Resenhas - Laranja Mecânica

Rafael 14/11/2021

Clássica distopia
Após anos me enrolando pra ler essa obra, por achar que seria difícil por conta do vocabulário criado pelo autor, porém, após as primeiras páginas se torna intuitivo saber o que significa cada palavra, necessitando apenas consultas esporádicas ao glossário.

Carolina 09/11/2022

Mais um clássico!
O livro é dividido em 3 partes. Uma antes do ?tratamento? de Alex, outra durante e a última depois.

Alex era um vândalo no auge dos seus 15 anos saqueando a cidade à noite e estuprando mulheres junto com dois de seus ?druguis?.

A história me lembra muito Flores para Algernon, é muito provavelmente tenha sido escrito por pura inspiração em Laranja Mecânica.


No começo da leitura dá uma certa preguiça desvendar o palavreado, mesmo que utilizando o glossário que acompanha no final do livro. No meio da história é muito empolgante acompanhar o que acontece e como acontece.

Uma ressalva muito importante é que, na minha humilde opinião, haveria muitos modos do autor explorar mais sua própria escrita, desenvolvendo mais a história. Essa edição, por exemplo, tem quase que mais textos de outras pessoas que mesmo a história em si.


De qualquer forma, vale muito a pena leitura. Daria facilmente para ler em 3 tardes as três partes.

Recomendo.

Elide 14/01/2023

Parte 1 um pouco difícil, mas vale a leitura até o final
Um clássico distópico, originou também o filme que pretendo assitir após a leitura. O personagem principal e sua gangue utilizam a linguagem jovem "nadsat", criada pelo autor. Achei a leitura um pouco complicada, especialmente no início e, apesar da edição possuir um glossário, optei por não utilizá-lo, exceto em poucos momentos, para ter a experiência completa pretendida pelo autor. O livro é dividido em 3 partes, com 7 capítulos cada, e achei a parte 1 bastante morna, além da dificuldade inicial provocada pelo dialeto, as cenas narradas são atos cotidianos e, a partir da parte 2 os fatos mais importantes acontecem.

Jessé 07/12/2020

Não foi pra mim!
Os fãs desse livro que me desculpem, mas não gostei. Não vi nada de mais como alguns dizem. Em algumas partes achei esse livro raso, bobo e infantil.

O dialeto Nadsat não foi um problema porque com o tempo vc se acostuma. Mas o problema é que chegou um momento do livro que eu só conseguia achar esse modo de falar, um tanto quanto tonto e isso só me fazia dar risadas.

Acho até cômico colocarem esse livro ao lado de 1984 e Admirável mundo novo, como uma das grandes obras da ficção, já que esses outros dois mencionados são infinitamente melhores que esse livro. Eu colocaria Um cântico para Leibowitz no lugar de Laranja mecânica sem sobra de dúvidas.

O filme me agradou bem mais, e estou em total acordo com o Kubrick por ele ter suprimido o último capítulo do livro, alegando que esse capítulo destoava do restante da estória. Na minha opinião, o Anthony Burgess deveria agradecer o Kubrick por ele ter melhorado a estória do livro dele. Rsrs

Enfim, pra mim não rolou. Mas se vc tiver esse livro em casa leia. As vezes pra vc a experiência pode ser mais agradável.

Delefrati 25/11/2020

No começo achei meio complicado por ser um vocabulário próprio do autor, com gírias e palavras próprio. No meio do livro você vai acostumando e percebendo como esse jogo de palavras é tão importante. Mesmo para quem já assistiu o filme, recomendo a leitura pois com certeza você terá uma interpretação mais profunda.

EduardaMarquess 31/12/2022

Em alguns momentos pensei em abandonar a leitura, pois estava achando ujasni, mas decidi continuar pois já havia visto sobre ele em tantos locais e a estrutura, a linguagem e, diria que, a tradução/interpretação ficou realmente horrorshow. Li a parte do livro ao som de Sergei Rachmaninoff, Ludovico Einaude... em homenagem ao pequeno Alex. Enfim, apesar de alguns bons aspectos, achei muito pesado e não recomendo a leitura.

amandabcca 17/08/2022

Interessante, mas não perfeito.
Sendo bem sincera, o início é completamente dispensável, achei o maior tédio, apesar de ser a apresentação do personagem principal. Entendo que ele precisa estar incluído, mas foi extremamente penoso de ler, e o maior motivo são as gírias. No começo era um pavor de tentar imergir, porque a linguagem nadsat não me deixava! Após metade do livro, me acostumei e entrei na mente do Alex, conseguindo me conectar com a narrativa.

Confesso que desde a primeira página sinto uma repulsa e uma aversão ao Alex, porque ele é um personagem desprezível. Todavia, no final me vi sentindo EMPATIA, pelo personagem que jurei odiar. Essa brincadeira que o autor faz com o nosso psicológico, é simplesmente incrível, de aplaudir de pé!

Gostei muito da mensagem que passa, e recomendo para aqueles que já tiveram algum contato com a distopia anteriormente.

Lissa 23/05/2021

Impactante
Um livro que conta em específico sobre a história do Alex, um menino que fazia parte de uma gangue, cometia crimes, além de falar muitas gírias que é algo que o autor fez questão de interpretar em seu livro. Alex foi preso e submetido a um experimento. A partir daí diversas coisas acontecem. APENAS LEIAM.

Esse livro mexeu com as minhas emoções de um forma inimaginável, me fez refletir sobre o prazer em fazer o mal, sobre a bondade excessiva e sobre a manipulação do estado.

