A Hora dos Ruminantes

A Hora dos Ruminantes José J. Veiga




Resenhas - A hora dos ruminantes


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Pedro 07/04/2016

Manarairema vai mudar. A chegada de misteriosos visitantes, vindos não se sabe de onde, arrepia a pacata cidade de maus presságios. O povo não sabe o que querem os forasteiros, o que fazem, por que não falam com ninguém. Com a intriga instalada, a cidade se vê na iminência do caos. Após a chegada dos visitantes, Manarairema é tomada por uma invasão de cães arruaceiros, aparentemente pacíficos, que deixam a população acuada. Depois, surge uma massa de bois, os ignóbeis ruminantes, sitiando a cidade. Escrito em 1966 pelo sempre genial José J. Veiga, sob a sufocante atmosfera da ditadura instaurada, A Hora dos Ruminantes é o retrato de um Brasil que se repete, acomodando tensões ou simplesmente varrendo-as para além da memória.
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Inlectus 14/02/2016

Bom.
Bem doido, interessante.
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Valnikson 23/01/2016

1001 Livros Brasileiros Para Ler Antes de Morrer: A Hora dos Ruminantes
O goiano José J. Veiga ingressou um pouco tarde na carreira literária, aos quarenta e quatro anos. Ademais, ele logo foi saudado pela crítica e pelo público por sua prosa singular, dotada de questões incisivas aliadas a uma abordagem bastante lírica. Formado em direito sem jamais ter exercido a profissão, foi tradutor e jornalista, trabalhando em diversos veículos impressos, também se destacando como locutor e comentarista no serviço brasileiro da rádio BBC de Londres. A experiência em suportes periódicos trouxe ao texto veiganiano a preocupação em ser simples e direto no trato do escrito lúdico. Considerado o romance mais importante do autor, 'A Hora dos Ruminantes' traz como cenário um lugarejo interiorano fictício cuja população vê sua pacata rotina ser alterada por acontecimentos inexplicáveis. (Leia mais no link)

site: https://1001livrosbrasileirosparalerantesdemorrer.wordpress.com/2016/01/23/52-a-hora-dos-ruminantes/
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João Henrique 12/09/2015

A hora dos ruminantes
Me parece um pouco uma história de libertação... O povo de Manarairema precisa passar pela condenação para uma dia, quem sabe, encontrar caminhos livres. O mistério que paira ao longo da obra é intrigante, sorrateiro e poético. José J. Veiga me deixou assim... apreensivo, à espreita, um pouco mais vivo, um bocado mais real.
Marta Skoober 04/02/2018minha estante
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Adriana Scarpin 29/07/2015

Poxa, esse livro dava um filme da hora, né não? Desde que nas mãos de um cineasta digno, é claro. Já tentaram levá-lo às telas nos anos 70, mas não deu certo, como as camadas alegóricas do livro proporcionam diversas leituras, as possibilidades de adaptação seriam infinitas.
Erica 10/04/2020minha estante
como disseram numa outra resenha; esse livro tem o mesmo clima de Bacurau.




jota 16/02/2015

Rumina, ruminante, rumina...
Conhecia José J. Veiga (1915-1999) antes deste livro por sua tradução de Pescar Truta na América, o estranho e engraçado livro de Richard Brautigan, onde coisas acontecem e personagens agem sem um mínimo de lógica.

Agora, lendo seu livro, entendo porque ele traduziu o de Brautigan, com o qual A Hora dos Ruminantes parece dialogar em parte, quando coisas estranhas passam a acontecer na pequena e fictícia Manarairema, uma cidadezinha perdida no interior do Brasil dos anos 1960 (a primeira edição é de 1966).

Diferentemente do livro de Brautigan, que é sobretudo divertido, o humor é um tanto escasso em Veiga, e fica mais por conta das expressões que o povo de Manarairema usa em suas conversas, além de seus costumes, que bem podem ser enquadrados dentro de uma “cultura caipira”, típica do estado natal do escritor, Goiás, mas encontrada também, sob outras formas, em Guimarães Rosa e outros escritores regionalistas.

De volta a Manarairema, primeiro chegam e se estabelecem do outro lado do rio que corta a cidade, uns forasteiros mandões, de poucas palavras e de modos grosseiros. Em nenhum momento fica claro o motivo de estarem ali e seus planos. Mas eles se tornam objeto de todas as conversas em Manarairema, claro. Ecos da ditadura militar implantada no país, opressão?

Depois de alguns dias da chegada dos estranhos a cidade é inundada por uma legião de cachorros, não se sabe vindos de onde, embora muitos acreditem que foram mandados pelos forasteiros. Causam estragos na cidade e deixam a população assustada, aborrecida, enfezada.

Mais enfezada ainda (literalmente atolados em fezes) ficam os habitantes quando, depois de algum tempo, a cidadezinha é novamente inundada, mas desta vez por bois. Se um bando de cachorros incomoda, uma boiada sem fim incomoda mais do que uma manada de elefantes, não?

