Macabéa

Macabéa Conceição Evaristo




Resenhas - Macabéa: Flor de Mulungu


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Cachamorra 09/06/2024

Reescrevivencia e memória
Peguei essa edição na última sexta e devorei mais de uma vez. Preciso reler o livro de Clarice e revisitar essa personagem, mas o livro trás todo o peso da visão de Conceição Evaristo, inclusive tornando uma mulher negra a personagem que não tinha etnia ou era vista como branca por mim (nossos racismos cotidianos, preciso reconhecer). E isso fez toda a diferença...

Livro lindo.
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Lari 03/06/2024

Conceição ??
O olhar de Evaristo para esta personagem é realista, evoca a ancestralidade de Macabéa. Sou suspeita por ser fã demais.
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Mariana 03/06/2024

Ah, que delícia é ler mais sobre Macabéa. confesso que achei difícil de acompanhar em determinados momentos e voltava a leitura, o que até me lembrou o livro de Clarice
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ellybraga 01/06/2024

Alcançando o intocável
A Macabéa de Conceição explora os silêncios e as explosões deixados subentendidos por Clarice há quase 50 anos. a autora apresenta os contornos mais íntimos da personagem, o deixado como não-dito na obra original, e se aproximando da personagem como o próprio Rodrigo S. M. não pôde. por fim, deixo ressoar as palavras de Natasha Félix escritas para o posfácio: ?você pode - por que não? -, pensar na literatura, sobretudo aquela produzida por pessoa negras, como uma forma de fazer vingar a vida.?.
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Apmmota 18/05/2024

Que releitura
Conceição Evaristo revive a grande personagem de Clarice Lispector de uma forma muito interessante. Macabéa, flor de mulungu, mostra um pouco mais da vida da estrela, ela renasce e ajuda a renascer. Ela floresce, desabrocha, mesmo com todos os desafios e marginalização. Macabéa representa muitas mulheres e mulheres como ela ?nunca morrem?.
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Denise Ximenes 08/05/2024

Quantas Macabéas somos?
A cada publicação de Conceição Evaristo, eu percebo que minha admiração só aumenta.

Uma mulher que trilhou um caminho duro e cheio de preconceito para, enfim, ser reconhecida como gente de valor. O motivo tá escancarado...

Em Macabéa Flor de Mulungu, Evaristo toma como mote a personagem icônica de Clarice Lispector. Com uma fineza, com uma segurança... digna de louvor. ?

Em meio a reflexões e fluxos de consciência, vamos trilhando ora o enredo de todas nós, ora o enredo da vivência da própria autora. Nos dois casos, coisas sobre não nos apegarmos ao estigma de Macabéia (quem leu A Hora da Estrela saberá!).

Minha quinta estrela vai para as intertextualidades. De Bráulio Bessa a Gustave Flaubert, os fios que tecem esse conto, poema, poema em prosa (desnecessário classificar) provam - mais uma vez - a competência da autora.

Aludir ao comportamento de Madame Bovary como um reflexo das vivências de Macabéa é sen-sa-cio-nal, pra dizer o mínimo. Só gente grande como Conceição Evaristo mesmo.

Quantas Macabéas ainda existem? Quantas Emmas edificaram a coragem da insurreição?

"Macabéa nascera raquítica e muito. Mas sobrevivera. Sobreviverá. Sempre."
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nat394 03/05/2024

Muito legal, mas não li o livro da Clarice, acho que faria uma diferença grande na leitura! mesmo assim, gostei
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Khall 29/04/2024

Macabéa, presente!
Essa Macabéa, empoderada por Conceição Evaristo, é a porta-voz das mulheres marginalizadas, vivendo dentro de cada uma delas.
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vivianedesouzasc 28/04/2024

Flor de Mulungu
Esse livro veio como uma explosão de sentimentos e emoções.

Inicia-se com a morte e termina em vida, porque assim como a árvore de Mulungu, a partir da seca, da morte, se nasce o mais belo e singelo ar de vida.

Conceição de uma maneira perspicaz, delicada e sensível tornou a história de Macabéa uma degustação de gritos silenciosos, amor, atenção em cada detalhe e a força de uma mulher unida a outras mulheres, a sua ancestralidade, como centro de si mesma, como força feminina. Transforma o silêncio de Macabéa em sua escolha mais genuína e verdadeira. Ela é mais! Macabéa sobreviveu, sobrevive e sobreviverá para sempre.

