Resenhas - Cleopatra e Frankstein

Jana 18/05/2024

Eu realmente amei esse livro, com algumas ressalvas. Gostaria que a história fosse totalmente focada nos personagens principais. Eu realmente gostaria de ter entendido melhor os seus pensamentos nos momentos críticos desse livro. Me incomodou bastante o fato de Frank ter se tornado uma versão melhor de si mesmo depois de tudo, enquanto Cleo ainda parecia prejudicada. Apesar de todos os personagens desse livro terem errado bastante. Fico me perguntando por que para nós mulheres sempre é mais difícil seguir em frente... Enfim, o livro me deixou bem reflexiva.

Viim 17/05/2024

Cléo e Frank se colidem. O livro conta a história dessa colisão e é avassalador e lindo. Muita loucura da cidade, muita tristeza da solidão. Eu me identifiquei demais com os dois e respeito como eles não são perfeitos e só tentam viver o melhor possível.

Carauna 17/05/2024

Acabou comigo
Esse final, sinceramente, eu chorei igual uma criança. O fato de que ele consegue ser pra Eleonor tudo o que ele não foi pra Cleo, nossa que dor. Mas é sobre isso, você termina a leitura sabendo que eles se amam, se amam de verdade, mas não conseguem ficar juntos porque juntos se destroem.

johnnys 17/05/2024

Não é um livro pra qualquer um
É um livro maravilhoso, mas não é pra qualquer um.
Talvez nem todo mundo compreenda ou se identifique com os conflitos humanos aqui retratados, a autora trabalha temas pesados de forma crua, tornando a leitura propositalmente incômoda, escancarando a natureza humana em um emaranhado de falhas e imperfeições.
Os protagonistas trazem uma nova perspectiva sobre o casamento, mostram que o amor não é suficiente para um casamento bem sucedido, tudo isso através de um mergulho na cabeça tumultuada desses personagens.
Cleopatra e Frankenstein é um livro sobre pessoas tentando lidar consigo mesmas enquanto se destroem e se reconstroem, procurando se encontrar num mundo tão grande e tão pequeno ao mesmo tempo, é um livro sobre solidão, sobre o amor na sua forma mais caótica.

voguemy_ 17/05/2024

Faltou o POV de Cleo e Frank
É um livro cheio de camadas, envolvente, uma escrita boa de ler, me apeguei muito aos personagens Cleo e Frank, no entanto, queria saber mais sobre eles, queria saber o que eles pensavam, como se sentiam e fiquei muito decepcionada a Coco Mellors ter dado esse presente a personagem da Eleonor e não para os principais. Entendo de onde vem, até vemos que ela quis dar mais narrativas aos coadjuvantes quando fala muito sobre eles e nos leva para as histórias pessoais deles, porém eu tive pouquíssimo interesse nesses momentos do livro.

Gostei muito da história, o capítulo da cabana em si me pegou num lugar bem íntimo, a automutilação da Cléo me deixou extremamente sensível. Me apeguei muito a ela e torci muito para o crescimento e sucesso da personagem, mas ficou a minha crítica pra entender mais, talvez um livro sobre a Cléo na França agora sob o ponto de vista dela me faria muito ler!

mirt 17/05/2024

Me encontro deitada no chão do meu quarto chorando muito.
(devorei esse livro em uma semana e simplesmente o amo agora. um dos melhores que já li)

Gabrielli63 17/05/2024

Quantas camadas
Eu senti raiva, felicidade, tristeza e ódio de literalmente todos os personagens em alguma cena. Esse livro me fez refletir sobre como cada um de nós estamos lutando por uma batalha sejam elas grandes com espadas e muito ódio ou pequenas como aqueles animais que brigam se abraçando.
Lembro que pelo uma boa parte do livro eu me coloquei no lugar da Cleo, ela e o amor dela pela arte, tudo que queria ser até chegar a Eleanor vendo animais mortos na rua e eu perceber que há muito dela em mim.
Eu pensei que seria impossível perdoar Frank mas ele é só um humano com defeitos e que felizmente teve a chance de encontrar a luz dele em seus amigos e na Eleanor.
Cleópatra, eu te amo.

