Resenhas - O pacto da branquitude

Marina 02/02/2024

Sobre a ignorância deliberada dos brancos
Negação, medo e raiva são formas que os brancos usam para lidar com a herança escravocrata e com a condição implícita de preservá-la e multiplicá-la.

Esse livro é muito bom, li de uma vez só. Recomendo demais para quem reflete sobre o tema e estuda formas de reduzir os efeitos do racismo institucional, ampliando a diversidade e inclusão em diversos espaços, públicos ou privados.

Ingrid 01/02/2024

Pensei muito sobre o que poderia dizer sobre esse livro e só posso dizer: Leiam! Se acreditam que já tenham todas as informações sobre o tema, pode acreditar que não sabem! Seja sobre o que é, seja sobre como combater, tem mais, muito mais! Quase 1 ano depois que fiz a leitura sigo impactada com todas as informações que esse livro me trouxe, e o quanto me fez, e faz, pensar sobre os privilégios, e quanto eles foram herdados.

iris lendo 31/01/2024

Uma aula
É muito legal, e de uma leitura acessível e de fácil entendimento
passa por várias vertentes, conceitos e histórico importantes. É bem introdutório, no sentindo que, se você conhece pouco sobre o pacto da branquitude, da estrutura do racismo no Brasil esse é o livro pra você.
que abre os olhos quanto a um racismo estrutural, institucional, político e social.
Deu vontade de buscar outras leituras como essa, e ela tbm passa por um conceito que quero mt ler sobre que é a necropolitica.

Patty Lima 30/01/2024

Cada obra sobre questões raciais que leio me deixam mais angustiada. São tantas pendências da sociedade escravocrata, mesmo depois de séculos da abolição. O pacto da branquitude soou com um alerta na luta antirracista. Desfazer esse pacto é mais difícil do que pregam por aí...

Emmanuel.Rocha 30/01/2024

Um importante livro que nos dá um tapa na cara
Esse não é um livro de ficção, infelizmente. Mas é uma obra oriunda da tese de doutorado da autora. Formada em psicologia ela se especializou em recursos humanos e em sua tese de doutorado (pactos narcísicos no racismo: branquitude e poder nas organizações empresariais e no poder público) ela investigou a diferença de tratamento entre candidatos brancos e negros no mercado de trabalho. Então aqui é um livro que tem caráter científico, na qual a autora nos trará evidências e dados sobre como o racismo estrutural está presente não só nas relações de trabalho como nas relações sociais (e como uma afeta a outra).
Mais do que falar sobre os horrores do racismo ela abre nossos olhos para a normalização da sociedade perante a privilégios da branquitude. Como por exemplo quando falamos da escravidão no Brasil, na qual falamos frequentemente nos horrores e como políticas públicas devem ser feitas para “pagar” uma dívida histórica para com aquele povo que foi escravizado, e ótimo, é isso mesmo, mas ela vai além e nos choca mostrando que enquanto alguns querem discutir a necessidade de cotas (que obviamente são importantes) a sociedade ainda não discutiu os privilégios daqueles que escravizaram. Aqueles que cometeram os crimes nunca pagaram e até hoje usufruem de privilégios políticos e sociais mesmo tendo sido responsáveis por uma das coisas mais abomináveis que já existiram. Concordam que é triste e horroroso o que aconteceu com os povos que foram escravizados? E o que você acha das pessoas que escravizaram que até hoje famílias usufruem dessas riquezas geradas na base da mãe de obra escrava?

A autora em 129 páginas escreve de forma objetiva e mostra que é possível fazer ciência e divulgar seus resultados para o público geral. Um livro com uma escrita fluída que nem parece oriundo de um trabalho acadêmico.
Baita leitura. Rápido e muito bom. 
E você já leu?

Adriana Naves 27/01/2024

Cida Bento arrasa
"...desfazer sistemas que, durante séculos, promoveram o conforto e a segurança de um grupo de pessoas em detrimento de outro não é uma tarefa para realizar da noite para o dia, nem é uma proposição sem dor, pois envolverá trabalho intenso e duradouro."

Muitas vezes quando falamos da escravidão e do racismo tratamos isso como um problema que afetou profundamente a vivência de pessoas pretas, mas não consideramos como estes acontecimentos também marcaram profundamente a vida de pessoas brancas também. Pois enquanto o primeiro grupo teve sua experiência impactada negativamente o outro foi impactado de forma positiva e nesse livro Cida Bento traz esses e outros pensamentos, que nos faz refletir sobre as estruturas de poder que mantém o mundo atual tal qual o observamos.
A autora comunica-se de forma objetiva e muito didática, a acredito que mesmo quem está começando a ler sobre o tema não encontrará dificuldades nesta leitura. Ao final temos as referências bibliográficas que foram citadas ao longo do livro. Vou buscar ler outras obras da autora.

@Estantedelivrosdamylla 25/01/2024

Importantíssima!
O assunto "racismo" tem me chamado muita atenção recentemente seja na ficção quanto na não ficção, e isso decorre do fato de que vivemos em uma sociedade racista sob uma falácia de "democracia racial".

Essa obra é uma daquelas que eu acredito que deveria ser estudada nas escolas para que fosse possível instigar a visão crítica das pessoas desde logo cedo, mas como nunca é tarde para aprender e nunca é tarde para tentarmos ser melhores pessoas, acredito que esse livro pode e deve ser lido por todos, independente de idade ou sexo.

