spoiler visualizarIsaahaag 22/12/2021
Com a chegada de D. João VI, rei de Portugal, em 1808, o Rio de Janeiro passou por grandes mudanças, assim como todo o território nacional. Mudanças que se fizeram sentir também na sociedade e na elite brasileira. Em 1821, com a tentativa de uma revolta para destituir a monarquia, D. João VI é forçado a retornar à metrópole, deixando como príncipe regente seu primogênito, Pedro. E é aqui que o Brasil independente começa a aparecer. Até o Grito do Ipiranga, em 7 de setembro de 1822, D. Pedro tentou unir um povo que, por conta de sua geografia, possuía interesses e motivações extremamente diferentes. Para isso, se aliou a José Bonifácio de Andrada. Um homem de família rica, que estudou diversos saberes e visitou inúmeros países da Europa. Até aquele momento o príncipe oscilava entre as tropas leais a Portugal, os radicais da maçonaria que queriam a ruptura para formar uma República e os amigos íntimos de boêmia. Bonifácio foi, então, o elo que faltava à D. Pedro na execução do plano de independência, trazendo serenidade e inteligência política. Ao saber que as cortes portuguesas lançaram um ultimato, obrigando o seu retorno à Portugal, D. Pedro não viu outra alternativa a não ser declarar a colônia do Brasil independente. O tal Grito do Ipiranga foi dado às margens do riacho Ipiranga, com a compania de uma comitiva muito pequena de soldados, padres e políticos. Para completar o quadro pitoresco, D. Pedro estava com desarranjo intestinal. Ele e sua comitiva estavam voltando de Santos, onde D. Pedro foi visitar sua amante mais famosa, Domitila, marquesa de Santos. Com a independência, os diversos Brasis entraram em crise. As províncias do Maranhão, Pará e Bahia, se colocaram ao lado da metrópole, e foi somente com muito derramamento de sangue que D. Pedro I conseguiu manter a unidade. Sem Exército ou Marinha e com um efetivo de soldados sem treinamento, em sua maioria voluntários e escravos, as forças de D. Pedro I conseguiram subjulgar os portugueses e serem reconhecidos como um país autônomo. Mas D. Pedro I logo percebeu que governar um país recém formado era uma tarefa tão árdua quanto a separação de Portugal. Com grupos tão heterogêneos na elite (latifundiários, senhores de engenho, traficantes de escravos, marqueses e duques, maçons, federalistas, liberais, monarquistas, etc.) as brigas internas sempre atrapalharam os primeiros anos de governo. Com a morte de D. João VI em 1826, D. Pedro era ao mesmo tempo D. Pedro I do Brasil e D. Pedro IV de Portugal. Apesar de ter abdicado do trono português em favor de sua filha mais velha Maria, se viu obrigado a retornar em 1831 para conter o avanço dos soldados de seu irmão D. Miguel que queria tomar o trono para si. Deixou no Brasil o jovem Pedro de Alcântara, futuro D. Pedro II, com 5 anos, como príncipe regente.
- Brasil na época: O analfabetismo era geral. De cada dez pessoas, só uma sabia ler e escrever. Os ricos eram poucos e, com raras exceções, ignorantes.
O isolamento e as rivalidades entre as províncias prenunciavam uma guerra civil, que poderia resultar a divisão do território.
- O escocês: Alexander Thomás Cochrane teve participação decisiva a Guerra da Independência ao expulsar as tropas portuguesas no Norte e Nordeste. De forma inescrupulosa, no entanto, saqueou os habitants de São Luís do Maranhão e, por fim,
roubou um navio do Império. Tudo isso o transformou em herói maldito da história brasileira.
- O cientista Antoine-Laurent de Lavoisier, considerado o pai da química moderna e a quem se atribui a frase "Na natureza nada se perde, nada
se cria, tudo se transforma". O verdadeiro autor da frase é o filósofo grego Anaxágoras de Clazômenas.
- Outro acontecimento decisivo: independência dos EUA - 1ª democracia republicana
- D.João VI: sua última providência-O rei manda
ra raspar os cofres do Banco do Brasil e encaixotar às pressas o ouro, os diamantes e outras pedras preciosas estocadas no Tesouro. Criado em 1808 para financiar as despesas da corte, o banco já vinha mal das pernas. COM ISSO D.PEDRO JÁ ASSUME O PODER COM DÍVIDAS. Morreu em 1826, D. Pedro recebeu também os papéis timbrados com a notificação de que era o legítimo herdeiro do trono português. Bastava dizer sim para usar duas coroas, a do Brasil, já sua na condição de imperador, e a de
Portugal, como sucessor de D. João. Após abdicar o trono brasileiro e seu filho DPedroII de só 5 anos - razões pra esse acontecimento: O envolvimento com a marquesa de Santos e a morte da popular imperatriz Leopoldina, longa e desgastante guerra com Argentina pelo controle da província do Uruguai
Nos dois anos seguintes, os dois irmãos protagonizariam a mais longa e cruenta guerra civil da história de Portugal. O confronto entre os liberais, sob o comando de D. Pedro, e os absolutistas, liderados por D. Miguel, deixou milhares de mortos nos mares, campos e cidades e abriu feridas que demorariam mais de um século a cicatrizar.
- Maria Leopoldina: a princesa, na hora de dormir era mandada para seu quarto e vigias ficavam lá para o D.Pedro sair com sua amante. Rapidamente a dura realidade dos trópicos se imporia aos sonhos da princesa. O Rio de Janeiro era insalubre, repleto de doenças espalhadas pela miríade de insetos que infestavam os pântanos e os esgotos sem tratamento. Na falta de banheiros, o lixo e os dejetos das casas eram atirados à rua ou despejados nas praias. Nos arredores do palácio da Quinta da Boa Vista não existiam árvores nem calçadas o que resultava em grande lamaçal na estação chuvosa. Quando ela morreu D.Pedro foi enxugar as lágrimas na cama da marquesa de Santos.
- Ate na morte D. Pedro (curiosidade: ele tinha convulsão) ficou separado em POR e BRA. Em 1972 seus restos foram de Portugal para um lugar em SP.
D. Pedro morreu nos braços da imperatriz Amélia às 14h30 de 24 de setembro de 1834, faltando duas semanas e meia para completar 36 anos.
*Achei o livro muito bom, infelizmente eu queria acabar ele logo pra começar um outro e aí não prestei atenção em algumas partes.