Leonardo Bezerra 17/05/2024

Não acho justo dizer que a autora escreve mal porque isso seria uma falácia. Ela escreve bem, mas não tem um direcionamento muito bom. Nesse livro, senti que ela queria escrever sobre tudo, trazer várias vozes e tramas paralelas porque o enredo principal, por si só, não se sustenta.

Sabemos muito sobre Cleo e Frank, mas poderíamos saber bem mais se o livro fosse mais reduzido a eles dois e tratasse os outros personagens como coadjuvantes somente. Acredito que um livro inteiro narrado na perspectiva deles dois somente seria muito mais enriquecedor e teria com certeza aumentado minha empatia e gosto pela leitura.

Um dos exemplos é como a personagem Eleanor narra dois longuíssimos capítulos que pouco dialogam com a personagem Cleo e não desenvolvem a trama de uma maneira interessante. A história da personagem poderia funcionar muito bem em um livro sobre ela, mas aqui soa como uma encheção de linguiça. A autora apresentou uma personagem tão pouco importante narrando dois capítulos que preencheram meses de história.

Não gosto de comparações, mas, mesmo que neguem, é nítida a influência de Sally Rooney nesse livro. Enquanto Sally sabe trazer as emoções e conflitos dos personagens de maneira direta e envolvente, sempre priorizando seus protagonistas, Coco traz perspectivas demais para uma obra que poderia muito bem ser melhor se não tivesse tanto foco nos outros.

Não queria saber sobre Anders, nem sobre Zoe, muito menos Quentin e Eleanor. Tudo sobre eles foi apresentado de maneira muito rasa e rápida, em uma tentativa da própria autora de fazer isso soar como se fosse um livro sobre "pessoas reais", "problemas reais", "cru", "visceral", etc

Decepcionante, mas alguns bons momentos explorando os protagonistas me fez não achar a obra de todo ruim.

A edição do livro em português é simplesmente péssima. Possui erros de português e muitos trechos traduzidos literalmente.

malu 16/05/2024

Eu gostei do livro, ele me lembrou um pouco de normal people pela tematica da relaçao entre diferentes classes etc apesar da diferença monetaria nao ser o unico fator que pese no relacionamento deles, a questao etaria, racial, o livro meio que mostra como todos esses fatores influenciam nesse relacionamento, apesar de que na minha visao ja era uma relaçao rachada desde muito antes

adrielli.santino 16/05/2024

Seja qual for o lugar a que vc está indo?
Esse livro me destruiu e me reconstruiu diversas vezes. não vá esperando que seja um livro em que acontece grandes coisas ou tem grandes plots, pq vc vai se decepcionar. cleópatra e frankenstein é sobre pessoas reais, relacionamentos difíceis, solidão, amadurecimento, e se tornar adulto.
é lindo, doloroso, poético, e real

Sofia 15/05/2024

Na noite da véspera de ano novo, Cleo e Frank se conhecem em Nova York. Com o visto prestes a vencer, ela ainda procura se estabilizar na vida de pintora, enquanto ele, vinte anos mais velho, é um publicitário americano de sucesso. Os opostos se atraem e, diante da oportunidade do visto permanente a Cleo e de sua dedicação exclusiva à sua arte, os dois se casam em poucos meses, passando a dividir a vivacidade juvenil dela e as mordomias dele. Mas nem tudo são flores, e assim acompanhamos a convivência dos diferentes estilos de vida, seus problemas pessoais e seus relacionamentos com outras pessoas.

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O livro passa a sensação de ser uma não ficção, de um casal real, com problemas reais, e através de uma narrativa corriqueira. Os dois possuem um histórico parecido quanto às suas infâncias: a ausência dos pais - a mãe de Cleo se suicidou e a mãe de Frank não era presente. Já na vida adulta, Cleo apresenta sintomas de depressão, enquanto Frank tem problemas com álcool. A mim, ela aparenta uma pessoa constantemente em busca de amor, atenção e aprovação de outros. E ele leva uma vida como um jovem, sem pensar no futuro.

Além dos protagonistas, Coco Mellors dá também bastante atenção aos personagens "secundários", os desenvolvendo bem, não apenas voltado à trama principal da obra.

