A vida que ninguém vê

A vida que ninguém vê Eliane Brum




Resenhas - A Vida que Ninguém Vê


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Lorak 31/10/2022

Alegria e dor
Não sei qual é a história de vida da escritora, porém sei que ela também é jornalista. É por causa disso que esse livro conta a história de pessoas não famosas e anônimas. É tocante a forma como ela vê coisas que pessoas que não sabem o que procuram não vê. Do homem que come vidro ao homem que chora em enterros, pois acredita que todos devem ter um chorão para honrar sua morte (risos), ela enxerga de forma profunda aspectos que no dia a dia passam despercebidos. Chorei, ri e tive raiva desse livro tão brasileiro quanto humano.
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Aline 18/08/2022

Escrita linda e cansativa
Sou amante de livros de não ficção e Eliane Brum é uma jornalista. Era para ser um casamento perfeito! Mas só que não.... O texto dela é sensível como o da também jornalista Svetlana Aleksiévitch (que eu amo!), ambas falam das coisas cotidianas de forma extraordinária, mas Eliane Brum tem uma escrita poética, que apesar de liiiinda, cansa!
Apesar da canseira, o livro provoca reflexões importantes. Por exemplo, antes de contar a história da menina Camila, de 10 anos, que pedia dinheiro no sinal, Eliane faz a incomoda descrição do motorista que ao ver a criança levanta o vidro e espera tensamente o sinal abrir. Eliane nós faz enxergar perfeitamente nosso papel como passivos observadores da miséria das crianças de rua. A história de Camila e de outras vidas que ninguém vê precisam ser contadas, conhecidas. Precisamos dessa provocação para criar empatia. Este é para mim o principal mérito do livro.
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Nilton 24/06/2020

Foi cultivado em mim o gosto pela leitura embora não tivesse acesso fácil aos livros. Por gostar de ler, também admirava a escrita. Na adolescência, minha prima e eu trocávamos inúmeras cartas narrando nosso cotidiano. Em média, a cada quinze dias chegava uma carta que prontamente era respondida. Sim, fui desse tempo. Por gostar de ler, de escrever e por outras questões, em 2004 fui parar na @folhadespaulo. Ao ser entrevistado, a chefe da redação perguntou qual era o meu objetivo. Recém saído da faculdade de História, respondi sem titubear: ?ter uma coluna no jornal?. Obviamente, ela não deu trela e acabei parando no arquivo do jornal. Resumindo os anos de Folha, decepcionei-me com o jornalismo: um amontoado de palavras frias.
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?Porque uma frase só existe quando é a extensão em letras da alma de quem a diz. É a soma das palavras e da tragédia que contém. Se não for assim, é só uma falsidade de vogais e de consoantes, um desperdício de som e de espaço.? (p. 36-7)
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Sai da Folha em 2007.
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No mesmo ano de publicação de #AVidaQueNinguémVê tornei-me professor de História da rede pública. Desde o começo, muitas turmas, muitos estudantes. No momento mais intenso, cheguei a ter 700 alunos. Para sobreviver, os indivíduos forjam massa. Sistema profundamente cruel que nos obriga a tratá-los assim. No esforço de individualizá-los, a docência torna-se também um martírio. Com o tempo, diminui o ritmo. Dentre as várias questões, essa era uma delas.
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Estou contando toda essas minhas histórias, porque elas vieram à mente na leitura deste livro de Eliane Brum. Sem sombra de dúvidas, a obra representou a redescoberta pelo gosto da escrita, do cotidiano, do esforço pela individualização dos sujeitos. Emoção, razão, sensibilidade em cada linha e nas entrelinhas. Impressionou-me a forma como Eliane organiza as histórias pra lermos o caos. Explica a vida nas frestas da rotina dessa massa que se torna a gente. Eleva ao extraordinário aquilo que nosso olhar capta como ordinário.
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Na Folha, o que me chamava a atenção era o que tinha além da notícia. Era raríssimo ler a antinotícia. Descobri agora com Eliane que era isso que queria. A não ser uma coluna marcante, uma notinha da Ilustrada que falava de um jogo de futebol televisionado, uma nota de três parágrafos extremamente bem escrita e cadenciada sobre a frustração do colunista com algo que não fora exibido, nada marcou-me nas leituras daquele tempo. Sempre admirei as colunas da jornalista no El País. Sim, era isso que queria, que quero: as entrelinhas. Aquilo que não é captado facilmente pelo olhar. É isso que persigo também enquanto professor.
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?Olhar é um exercício cotidiano de resistência.? (p.188)
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Daí minha profunda admiração por esse livro de crônicas jornalísticas: ela humaniza a massa. Convite para ver a vida em toda sua esplendorosa riqueza. Um exercício profundo de jornalismo. Sem medo de errar, um dos melhores livros que li. Indico demais!
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11º livro lido
20/06/2020
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#ElianeBrum #Jornalismo #Crônica #Brasil #História #Reportagem #ArquipélagoEditorial
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vininho 05/04/2023

"E poucas vezes esse entra e sai faz algum sentido, porque na vida tudo é caos e descaminho, tudo é encontro e desconcerto."

