Resenhas - Elize Matsunaga

Riva 22/04/2022

Dinheiro x Felicidade
Mais um da série: e tenho vergonha de falar que amei!
Livro profundo. Apresenta os fatos sem induzir o leitor a nada.
O autor, realmente, revirou pelo avesso tanto a vida da Elize quanto a do Marcos.
Penso que se ela tivesse dado o tiro e alegado a legítima defesa, ela teria sido absolvida.
Já estava convencida de que o esquartejamento e a desova do corpo não foi algo premeditado, pois era muito fácil provar que o Marcos entrou no prédio e não mais saiu (vivo), e com a leitura mais convencida fiquei.
Não estou dizendo que tudo o quê ela fez foi correto, longe de mim.
Narcisista, manipuladora e muito mais ela é.
Por alguns fatores fez da prostituição seu meio de vida e acreditava que só seria rica se casasse com um homem muito rico.
Conseguiu o que queria.
Porém, na cabeça deste homem ?uma vez prostituta, sempre prostituta?.
Tive asco do Marco. Que ser abjeto. Ele e um dos amigos dele (era um trio, mas um deles era humano) diziam coisas sobre as prostitutas com as quais saiam, que não se diz para qualquer pessoa. E também faziam coisas que deixaram o meu estômago embrulhado.
Enfim, ambos com distúrbios mentais (graves): sendo que ela era pobre e ele era multimilionário.
No meio disso tudo uma filha! Tudo muito triste.
Só lendo para entender.

E, para a minha surpresa, descubro que o fundador das Casas Bahia era um pedófilo. Dizer que senti nojo foi pouco. E o seu filho Saul também é/era igual ou pior do que o pai.

No meu entender, o autor comentou pequenos erros relacionados ao direito em si, mas que não atrapalham em nada o entendimento de tudo e não mudam em nada o resultado do que aconteceu.

Kelly Karina Martins 07/12/2021

Elize Matsunaga
Ela deixou a prostituição para se casar com um homem rico. Preferiu perder tudo – incluindo sua liberdade – ao perceber que era traída com uma prostituta. Não se sabe ao certo se ela diz a verdade quando fala sobre a noite do assassinato (a perícia verificou que Marcos deveria estar ajoelhado diante dela quando o tiro foi disparado, enquanto ela afirma que a vítima estava em pé). Mas será que ela não poderia ter agido com calma, revelado à família dele sobre o adultério e saído com uma bela pensão? Isso seria o que uma mulher matreira e gélida faria. Diante dos acontecimentos, assim, conclui-se que ela agiu sob forte emoção quando apertou o gatilho. Terá sido ela impelida de fato por impropérios e ameaças do marido? Nunca saberemos.

O certo é que ela mostra um lado sombrio no terceiro episódio, quando fala que o marido comentava que nunca tinha conhecido uma mulher que não se importava em caçar ou que matasse animais. Elize solta um “pois é” seguido de uma risada irônica.

Outra reflexão que surge diz respeito à estratégia de defesa no julgamento. Nos casos de feminicídio, os defensores, com muita frequência, exaltam o lado humano do assassino e se concentram em descontruir o caráter da vítima. Esse modus operandi é criticado com frequência por observadores que defendem os direitos das mulheres. Curiosamente, foi exatamente o que os advogados de Elize fizeram com a vítima: mostraram o lado obscuro de Marcos, explorando suas fraquezas e até apresentaram textos atribuídos a ele que resenhavam o atendimento de prostitutas com as quais se relacionava. Ou seja, essa tática deixou de ser uma exclusividade dos agressores masculinos.

A grande pergunta que fica é: ela agiu sozinha? Se não, como as câmaras não registraram a presença de alguém? Especula-se que há pontos cegos no condomínio e que um eventual cumplice poderia, sim, ter ajudado a assassina se entrasse pelo segundo subsolo e subisse as escadas. Mas, a essa altura, somente a autora do crime poderá esclarecer o que houve – mas ela disse que carregará alguns segredos envolvendo a morte do marido para o túmulo.

A maldade humana é algo que produz sentimentos ambíguos. De um lado, rejeitamos a malignidade. De outro, não nos conformamos com certos acontecimentos e queremos saber como é possível que alguém tenha tanta malevolência no coração.

Infelizmente, certos comportamentos das pessoas não podem ser explicados de forma racional. A nós, apenas nos resta lamentar casos como o de Elize e Marcos – e torcer para que quem traz a vileza dentro de si não cruze o nosso caminho.