Do mesmo modo que os cães, depois de muito estrago e algumas mortes, também os bois se vão, sem qualquer explicação. Realismo mágico? Nem pensar, conforme o próprio Veiga diz: “A minha literatura é uma literatura realista: nem fantástica, nem mágica”.

Como diz Antonio Arnoni Prado no Prefácio da edição da Companhia das Letras, a literatura de Veiga é “(...) original e estranha sem sair da singular estranheza da nossa própria realidade.” De fato, a realidade brasileira muitas vezes suplanta a ficção em quilômetros.

Naquele Brasil dos tempos de Veiga ou no Brasil de hoje ocorrem coisas que até Deus duvida: se não, como explicar a recente reeleição de uma mentirosa contumaz como Dilma e a verdadeira adoração que grande parte do povo sente por um falsário feito Lula?

Lido entre 12 e 16/02/2015.
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Aleksander 15/08/2014

Interessante!
A Hora dos Ruminantes, de José Jacinto Veiga, é um romance classificado com traços fantásticos. O enredo se passa em Manarairema, cidade pequena e pacata do interior, e três acontecimentos anormais mudam sua rotina.

Primeiro, pessoas estranhas acampam-se em um terreno próximo à cidade, de onde são vistos e acompanhados com cruiosidade, até certo ponto, em suas atividades. Os homens, como são chamados, são cercados por mistério durante todo o livro. Ninguém sabe de onde eles vieram e para quê vieram. Tampouco se vão ficar fixamente no lugar ou estão apenas de passagem. Chama a atenção seu aspecto e comportamento rude e duro. No entanto, alguns personagens tomam conhecimento mais íntimo de quem eles são e fazem, mas ainda assim tudo se mantém em grande sigilo. Chama a atenção também o comportamento desses personagens, moradores do lugarejo, após terem contato com os homens, denotando estarem, inclusive, sendo vítimas de alguma opressão ou ameaça, que nunca vem a ser explicada.

Em seguida a cidade é acometida por uma invasão de cachorros, atribuída aos "homens da tapera". Esses cachorros a princípio são mal recebidos e causam medo aos moradores. Porém com o passar do tempo passam a ser bem tratados, atitude aparentemente calculada para não gerar qualquer reação destrutiva por parte dos cachorros visitantes.

Por fim, são bois que tomam a cidade. Cobrem todo pedaço de chão, de modo que as pessoas não conseguem nem sair de casa. Toda a fonte de subsistência começa a se escassear nas casas e os moradores por fim já esperam o momento da morte, desalentados, sem esperança alguma que os bois vão deixar a cidade, dado o tempo que já estão lá sem que o cenário se altere.

Em muitos momentos o texto arranca algumas risadas. E aparentemente o livro tenta transmitir uma mensagem, como é dito em algumas análises que o consideram metafórico, alegórico. De fato, na há sentido senão levarmos em conta esse objetivo. E isso pode ser apreendido em muitos trechos, onde a aplicação na política e sociedade de modo geral fica bem evidente, e mais ainda para o período em que o livro foi escrito, a ditadura.
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Lucas 10/11/2013

A Hora dos Ruminantes
Sinopse

A Hora dos Ruminantes é uma estória que se passa numa pacata cidadezinha chamada Manarairema, onde seus habitantes são pessoas extremamente humildes e curiosas (aquele jeito caipira de ser... Por favor pessoal, sem preconceito, gosto muito da personalidade deles).
Contudo, na narrativa do célebre autor brasileiro, vários causos irão disturbar a paz na cidade. Coisas corriqueiras e normais como: uma infestação de cães de rua que aparecem subitamente e passam a ser idolatrados pelos habitantes de Manarairema, milhares de bois invadirem a pequena cidade e passarem a matar qualquer um que vissem pela frente, além dos homens misteriosos que ficam isolados numa tapera e causam medo nos cidadãos apenas com seus olhares.

Crítica

O livro é fabuloso, todavia creio que me faltou a produção de um filme (no entanto, imagino como seria a recriação das infestações de animais...).
Minha crítica se resume na semelhança com a magnificente obra de George Orwell, A Revolução dos Bichos, afinal, há uma verdadeira revolução de animais na cidade de Manarairema (ainda que não explicada sua razão).
É claro que é tudo simbólico; assim como na obra de George como na de José, desta forma, podemos categorizar os dois livros como uma crítica ao governo ditatorial, a opressão, etc.
Há outras interpretações com sentidos totalmente diferentes, não obstante, a análise da ditadura é a mais válida a se acreditar.

site: http://conhecimentocompactado.blogspot.com.br/2013/11/livro-hora-dos-ruminantes-jose-j-veiga_10.html
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Manu 25/01/2013

Apesar de no começo ter achado meio chato, a história ficou mais interessante, o livro conta como uma pequena cidade do interior Manarairema amanhece com um acampamento montado do outro lado do rio.
Os habitantes que são pessoas simples se vê envolvida com pessoas que se diz "civilizada" e que aos poucos vai oprimindo e se sente superiores.
Alguns moradores se curvaram aos estranhos da tapera. Mas uns moradores não deixaram se abater pelo novos vizinhos.
A prosa é bem interiorana e os causos muito interessantes!!!
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