Mata Doce

Mata Doce Luciany Aparecida




Resenhas - Mata Doce


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Andréa 23/05/2024

Mata Doce é um romance sobre uma mulher cuja vida se divide em duas após um marcante acontecimento.

Traz mulheres fortes, que lutam para viver e sobreviver em um ambiente marcado tanto pela violência quanto pelo amor.
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Carlabknho 20/05/2024

MEMÓRIA, IDENTIDADE E FORÇA FEMININA
Mata Doce é um romance com uma linguagem simples, lírica e que nos envolve na capacidade de adoçar situações fatídicas. Nos arrebata e nos conduz a uma cidade imaginária no interior da Bahia.
A personagem principal Maria Tereza, vive num casarão antigo com suas mães e por lá transitam outros personagens marcantes da narrativa, tão únicos, tão bem desenvolvidos, tão complexos. Uma delícia conhecer e desvendar cada um e acompanhar a história de amor de Mariinha e Tuninha, mães de Maria Tereza, assistimos a forma amorosa que ela foi criada, fortalecida e empoderada, apreciamos uma mulher negra retinta sendo amada e respeitada por seu amado, testemunhamos a mesma passar por tragédias e enfrentamentos.
O dia de experimentar o vestido de noiva é marcado por uma desgraça e partir disso a história se desenrola costurando memórias, mudanças, revelando segredos, resgatando ancestralidade. Maria Tereza passa por rebatismo, a cada fase de sua vida assume um nome, uma persona: Maria Tereza, Maria Tereza da Vazante, Filinha Mata Boi.
Assuntos considerados polêmicos ou ainda tabus em nossa sociedade atual passa com sutileza pela narrativa, há uma naturalização por parte dos personagens que atravessa e perpassam também ao leitor (como deveria ser no dia a dia, nas relações reais) rompendo o conservadorismo sem a necessidade de nomear, diferenciar.
Senti em toda leitura, Mata doce como um aquilombamento feminino que acolheu desde sua fundação os necessitados, excluídos, fugitivos em busca de liberdade e em toda sua existência continuou acolhendo histórias, dores e principalmente de mulheres vulneráveis. A força feminina é alicerce maior do vilarejo.
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Mari356 20/05/2024

Favoritaço
Que escrita linda, que enredo maravilhoso, que personagens incríveis!
Estou totalmente apaixonada por essa obra! Luciany me ganhou toda!
Apenas leiam essa preciosidade
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Kaiã 14/05/2024

Tive o prazer de ouvir Luciany falar sobre o livro na Bienal Bahia, mês passado, desde então contei os segundos para poder ler. Valeu a pena. Que livro lindo, forte, poético e dramático, do jeito que eu gosto. Sensacional.
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Honorato 13/05/2024

Fortaleza de mulheres
Eu não me comovia e me arrepiava tanto com uma leitura desde um bocado de tempo. Um livro delicado, autora fia perfeitamente uma história de um lugar - Mata Doce - na alma de gerações de mulheres que enfrentam o coronelismo, o patriarcado, a solidão. A escrita é de uma força impressionante.
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Raíssa 10/05/2024

Mata amarga
É incrível como todos os personagens são bem desenvolvidos. A história é realista, com várias partes pesadas mas é bonito de ver a representatividade. A maioria é preta, as mulheres são fortes, há casal de mulheres, prostitutas, religiosas. A cultura brasileira do sertão é mostrada a todo momento. Eu recomendo demais.
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valmir 06/05/2024

Mata Doce
" O estranho não é o embaralhando das estações, mas o silêncio das certezas."

" Por isso passei a escrever, para ver brotar gente no meu corpo. Para sentir o renascimento das ramas no meu peito".

Belíssimo!
Uma força na escrita, um romance belo e violênto, delicado. Sororidade de mulheres negras. Perdas, lutos, afetos, ressignificação.
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Lety Valadares 01/05/2024

Amei
Filinha Mata Boi, é a protagonista, ela vive com suas mães adotivas, a professora Marinha e a travesti Tuninha, em um casarão em Mata Doce.
Um dia antes de seu casamento, o noivo de Filinha é assassinado. A autora habilmente conduz o leitor até esse evento impactante, descrevendo a cena com Filinha vestida de noiva, curvada sobre o corpo ensanguentado do noivo, manchando seu vestido com sangue e areia. Após esse momento traumático, Filinha se transforma em uma matadora de boi. O livro retrata a resiliência e a determinação dessas mulheres diante das tragédias da vida, em uma prosa bela e poética.
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Iris 21/04/2024

Triste, bonito e que prende a leitura até o final. Narrada de forma não linear, onde os pedaços vão surgindo aos poucos e construindo a história.
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Toni 18/04/2024

Leituras de 2023 | Cortesia da autora

Mata doce [2023]
Luciany Aparecida (BA)
Alfaguara, 2023, 304 p.

Mata Doce é um rincão do Brasil entre tempos, regiões e histórias. Um lugar que tem tanto da aridez de um lajedo quanto da exuberância de uma mata fechada a esconder segredos, mistérios e alumbramentos. Nessa paisagem, drasticamente alterada por um rio represado e pela criação de gado, obras de um dono de terras que “fez fama no grito e na bala” (p. 194), a impunidade do homem branco — “ser livre para matar era lugar social” (p. 100) — é confrontada por uma família de mulheres de muitos e ancestrais entendimentos, com quem disputam não só o direito à terra e à dignidade, mas a um passado que não seja urdido apenas por violências.

