Indígenas de Férias

Indígenas de Férias Thomas King
Thomas King




Resenhas - Indígenas de Férias


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ekundera 29/04/2022

?Talvez, no fim, não existam finais felizes?
A história vai e volta a todo momento, resgatando momentos que geram certa expectativa sobre algum desfecho mais sério para os protagonistas nas suas desventuras. Mas isso acaba não sendo uma preocupação primária, os temas mais delicados são tangenciados, sem uma dedicação a eles por muito tempo. Enquanto alguns dos dramas mais coletivos ficam como pano de fundo, a gente vê uma sucessão de comportamentos muito estranhos dos protagonistas, em uma narrativa bastante esquisitona.
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Gisa 13/01/2023

É um livro lento, e essa é a proposta dele então deve ser lido partindo dessa premissa.

Dois indígenas canadenses idosos em uma viagem, ela ama aventuras ele detesta viajar, ele convive com seus demônios: depressão, ansiedade, auto depreciação, mas nos conta a história sem perder o bom humor então o livro é leve e engraçado em muitos momentos.

Trata dos preconceitos e estereótipos acerca dos povos originários, criticando como a política canadense tratou e trata do assunto, o que não é muito diferente do Brasil por exemplo, sem deixar de ser uma escrita bem humorada.

Gostei e foi uma boa leitura.
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rdrg 08/05/2022

Então, estamos em Praga.
Foi engraçado perceber que no mês em que li Os Testamentos li também um livro indicado pela Margaret para TAG curadoria: Indígenas de Férias, do Thomas King.
Apesar de ter tido dificuldade em engajar na leitura nas primeiras páginas e achar repetitivo o título da resenha que aparece a cada momento em que o autor volta de memórias do passado para o momento em que os protagonistas estão passando férias na República Tcheca, o livro me prendeu e me surpreendeu.
Recheado de vivências traumáticas e reais para povos originários, humor ácido e bem diferente do que já vi, questões mentais abordadas de uma maneira inédita, a narrativa que acompanha um cara que basicamente desistiu de tudo ao lado da sua esposa e porto seguro em mais uma de suas viagens.
A história é só isso.
Tem seu ponto de partida e de chegada que não representam um começo e um fim respectivamente, mas um interim sofrido do que é estar presente no reflexo do colonialismo, do racismo e da indiferença que é nossa atualidade social.
De quebra engatilhado com sucesso pois Mimi e Bird são um casal e tanto!
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Erica.Barone 21/04/2022

O livro para mim foi como viajar com um casal de amigos, como os quais não tenho muita afinidade. Viajar sempre é bom, mas conciliar os interesses do grupo, não é uma tarefa fácil. Esperava mais, mas ainda sim aproveitei.
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Emanuell K. 18/05/2022

Sobre o turista e o peregrinoou como viver com seus demônios
Uma obra que não me deixou morrendo de amores, mas que não me abandonou assim como os demônios do narrador.
Viajar ganha outros sentidos e motivos, encontrando o fantástico e o real, histórico e atual, extermínio e construção, exílio-pátria, irreverência-acomodação, suicídio e reconciliação...
Questionei porque a tag mandou esse livro, achei enfadonho... entendi que era pra ser enfadonho, para depois rir do humor mordaz - filho da pena da galhofa...
Melancolia transmutado em literatura, numa narrativa de manequins e pessoas cobertas com lençóis para que descortinemos a leitura, sabem quem é fantasma e quem real... se for possível!
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Lusia.Nicolino 14/05/2022

Eu me diverti com os diálogos inteligentes
Não conhecia o autor, não conhecia a peripécia de Indígenas de férias e confesso que pelo título não tinha muitas expectativas. Os “nossos” indígenas são sempre tão diferentes dos indígenas “dos outros”. Mas, adorei o livro! Eu me diverti com os diálogos inteligentes, perspicazes e que são retratos de nosso dia a dia, de nossa convivência, nunca anotados em um caderninho. Sensível, cheio de reticências para nos fazer pensar. É um voltar a refletir sobre de onde viemos, o que estamos fazendo aqui e para onde vamos. Bird e Mimi, estão em Praga e vão nos deixar acompanhar seus passeios e suas descobertas. Inspirados por alguns cartões postais antigos que foram enviados pelo tio Leroy há quase cem anos, eles buscam por um passado que não permaneceu em lugar nenhum. Será?