Eduarda Freire 14/04/2022

Divide opiniões
Já li o livro da Suzane pelo Ulisses e confesso que foi uma leitura super rápida e intrigante. Resolvi ler o da Elize na expectativa de encontrar o mesmo modelo de leitura e não me decepcionei, apesar de, particularmente, considerar o caso da Elize um pouco mais complexo se passar a ser um caso de análise. Ao mesmo tempo que considero que a mídia pecou ao deixar de expor detalhes cruciais do quão nocivo era a relação do Marcos com a Elize, acho que dar espaço pra esse tipo de detalhe tornaria algo mais tendencioso pra fofoca, e, consequentemente, mais pejorativo. É óbvio que nada justifica um assassinato, mas com a relação que os dois tinham, era questão de tempo pra que viesse a acontecer alguma tragédia. Quanto ao conteúdo do livro, enquanto o da Suzane retrata a vida dela na prisão e fala bastante sobre suas companhias, o livro da Elize aborda muito mais a sua vida desde o nascimento até o dia do crime, enfatizando sua vida como garota de programa desde o momento em que a levou a isso, e também aproveita pra falar das pessoas que cruzaram seu caminho durante esse período. Por isso, acho que as duas biografias possuem abordagens diferentes. O livro traz possíveis gatilhos envolvendo abuso físico e psicológico, agressão física, sexual, as várias faces da prostituição, entre outros. É um livro bem interessante, acredito que vá agradar boa parte dos entusiastas de true crime.

Samy'sjugfhg 16/12/2023

A mulher que esquartejou o marido.
Li esse livro no comecinho desse ano, mas como eu não tinha Skoob na época não fiz a resenha . O que mais gostei nesse livro foi a escrita bem fluida. Como eu já tinha visto alguns vídeos no YouTube, meio que já sabia da história, mas tinha no livro coisas que não sabia ainda e eu fiquei bastante impressionada. Recomendo bastante, principalmente se você curte casos criminais.

Helyanny 11/10/2021

O crime é horrível, mas o livro é ótimo!
Eu gosto muito da escrita do Ulisses. Imparcial, apenas mencionando os fatos com muita riqueza de detalhes.

alaska 26/03/2022

"a mulher que matou o marido - e outras histórias"
Eu esperava mais - e provavelmente não devia, já que depois de ler o livro de Campbell sobre o caso Richthofen, eu percebi que a escrita dele deixava a desejar.
Na primeira metade do livro, senti que a escrita dele aderiu um tom sensacionalista, usando de expressões em línguas estrangeiras a torto e a direito sem necessidade. Outro ponto que me incomodou foram as histórias paralelas, deixando o livro mais longo do que era preciso. Nesse tópico, de certa forma foi interessante ler sobre os ocorridos a outras garotas de programa, já que as histórias tinham um tom de denúncia. Ainda assim, Campbell poderia ter feito um livro a parte para essas do tanto que se prolongou de tantas histórias que contou, interrompendo a
narrativa central para contar histórias de vida de personagens que mal eram coadjuvantes da história. Na minha opinião, isso dificultou que a leitura seguisse um ritmo agradável e, no fim, essa foi mais maçante do que interessante.

Anne ð¦ 11/06/2022

Que livro MARAVILHOSO. Eu sou completamente apaixonada pela escrita do Campbell, que conta a história como se fosse uma amiga fofoqueira intelectual. O livro me colocava dentro das histórias de forma que eu chegava a me sentir angustiada por não poder fazer nada. E gostaria de dizer que apesar dos pesares, continuo passando pano pra elize e triste por ela ter perdido contato com a filha.
Ansiosa para o próximo livro do ulisses

Jess 22/10/2023

Muito bom
O livro descreve a sequência de fatos da vida da Elize, desde a adolescência quando ela vivia no interior do Paraná, até a vida de prostituta e o casamento com o Marcos.
Se posso dar minha opinião sobre o relacionamento deles eu poderia dizer: todo mundo precisava de um bom Terapeuta. Claro que ele tinha um problema com prostitutas, e ela imaturidade, infelizmente ela não teve como amadurecer, e todo o relacionamento deles foi baseado numa irrealidade. O abuso dele, provavelmente a agressividade e também ele ainda via ela como uma prostituta mesmo depois que casou com ela, o que tornou tudo pior, mesmo assim nada justifica a atitude dela. Se a agressão justificasse, ela teria chamado a polícia e alegado auto defesa, mas quem somos nós para dizer o que fazer né?

Samaraat 28/01/2022

Gente, que livro pesado... Fui ler achando que só ia ter informações sobre o caso (que eu já conhecia), mas vai além do crime e mergulha por outras histórias tão bizarras quanto o foco principal. A leitura é muito fluida, apesar dos temas serem retratados de uma forma bem explícita e densa. Outro ponto é que tem informações que não mostram no documentário da Netflix, tinha umas informações que eu fiquei curiosa que a o documentário não explicou e aqui no livro foi tudo bem detalhado. Interessante, denso e muito rico em detalhes.