A partir de um painel de personagens complexas, muitas delas tão tangíveis quanto os objetos que determinam suas passagens e presenças na história, Aparecida nos apresenta uma narrativa cindida por um crime, cuja narradora (também ela duas: primeiro Maria Teresa, depois Filinha Mata-Boi) ora conta sua história com certo distanciamento, ora se coloca em primeira pessoa — um e outro registros marcados pela confusão inevitável entre memória e elaboração. É curioso, a propósito, que a memória dos vivos (produzida por traumas diversos) seja no romance muitas vezes estanque e assombrosa, marcada por imagens fixas (a noiva ensanguentada, a careta de boi etc), enquanto que a memória dos mortos, a priori aprisionada à lembrança de quem vive, apresente-se como agente de mudança, ainda capaz de influenciar destinos.

Em certa medida, esse embaralhamento de tempos e estados traduz uma cosmopercepção espiralar (v. Leda Mª Martins), presente nas filosofias afrocentradas e indígenas, em que o passado nunca é estanque e o tempo é entendido como uma experiência cíclica e dinâmica. Nessa perspectiva, eventos e experiências se repetem, mas com variações significativas, promovendo continuidade e renovação: o tempo é uma espiral que conecta passado, presente e futuro. Essa imagem é sustentada pelas rosas que adornam a casa da professora Mariinha e da travesti Tuninha em Mata Doce, e traduzem toda a força de uma narrativa carregada de espinhos e ternura.
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Karina 18/04/2024

Mata Doce
"Mata Doce", de Luciany Aparecida, é uma obra que nos apresenta uma comunidade marcada por traumas do passado, segredos e uma teia complexa de relacionamentos. A trama se desenrola em torno de Maria Teresa, uma jovem que vive num casarão ancestral ao lado de suas mães, em meio a personagens marcantes e um cenário rico em simbolismo.

Desde o início, somos cativados pela narrativa da autora. A protagonista, Maria Teresa, é apresentada como uma figura doce e inocente, cercada pelo amor de suas mães, Mariinha e a travesti Tuninha, e envolvida em preparativos para seu casamento com Zezito, seu grande amor. No entanto, um evento trágico no dia anterior à cerimônia muda drasticamente o curso da história, "matando" Maria Teresa e dando origem à personagem Filinha Mata-Boi. Essa personagem vai da doçura para a violência do seu novo ofício que é matar.

“Maria Teresa parou em frente ao boi vivo e arrancou sua careta. O animal perdeu seu sentido controlado de direção, mas não tinha mais como escapar. A mulher achava justo que a morte se apresentasse de frente. Quando ela encarava o boi, o sangue da vida ainda corria quente por baixo da sua carcaça.”

A autora tece habilmente uma narrativa que oscila entre passado e presente, revelando lentamente os segredos e as camadas dos personagens. Aqui, não adianta ter pressa, o ritmo se torna mais lento, mas vale a pena!
Nesse emaranhado de relações familiares e sociais, Luciany aborda temas como liberdade, opressão, identidade e espiritualidade.

Um dos pontos fortes do livro é a construção dos personagens, que são realistas e multifacetados. Conhecemos o personagem coronel Amâncio, que simboliza a opressão do homem branco e poderoso, enquanto personagens como Mariinha, Tuninha, Lai e Mané da Gaita adicionam profundidade, afeto e humanidade à história. A autora cria figuras marcantes, cujas histórias são exploradas com sensibilidade e empatia, e somos apresentados a mulheres fortes e resilientes, que enfrentam desafios lutando por um futuro melhor para si e para as gerações futuras. Temos aqui até uma cadela, tão especial nessa história, que me fez lembrar Baleia, de "Vidas Secas".

"Mata Doce" é uma obra para ser degustada, que não apenas nos cativa com sua trama envolvente e bela, mas também nos convida a explorar questões profundas sobre a natureza humana e a complexidade das relações interpessoais.
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Aylla.Mendes 15/04/2024

Nunca pensei que esse livro pudesse me tocar tanto. Iniciar a leitura despretensiosa e realmente gostei
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Debora 14/04/2024

A história se repete, e se repete
A intenção do livro é ótima, a história é boa. A repetição mil vezes dos mesmos fatos é chata, muito chata.
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LimaOLimao 31/03/2024

Parece clássico, mas não é.
Enredo - 3,5 Estrelas ( Bom 

Foi um enredo totalmente fora do que eu esperava e do que eu tinha imaginado para o final do livro. E é muito estranho quando se depara com um enredo que não tem nenhum acontecimento que você já tenha lido ou visto em outros livros. 

Eu mesma, tive que voltar e reler a parte final, para poder assimilar melhor o que tava realmente acontecendo. O livro aborda temas espirituais, assuntos que envolve religiões de matriz africana. Então tem algumas situações que ficam subtendido e as vezes é um pouco confuso de compreender, mas foi uma soma de acontecimentos que me fizeram ler até o final e gostar. 

Personagens - 2,5 estrelas ( Bom

No início não me conectei com nenhum, mas entendendo o peso deles no enredo, comecei olhar em outra perspectiva. Não amando, mas me conectando o suficiente pra não achar que foram só jogados ali sem nenhum propósito. 

Escrita - 2,5 Estrelas ( Bom 

Escrita que remete a escrita de livros clássicos, coisas impressionante, tendo lançado esse ano. No início, achei confuso e pensei que não iria conseguir entender boa parte do que se falava no livro, tanto em relação a narração, quanto nas expressões dos personagens. 

Mas foi uma experiência boa, já que eu não tenho experiência com a escrita dos ?clássicos?, provavelmente irei fazer uma releitura, e fazendo isso, vai me ajudar a adquirir mais informações que talvez eu não tenho e percebido ou entendido. 

Mas o que foi difícil, foi como em alguns momentos, a autora separou o ponto de vista para outro. Em um momento a protagonista só menciona um outro personagem, e logo depois o dito cujo aparece no ponto de vista dele. Então, assim? confuso. 
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