A paixão segundo G.H.

A paixão segundo G.H. Clarice Lispector




Resenhas - A Paixão Segundo G.H.


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carol 04/06/2024

Clarice é um sentimento inesgotável e que eu jamais vou me acostumar. Clarice torna sua sensibilidade em palavras tão sensoriais que expressam emoções que até então eram desconhecidas. Que experiência é ter essa "alma formada" segundo ela. G.H está com certeza no meu top livros e é incrível como em cada pedaço eu me sentia mais humana. Desejo a todos essa mesma sensação, 5?? total
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Jane 03/06/2024

Minha segunda leitura de Clarice não me trouxe as mesmas emoções e sensações que tive ao ler "A hora é da estrela", mas não esperava essas reações, na verdade nunca sei o que esperar de Clarice. Aqui me senti perturbada e angustiada, um fluxo de consciência que penetra a mente do leitor e bagunça toda a percepção de espaço e tempo, onde se não houver uma leitura atenta, pode perder toda a linha de raciocínio da personagem, que mergulha em inúmeras análises e reflexões profundas sobre a condição humana em sociedade. Mais uma vez lendo fluxos de consciência que não me prendem, onde me sinto dispersa e não consigo me conectar a narrativa, sou levada para longe do texto e me torno apática ao seu conteúdo. Não sei se foi do momento ou realmente este livro não é para mim, porém não é um livro que pretendo reler para tirar outras conclusões, apenas não sinto o que quer que ele busque provocar. Entretanto, ainda o acho interessante para se aprofundar leituras sobre a mente humana e as inquietações que nela habitam.
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Marina Vasconcelos 03/06/2024

Pessoa de alma não formada
Um livro MUITO complicado de se ler, complexo demais. É uma sequência de pensamentos e ideias da personagem, não absorvi nem 30%. Se você não está acostumado com leituras clássicas, não comece com esse livro.

Talvez eu seja uma pessoa de alma não formada mesmo.
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akemi.takei 03/06/2024

Paixão segundo g.h
Nunca tinha lido nenhum livro da clarice antes e de fato a escrita dela é total fora do meu costume, tive dificuldade pra interpretar algumas coisas e me agoniei muito com esse lance de barata, mas fora isso o livro é bom!
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Maria 02/06/2024

Primeiro livro da Clarisse que li, por causa da escola.
Achei bem difícil de entender, mas é bastante existencialista. O livro nos faz refletir bastante contando os pensamentos da personagem.
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karolina 02/06/2024

?querer ser humano me soa bonito demais
Uma obra de arte, que expressa e inexpressa, humanidade e desumanidade ao longo dela
clarice mais uma vez nos trás uma historia inusitada mas com um significado enorme por trás, e que, tem que ser lido com a alma

pra mim esse é um livro sobre aprender a viver não sabendo de tudo, e não podendo prever tudo
sobre esperanças, sobre quem a gente é, sobre ser humano e errar muito, sobre ser desumano as vezes, e sobre gostar de não entender tudo, afinal, são muitas variaveis, e temos muitas coisas novas pra vivenciar e aprender

obs: não, eu nunca achei que um livro sobre uma mulher comendo uma barata traria tantos pensamentos profundos, clarice faz tudo.

[favs quotes:]
? "mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo quero sempre a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar a desorientação"

? "mas era desse não bom que eu havia organizado o melhor: a esperança"

? "mas como adulto terei a coragem infantil de me perder? perder-me significa ir achando e nem saber o que fazer do que for achando"

? "a verdade não faz sentido, a grandeza do mundo me encolhe"

? "pois ao mesmo tempo que luto por saber, a minha nova ignorância, que é esquecimento, tornou-se sagrada"

? "o que era eu? era o que os outros sempre haviam me visto ser, e assim eu me conhecia"

? ? "não era um soluço de dor, eu nunca o ouvira antes: era o de minha vida se partindo para me procriar" (sinto um pouco de super aqui: me desfaço e refaço em questao de meses, como eu ja fiz milhares de vezes)

? "e isso me da o direito maior: o de errar."