A coletânea de reportagens da Eliane Brum foi meu primeiro contato com a autora - e, a partir de agora, coloco ela como uma inspiração. Todas as historias no livro são tocantes, contudo, o que mais me impressiona é a capacidade da autora de escrever com delicadeza cada um dos relatos.
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Stella 13/04/2022

Esse livro é extremamente interessante! É incrível o que a autora fez, trazendo "vidas que ninguém vê" para um livro que conta as histórias dessas vidas, as dificuldades das pessoas que vivem essas vidas.
É maravilhoso, e eu espero que mais pessoas no futuro leiam esse livro.
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Locimar 26/08/2020

O livro que me lembrou um outro: "homens invisíveis". Descobri a Brum através desta obra estupenda escrita e profética denúncia. Preciso ler os outros dela. Acompanho-a sempre pelo face e pelos jornais.
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Marina.Castro.F 27/08/2020

Vendo quem ninguém vê
Um coletânea de crônicas sobre pessoas que passam despercebidas pelas metrópoles. A sensibilidade da autora impressiona a qualquer um. Uma mulher incrível com uma escrita jornalística também maravilhosa.
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Anna 25/04/2021

As vidas que a Eliane Brum enxergou
Eliane Brum, jornalista, compartilha várias histórias extraordinárias sobre pessoas anônimas que nunca viraram notícia.
''O mundo é salvo todos os dias por pequenos gestos. Diminutos, invisíveis. O mundo é salvo pelo avesso da importância. Pelo antônimo da evidência. O mundo é salvo por um olhar. Que envolve e afaga. Abarca. Resgata. Reconhece. Salva. Inclui. Essa é a história de um olhar. Um olhar que enxerga. E por enxergar, reconhece. E por reconhecer, salva.”
Eliane Brum
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Gabriela 31/12/2020

Leia com calma
Sou uma pessoa que tem resistência com livros de contos e crônicas, mas esse ano o #leiamulheresmaua testou minha perseverança.

Foi difícil concluir, cada história me deixa mal, mesmo as felizes, talvez ler esse livro em 2020 não tenha sido uma boa.

Mas de qualquer forma é muito belo a forma que a autora enfatiza as vidas que ninguém vê.
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Raoni Pereira 17/01/2022

Olho e sou visto, logo existo
Em "A vida que ninguém vê", a jornalista Eliane Brum dá visibilidade a história de pessoas comuns, de modo a torná-las extraordinárias.

Como não se emocionar com a história de um carregador de malas de um aeroporto que nunca viajou de avião? Está crônica me chamou bastante atenção e ganha um desfecho no último capítulo.
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Malylyi 25/05/2023

Choque e Depressão
Cada capítulo uma história diferente, uma história mais marcante, cada uma te faz parar e raciocinar.
"O menino do alto" e "Enterro de pobre" foram as duas histórias que mais me marcaram.
Como o próprio titulo já diz, as histórias falam sobre vidas que são ignoradas pela sociedade, esquecidas, invisíveis.
Um choque cultural, quando você pensa que conhece o mundo inteiro, todas as formas de vida, todas as visões, você percebe que não é 1%.
Existem frases no livro que te fazem dizer, "eu me identifiquei", ou, "como isso pode ser verdade", ou "como chegamos até aqui".
É um livro sensível, mas não vai te deixar pra baixo, apenas vai te fazer pensar em como você vê e sente o mundo.

!!!MINI SPOILER!!!

Na cena de "O menino do alto" que fala sobre o pai criando com cano PVC um amuleto para o filho poder urinar me fez parar e respirar um pouco, é uma criança que teve sua mobilidade tirada e não tem condições de fazer algo tão simples e normal. Eles tendo ajuda de vizinhos para poder transportar o menino pois não tem condições para uma ambulância.
Ela usando a expressão "pernas assassinadas" para descrever o que aconteceu é forte, mas a realidade.
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Lucikelly.Oliveira 02/06/2022

Espetacular
Comecei a ler sem nenhuma expectativa mas fui surpreendida, não consegui parar de ler até terminar o livro.

"Não ha nada mais triste do que enterro de pobre porque não há nada pior do que morrer de favor. Não há nada mais brutal do que não ter de seu bem o espaço da morte. Depois de uma vida sem lugar, não ter lugar para morrer. Depois de uma vida sem posse, não possuir nem os sete palmos de chão da morte".
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jessica.guabiraba 25/02/2021

Perfil
Um livro de não ficção que é muito literário e lindooooo! ??

@brumelianebrum descreve a vida de pessoas anônimas de Porto Alegre de uma forma única. Pessoas de histórias curiosas, de personalidade forte, de humildade no coração, de sorriso largo estampado no rosto. Ela é uma jornalista que traça perfis de uma forma tão poética que dá gosto de ler! É uma leitura leve, rápida e muito deliciosa. Foi um presente que meu novo trabalho me deu. Eu amo ser professora, mas ser repórter tem me proporcionado alegrias imensas, conhecer histórias lindas e poder contar através do @faroldenoticias é de fato encantador! Eu quero um dia chegar perto da sensibilidade de Eliane Brum na escrita! ??
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Recomendo a leitura não só por ser linda, mas por ser importante! Te dá outra perspectiva das pessoas, das histórias, das vivências e dos olhares. ??
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Erika.Almeida 18/01/2016

Reportagem Arte
Trata-se de reportagem transvestida em arte, com textos nos quais a autora ressalta o extraordinário contido em cada vida anônima.
O estilo de Brum ( nas crônicas, romances e reportagens) é arrebatador.
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Paloma 18/04/2021

Tomada de assalto
Comecei esse livro como quem não queria nada. Por causa da faculdade. De cara já cai no choro. Nas primeiras histórias eu revezei o choro com o respirar fundo pra tentar processar o que tava lendo. Depois fui me acostumando com o peso da maioria das histórias. Comecei a coletânea de crônicas sobre histórias supostamente ordinárias como quem não quer nada, acabei como quem quer tudo. Como quem quer ver no menor dos detalhes um potencial de narrativa. A importância. A riqueza.
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