Todos os nossos ontens

Todos os nossos ontens Natalia Ginzburg




Resenhas - Todos os Nossos Ontens


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Camila 11/06/2020

Escrita simples, de grande profundidade
Gostei muito do modo como a história percorre a vida de duas famílias , transitando entre os anos da Segunda Guerra e acompanhando-os na Itália. A escrita da autora é simples , nos faz adentrar na história de modo que é possível imaginar cada acontecimento com detalhes, os sentimentos das personagens, e a vida cotidiana dos mesmos porém em um período caótico e hostil que foi a presença do fascismo e a vivência nesse período.

Recomendo muito a experiência de ler uma obra de Natalia Ginzburg.
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Giovanna 12/07/2020

Trevas verdadeiras
Livro sensacional, muito delicado especialmente se tratando de um tema tão bruto.
Recomendo muito a leitura!!
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Gramatura Alta 03/09/2023

Https://gramaturaalta.com.br/2023/09/03/todos-os-nossos-ontens-drama-emocionante-na-italia-facista/
TODOS OS NOSSOS ONTENS se inicia com uma casa, uma rotina, uma família. O tempo passa, o ritmo cotidiano é rompido por mortes, encontros, casamentos, gestações. A cada ruptura, surgem novas rotinas, e então a voz em terceira pessoa se mistura ao olhar de Anna, a caçula, que se surpreende com o modo do hoje virar ontem; parece que uma eternidade separa a vida de antes e a nova que surge.


Não são apenas os nascimentos e as mortes que mudam a percepção do tempo. Até certo ponto, parecia que o fascismo não acabaria nunca, e então começa a se ouvir no rádio sobre a invasão da Polônia, e sobre a linha Maginot, que parecia intransponível. Mas os nazistas a ultrapassam, e num relance a guerra vira parte da vida. Se a destruição faz com que as rotinas durem sempre menos, algum resto de resiliência, inadvertidamente, consegue as reerguer, ainda que cambaleantes.

Em TODOS OS NOSSOS ONTENS, através de uma narrativa penetrante e introspectiva, somos apresentados a uma trama que transcorre na Itália, abrangendo um período que vai desde os anos anteriores à Segunda Guerra Mundial até o imediato pós-guerra. Somos imersos no ambiente de uma sociedade que vive as expectativas, os temores e as consequências de um dos conflitos mais devastadores da história moderna da Itália e da Europa como um todo.

Para contextualizar, a Itália estava sob a liderança de Benito Mussolini e seu regime fascista desde 1922. Mussolini consolidou seu poder através da censura, da supressão de opositores e da propagação de propaganda nacionalista, que se caracterizava pelo totalitarismo, pela exaltação do estado e pela promoção de valores tradicionais. Durante a década de 1930, a Itália se aproximou da Alemanha nazista de Hitler, culminando no Pacto de Aço em 1939. Isso alinhou a Itália com a Alemanha durante a iminente Segunda Guerra Mundial.

Em 1940, a Itália entrou na guerra ao lado da Alemanha nazista. Inicialmente, enfrentou reveses militares, especialmente na África do Norte contra as forças britânicas. Em 1943, após várias derrotas e com o avanço dos aliados, Mussolini foi deposto e preso. A Itália assinou um armistício com os aliados e foi ocupada pelas tropas alemãs. Isso levou a uma situação dividida: o norte da Itália, sob controle alemão, onde Mussolini estabeleceu a República Social Italiana com o apoio dos nazistas, e o sul da Itália, sob controle dos aliados.

Durante a ocupação nazista no norte, surgiu um forte movimento de resistência partisana. Esses grupos, muitas vezes comunistas e socialistas, realizaram uma guerrilha contra as forças de ocupação alemãs e os fascistas italianos. Com o avanço das forças aliadas e o apoio da resistência partisana, a Itália foi completamente libertada em 1945. Mussolini foi capturado e executado por partisanos italianos. O período de guerra e os anos imediatamente posteriores foram marcados por divisões profundas na sociedade italiana, traumas e transformações. Muitas famílias, incluindo as da autora de TODOS OS NOSSOS ONTENS, foram diretamente afetadas pelo fascismo e pela guerra.