Cida Bento aborda o sistema racista em que estamos inseridos, em que os brancos possuem seus privilégios e não estão dispostos a abrir mão deles. Onde uma teia de interesses se forma e pessoas brancas compactuam para continuarem em posição de poder, consequentemente discriminando os negros.

No primeiro contato admito que fiquei um pouco abismada e até assustada com o que a autora afirmava, e diante desse processo de "tomar a pílula", pude abrir meus olhos para uma realidade que eu não imaginava que pudesse ser tão ruim e tão infeliz. Após alguns relatos que a Cida Bento colocou no livro, eu fiquei ainda mais chocada que nosso país pudesse ser tão racista e tão opressor.

Por fim, esse livro é capaz de fazer com que saiamos da zona de conforto, e consigamos ver o mundo com outros olhos e nos questionarmos sobre a nossa realidade. Se descontruir é um processo, e é constante a transformação.

Super Recomendo.

site: https://www.instagram.com/estantedelivrosdamylla/

Maria.Jose 23/01/2024

Livro essencial para pessoas brancas ain-racistas. É bem didático, embora a autora perca um tempo falando das questões de RH, afinal é a especialidade dela.

Bruno144 22/01/2024

O Pacto da Branquitude: o que é ser branco no Brasil?
Nesta obra, Cida Bento apresenta dados e conceitos relevantes sobre como a branquitude, em uma espécie de pacto, opera no Brasil, perpetuando o racismo em diversas instituições. O livro é um convite às pessoas, especialmente a nós, brancos, para refletirmos sobre nossos privilégios e explorarmos maneiras de enfrentar o racismo no país.

Huandel 20/01/2024

Leitura de grande valor sobre as formas que se desenvolvem o racismo no Brasil, seja de maneira implícita ou explícita. A autora nos conta, através do embasamento científico e de sua vivência e de outras pessoas, sobre a perpetuação dos privilégios da raça branca em detrimento das outras, de maneira que nos faz enxergar a sociedade brasileira tão desigual desde os anos de escravidão até os dias atuais.

carol 19/01/2024

Uma leitura necessária!
O livro fala sobre a herança da escravidão na sociedade e como isso trouxe privilégios para as pessoas brancas, quer elas reconheçam isso ou não. É bem informativo por trazer vários dados e pontuar o fato de que os cargos de liderança quase nunca são ocupados por negros, pois mesmos sendo competentes nunca são a primeira escolha.

Ademais, ele fala sobre essa estrutura de poder onde os brancos sempre estão incluídos e representados. E como existe uma luta por organizações para tentar mudar isso e incluir mais pessoas negras em espaços de poder. É uma leitura muito informativa, gostei muito!!! 

thiago 19/01/2024

Pacto narcísico
Nas palavras de cida, os pactos narcísicos da branquitude seriam ?acordos tácitos, como pactos não verbalizados, não formalizados. Pactos feitos para se manter em situação de privilégio, higienizados da usurpação que os constituiu. E que se estruturam nas relações de dominação que podem ser de classe, de gênero, de raça e etnia e de identidade de gênero, dentre outras.? eu acho essa descrição extremamente válida, principalmente em um contexto que a maioria das pessoas finge que o racismo não existe no brasil. e no livro também percebi a importância de nós, pessoas brancas, reconhecermos nossa etnicidade e perceber que esse é apenas um dos passos pra eliminar nossa posição de privilégio. achei uma leitura muito boa, de fácil compreensão e que com certeza vou revisitar futuramente.

Carol 19/01/2024

O Pacto da Branquitude é um livro que deveria ser leitura obrigatória no Brasil. Cida Bento de forma clara, direta e coerente escancara as mazelas de um país aonde ainda se acredita que há igualdade racial, mas que na verdade tem o racismo incrustado em seu cerne, em sua história. Ainda hoje, a branquitude prefere tampar seus olhos e se eximir da culpa pois "não estava lá, a escravidão ficou no passado". No entanto segue gozando os privilégios conquistados através de um sistema racista usando a meritrocracia capitalista como justificativa.

Aline 18/01/2024

Necessário! Livro que deveria estar no currículo escolar.
Maria Aparecida da Silva Bento é psicóloga e ativista brasileira, diretora do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades, que atua na redução das desigualdades raciais e de gênero no ambiente de trabalho.

Em 2015 foi nomeada pela revista The Economist uma das 50 pessoas mais influentes do mundo no campo da diversidade. Uma força intelectual necessária e que deve ser ouvida.

O livro traz muitos dados e vivências importantes da Cida tanto como psicóloga em grandes empresas como ativista e militante da causa. Reforça nossa obrigação de mapear, incluir e viabilizar a equidade em todas as esferas. Na nossa vida pessoal e profissional. Promover e cobrar políticas afirmativas e inclusivas no nosso condomínio, na empresa, a escola, na academia e em todos espaços que ocuparmos. A equidade racial é assunto de branco.

Leiam Cida Bento! É obrigatório.

Izaura Delfino 17/01/2024

Fácil leitura, fácil compreensão. Ninguém lê e fala que não entende ou não compreende o assunto em questão.

Precisamos de mais títulos assim, que cumpram o papel da desconstrução sem o academicismo latente de tantas obras sobre o tema.