Pandora

Pandora Ana Paula Pacheco




Resenhas - Pandora


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lacklusterstarchild 05/02/2024

Niilismo & Mania de Viver
Quando eu li « Esta é uma obra de ficção » antes da primeira página, percebi que ia ser muito mais esquisito do que inicialmente pensei.

Ana está rapidamente perdendo sua sanidade - ou abusando dela, vai saber - durante a pandemia. O pangolim vai sanar a falta de sua amada Alice, até que morre. Então, vem o psiquiatra que precisa ser coagido com histórias de canibais e o gato que trabalha para eles. Sem nem mencionar o pobre do morcego. Sem falar nas histórias entre eles.

Eu não tenho repertório suficiente para entender o que foi exatamente o que acabei de ler mas eu sei que em nisso não quero pensar mais. Perturbadora, absurda e completamente real, espero que Pandora não me acompanhe em meus sonhos.
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Paulo 19/05/2023

Esse primeiro romance de Ana Paula é experimental e a escrita extremamente criativa, especialmente na ideia e forma que usou a pandemia para criar uma narrativa absurda - que é aqui uma espécie de autoficção, Ana também é personagem, forma literária em alta hoje, especialmente no nome de Annie Ernaux -, um tipo de realismo fantástico grotesco, no qual ela se relaciona com os animais suspeitos de serem o vetor de origem do coronavírus, não se limitando a descrever o compulsório processo de isolamento e as estatísticas de mortos e infectados. A esse processo ela também soma, mais ou menos superficialmente, uma comparação nas vidas das diferentes classes sociais sob essa grave calamidade global sanitária e econômica e faz críticas ao governo genocida, não nomeado, vigente na pior época em que ele poderia estar vigente.
"Deterioramento mental" é uma boa classificação que alguns críticos e sinopses deram à vida de Ana-personagem durante o isolamento.

Nesse experimento literário, Ana-autora insere diferentes tipos de textos, de diferentes formas, o que é muito interessante porque se deu liberdade criativa e tudo é muito bem escrito, porém o texto se torna tanto cansativo e entediante quanto difícil de entender, soma-se a isso histórias e personagens repentinos, especialmente no final, que me deixaram extremamente confusos, talvez minha "bagagem" etc. sejam demasiado parcas para entender as alegorias, referências e o significado de tais inserções na narrativa. Mas o fato é que antes da metade do livro a escrita absurda, confusa e difícil me tiraram a empolgação e vontade, mas insisti na leitura porque só as abandono quando são, geralmente, teorias/não ficção extremamente difíceis de entender, e olhe lá. Terminei o romance de Ana Paula quase sem prazer e aliviado em terminar.
Ele é, no entanto e reiterando, muito criativo e bem escrito.
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