shuhuavr 28/04/2024
Bizarro
Acho a premissa desse livro maravilhosa e antes de ler tinha teorias de como seria, mas não foi nada como pensei. Não tinha expectativas que seria uma leitura incrível, mas pensei que era menos decepcionante.
O que vi de bom aqui, além da própria premissa, foi a crítica, como a autora aborda a crueldade humana e as descrições das cenas chocante (a cena dos cachorros achei desnecessária, mas conseguiu chocar). De resto, odiei.
A escrita não é muito boa, até o capítulo 8 não se sabe o nome do protagonista (Marcos Tejo), em muitos momentos se usa o pronome "ele" para se referir a Tejo, o que se torna muito confuso quando se tem muitos personagens em cena, já que quando lemos "ele" acabamos achando que de trata de outro personagem que não é o principal. Além disso, fiquei extremamente perdida numa cena porque nela existia 3 personagens, e a autora se referiu a dois deles como "o outro".
A história também não é boa, não se explica muito sobre o vírus, como começou, como se espalhou, como se é feita a seleção para fazer parte do abate, coloca a dúvida se o vírus é invenção do governo, e não explica se é ou não. Ademais, não acontece nada de interessante na história, é a vida entendiante de alguém triste e com dramas familiares. O final? Tenebroso, não só por ser previsível, mas faz do livro mais decepcionante ainda.
Os personagens, mal desenvolvidos. 99% deles aparecem uma vez como se fossem importantes pra história, mas depois somem. E os que mais aparecem não têm carisma, não tem complexidades, simplesmente não têm nada. O protagonista terrível, apático, soberbo, e isso fica visível desde o começo do livro. Só senti mínima empatia pela fêmea.
Resumindo, história rasa, personagens rasos, premissa não foi bem explorada, não recomendo. Talvez tenha mais defeitos que eu não me lembre.