? "a vida se me é, e eu não entendo o que digo. e então adoro."
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julhafernandes 01/06/2024

Foi o primeiro livro que li de sua autoria e sinceramente a genialidade de clarice é fora do comum. uma história tão banal de matar e provar uma barata abrir margem pra tantas reflexões mais que profundas. sao tantos temas abordados e uma delicadeza pra descrever cada um deles, os sentimentos, a vida num todo. fiquei surpresa e encantada. tantos trechos marcantes. me senti compreendida por ela e suas questões. e concluo essa resenha com um trecho em específico que desde o início me deixou pensativa: "como se explica que o meu maior medo seja exatamente o de ir vivendo o que for sendo?"
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pietra 31/05/2024

Acredito ser um dos livros mais difíceis de Clarice, já estou acostumada com sua escrita mas por algum motivo não pude me conectar com essa leitura. Acho que não gostei tanto da analogia da barata, em várias partes do livro eu pensava: Clarice, vai comer a barata?
Para mim, passou a ter fluidez nas últimas cinquenta páginas e foi quando eu li incansavelmente até o fim.
Pela escrita e pelas últimas cinquenta páginas que para mim salvaram o livro, valeu a pena.
Clarice deixa tudo tão confuso mas ao mesmo tempo tão imersível, até hoje não sei explicar.
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Lígia 31/05/2024

Clarice faz com que eu reflita sobre toda a minha existência toda vez...

Esse livro foi um dos mais loucos e mais complexos que já li, nunca pensei que uma narrativa surgiria de uma experiência com uma "barata", agonizante pra se dizer pouco... Gostei, foi leitura do clube e estou louca pra debater com as meninas
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Anne 29/05/2024

Queria ter dado 10/10 mas não tive como
Na minha visão esse livro tem uma leitura difícil não pelas as palavras que a Clarice usa mas pelo os próprios fatos que acontecem, pois o que o livro nos faz sentir com o que acontece pode nos impedir de continuar por aversão a eles. Demorei pra engatar na leitura e acredito que isso acontece só no final quando minha curiosidade fala mais alto e quero ver o que acontece sem me prender a cada significado da palavra usada. Também não tem como não sentir nojo ao ler.
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Daniel.Malaquias 29/05/2024

Terrível
Definitivamente não sou o maior entusiasta de Clarice. Aliás nem me animo com a obra dela, pois sei da complexidade de sua escrita. Para aqueles que se aventurarem em sua obra eu desejo boa sorte.
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luiza 28/05/2024

A paixão segundo GH
Comecei esse livro tentando entender com a cabeça, só depois, me dei conta que assim não iria aproveitar essa leitura. Então comecei a ler sentimentalmente e só assim senti o poder dessa história.
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Geovane 27/05/2024

Perder-se é um achar-se perigoso
------ A paixão segundo G.H. é o segundo livro que leio da Clarice, e que grata surpresa foi viajar nessa história lisérgica sobre baratas(?) e socialites.

G.H é uma socialite de meia-idade que, após demitir a empregada, vai visitar o quartinho da mesma, em uma manhã de domingo. A partir disso, somos convidados a entrar no fluxo de pensamentos da personagem principal.

Que grande delírio!

Sim, pelo menos para mim, a história, a partir de então, parece se tratar de um delírio de morte da personagem principal, com pensamentos desconexos e acelerados, assim como são os pensamentos.

Em uma escrita carregada de simbologia e carga pessoal, Clarice, por meio de G.H, nos faz pensar sobre a falta de sentido da nossa (Gênero Humano?) existência.

''Sucumbirei à necessidade de forma que vem de meu pavor de ficar indelimitada”.

Ao se deparar com uma puta de uma baratona no quarto da empregada, a véia entra em parafuso. Mas não se trata simplesmente de um medo comum de barata (na verdade, nem se trata de uma barata) o que se passa com G.H é o pavor e atração que o desconhecido nos causa.

O chamado do vazio

O chamado do vazio é aquele desejo que muitos têm de pular de um lugar alto, ao olhar para baixo, ou de gritar em uma reunião e cometer um ultraje contra o chefe, ou até mesmo sair correndo pelados pela igreja (isso foi muito específico?)

Ao se defrontar com algo abjeto como a barata, G.H. se defronta com o chamado do vazio, confrontando o significado das normas sociais as quais sempre seguira, e tendo a apavorante certeza de que essas normas nada passam de coisas da nossa imaginação, como uma cortina que, quando aberta, revela um vazio tal qual o espaço, as baratas, os homens, os fetos e qualquer partícula subatômica.


