Babih | @babihpb 10/07/2020Favorito do ano e da vida!Flint procurava uma inquilina para lugar uma sala no segundo andar do seu prédio e ele achou, porém, o coitado acabou alugando o lugar para uma ruiva que gostava de cantarolar e que tem a profissão mais barulhenta do mundo, ela é musicoterapeuta.
Percebendo seu erro, ele dar a Ellen 13 dias para desocupar o imóvel. Flint só não contava que seu filho de 13 anos, fosse se encantar com a mulher e seus ratos. Mas não importa, ele está decido a colocar Elle e seu barulho o mais longe possível dele. Mas se nem o filho dele foi capaz de resistir a ruiva, será que o pai vai se manter intacto?
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Nem sei por onde começar a falar sobre tudo que senti com esse livro. De início, tenho que dizer que Flint me surpreendeu. Eu esperava um cara babaca que seria abusivo verbalmente com todos a sua volta, contudo, eis a minha surpresa quando encontro um pai carinhoso, um chefe brincalhão que ama demitir a secretaria todo dia. De babaca ele não tem nada, é um cara que carrega o peso de ter tirado a vida da própria esposa e que tenta compensar esse buraco na vida do filho sendo o melhor pai que ele consegue ser, dando tudo que o garoto quer.
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Flint não acredita que mereça amar novamente, não quando sua esposa perdeu a vida por sua causa, mas mesmo assim, ele vai deixando aos poucos ela entrar no seu coração a cada novo toque dela em sua gravata.
Harrison é um pré-adolescentes que mais parece um adulto falando. Tem uma inteligência incrível. Tem autismo leve, justificando sua falta de tato e dificuldade em socializar. Encontra na música um talento que até então ele desconhecia.
Ellen é aquela pessoa irritantemente positiva. Sofreu horrores com seu marido e acabou destruindo a si mesma tentando salvar alguém que não queria ser salvo. Mesmo com brilho apagado, ela não se deixou abater. Juntou suas coisas, colocou tudo no carro, e foi recomeçar e reencontrar a si mesma. Ama sua profissão e tem um apreço enorme por seus ratos de estimação. Eu ria demais das reações do Flint aos ratos, seus momentos de nojo eram impagáveis.
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Perfeito para o papel me marcou demais. Ele traz assuntos como o perdão a si mesmo e a quem te fez mal, fala de amar a si mesmo antes de amar alguém, de forma leve e até mesmo cômica em algumas cenas, me fazendo ir das lágrimas aos risos em poucos capítulos.
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Jewel tem uma escrita leve e fluida que te prende do começo ao fim. Fazia tempo que não chorava lendo, não por ser um livro triste, longe disso, mas por ser um livro onde a autora consegue arrancar de você aquelas lágrimas que você prendeu a tanto tempo. Fazendo você buscar lá dentro de você o amor próprio é o perdão. Jewel mostra que a culpa por algo não deve nos impedir de viver, de aceitar esse amado e amar novamente.
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Que tentar salvar alguém que não quer ser salvo só vai te destruir pelo caminho. Você não é tabua de salvação, cada um tem que lutar por si mesmo e você só tem que estar ali para apoiar. Meu favorito do ano e da vida, sem dúvidas!