, agora ela está melhorando. Mas eu não quero esperar os 38 anos para aprender a pedir ajuda, sabe? Estou aprendendo aos poucos.

Astrid é como a minha mãe, durona, valente, rígida. Espera a perfeição. Cobra a perfeição. "Astrid sempre sabia a melhor forma de fazer as coisas". Eu lia e podia ouvir minha mãe dizendo que os meus armários estavam engordurados e como eu deveria usar panos diferentes para a casa e a cozinha. E então, Astrid tem uma vida e suas próprias frustrações e arrependimentos. Ela tentou muito ser uma boa mãe e errou com os filhos, mesmo, mas ela estava lá, sempre esteve. Ela cuidou deles e os amou muito, mesmo não sendo muito boa em demonstrar isso.
Eu esqueço essas coisas, sabe? Que minha mãe é mais que minha mãe e que ela tenta o seu melhor e que talvez se arrependa das coisas que me magoaram e que me ama muito.

É um livro que nos lembra de falar o que é importante. Que é sempre melhor saber e pôr as cartas na mesa. E que é possível mudar as coisas, não estamos fadados a repetir ciclos familiares durante toda a vida. E que não estamos sozinhos. E muitas outras coisas que vieram na minha cabeça quando li, mas agora não consigo explicar bem, mas me emocionaram e valeu a pena.

gilozinski 26/04/2024

Somos todos adultos aqui
Esse é um livro extremamente inteligente e bem desenvolvido. Não tem um plot twist, não tem algo que seja totalmente marcante, apenas a vida acontecendo, as pessoas crescendo e, principalmente, as marcas que deixamos com cada escolha que tomamos.

Confesso que não sou muito fã de livros nessa configuração, mas a história me pegou de jeito. A escrita é excelente, os assuntos são tratados de uma forma excelente e trazem uma grande reflexão.

Amei!

Priscila 23/04/2024

Somos todos adultos aqui
Sobre família, tabus, aceitação, reconhecimento, momentos comuns de uma família que nos faz pensar no nosso dia a dia. Uma leitura meio arrastada no começo mas que valeu a pena seguir!

Lolô 11/04/2024

O que é ser adulto, no fim das contas?
Livro que trata de relações familiares, consequências da ausência de diálogo, dos pedidos de desculpas não feitos e das mágoas de uma vida inteira? Quero! Emma Straub descreve no livro, com leveza e inteligência, diversos temas, mas principalmente dinâmicas familiares, identidade de gênero, sexualidade, maternidade, amizade e envelhecimento. O grande plot do livro é no começo, quando Astrid, após testemunhar um acidente de carro, percebe que a vida pode acabar a qualquer momento e não sabe qual legado deixará para os filhos. De resto, é uma história ficcional de uma família como outra qualquer, narrando capítulos que trazem cenas do cotidiano, pequenos conflitos, recordações do passado e reconciliações. Acho que por esse motivo, e também pela grande quantidade de personagens, o livro é mais lento. Demora para engatar e para você se afeiçoar aos personagens, mas se você não desiste, ele conduz para um final muito bacana. Acho que é um livro fácil de desagradar a maioria, pois os leitores podem esperar dramas, reviravoltas e mais desenvolvimento dos personagens do que a autora estava disposta a entregar, mas eu gostei. São personagens simples, vivendo suas vidas igualmente simples. Achei bem escrito e honesto, com a dualidade de todos os personagens, que não são perfeitos, assim como nenhum de nós é. E que, no final das contas, mesmo sendo adultos, ainda estão tentando aprender como viver. O que é ser adulto, no fim das contas?

site: https://www.instagram.com/tantopraler/

Joice.Yuko 09/04/2024

Relações humanas
Livro sobre relações humanas, mãe e filhos adultos, sexualidade, identidade de gênero, o livro aborda vários temas importantes. Livro que eu recomendaria muito para um estudante do ensino médio por exemplo. Por é um livro que fala e diversidade.

Maryana83 08/04/2024

Mais da metade do livro a sensação que eu tive, era que ainda estávamos no começo, apresentando os personagens.

A leitura é muito fluida, gostoso de acompanhar essa cidade.

Fiquei interessada pelo livro, com vontade de pegar para ler nos 20% finais.