Hotel Atlântico

Hotel Atlântico João Gilberto Noll




Resenhas - Hotel Atlântico


11 encontrados | exibindo 1 a 11


Ruber 03/02/2023

Noll não tem culpa de seus imitadores
H. A. foi o primeiro romance que li e fui fisgado pela narrativa em tom confessional e ao mesmo tempo, alucinante. A forma como o personagem perambula por cidades e encontra os mais variados tipos humanos, é muito bem conduzida por autor. Infelizmente, à exemplo de Clarisse Lispector, Noll também sofreu com os péssimos imitadores que não entendem a técnica da narrativa, e confundem o lirismo em fluxo de consciência com imagens aleatórias em cenários inverossímeis. Mas Noll não pode ser julgado por seus fâs iletrados, tantos que proliferam em cada esquina, no meio do marasmo que se tornou a cena literária brasileira, depois de tantas baladas e festas indigestas para turismo literário - ou parque temático da literatura braziuca.
comentários(0)comente



Rana.liryan 04/01/2023

Hotel Atlântico
Estava lendo esse livro para uma disciplina da faculdade e confesso que o que me chamou atenção foi o título. No entanto após terminar a leitura confesso que não gostei do livro. Talvez seja por que os acontecimentos são confusos e muitas coisas não são explicadas, por exemplo porque Léo e Nelson queriam matar o protagonista. Costumo gostar de coisas assim mas acho que o livro inteiro é o que não me agradou. Espero não ter que ler outro livro deste autor pra faculdade pois se depender de mim não ponho mais as mãos em nenhuma obra deste autor

UPDATE
Li de novo em português dessa vez e percebi que o tinha de ruim era a tradução porque o livro é bom sim inclusive muito bom leitura que recomendaria total pra outras pessoas perdão por falar mal de você João Gilberto Noll
comentários(0)comente



dieipi 25/08/2022

que livro MARAVILHOSO
naquelas vias por onde se subia ou descia pareciam todos muito imersos naquilo que estavam fazendo. ter percebido assim me relaxou. eu também conseguiria: viajar, tomar um ônibus, chegar em algum lugar.

até agora o que mais gostei do noll, pronto pra recomendar pra o maior número de pessoas possível
comentários(0)comente



Léo 20/07/2022

Noll e seu mistério
João Gilberto Noll diz que a sua escrita é: ¨Como se realmente a linguagem fosse um exercício desejante de ação. Ação não no sentido norte-americano, evidentemente, de cinemão, mas no sentido de que o personagem começa de um jeito e vai terminar de outro.¨ De fato, não há melhor definição para Hotel Atlântico (Editora Rocco, 1989), talvez a obra mais celebrada do autor gaúcho.

A vontade realmente é de ler até o fim de uma vez só. Você quer saber até onde vai o mistério, até onde a jornada do protagonista vai dar. Um marco na literatura brasileira.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Liz 17/05/2022

O ser moderno em Hotel Atlântico
Li este livro para uma matéria da minha faculdade (Letras Português) e eis minhas considerações:

Quando se trata de um livro para ser lido com olhos críticos e analíticos, é um ótimo exemplar. A obra retrata muito bem o homem moderno a partir do personagem principal e sua inconstância.

A obra é extremamente rica nessa questão, tendo como conteúdo a teoria da Modernidade Líquida e suas problemáticas a partir de um personagem que vai trocando de personalidade a cada local que se encontra, incapaz de ser fixo em algum lugar e de manter relações igualmente fixas e duradouras.

Mas não leria esse livro novamente por lazer e sem essa visão crítica/analítica, por não ser o tipo de literatura que consumo como hobby/lazer e por não ter gostado da obra se não pelo fator estudado.
comentários(0)comente



Laura 21/04/2022

Mala e mentiroso
Entendo os fins estéticos que permeiam o livro, mas sinto que 90% dessa estética é simplesmente o autor sendo tão mala quanto o personagem dele, apenas existindo. O personagem tem um complexo de mentiroso (ou de improvisação teatral, como queiram). Entendo as questões de transitoriedade e despertencimento do homem pós-moderno, mas de resto só parece um autor mala com seu personagem mala.
comentários(0)comente



Luana 04/11/2021

Um livro muito estranho. O personagem principal é muito volátil e não dá pra saber sua verdadeira personalidade.
comentários(0)comente



Antonio 25/05/2016

O presente
Em Hotel Atlântico acompanhamos a viagem de um homem em fuga e em busca: com alguém que não conhecemos (aliás, para a trama, os poucos que o reconhecem são fundamentais), de passado ignorado e futuro inimaginável, deslocamo-nos em direção ao sul do país. Não sabemos seus motivos (nem para a fuga e nem para a busca), mas não conseguimos largá-lo sozinho.