TODOS OS NOSSOS ONTENS se concentra na vida de Anna, que testemunhou as transformações da Itália e as repercussões dessas mudanças em sua vida pessoal. Somos apresentados a uma série de personagens, desde membros da família de Anna até amigos e conhecidos, cada um carregando consigo as marcas e as experiências proporcionadas por esse momento histórico. Eles tornam-se reflexos das diversas formas como a guerra impacta o indivíduo, o cotidiano, as relações e as expectativas para o futuro, explorando o que significa viver em tempos de guerra e incerteza.

Apesar desses muitos personagens, Anna é o coração da narrativa. Ela cresce observando as complexidades da vida durante o período tumultuado que antecede e segue a Segunda Guerra Mundial. Através de seus olhos, nós ganhamos uma perspectiva feminina sobre os eventos. Anna é profundamente afetada pelas circunstâncias, e suas experiências pessoais refletem as maiores turbulências políticas e sociais do momento.

Anna desenvolve um vínculo profundo com outro personagem, Cenzo Rena. Ele é um amigo da família de Anna e, apesar de suas diferenças de idade e experiência, ele representa um contraste com o mundo de Anna, trazendo consigo memórias e experiências da geração anterior. Sua relação com Anna, embora carregada de tensão e complicações, é um retrato das conexões humanas em meio às turbulências da guerra e do fascismo.

Através de uma prosa que é simultaneamente sutil e poderosa, TODOS OS NOSSOS ONTENS retrata com maestria as nuances das interações humanas, seja nos diálogos carregados de significados não ditos, seja nas descrições dos gestos e comportamentos dos personagens. O resultado é uma obra que, apesar de se situar em um período específico da história, possui uma atemporalidade que a torna relevante para leitores de qualquer época. Encontramos o testemunho de uma geração que viveu sob a sombra da guerra.

site: https://gramaturaalta.com.br/2023/09/03/todos-os-nossos-ontens-drama-emocionante-na-italia-facista/
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Maíra 29/12/2020

Apesar do ritmo ser um pouco arrastado, a história é boa e interessante. Vale s pena a leitura.
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lara 20/06/2020

Todos os nossos ontens
Sabe aquele livro que vc quer guardar no coração ?, então, Todos os nossos ontens é esse livro . Fala de um passado em comum, percorrendo memórias coletivas, com uma narrativa diferente , me prendendo do início ao fim. Concentrando em duas famílias no norte da Itália, vivenciando o regime fascista e a segunda Guerra Mundial. Foi uma experiência de leitura tocante com uma narrativa original e cativante .
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inasantos 21/06/2020

Interessante porém arrastado
A narrativa incomoda logo no início, mas ao longo do livro melhora e acostumamos.
O livro conta a história de duas famílias durante a Itália fascista. A impressão que eu tive foi que, apesar do contexto histórico e da loucura que imaginamos ser estar numa guerra, para algumas famílias, não é tão impactante assim. Apenas quando a guerra realmente bate à porta.
@fernandajfguimaraes 27/06/2020minha estante
Não achei arrastado. Na verdade achei que a narradora é bem direta e seca, fala sem rodeios. Gostei dos diálogos diretos e rápidos. Há uma sucessão de fatos e as personagens se transformam ao longo da narrativa. Gosto da forma como a narradora nomeia as personagens com adjetivos irônicos e da firma como esses nomes mudam confirme a visão da narradora muda. O que achei impactante é a forma com que a autora descreve fatos triviais e corriqueiros dentro daquele momento histórico da guerra e do fascismo. Vemos com clareza a forma como cada pessoa reage aquele momento e consigo fazer uma ponte com o momento histórico que nós brasileiros estamos vivendo. Nós também vivemos o período em que sabíamos que o coronavirus existia, mas em terras distantes até que ele chegou. E estamos também vivendo um momento político e econômico muito conturbado. Não há como não fazer essa ponte. As personagens da obra ouviam falar da guerra como algo distante, visto que não existiam às mídias atuais, o que deixava os fatos ainda mais distantes do que realmente eram. Até que a guerra chegou. E viviam um momento político e econômico muito complicado também com o fascismo. E então podemos observar a forma com que cada personagem reagia aos fatos históricos: uns ficavam totalmente alheios, alienados, preocupados com futilidades como dona Maria por exemplo; temos aqueles que se envolviam em debates sobre as problemáticas mas de forma superficial e tola como Emanuele; temos aqueles que se envolviam de forma extrema e despreparada e acabavam surtando como Ipolitto; e temos aqueles que reagiam com lucidez e certa maturidade como Cenzo Rena. Cada personagem se encaixa em alguma dessas categorias. Como em nossos dias também. Pode observar. Montar toda essa teia de relações com certeza não foi fácil e casa com a teoria que o filho dela, o historiador Carlo Ginzburg, mais tarde estudaria, a micro-história. O estudo apurado dos fatos cotidianos em meio a momentos históricos importantes.




