@blogleiturasdiarias 01/04/2023Para quem ama a Penelope Ward, é uma outra história maravilhosa!Iniciei a leitura sem grandes pretensões, e Moody veio reafirmar o porque gosto tanto da escrita da Penelope Ward. Mais uma vez, cativada por suas histórias!
Wren é uma massoterapeuta itinerante, que foi chamada especificamente por Dax. E ao chegar na casa dele, não compreendeu muito bem qual seria a real intenção do homem, já que a última coisa que aconteceu, foi uma massagem relaxante. Apesar desse pedido um tanto inusitado, os dois tiveram uma conexão inicial, que fica mais forte no segundo encontro, e deixa a entender que existo algo mais. No entanto, Dax reluta em ter qualquer tipo de avanço entre eles. O que será que ele tem a esconder?
Admito que peguei no desenvolvimento sem ter me aprofundado muito na sinopse — o que com certeza, ajudou na minha avaliação final como positiva. Começando o enredo no escuro, no caso, fez com que boa parte da trama fosse uma descoberta, me prendendo e intrigando ao longo das páginas. Após conhecer tantos livros da autora, já consigo compreender que ela possui um tipo de estruturação para seus romances, o que não é ruim. Se até hoje gosto de ler os livros da Penelope Ward, é porque essa "fórmula" funciona comigo. Então baseada nessas minhas experiências anteriores, sinto que Moody é um trabalho mais delicado e pesado no drama, ao mesmo tempo, que apresenta o seu padrão.
Por estes motivos, não me foi surpresa notar que existiria uma passagem de tempo na narrativa. É um recurso que apesar de não me incomodar tanto no gênero, me frustra um pouco na evolução do relacionamento — passagens de tempo nem sempre é um bom sinal para um casal. Aqui, esse aspecto está muito entrelaçado ao ápice da conjuntura, entre se prepare para um carrossel de emoções.
"— Obrigado por ter perguntado se eu estava bem. Obrigado por se importar o suficiente para perguntar. A maioria das pessoas não se importa. E obrigado pela perspectiva que me ofereceu também. Sinto muito pela massagem não ter dado certo... de novo." pág. 34
Sobre os personagens, eles me fizeram sentir uma mistura de amor e ódio. Felizmente, Dax e Wren são protagonistas mais velhos. São pessoas que sabem lidar com seus sentimentos, conseguem sobrepujar os mesmos pelas atitudes certas. Os comportamentos são compatíveis ao tantos anos de vivências que possuem. Porém, justamente também por serem mais razão do que emoção, é que às vezes me frustrava por entender que os obstáculos existentes não seriam sobrepujados depois de muita insistência e certeza. É um romance extremamente gradativo, que só será firmado, depois da convicção que ninguém será prejudicado.
E se tem outra particularidade que a autora sabe fazer nas suas obras, são as reviravoltas bombásticas. Nunca estou preparada para as revelações que serão feitas ao longo do andamento, o que me faz várias vezes ser feita de trouxa — no bom sentido. No fim, a trajetória encontra seu eixo e é condizente com o que vinha sendo lapidado. Eu gosto muito dos epílogos da autora, e aqui não foi diferente. É um dos pontos altos.
De uma forma geral, recomendadíssimo! Se está a procura de um título para se emocionar, um título para mexer com seus sentimentos atrelado a uma alta dose de drama, Moody é a indicação perfeita. A Penelope Ward é uma autora da minha zona de conforto — livros com temáticas que geralmente curto — e ainda que eu não coloque como favorito todos os seus livros, consigo enxergar todas as coisas positivas de cada leitura.
Na parte física a escolha da capa com um perfil masculino não me incomoda. Inclusive gosto bastante desse tipo de arte, por isso não é uma questão que reclamaria. A diagramação é a padrão da editora Charme com textos espaçados, confortáveis de ler e com detalhes nas páginas que iniciam os capítulos. A narrativa é feita primeira pessoa pelos pontos de vistas da Wren e do Dax, alternados.
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