Focado na ação, o texto nos impõe um ritmo de leitura alucinante até quase seu final, quando, então, o protagonista (de quem não sabemos o nome) se encontra com o enfermeiro Sebastião - e a velocidade da narrativa diminui. Tal mudança, porém, não é confortável: não nos proporciona um respiro: o que sentimos é angústia.

No fim, Sebastião não leva o protagonista a um apogeu de glórias e conquistas, como poderiam imaginar os portugueses: leva-o ao mar que afoga a fé em qualquer final diferente daquele que não poderia ser outro.

Trecho do livro:

"Uma mulher nos abriu a porta. Era a mulher que fazia os serviços da casa. Antônio estava sentado de frente para a porta, levantou-se. Contei que eu andava viajando, que era um pouso só para aquela noite." (p. 60)

site: leioedoupitaco.blogspot.com.br
comentários(0)comente



Fabio Shiva 02/12/2011

UAU!!!

Seja o que for que eu estivesse esperando nesse primeiro contato com a literatura de João Gilberto Noll, era algo totalmente diferente do que encontrei. Pois essa é a característica maior desse escritor gaúcho: o inesperado.

Seu estilo é seco, insólito, envolvente, resultando em um texto criativo, original, ousado. É como um prato exótico de um país distante, preparado com ingredientes desconhecidos... após a primeira garfada, fica aquele gosto diferente na boca, e você nem sabe ainda se gostou ou não. O jeito é repetir a dose, e novamente, até que de repente uma deliciosa e nutritiva refeição foi inteiramente consumida!

Para não dizer que foi tudo inusitado, senti uma leve familiaridade com o mestre Rubem Fonseca, pela concisão do texto e pelo gosto por cenas bizarras...

É um texto que futuca o leitor, não dá para ler passivamente, com indiferença.

Bom demais!!!

(30.11.11)

Comunidade Resenhas Literárias

Aproveito para convidar todos a conhecerem a comunidade Resenhas Literárias, um espaço agradável para troca de ideias e experiências sobre livros:
.
http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=36063717
*
http://www.comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/
*
http://www.facebook.com/groups/210356992365271/
comentários(0)comente



Mariana 12/11/2010

Este é o primeiro livro que li do João Gilberto Noll, autor que eu tinha muita vontade de ler e não sabia por onde começar. "Hotel Atlântico" caiu nas minhas mãos, mas infelizmente não me convenceu. ]

A linguagem do romance, por um lado, é bem interessante. Na contramão da tendência intimista da literatura oitentista, a narrativa é construída sem adjetivos por um narrador sem sentimentos. Por outro, o enredo me pareceu sem propósito. Nas curtas quase 100 páginas do livro, acompanhamos o narrador viajar sem rumo, sem se apegar às pessoas e as coisas, sempre de repente, sempre em frente, com a morte sempre lhe rondando. E só. O leitor segue a leitura até o final buscando um sentido maior, pelo menos eu não o encontrei, nem depois que amputam a perna do narrador.

O romance pode ser interessante justamente nesse ponto da decadência, da morte que está à espreita, mas não convence no modo como desenvolve esse ponto. A linguagem crua, direta demais, não dá espaço para que o escritor trabalhasse o ritmo da narrativa, de modo que se lê todas as páginas do livro no mesmo fôlego. Como tentativa, é interessante mas não parece ter funcionado.

Outra coisa que me incomodou foi o fato de o narrador sair e de repente transar com qualquer mulher que ele quiser. Sem maiores explicações, ele aborda qualquer uma, joga uma cantada e vai para a cama com ela! Isso me parece um resquício muito machista para um personagem com quem qualquer mulher do mundo, de repente e sem mal conhecer, quer fazer sexo.

Espero que os próximos livros do Noll sejam mais interessantes.
comentários(0)comente



11 encontrados | exibindo 1 a 11