Polly 07/06/2024
Essa leitura foi um processo de altos e baixos pra mim. Ao mesmo tempo que tinham personagens difíceis de digerir, tinham personagens que eu simplesmente mergulhava na história (Santiago, Zoe algumas vezes e eleonor, principalmente no penúltimo capitulo). Mas eu acho que esse é o ponto do livro, apresentar uma história com personagens ?reais?, sem essa rigidez das narrativas com vilões e heróis, apenas pessoas nas suas mais diversas camadas e complexidades, lados feios e bonitos de cada um.
Gosto de leituras assim, não acho que tenha nada de diferente na história, mas ela me desfez e refez por dentro em alguns momentos. No penúltimo capítulo, a Eleonor tem uma série de pensamentos que eu me identifiquei bastante, e tenho certeza que boa parte dos leitores também, sobre a necessidade de sempre estar fazendo algo, de aprender algo, de ser alguém em constante processo de produção, de negar o ócio, o banal, o monótono.
?[?] Eu preciso comprar unidades de armazenamento organizacional. Eu preciso ligar de volta. Eu preciso desenvolver um relacionamento com um Deus do meu entendimento. Eu preciso comprar creme para os olhos. Eu preciso usar o meu potencial.
Eu preciso me deitar.?
E por fim, Cleo e Frank são pessoas que despertam o pior do outro quando juntos, mesmo se amando. Eles me lembraram muito da música Werewolf da Fiona Apple.
ps.: a mãe da Eleanor é a melhor personagem.
Uau.