Quote: "Não consigo imaginar que alguém goste de ver outra pessoa sofrendo, mas, assim que esse assunto me surge no pensamento, percebo que estou errado. Na maioria das vezes, ninguém se importa com o que acontece com as outras pessoas, desde que não aconteça nada com elas mesmas. Nós temos a capacidade de sermos compassivos, mas simplesmente não exercermos essa capacidade."




site: https://www.facebook.com/lunicolinole https://www.instagram.com/lu_nicolino_le
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Ruh Dias (Perplexidade e Silêncio) 20/05/2022

Já li
"Indígenas de Férias", publicado em 2020, narra um recorte da vida de Mimi e Bird enquanto eles viajam por Praga. Mimi e Bird estão casados há quase trinta anos e, desde que os filhos cresceram e saíra de casa, Mimi decidiu seguir a trilha de cartões postais que seu falecido tio mandou, antes de sumir. O tio Leroy levou consigo uma bolsa Crow, uma tradição indígena onde objetos valiosos são coletados e guardados nesta bolsa, objetos estes que geralmente tem significado afetivo apenas para o portador da bolsa, como pedras de rio, penas, etc. Tanto Mimi quanto Bird tem descendências indígenas, daí o título do livro.

Quando Bird, o narrador do livro, é diagnosticado com uma doença reumatológica que afeta principalmente homens asiáticos e indígenas – em vez do câncer de pâncreas que todos supunham que ele deveria ter – sua esposa, Mimi, diz: “Veja […] ser indígena te trouxe sorte, afinal.” Bird tem uma personalidade melancólica, às vezes depressiva, e uma das partes mais interessantes da leitura são seus Demônios. Mimi nomeou todos eles. Há Eugene e Kitty – que representam autoaversão e catastrofização – e os gêmeos Didi e Desi – depressão e desespero. Esse conceito é simultaneamente engraçado e profundamente sério. Como Mimi diz ao marido: “Se você tivesse mais amigos, talvez não passasse tanto tempo com seus demônios”.
A personalidade de Bird é o oposto de Mimi, e o contexto da viagem coloca essa oposição à tona. Enquanto Bird sente saudades de casa e não tem vontade de conhecer nenhum ponto turístico, Mimi planeja cada minuto da viagem, é inquieta e agitada, não se incomoda com o desânimo do marido e até parece ignorá-lo (o desânimo, não o marido) de propósito, como se passasse uma mensagem que as reações do marido não devem ser levadas tão a sério assim.

Bird e Mimi conversam – grande parte do romance se desenvolve por meio do diálogo entre esse casal de meia-idade – mas, como Bird aponta, eles realmente não conversam. Em sua primeira noite na República Tcheca, Bird observa que tanto ele quanto sua esposa se esqueceram de trazer os romances que costumam ler nos restaurantes enquanto esperam a chegada das refeições. Bird pensa: “Agora estamos diante da possibilidade real de ter que conversar um com o outro”. E, no entanto, ao longo da refeição, isso nunca acontece.
A narrativa, muitas vezes, parece ir em direção ao nada e sem nenhuma conclusão. As seções frequentemente abrem com alguma variação do refrão, “Então estamos em Praga”. Há uma natureza repetitiva em grande parte da narrativa que destaca o ambiente imutável de Bird.
Esse relacionamento e dinâmica entre eles me lembrou muito as obras de Hemingway.

O enredo conta com alguns flashbacks, onde sabemos um pouco do passado de Bird. No início do livro, os flashbacks são para um passado recente e, no decorrer da narrativa, King traz um passado mais distante dele, como se para ajudar o leitor a entender como e porquê Bird tornou-se esse homem de meia-idade que conversa com seus demônios.

Eu fiquei entretida na leitura porque gostei de Bird. Achei interessante ler uma história narrada por alguém que sofre com males físicos, mentais e emocionais enquanto se esforça para curtir uma viagem pela Europa e se re-conectar à jornada da esposa. Bird não consegue nada disso, mas foi bom ver ele tentar, e ele acaba se tornando um protagonista carismático. É uma leitura que recomendo.


site: http://perplexidadesilencio.blogspot.com/2022/05/tag-livros-abril-2022-indigenas-de.html?m=1
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Barbara 11/04/2022

Maravilhoso!
Um livro divertido e reflexivo ao mesmo tempo com personagens cativantes. Esse livro nós faz refletir sobre o vazio existencial e as questões urgentes em nossa sociedade como os povos refugiados e como viver sendo atormentada pelos demônios pessoais e sociais
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Maria Paula 12/04/2022

O estilo de escrita flui bem, as personagens são peculiares na medida certa, e os diálogos são humorísticos.
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Bê. 22/06/2022

