A senhora de Wildfell Hall

A senhora de Wildfell Hall Anne Brontë




Resenhas - A moradora de Wildfell Hall


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@lendosonhando 30/09/2020

Extraordinário
Helen não é a primeira e infelizmente não será a última mulher a cair na lábia de um homem carismático e sedutor. O casamento que tinha tudo para ser o sonho de uma vida se transforma em uma prisão na qual seu marido é o carcereiro e abusador; Helen é vitima de violência doméstica dos mais variados tipos.
E aí vocês me perguntam o que esse livro tem de tão diferente para ser considerado um clássico da literatura? A Senhora de Wildfell Hall é o primeiro romance feminista integral. Anne Brontë de uma forma corajosa e sem floreios relata como as mulheres eram tratadas naquela época, sempre sendo consideradas de menor valor, suas preferências e opiniões não eram ouvidas, sempre obrigadas a se contentarem com pouco ou nada.
O casamento era a única maneira de ter algum tipo de posição social, mesmo assim seu papel era sempre de submissão - continuavam a não terem voz: seus bens e filhos pertenciam ao seu esposo. O divórcio era uma mancha irreparável na reputação.
Nesse contexto social, Helen desafia todas as convenções e após muito perdoar e relevar decide fugir de casa com seu filho. Por meio de cartas e diários sabemos como foi a vida da protagonista durante os cinco anos de casamento e quais foram as humilhações e violências as quaid ela foi submetida.
Durante a narrativa observamos as mudanças na personalidade da Helen que inicia a história como sendo uma moça ingênua e romântica que acreditava fortemente que poderia mudar a personalidade do Arthur. Em seguida temos a Helen amargaurada e com ódio, mas ainda capaz de passar por cima disso tudo em nome do casamento para finalmente encontrarmos uma Helen decidida a não mais ser vítima daquela situação, mas com uma forte inclinação religiosa que a faz tomar decisões que não sei se faria o mesmo se estivesse em seu lugar.
Da mesma forma que Anne Brontë relata todos as mazelas de ser mulher nos idos de 1800 ela nos presenteia com um final justo no qual os vilões são punidos e os nobres de coração são premiados.
Se alguém ainda acha que feminismo é conversa para boi dormir, ler a Senhora de Wildfeel Hall é imprescindível.
Recomendo fortemente
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Nanna 21/08/2022minha estante
??????????????????




Victor almeida catende 07/07/2023

Espetacular
Esse livro se tornou minha melhor leitura do ano, impressionado com o talento de Anne Brontë em captar as minúcias da época em que vivia e repassar isso num Romance tão incrível, ela certamente é a irmã mais injustiçada das BrontëS.

A história da jovem Helen que tinha os mais belos sonhos em relação a vida de casada e teve aos poucos sua felicidade minguada por aquele a quem ela mais amava, tornando a vida dela infeliz e essa era a realidade de muitas mulheres inglesas do século XIX, o romance foi muito criticado na época por fazer uma exposição do caráter dos homens aristocratas da Inglaterra, homens esses que não controlavam seus lados animalescos e se portavam como crianças mimadas que não admitiam ser contrariados e nem dominavam seus prazeres, viviam exclusivamente para serem servidos.

A falta de direito que as mulheres tinham também é muito bem retratado, não tinham direito ao divórcio (a não ser em casos excepcionais) nada era da mulher, se recebesse uma herança de parentes, esses bens passariam automaticamente para o marido, até seu nome lhe era negado, o que fazia muitas escritoras adotarem nomes masculinos para assinar uma obra, ocorria uma espécie de usurpação de tudo o que ela possuía e o objetivo de sua vida era servir cegamente a muitos homens que não mereciam.

Vemos também o fim daqueles que levam uma vida entregue aos vícios e o valor nulo desses tipos de amizades que só visam prazeres, Anne também mostra o papel da fé nos momentos de tormento e em como muitas vezes nos mantemos de pé por conta disso.

Para uma mulher que está prestes a se casar deveria ser uma leitura obrigatória, a personagem Helen perto de casar-se vê sinais de vilania no pretendente e mesmo assim sua presunção e inocência a fazem achar que conseguiria mudar o caráter dele e o preço da desilusão é caro, ele vem as custas de muito sofrimento e tristeza, muita das vezes a mulher se anula pra encontrar esperanças de mudanças que não ocorrem.
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Tonisa 06/05/2023

Ser mulher no século XIX
O livro conta a história da senhora Graham, onde descobrirmos muitas tragédias e infelicidades de sua vida. O final pode ser considerado ?clichê?, mas devemos considerar que isso era considerado, por muitos, o êxtase de felicidade de uma mulher no passado.
Seguindo o cunho feminista de seu outro livro, Agnes Grey, Anne Brönte mostra a indecência de muitos homens perante o casamento e o quão difícil era a vida de uma mulher no período vitoriano.
Livro magnífico, recomendo muito!
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carolmureb 08/01/2021

