Justiça Climática

Justiça Climática Mary Robinson




Resenhas - Justiça climática


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Prim 05/04/2024

Justiça Climática
A primeira vez que me deparei com esse livro foi numa das recomendações da Amazon. Eu estava procurando um livro sobre meio ambiente, nem lembro exatamente o porquê - acho que só por curiosidade mesmo. Aí, Justiça Climática apareceu na listagem e eu salvei para dar uma olhada depois. Passou um tempo e ele entrou na promoção e acabei comprando.

Por que eu estou falando disso? Porque eu poderia nunca ter lido, tendo em vista o quão aleatório foi o meu ?processo de aquisição?. Porque ele poderia ter continuado na minha estante por anos depois disso, sempre com outras leituras passando a frente. O momento atual da minha vida também dificulta leituras por hobby (eu ?deveria? estar estudando para a prova de entrada na carreira dos meus sonhos).

Porém, olhei para minha estante certa noite e esse livro me chamou a atenção, apesar de ser um livro pequeno e a capa a ser bastante simples. Nos últimos dias eu havia reclamado muito do calor e do quanto eu estava me sentindo indisposta por causa disso. Peguei o livro e comecei.

Sabe, as coisas se transformam quando você decide parar realmente para as entender. Uma parte do que a Mary Robinson conta não foi novidade, todo mundo sabe que o mundo está superaquecendo por conta das emissões de GEE e isso vem causando mudanças extremas no clima do planeta. Porém, e esse é o principal motivo de eu ter me sentindo tão conectada a esse livro, foi a primeira vez que parei para LER/OUVIR os depoimentos daqueles que estão enfrentando o pior da crise climática. Não são chefes de Estado ou líderes de grandes organizações internacionais falando. São representantes dos povos indígenas, líderes sindicais, membros de pequenas comunidades que sofreram e sofrem diariamente com a imprevisibilidade das estações, com catástrofes ambientais, com a prevalência da economia dos países desenvolvidos sobre as necessidades básicas e fundamentais das pessoas.

Posso dizer que eu aprendi muito com esse livro. Posso dizer também que ele abriu meus olhos em relação a muitas coisas, principalmente quanto ao meu papel, a minha responsabilidade pessoal, enquanto ser vivente deste mundo. A transformação das atitudes individuais é tão importante para salvarmos a Terra quanto a adoção de políticas públicas de sustentabilidade pelos governos.
Além disso, dar voz àqueles que são impactados de forma mais crítica, somar esforços com os conhecimentos tradicionais, fazer a sua parte independentemente das dificuldades impostas, buscar equilibrar as relações humanas (colocando fim às desigualdades e misérias), é assim que conseguiremos alcançar a justiça climática e salvar a humanidade.
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clebs_santos 17/11/2023

... And (Climate) Justice for All
Termino a leitura desse livro na semana mais quente da história de São Paulo e com as torneiras secas.

"Justiça Climática", escrito pela ex-presidente da Irlanda Mary Robinson, é de 2018 e mantém um tom esperançoso a respeito da crise climática.

Aqui no Brasil, Bolsonaro ainda não havia sido eleito. Muita coisa mudou de lá pra cá, e em termos de meio ambiente mudaram para pior.

O tema da justiça climática demorou para dar as caras por aqui, tanto que essa edição brasileira é apenas de 2021. Sinto que ainda engatinhamos na ideia de que o compromisso com o meio ambiente é de todos e para o benefício de todos, sem exceção.

Destaco o "sem exceção" porque ainda é comum que as tragédias ambientais chamem a atenção somente quando acontecem no Sudeste. Quando o céu ficou escuro aqui, a Amazônia tava queimando há semanas.

Mary é muito feliz em trazer histórias, geralmente de mulheres, de cantos tão diferentes do mundo, mostrando que as formas como as pessoas serão afetadas são diversas, mas o compromisso e o engajamento com a causa são universais.

Ela termina o livro reforçando a importância da organização para garantir um futuro melhor. Mas hoje, 5 anos depois, a importância virou necessidade e o futuro é agora.

Isso significa que o livro envelheceu mal? Não acho, apenas que as consequências da crise climática estão cada vez mais presentes no nosso dia a dia e a cobrança, engajamento e solidariedade são urgentes agora.
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Christiane 26/02/2022

Este é um livro que todos deveriam ler. Mary Ronbinson ex-presidente da Irlanda, e alta comissária das Nações Unidas para os direitos humanos, hoje dirige sua fundação The Mary Robinson Foundation - Climate Justice que defende pessoas em situações de risco e prejudicadas pelas mudanças climáticas e representa a ONU neste quesito.
O livro traz vários relatos, principalmente de mulheres, sobre as consequências que a crise climática produz principalmente entre os povos que não são os causadores disto, ou seja, os que sofrem em prol do desenvolvimento capitalista dos países ricos e desenvolvidos.
É muito interessante apesar de lamentável, mas conhecer sobre as questões no Alaska, na Lapônia, na África, em Kiribati, uma nação ameaçada de desaparecer cujo presidente comprou terras para realocar as pessoas, e outros lugares e a luta destas pessoas.
Antes era possível conhecer o clima, as pessoas sabiam o tempo das chuvas e da seca, quando semear, quando colher, as estações do ano eram firmes, e agora tudo isto mudou, já não é possível saber. O derretimento das geleiras no Alaska e no Ártico, as enchentes, secas que duram muito, tudo que se costuma chamar de desastre natural e que apesar de vir da natureza é causado por fatores humanos.
O livro também fala em transição justa, ou seja, é preciso pensar também nas comunidades e trabalhadores de minas de carvão, por exemplo, quando desativadas. É preciso pensar se a comunidade depende da indústria, usina ou mina que está sendo desativada, é preciso habilitar estas pessoas para novos empregos.
Apesar de curto, e de focar em apenas alguns exemplos, há muitos outros, o livro cumpre com seu propósito, e traz um alerta e ações que são urgentes no mundo.
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