Tau 02/06/2020

O livro estava a mais de 3 anos na minha estante pois sempre desistia de ler devido ao seu linguajar. E posso dizer que me arrependo de ter demorado tanto tempo para ler. Esse livro é incrível!

pashe 06/06/2020

Então, o que é que vai ser hein?
Experiência fantástica nesse mundo distópico do Anthony Burgess. Aqui acompanhamos Alex, um adolescente inserido numa sociedade onde jovens são extremamente violentos. Narrado em primeira pessoa pelo próprio Alex seguimos acompanhando o desdobrar de acontecimentos que levam a sua vida adulta. Muito melhor que o filme!

Wedson 05/06/2020

Simplesmente "horrorshow"!!
Muito bem escrito, trama muito envolvente, a tradução é muito boa, com o dialeto nadsat que apesar de a princípio causar estranhamento, logo após já parecem ser palavras conhecidas.

"Um homem que não pode escolher deixa de ser um homem."

Rodrigo 06/06/2020

Horrorshow
Li na adolescência, assisti ao filme também na adolescência, mas agora, como adulto e tendo um filho adolescente cheguei a um outro patamar de entendimento da obra.

Está edição de 50 anos ainda vem com uma coletânea de extras que enriquecem mais ainda a experiência de leitura.

Vemos no livro uma narrativa surpreendente em que o protagonista anti-herói Alex passa por transformações condicionadas pelo Estado em consequência de sua delinquência de adolescente rebelde.

Alexa.Araujo 12/06/2020

Amei demais
* O livro possui gatilhos * ?
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Confesso, que quando peguei esse livro pra ler não estava com tantas expectativas assim, mas depois que eu avisei que estava lendo a maioria dos comentários foram positivos e isso fez a expectativa aumentar. E no decorrer da leitura, elas foram superadas. Que livro! ?
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Laranja Mecânica irá contar a história de Alex, um adolescente que é líder de uma gangue. O livro é narrado pelo próprio Alex, acho que essa foi uma das coisas que me fizeram amar essa leitura. Também é dividido em três partes. Nas quais vamos ficar sabendo os atos que ele e seus "druguis" cometem. ?
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A primeira parte ele conta ovandalismo cometidos por eles e um em especial, faz com que ele seja preso. Na segunda parte ele conta o que acontece dentro do presídio e até mesmo ao que ele é submetido lá dentro com o intuito de "o curar". E a terceira parte é como ele reage após sair da prisão. E como todos a sua volta reagem a isso também. Alex quando sai, acaba encontrando algumas pessoas que foram vítimas de suas armações, brigas e tudo mais. Como elas vão reagir a isso? Como Alex vai reagir a isso? Ele realmente mudou? O método funciona? ?
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Esse livro trás consigo uma crítica para com o Estado que é maravilhosa demais. Altos tapas na cara. ?
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O livro trás uma linguagem um tanto "peculiar" já que envolve umas gírias de gangues inglesas e russas, pra quem não está acostumado (como eu) pode ser um tanto quando difícil se habituar no começo, porém no decorrer da leitura, a gente acostuma. Ah, e uma dica é ler o glossário após a leitura. Fiz isso e não me arrependo. ?
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Eu gostei mais do que imaginava, por se tratar de um clássico eu realmente pensei que fosse ser uma leitura mais lenta e foi exatamente o oposto. Cinco estrelas e aavoritado com gosto. ?
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"É gozado como as cores do mundo real só parecem reais de verdade quando você as videia na tela" ?
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elfyoda 09/01/2021

Ó, meus irmãos, como diria Nosso Humilde Narrador, Alex; quando assisti ao filme de Kubrick e me interessei pelo livro, jamais imaginei que ao termina-lo criaria tanto apego por este personagem.
E digo, talvez ainda questionando a mim mesma, que mesmo sem o último capítulo, eu ainda estaria sentindo este mesmo apego.
Como dito num recorte de algum, provavelmente, jornal ao fim desta edição: "uma música que desnorteia, a sinfonia de Burgess" e não sei sobre o que exatemante esse provável jornal falava neste trecho, mas digo que aos meus olhos, Laranja Mecânica foi, de fato, uma adorável e desnorteadora sinfonia!

Rafael 17/01/2023

Não tem como negar a grandiosidade desse livro.
No Brasil, a obra Laranja Mecânica ganhou uma tradução de Fabio Fernandes, com um trabalho exímio de tornar clara a mensagem transmitida pelo autor. A menção sobre tornar clara a mensagem de Burgess se dá pelo fato de que Alex DeLarge, o personagem principal da estória, utiliza-se de uma estranha linguagem específica para conversar com seus drugues (amigos). Expressões como essa compõe termos da linguagem nadsat, criada especialmente para a obra.
Apesar de termos consciência sobre a própria racionalidade, não é raro que nos encontremos em situações onde nossas decisões passem a ser pautadas, ainda que inconscientemente, por influências externas. Essas decisões estão relacionadas, ainda, com a forma que o sujeito vê o mundo e as experiências pelas quais passou. A utilização de imagens como um dos mecanismos de influência na mudança de visão de mundo do sujeito faz com que o mesmo se torne uma peça influenciável para tomada de decisões. Burguess foi brilhante em suas análises e em como o subjetivo do indivíduo é transformado pelo poder da imagem aplicado pela técnica (ou tortura) que, embora seja libertado da prisão, permanece aprisionado pelo poder da técnica, mesmo ao ponto que a música que ele amava agora o deixa doente (porque estava tocando ao fundo durante as sessões) e sua incapacidade de se defender o torna uma vítima.