Leitura incrível! Denúncia do status da mulher na Inglaterra no século XIX e encorajamento para o enfrentamento. Mesmo que não possamos falar que Anne Brontë seja uma autora feminista sua escrita tem esta perspectiva muito bem articulada com sua fé. Muito bom!
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Chris 30/09/2022

muito bom
A leitura de A Inquilina de Wildfell Hall foi uma leitura coletiva com um grupo de amigas mega especial que eu amei e já quero outras.
Gilbert é um jovem fazendeiro do interior da Inglaterra que recebe uma nova moradora: Helen Graham, uma mulher viúva e misteriosa com um filho chamado Arthur. Com um comportamento reservado, Helen parece não estar interessada em conhecer seus novos vizinhos e muito menos em deixar que eles saibam sobre sua vida antes de sua mudança. O livro é narrado em primeira pessoa, através de cartas escritas por Gilbert alternando a narrativa com o diário de Helen. Com uma escrita a frente a sua época, Anne Brontë usa a força de Helen para fazer uma crítica minuciosa sobre o tratamento que as mulheres recebiam, sobre traição, vícios, entre outros. O mais assustador de tudo isso é que mesmo se passando tantos anos, alguns temas ainda continuam muito atuais, infelizmente.
Meu primeiro contato com um clássico, confesso que achei que não iria gostar de início, mas para minha alegria foi ao contrário a leitura fluiu muito bem, tive vários surtos com os absurdos que ocorriam, passei muita raiva e amei kkkkk recomendo 
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Amanda 25/02/2022

Provações de um casamento
Romance epistolar (construído através de cartas) escrito por uma da famosas irmãs Brontë, Anne Brontë, apresenta uma percepção ampla da autora sobre as relações familiares do século 19.
A ingenuidade da personagem principal nos faz acompanha-la numa jornada angustiante de provações, testando sua própria fé e suas convicções do que seria um verdadeiro casamento, assim desfazendo o conto de fadas construído por uma sociedade hipócrita fascinada por uma perfeição inexistente, em que aparências contam mais que a racionalidade.
Prolixo em alguns momentos, porém não tira o brilho dessa belíssima obra da época vitoriana.
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liv 09/10/2022

É muito bom, de verdade. Fiquei me sentindo encantada com a protagonista, ela, apesar de seguir com seus princípios cristãos tão fervorosamente, sabia dos seus direitos como mulher e pessoa com sentimentos e se mostrou muito convicta com seus ideais, ela não deixava que ninguém impusesse outros pensamentos nelas e a sua conduta se mantia inteiramente culta durante toda história, mesmo com seu marido ela foi bem resiliente. Amei a forma que Anne Brontë buscou retratar os homens nesse livro, diferente de outras obras de época que li... mais especificamente falando do então esposo da Helen, protagonista dessa história, um homem extremamente mal caráter, com uma conduta insolente, narcicista e debochada. Apesar disso, Anne não mostrou um lado vingativo de "feminismo" na heroína, e sim um estado natural de revolta e bom senso por parte de uma esposa desamparada, o que resultou na fuga dela.

Falando sobre a escrita; é muito fluída, há algumas palavras desconhecidas, mas que são entendidas pelo contexto e fazem parte do vocabulário da época. Os capítulos são bem curtinhos, o que eu gosto muito, e a história é quase toda narrada em cartas, alguns podem achar bem chato, mas eu amei! Em geral, recomendo bastante.
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Vick.Silva 27/04/2021

Um livro gostoso pra ler, estou lendo os livros das irmãs Brontë em ordem cronologia. Esse é Agnes G. até o momento se tornou os meus favoritos.
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Larinha 23/05/2021

Devoção, amor e decepção
O livro trás a história de uma mulher que foi do céu ao inferno em relação a seu casamento. Nesse meio do caminho acontece tanta coisa, tanta peleja, tanta tristeza que te faz sentir na pele o que a protagonista está vivendo.
Além disso, nos mostra homens totalmente escrotos que são atemporais. Fica difícil não odiar mais os homens depois desse livro.
Além disso, o Walter (apesar de toda babaquice que fez) consegue ser a nossa personificação em relação a como perguntar da pessoa amada, como não deixar a vergonha e orgulho de lado pela pessoa amada.
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Marcos606 03/09/2023

Romance epistolar apresenta um retrato da devassidão que é notável à luz da vida protegida da autora. É a história do casamento desastroso da jovem Helen Graham com o arrojado bêbado Arthur Huntingdon - que se diz ter sido inspirado no irmão rebelde da autora, Branwell - e sua fuga dele para o isolamento de Wildfell Hall.