Nath 09/07/2020

Desafiador
No começo o livro é um pouco dificil de ser lido, um pouco chato e com a escrita diferente. Mas, se tu der uma chance para esse livro vai ver como ele é bom. Vai adorar os personagens. Ficar bravo com Giuma. Sentir pena da Senhora Maria e de Anna. Cenzo Renna é um homem bom, Que teve um bom final. Acredito que todos vão gostar do livro.
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Julia.Ferreira 08/11/2020

Nhe
Não consegui me conectar com os personagens, achei todos chatos. Praticamente toda primeira parte do livro as mulheres só se preocupam com a própria aparência enquanto os homens discutem sobre a guerra. Isso me irritou bastante.
Não gostei desse tipo de narrativa, achei cansativa e repetitiva.
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Rocca 28/07/2020

Único
No início estranhei a narrativa da história além de me parecer uma história arrastada e um tanto confusa. Demorei para me engajar, mas logo me vi envolvida com as personagens, principalmente com a Anna. A solidão dela me parecia realmente palpável.
Ler esse livro foi como sentar ao lado da cadeira da minha avó e escutar ela contando as histórias daquela época. Tem um tom único e triste e as coisas acontecem de repente, como seria na vida real. Não tem um prévio aviso. Você nunca está preparado para o que pode acontecer.
Entrou sem dúvidas para os meus livros preferidos e já estou ansiosa para ler outros livros da autora.
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Fernanda 11/06/2020

Lutei pra terminar
O tema do livro me chama muita atenção e adoro estudar sobre, que gira em torno da segunda guerra e do fascismo. Mas os temas ficam apenas de pano de fundo, sem aprofundamento. Gostei do relato de como nascem os revolucionários que não necessariamente se identificam com a causa, mas com a emoção de fazer parte da causa.
A leitura é arrastada, mas foi uma experiência interessante.
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Xico 25/12/2020

Um livro histórico, mas que não me pegou
É inegável a importância histórica de Natalia Ginzberg dentro da literatura italiana e de sua narrativa. No entanto, o estilo cubista e seguindo os caminhos das memórias não me pegou como deveria. É o tipo de livro que se reconhece o estilo, a força, o vigor, mas que não me arrebatou como o esperado.
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Andre.S 09/12/2020

Como um álbum de fotos de família
Que livro delicioso de se ler! Descobri nesta edição da Tag esta autora italiana , Natalia Ginzburg e já me apaixonei por ela. Quero ler tudo o que ela escreveu. O livro tem como enredo uma família italiana no período da segunda guerra mundial e sua luta pela
sobrevivência em um país dominado pelo fascismo. Escrito inteiramente em terceira pessoa num tom intimista e apaixonante. Maravilhoso.
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Cássio 27/07/2020

Todos os nossos ontens
O estilo é fascinante. Relato objetivo ao mesmo tempo profundo. Sem nenhum tipo de juízo. A escritora deixa isso para o leitor. A vida de uma família sendo transformada por aspectos externos, políticos e sociais.
Adorei a leitura.
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Vicente 07/06/2020

Excelente
Outro grande livro de Natalia Ginzburg. Esse é ambientado durante a segunda guerra a autora volta a abordar temas comuns em suas obras como família e luta contra o facismo. Se você gostou de Léxico Familiar, provavelmente vai adorar esse.
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