?Humor para fins sérios e subversivos?
Na revista que acompanha esse livro enviado pela TAG, tem uma entrevista com Margaret Atwood em que ela afirma que o autor, Thomas King, se utiliza do ?humor para fins sérios e subversivos?. Quando eu li essa frase, senti que ela refletiu completamente essa experiência literária: é um texto que quebra paradigmas sobre povos originários, enfrenta de forma leve e sem tabus problemas psicológicos, lança críticas e promove discussões sobre ancestralidade e violência estatal e coloca tudo isso numa roupagem gostosinha sobre a busca de um parente e um artefato perdido.
Gostei de ver indígenas que fogem aos esteriótipos comuns, orgulhosos de suas origens, conscientes de sua luta coletiva, e turistando por aí!
Também achei especial o modo como Bird aprende a lidar de uma forma mais saudável com seus demônios ao final de sua trajetória. Muitos desses demônios também são meus íntimos.
Enfimmmm, achei a leitura bem leve e fluida, mas ao mesmo tempo profunda, fui super cativada pelos personagens, me emocionei e recomendo a leitura pra todo mundo!
?

P.s.: queria saber pq que qndo eu uso aspas nas resenhas, depois que eu publico ficam aparecendo os símbolos de interrogação no lugar? ?
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Karol 08/05/2022

Fofo e profundo
A leitura é leve, mas toca em temas complexos como racismo, xenofobia, a crise dos refugiados, depressão, velhice etc.
A redação é leve e bem humorada, mas consegue destacar coisas ruins com facilidade e o livro é MUITO BEM ESCRITO.
A história é cotidiana, mas os personagens são cativantes e formam um bom grupo. Mimi é adorável e engraçada, Bird é complexo, com muitas nuances por baixo da impressão de "cara chato que não quer fazer nada".
Eu gosto muito de livros com protagonistas idosos, pois eles abrem possibilidades que outras faixas etárias limitam e o autor soube explorar com mestria as benesses e os ônus que a idade mais avançada traz para nossas vidas.
Leitura excelente. Mais um acerto da TAG.
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Rafa 23/06/2022

Eu amo uma comédia ??
Achei muito legal como a história não é "sobre" ser indígena, mas como essa é uma questão cotidiana, junto de várias outras. Me lembra muito histórias em que o personagem, por acaso, é gay, e não que isso seja o ponto focal da vida dele. Achei muito legal essa pegada.

Toda a questão indígena atravessa a vida dos personagens, mas não define nenhum deles.

A relação do casal é bem excêntrica também, eles já tem seus 60 anos e estão juntos há tanto tempo que é legal ver uma história que não seja de amor perfeito.

Inclusive, me identifico tanto com o Bird que me assustei ??

Li que nem senti. Recomendo!
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Monique | @moniqueeoslivros 20/04/2022

Indians on vacation
{Leitura 18/2022 - ?? Canadá}
Indígenas de férias - Thomas King

Segundo o Aurélio, "refugiar-se é retirar-se (para um lugar seguro); abrigar-se". Isso é razoavelmente fácil de entender. Entretanto, pensar na questão dos refugiados hoje no mundo é uma questão bem complexa, e Síria, Afeganistão, Ucrânia estão nos jornais todos os dias para nos mostrar isso.

O que acontece nesse livro de Thomas King é uma reflexão sobre os refugiados no mundo. Sobre como eles são tratados, em países que abrem (ou não) suas portas a eles. E talvez o que mais tenha me fisgado: a narrativa explora as semelhanças entre os refugiados e os povos originários. Afinal de contas, ambos tentaram (e ainda tentam) retirar-se pra um local seguro.

Nesse livro, um casal com descendência indígena (ele Cherokee, ela Blackfoot) viaja de férias para Praga, no intuito de refazer os passos de um tio que foi expulso da reserva. Mas mais do que refazer os caminhos desse tio desaparecido, eles viajam "para dentro" de si mesmos, percebendo o quanto suas origens moldaram o que eles são hoje.

Mas acredite: o livro é leve. Tudo isso, toda essa carga de reflexão sobre a humanidade é colocada ali de forma fluida, e aqueles perrengues típicos de viagem te fazem dar boas risadas. Mimi e Bird são um casal de férias, explorando o desconhecido. Mas com o mundo inteiro dentro deles.
JurúMontalvao 22/04/2022minha estante
?


Monique | @moniqueeoslivros 22/04/2022minha estante
Obrigada! ?




Sabrina 29/04/2022

Portanto, estamos em Praga
Leiturinha leve e fluida. Em alguns momentos é até gostosinho, engraçado, mas não passa disso. Sobre companheirismo, envelhecimento, nossas batalhas internas. Esperava mais da temática indígena, mas achei superficial.
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