Enfim, esperava mais, mas gostei da leitura.

Laura.Gadelha 15/05/2024

Todo mundo que conhecemos em Nova York é viciado, não é?
Eu amei esse livro, gosto de romances reais que mostram o quão difícil é manter um relacionamento. Que todos ao nosso redor são podres. Que as pessoas mudam quando se relacionam com outras pessoas, e às vezes só temos a oportunidade de conhecer o lado "ruim". É sobre um amor tão intenso que acaba rápido, levando ambos os lados à extremos.
Tem algo desde o início do relacionamento dos dois que sempre me pareceu falso, forçado, rápido demais. Neste livro nos sentimos voyeures, espiando os pensamentos dos outros, a intimidade. Algo não era compatível, e ao longo do livro nós acompanhamos esse desenrolar e conhecemos a visão de outros personagens. Eu amei principalmente ler a cabeça de Eleanor, esperta e sempre ironizando tudo ao seu redor, comendo pelas beiradas.
O livro, no entanto, atinge o clímax cedo, em uns 75% do livro. Depois disso, a leitura arrastou um pouco. Tinha medo do livro já ter encerrado sua principal discussão ali. Mas o capítulo final amarrou todos os eventos perfeitamente. Deu outro sentido para tudo o que aconteceu.
Sobre o tema das drogas, não acho que o uso seja romantizado no geral. Vemos as consequências do álcool e da metanfetamina muito claras. Mas me incomoda um pouco o uso indiscriminado de cocaína, quase como se fosse uma droga mais leve que as anteriores.

cherry.pie 14/05/2024

Nossa mas foi um martírio terminar essa leitura. eu me recuso a largar livros pela metade então insisti mas meu deus que livro chato!

Maria2058 14/05/2024

Um divo injustiçado
Pensei muito sobre me estender nessa resenha em especial, porque existem diversos pontos que foram levantados por quem não gostou do livro. Mas a verdade é que esse livro não é pra todo mundo, não é pra todo momento, eu mesmo antes de favoritar abandonei DUAS vezes. Então, acredito que esse livro precisa de tempo e dedicação pra ser absorvido por completo.

Maria12029 14/05/2024

Comecei e com o rumo que as coisas estavam tomando achei que nao ia gostar de ler, principalmente porque tenho um problema com livros muito realistas, sem romantizaçao, acho que se eu tivesse aberto ele pra ler com a expectativa de que seria um romance eu teria abandonado, como eu nao sabia NADA sobre o conteúdo, isso me ajudou a dar continuidade na leitura. Mesmo assim, nao foi facil de ler, só passei a gostar do livro depois de uns 45%.

É interessante ver as pessoas funcionando como na vida real, tendo problemas como na vida real, todo o problema dos personagens com drogas e alcool, que na verdade nem é tratado como um problema pela maioria dos personagens, porque assim como fora das paginas, as drogas nao sao romantizadas, mas normalizadas num nível bizarro.

Por terem vários nucleos diferentes, acho que o livro poderia ser maior, e dar um desfecho melhor para cada ponto que (pelo menos pra mim) ficou em aberto, gostei muito das vivencias da irma do frank (que esqueci agora o nome), gostaria de saber mais sobre o anderson (n lembro se eh esse o nome mesmo kshdkdkdk o amigo do frank) e queria MUITO mais da cleo e que o livro me respondesse uma pergunta que eu tenho em relaçao a eleonor, por isso tudo dei 3 estrelas, mas entendo a intençao da autora, assim como entendo o final (mais real possivel) que ela deu para cada personagem, o que nao me faz gostar de como acabou.

ALERTA DE SPOILER
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Odiei a eleonor acabar com o frank, ele estando sobrio e tudo mais e a cleo acabar meio louca na italia claramente reservando um futuro pobre, ela merecia mais, e o frank merecia menos, por isso criei a teoria de que em algum momento eleanor vai ficar meio dodoi da cabeça e traumatizar o frank (de um jeito pior do que aquilo que a cleo fez, ate pq a intençao dela nunca foi traumatizar ele, aquele vitimista de bosta).