É preciso degustar cada palavra, cada sentimento expresso, para que você tenha a experiência literária mais linda possível.
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.myosotiss_ 27/04/2024

Todas nós somos Macabéias
Eu comecei o livro achando que contaria uma história só, ainda mais que são só 40 páginas, mas estava totalmente enganada, em ?Flor de Mulungu? conta a história de todas nós, nele reflete que a Macabéia está presente em todas nós mulheres desde antes da publicação de ?A hora da estrela? até hoje 40 anos depois da publicação e a Macabéia continuará existindo. Já que afinal macabéia somos todas nós mulheres com uma história única e individual de cada uma, com experiências,personalidades e opniões diferentes. Nele explora a dor da Macabéia do livro e a nossa e faz a gente refletir sobre essa dor e trajetória. É uma leitura bem curtinha e complexa não demora mais que meia-hora para terminar. recomendo todos sendo homem ou mulher a lerem esse livro.
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Maria19642 16/03/2024

A mulher insignificante mais significante para a literatura brasileira
Ler Macabéa, Flor de Mulungu, é voltar para dois anos atrás, quando eu conheci pela primeira vez a história de Macabéa, a não estrela, e fiquei triste não apenas com o seu final, mas também com o seu início. O Apostólo Paulo descreve, em uma das suas cartas, os mártires cristãos como: "homens, os quais o mundo não era digno", pois bem, Macabéa era a mulher, a qual a literatura brasileira não era digna. Sozinha demais, triste demais. Não é a toa que o Rodrigo S.M. se deixa perder.
Conceição Evaristo, porém, viu naquela mulher solitária algo além de tristeza, a esperança. Dizem que esses dois sentimentos andam juntos e, até certo ponto, eu acredito nessa teoria. A Macabéa Conceição não é uma vítima, é uma mulher e tem vida, história e tem a capacidade de escolher.
Eu amei essa leitura, porque eu amei a primeira Macabéa e, de todo o meu coração, gostaria que Clarice pudesse ler o que Conceição escreveu. Tenho certeza de que teria gostado dessa nova versão da sua heroína. Enfim, uma pergunta: Macabéa é aqui revista ou, apenas, continuada?
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Elizabeth 07/03/2024

Macabéia ganha vida com Conceição Evaristo, a tanto tempo tirada, ela volta no tempo e renova Macabéia e nos renova com suas chances roubadas.
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Carlabknho 05/03/2024

Ressignificando Macabéa
Macabéa é um personagem muito conhecido pelo imaginário brasileiro. Protagonista do romance mais evidenciado da grandiosa Clarice Lispector, Macabéa traz características majoritariamente rotuladas como defeitos. Ela é jovem, nordestina, pobre e migrante, cuja vida foi marcada por dores, silêncios e apagamento.
Es que Conceição Evaristo nos presenteia com esse conto singelo que no decorrer da leitura vai ressignificando a personagem. Agora ela é representada como uma Flor Mulungu, uma flor delicada, diferente, de uma planta medicinal que proporciona calma, relaxamento. Nos é apresentado habilidades e dons da personagem que por vezes a xenofobia, o machismo, o racismo não nos permitem vê nela e nem outra pessoa cotidiana: o saber ancestral, o dom da vida.
A escrita de Conceição é arrebatadora. Como pode ser sútil e profunda ao mesmo tempo! Nossa maior poetisa? amei o conto, amei a possibilidade de designar a personagem a Macabéa justiça (valorizando as características da mulher nordestina e guerreira).
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cinnamongirl612 26/02/2024

"Mulheres como Macabéa não morrem"
Como diz Natasha Félix no posfácio da obra, gosto dessa história porque ela toca em "algo que seria, supostamente, intocável. Um grande clássico, no caso. A dita literatura universal. De todo modo, não me parece ser o caso de escolhermos entre uma e outra. A tarefa que Conceição Evaristo nos sugere, enquanto leitores, é ver ? nunca olhar de relance ? e ser as sapienciais que movimentam outros jogos com a memória, a fim de positivar a existência das Macabéas, sem enclausurá-las à narrativa do corpo em sofrimento."
Nesta obra, Conceição Evaristo consegue nos aproximar de Macabéa, aqui a narradora mergulha na vida dela de uma perspectiva diferente da abordada pelo narrador de A hora da estrela.

"A Flor de Mulungu não ia fenecer. Não. A posição fetal em que ela se encontrava era um indício de que uma nova vida se abria. Ela ia nascer por ela e com ela. Macabéa ia se parir. Flor de Mulungu tinha a potência da vida. Força motriz de um povo que resilientemente vai emoldurando o seu grito. Mulheres como Macabéa não morrem. Costumam ser porta-vozes de outras mulheres, iguais a elas".
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