Essa imagem implacável da devassidão e da degradação do primeiro marido da heroína e contrapõe-lhe a crença Arminiana, oposta à predestinação calvinista, de que nenhuma alma será finalmente perdida. A sua franqueza levantou algum escândalo, e Charlotte deplorou o assunto como mórbido e fora de sintonia com a natureza da sua irmã, mas a escrita vigorosa indica que Anne encontrou nele não apenas uma obrigação moral, mas também uma oportunidade de desenvolvimento artístico.
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Mari Mascarenhas 23/06/2021

Livro interessantíssimo. Uma história que deixou a leitora ansiosa pelos desdobramentos seguintes. Ler com atenção o prefácio à segunda edição também é importante para perceber os desafios enfrentados pela autora na época em que a obra foi publicada.
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Vitória 08/07/2022

Estou lendo as obras das irmãs Brontë em ordem de publicação, e agora chegou a hora desse romance. Eu já tinha tido meu primeiro contato com a Anne por meio de Agnes Grey, que foi minha pior leitura delas até então. O livro é muito à frente do seu tempo e todas aquelas coisas, mas a história e os personagens me pareceram muito rasos. Aqui eu consigo perceber uma melhora significativa na Anne.
Fiquei surpresa logo no início pelo fato da história ser narrada por um personagem masculino. Creio que isso nunca tinha acontecido nos livros das Brontë. E tenho que dizer que a Anne se saiu muito bem nesse quesito. A gente consegue perceber todos os preconceitos enraizados no Gilbert pelo fato dele ser um homem, coisa que não encontramos quando a narrativa passa para o ponto de vista da Helen. E eu me apaixonei perdidamente por esse personagem.
O romance é muito envolvente. Eu amo o clichê de uma boa história de amor com uma criança envolvida, e aqui, mesmo se tratando de um clássico, escrito quando o clichê nem era clichê, a Anne conseguiu me entregar todos os elementos que me ganham nesse tipo de história. O Gilbert se apaixona pela Helen ao mesmo tempo em que constrói uma relação linda com o Arthur, e temos vários momentos lindos protagonizados pelos três. Eu cheguei até a chorar no final, quando o Gilbert fala que considera o Arthur como filho dele. Confesso que, mesmo não tendo se tornado o meu grande favorito dentre os livros das irmãs Brontë, ele ainda conseguiu superar Jane Eyre no quesito romance, porque vamos combinar que aquele livro tem uma personagem incrível, com desenvolvimento muito bem feito e uma trama excelente, mas quando a gente chega na parte da história de amor ele deixa um pouquinho a desejar.
Como em qualquer obra das Brontë, aqui temos críticas sociais a torto e a direito, com citações bíblicas enfiadas goela abaixo (porque essa galera parece que tem a bíblia decorada dentro da cabeça). Mais uma vez, muito é discutido sobre a mulher e como ela sempre está em uma posição inferior em relação ao homem na sociedade, mas o que mais me pegou foram as discussões sobre maternidade. A Helen é muito carinhosa com o Arthur, do jeito que a gente pensa hoje que uma mãe deve ser, mas é acusada de estar tornando seu filho uma pessoa fraca, "afeminada" e mimada, e foi um tapa na minha cara pensar que ainda tem gente hoje que pensa assim. Os trechos em que os vizinhos a criticam por ter feito o filho rejeitar bebida alcoólica, dizendo que um homem sem vícios, que não goste de álcool, não é um homem de verdade, também me pegaram de jeito. Agora estou quase certa de que ainda estamos vivendo no século XIX.
Se esse livro tiver algum defeito, é o fato de ter se tornado um pouco lento durante a parte dos diários da Helen. A história estava interessante, durante todo o livro até então eu estava morrendo de curiosidade pra saber o que tinha acontecido com ela, e ver o processo dela se tornando a mulher forte que ela é no presente da história justifica tudo, mas poderia ter sido um pouco mais curto. Eu fiquei tão apaixonada pelo casal principal que queria ver mais dos dois interagindo, e isso não me foi entregue nem quando o diário acabou. Mas aí acho que o problema está mais com as minhas expectativas do que com a construção feita pela autora. Por algumas páginas eu também pensei que esse livro não ia ter um final feliz, e isso me fez querer jogá-lo na parede, mas parece que esses achismos fizeram o final ser ainda mais recompensador. Agora até deu uma tristeza por não ter mais livros dessa irmã pra ler, ao mesmo tempo em que fico feliz por saber que ainda me restam tantos livros da Charlotte (minha favorita das três) para serem lidos. Não vejo a hora de ter tempo de encarar o calhamaço que é Shirley.
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