ZeusTruqueiro 24/02/2022

Sentimentos conflitantes
Já havia lido do mesmo autor o livro sobre o caso Richthofen e não pude deixar de ler este do qual eu pouco tinha conhecimento dos pormenores. Ulisses, neste livro, parece mostrar mais sua opinião em alguns capítulos, o que não é ruim de forma alguma.
O livro aborda a vida de Elize desde sua infância até sua primeira saída temporária em meados de 2019 da penitenciária. Transcorre sua vida humilde no interior, na prostituição em São Paulo e as pessoas que, com ela, cruzaram os caminhos. Muitos relatos de acompanhantes e de pessoas do meio estão presentes nas páginas deste livro. É quase como se entrássemos nas entranhas desse submundo escondido a céu aberto e mostrando, na maioria das vezes, que essa profissão não tem o glamour que muitos equivocadamente acreditam ter.
No final me senti estranho em muitos sentidos, é quase evidente que Elize não fez o que fez por interesse financeiro e sim por desequilíbrio emocional. Lendo o livro me lembrei de uma frase que me chama muito atenção na série dela na Netflix: "não fazemos ideia de como um relacionamento tóxico e abusivo pode prejudicar a psique de uma pessoa".
Claro que isso não torna o crime menos hediondo, é um crime pesado no contexto e no desfecho. Não só pelo homicídio em si, mas o meio de ocultar o cadáver, as mentiras contada a família de Marcos, a naturalidade com que ela passou os dias seguintes ao crime. É tudo muito estranho.
A certeza que o livro trás é que Elize, e somente ela, sabe o que realmente aconteceu aquela noite, o que a motivou, as consequências de seus atos e até a contradição do ato. Afinal, na tentativa de ficar com a filha (devido ameaças de Marcos de interná-la em um hospital psiquiátrico e de subjugar sua capacidade de mãe devido seu passado de acompanhante), assassinou o marido e agora, convive com os fantasmas de um homicídio e ausência desta que em tese foi um dos fatores motivacional do crime.

Gaby 13/06/2022

Eu já tinha visto o documentário na netflix então não esperava ter coisas que eu não sabia sobre a história, mas me surpreendi bastante. O livro me prendeu de um jeito que eu queria terminar logo, apesar de já saber o final. A alternância entre a história principal, o crime, e as histórias sobre prostitutas e como é esse mundo fizeram o livro ficar incrível, não é um mundo que escutamos falar muito, sabemos que é difícil, mas ter histórias escritas mesmo como o livro apresenta é complicado, as pessoas não querem escutar ou saber sobre, ainda mais diretamente entrevistando pessoas que trabalham nessa área.
Saber sobre como era a vida tanto do marcos quanto da elize antes e durante o relacionamento deles é importante para saber como tudo acabou assim, e não acabar levando tudo para o preto e branco. Consegui acabar o livro, por pura coincidência no mesmo dia em que Elize foi liberada para cumprir sua pena no regime aberto. A verdade no final, é que nunca saberemos o que ocorreu no dia em que marcos morreu dentro daquele apartamento.

Antonio Maluco 09/11/2021

Adaptação
O livro de hoje conta histórias novas e antigas da Elize Matzunaga e de seus familiares e da família de seu marido e de seus colegas de trabalho e classe e de prostituição e esse livro daria um ótimo filme ou seriado ou miniserie e não só abordaria a vida dela e sim de outras pessoas que conviveu com a Elize Matzunaga

debora433 16/02/2023

Perfeito. Narra a vida de Elize desde criança em Chopinzinho, abusada pelo padrasto e expulsa de casa pela mãe, até garota de programa de luxo e casando com Marcos Matsunaga. Narra a história de vários personagens que rodeavam a vida da mesma que mereciam um livro eles mesmos. Conta detalhes do julgamento e do crime muito bem.

Camila 28/12/2021

A vida na prostituição, os detalhes narrados são tão horríveis e humilhantes que eu sonhei com essa realidade. Não fazia ideia de toda essas questões enfrentadas por garotas de programa. Eu realmente fiquei em choque. Ainda penso em alguns personagens, é tão triste...

Não tem como defender Elize por não ter tomado uma atitude diferente após o crime. Tudo bem que podem achar que Marcos mereceu, mas a família dele não, imagina ter que passar por tudo o que passaram? Um pesadelo do início ao fim.

O que se passava na cabeça dela na hora dos cortes? Por quê esconder tanto tempo o que já era óbvio? Ainda espero por um livro escrito todo por Elize.

Gostei muito da escrita fácil, achei esse livro muito melhor e mais bem construído do que a da Suzane.

Cah. 09/10/2022

Nosso casamento é um programa sem fim ...
Nosso casamento é um programa sem fim ...(Uma das frases que Marcos jogava na cara da Elize.)

Eu como a maioria das pessoas tinham uma opinião formada sobre a Elize, e eu tive a minha mudada ao assistir entrevistas do Ullisses Campbel e ao ler o livro que ele escreveu sobre ela ...

Marcos era um cretino, o homem não valia o que comia, a forma como tratava Elize, a humilhava ... (Não que justifique tudo que ela fez ...) Eu a entendo, ela foi estuprada pelo padrasto quando tinha 15 anos, e a mãe ao defendê-la, preferiu ficar ao lado do marido, acreditando que Elize foi culpada, que ela o provocou...

Elizeu tomou decisões ruins, o que fez com que ela acabasse com a vida dela ... Ela tinha toda uma vida pela frente era inteligente, tinha alguns cursos , um leque de escolhas em que poderia trabalhar ...