“Eu estava sendo levada pelo demoníaco.

Pois o inexpressivo é diabólico. Se a pessoa não estiver comprometida com a esperança, vive o demoníaco. Se a pessoa tiver coragem de largar os sentimentos, descobre a ampla vida de um silêncio extremamente ocupado, o mesmo que existe na barata, o mesmo nos astros, o mesmo em sí próprio – o demoníaco é antes de tudo humano.”

Enfrentar a barata é enfrentar o apavorante vazio da existência. No começo do livro, ela nos diz que sempre pensara sobre esse grande momento diante do desconhecido, e que ela provavelmente seguraria uma “mão imaginária”, até chegar o momento em que ela teria que largar essa mão, atravessar o portal e “caminhar cega pelo deserto”.

“Estou tão assustada que só poderei aceitar que me perdi se imaginar que alguém me está dando a mão”.

Mas, dado o momento, G.H não se vê com outra escolha a não ser enfrentar, largar qualquer muleta. E essa experiência é para G.H algo como o sacramento da comunhão, uma comunhão com o desconhecido.

Comer a barata é um ato extremamente nojento para a maioria das pessoas. A repulsa de comer uma barata melequenta é a mesma repulsa que seres humanos têm ao pensar na morte. Sobre isso, G.H usa a figura de imagem de comer o inseto como uma comunhão entre o ser e o nada.

“Não o ato máximo, como antes eu pensara, mas o ato ínfimo que sempre me havia faltado”. Pois o “Eu” é “apenas um dos espasmos instantâneos do mundo. Minha vida não tem sentido apenas humano, é muito maior– é tão maior que, em relação ao humano, não tem sentido”.

O que apavora a todos, é representado por G.H ao comer a barata - em um primeiro momento, uma experiência escatológica, mas, após o desapego das pré-concepções sobre o desconhecido, uma experiência orgástica de comunhão com o universo e sua total falta de sentido.

Minha experiência ao ler A paixão segundo G.H passou bem longe de ser um passeio no parque. Para dizer a verdade, foi algo como cogitar comer uma barata: ainda rejeito a ideia com todas as minhas forças, mas ela está lá na frente me espreitando. ------
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biawql 26/05/2024

Me dê a sua mão...
Nao tenho o que comentar sobre os livros da Clarice Lispector, a sensação de vazio após a leitura sempre me pega KKKKKK
Esse livro fugiu MUITO das minhas expectativas, apesar de boiar em algumas partes, sinto que consegui me conectar com g.h e compreender a mensagem que ela quis passar.
Se pudesse, ficaria o dia inteiro conversando com g.h e divagando sobre a vida.
Que livro meus amigos, que livro!!
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Wamarisen 26/05/2024

O romance brasileiro, A paixão segundo G.H, narrado em primeira pessoa e escrito por Clarice Lispector durante a ditadura militar no Brasil em 1964 apresenta a personagem narradora G.H que desenvolve temáticas reflexivas com cunho psicanalista e filosófico ao entrar no quarto da ex-empregada e deparar com uma barata que se torna objeto de analogias. Escrito de forma fluída, coerente, criativa e recheado de metáforas tal como seus influenciadores da literatura russa, Clarice cria uma abordagem centrada na introspecção de G.H ao se alongar no íntimo da mente humana da mesma, explorando detalhes psicológicos e filosóficos pessoas que são conectados a momentos acontecidos no mundo fictício. Desta forma, os capítulos, longos, se iniciam com fatos fictícios mas sendo apenas plano de fundo para reflexões, ou seja, em si, ocorre poucas cenas e estas são usadas para abordar principalmente o sujeito vida e este, por sua vez, ao final da narrativa é substituído pela palavra paixão. É como um emaranhado de crises existenciais com referencias diversas, tantos temas que você as vezes de embola por não ter lido uma virgula certo.
Em suma, a obra é voltada à reflexão, tem pinceladas marcantes na distinção de viver e existir, dependência emocional, o pós da mesma, a morte psíquica -- sentimento de perder a si mesmo, reflexões sobre relacionamentos românticos, atitudes, medos e outros temas.
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