Andréa 22/12/2023
Que livro CHATO, minha gente!
Eu sou extremamente relutante em abandonar um livro, mas eu não aguentei. O autor obviamente se acha o ser mais inteligente do mundo e isso me irrita real.
Refuto, três dos principais pontos que ele massivamente cita:
1. Se você proibir tela, seu filho não será viciado em telas. OI? E a nossa geração é o que? Aliens? Nós não crescemos com esse tanto de telas e olha como nós estamos: viciadíssimos. Vou dar um outro exemplo de que proibir não é bem a melhor ferramenta: Vou dar outro exemplo: Minha mãe não me deixava comer doce, você acha que eu odeio doce? EU AMO DOCE, eu tenho muita dificuldade em não comer o doce todo em segundos. Motivo esse que eu não fui ensinada a ter EQUILIBRIO e que se eu não comer tudo que eu posso AGORA talvez eu não possa mais (minha mãe vai descobrir e retirar o doce). Eu fui PRIVADA e não ensinada a ter equilíbrio.
2. Ninguém aprende nada vendo televisão: Eu falo inglês fluente, inclusive morei anos na Irlanda e hoje moro em Portugal. Uma das melhores formas de aprimorar uma língua é por televisão e música. Eu conheço várias pessoas que aprenderam uma língua nova apenas assistindo seriados.
3. Não existe aspectos positivos na esfera social para a televisão. Muito da cultura de um país está na televisão e música. As pessoas conversam sobre televisão, inclusive eu ficava perdida na Irlanda quando falaram de episódios ou programas que era da cultura deles. Ou seja, a televisão pode ser motivo para estimular interação social também.
4. Videogames não ensinam nada: Dai depende, GTA não ensina nada mesmo, mas eu tenho jogos de evolução de espécie que ensina coisa pra CARAMBA que inicia desde a célula (já começa aprendendo), depois o animal evolui e o jogador tem que escolher entre carnívoro, onívoro e herbívoro, adicionar aspectos ao animal de acordo com as necessidades de cada espécie, criação de tribos, criação de civilização etc (o nome do jogo é SPORE pra quem tiver interesse) - outro jogo de estratégia (Civilization) ensina sobre evolução de politica, aprendizado da raça humana, monumentos espalhados pelo mundo e conta a história sobre cada um dos monumentos. Eu poderia listar um monte de jogos aqui, mas vamos prosseguir.
5. Quem joga videogame e assiste tv esta perdido e deve ser queimado na fogueira (haha drama): Eu leio em média 40 livros por ano, eu faço em média 5 cursos a distancia também por ano, eu trabalho 40 horas semanais e muitas outras coisas que ele diz que seria impossível já que eu gosto de videogame (chame a polícia). Ele diz que sempre haverá alguém que vai dizer que conhece alguém que assiste tv/videogame e consegue fazer outras coisas na vida. Diz que são raras exceções, então eu tenho sorte de estar rodeada por um nicho de amostragem dessa exceção
Eu concordo plenamente, porém, que telas tiram muito da interação social que é tão necessária e importante para o ser humano. Acho que isso é senso comum hoje em dia, mas eu acho que isso é senso principalmente depois da popularização dos smartphones, acho que este é o pior tipo de tela que nos tira qualquer momento de ócio e de tédio que são importantes para o cérebro
Antes que você ache que eu amo televisão, saiba que eu morei mais de 15 anos sem assistir TV, eu simplesmente não gosto. Eu jogo videogame e, sim, é super fácil se perder nas horas quando se joga algo que você gosta, mas é uma forma de lazer também. A idéia é mesmo tentar achar o equilíbrio.
Outra coisa que eu não gostei do texto é como as coisas são distorcidas. Um exemplo, de vários que você vai encontrar no livro: Ele menciona que, de acordo com uma pesquisa, jogar videogame pode ajudar crianças a irem melhor na escola. Não sei se discordo ou discordo, mas o que eu entendi é simples: ‘videogame pode ajudar nas notas’. Ele distorce a situação num ponto que diz que a pesquisa quer dizer que pode-se então tirar o estudante da sala de aula que ele vai aprender (WOW)... Acho que a TV e o videogame podem sim ajudar um aluno a fixar o conhecimento – obviamente, se estiver assistindo e jogando o conteúdo educacional e principalmente após ter sido inserido no assunto.
Eu, na minha humilde opinião, acho que o problema não é a tela em si. O problema é a tela sem limites (que eu sou culpada muitas vezes), a tela para redes sociais que mais prejudicam nosso cérebro que qualquer coisa (culpada novamente), é nos deixar levar pela dopamina sem vergonha que as telas nos fornece (mea culpa maxiam). São os pais delegarem a educação as telas (um pouco de tela para uma mãe ou pai que precisa lavar louça rapidinho, que se certifica que a criança esta assistindo um conteúdo de qualidade e apropriado para a idade não é nenhum demônio que odeia e quer o mal do filho)
Eu entendo que hoje em dia, muitos pais deixam os filhos largados nesse mundo de ninguém que é a internet e isso é de fato muito, mas MUITO, perigoso MESMO. Eu entendo que observar cada caso e dizer ‘Essa família pode, essa não’ é absurdo e irreal, então hoje eles estabeleceram zero telas.
Bom com esse texto GIGANTE ficou claro que eu odiei o livro, né?
Brava iniciei a resenha, estressada termino a mesma.
Obrigada por quem leu até aqui, sinta-se a vontade para me refutar também