Resenhas - Dez Dias em Um Hospício

Marcelo 29/11/2022

Muito Bom
Excelente livro, escrito em 1887 como talvez a primeira obra de jornalismo investigativo, nos traz um panorama do que acontecia com mulheres que eram consideradas loucas e internadas em instituições chamadas manicômios ou sanatórios. Muitas delas não tinham problema algum, mas os maus tratos e as condições precárias e insalubres, juntamente com o descaso e o sadismo de médicos e enfermeiras proporcionavam o aparecimento das mais diversas doenças ou traumas psicológicos. Esquecendo a época em que se passa, poderia ser considerado um relato do que acontece ainda hoje em muitos lugares. Vale muito a leitura!!!

Juliana (Ju/Jubs) 27/11/2022

Achei que ia encontrar uma ficção triste. Encontrei uma não ficção sincera e crua de uma pessoa super corajosa e admirável.

Nellie foi pioneira do jornalismo investigativo, em um tempo em mulheres eram desacreditadas e impedidas de estudar. Lutando contra toda a sociedade, seu trabalho foi importantíssimo para denunciar os abusos que ocorriam nos hospícios da época, inclusive o qual ficou durante dez dias.

Acho que é muito fácil "perder a mão" com temas tão sérios quanto esse, mas Nellie conseguiu um equilíbrio muito bom. A escrita dela é uma mistura interessante, é extremamente detalhada, ao mesmo tempo que é crua e sincera, e Nellie consegue fazer isso sem ser cruel.

Dou quatro estrelas apenas porque eu não consegui focar muito na história, é um livro rápido, mas foi cansativo para mim. Talvez por eu não estar tão acostumada com não ficção, talvez por ter esperado encontrar outra coisa, talvez por não ter sido o momento certo de leitura. Mas uma coisa é certa, é um problema comigo, o livro é maravilhoso em todos os sentidos.

Araí 07/11/2022

Um bom livro
Muito bem escrito, mostra a realidade de maneira bem sutil, esperava um pouco mais, mas no geral gostei da experiência.

Erika.Costa 05/11/2022

Fraco
Imaginei que seria uma narrativa com bem mais detalhes, mas mostra parte da realidade dos antigos hospícios.

gio 23/10/2022

Um relato chocante
A primeira coisa que eu pensei enquanto lia, é o quão parecida essa história é com "American Horror Story: Asylum". A protagonista, Lana Winters, é basicamente a Nellie Bly da ficção, e eu fiquei MUITO feliz em saber que ela realmente foi inspirada nessa grande e corajosa jornalista.

É triste pensar que os maus tratos em pessoas consideradas insanas realmente acontecia, sendo que a culpa não era delas, e sim de terceiros ou até mesmo do sistema...
As enfermeiras, que deveriam ser uma figura que demonstrasse segurança, aqui eram vistas como monstros, pois batiam nos pacientes e maltratavam até quase mata-los, manchando totalmente a área da saúde.

Nellie foi extremamente corajosa em decidir sentir na pele o que essas pobres almas passavam, e o avanço que ela trouxe para a comunidade feminina é de dar inveja. Sendo estudante de jornalismo, tenho essa mulher como minha inspiração, espero um dia ser tão incrível quanto ela!

Beatriz 19/10/2022

Livro forte
Saí da minha zona de conforto e fui ler uma não-ficcao. Gostei da leitura mas nao é minha vibe. Gosto de ler apenas pra obter conhecimento e não por diversão assim como faço com outros. Recomendo bastante

ThayAvalon 14/10/2022

Eu confesso que tinha medo em ler esse livro, por mais curto que fosse e rápido, pois tinha receio do seu conteúdo ser forte, e sim; Apesar de conter algumas revelações ruins de se ler não é tão explícito assim. Devo repetir várias vezes quando eu for mencionar esta autora, pela sua coragem, em uma época extremamente machista, misógina e imparcial. Nelly foi a frente de seu tempo, e lutou com garras e maestria pelo que acreditava, incorporando sua profissão de jornalista investigativa, se infiltrou, mas antes foi uma bela atriz, e fez todos acreditarem em seu teatro de insanidade e embarcarem assim com ela e tornando possível as revelações do descaso de mulheres a outras pobres mulheres, em um Hospício. Nele Nelly nos relata como as mulheres eram tratadas, tudo era motivo para serem colocadas naquele local, por serem pobres, mestiças, turistas, por não saberem a língua nativa do país, por terem falido, pela família querer a herança, por estarem doentes, por não estarem doentes e apenas o marido duvidar de sua fidelidade, por o marido querer uma nova esposa e não ter onde esconder a atual, por uma mulher ter tido depressão pela morte de um ente querido, por uma mulher que sofreu a perda de um recém nascido , entre outros. Além do tratamento horrivelmente brutal e desumano, a comida estragada, o inverno rigoroso, o péssimo tratamento com idosas. O descaso com a saúde, com doenças, e a administração podre de pessoas que ganhavam dinheiro para manter a instituição melhor estavam pouco se importando com aquelas pobres mulheres. Ela fez uma grande revolução naquele local, e o que diem os relatos foi graças a ela , que muitos descobriram o paradeiro de suas amadas esposas, filhas, mães que achavam terem sido mortas ou se perdido. E graças a ela, que muitos costumes foram mudados e leis implantadas nestes locais na época. Nelly foi um ato de coragem em um ser humano.

Deia 06/10/2022

Ótimo livro
Leitura fluida e completamente aterrorizante. A escrita da autora me agrada, sua maneira de alimentar as descrições e os dialoga bem colocados

Claudiapnm 26/09/2022

A história se passa em 1887. Se fosse nos dias atuais, não seria tão espetacular. Que coragem teve essa mulher. Tecnicamente não acrescenta tanto, mas não deixa de ser muito impressionante.

Mih 22/09/2022

Pesado e horrendamente real, mas incrível
O mais perturbador dessa narrativa é o fato de que consigo facilmente ver todos esses eventos acontecendo. A maneira como a narradora reporta os ?especialistas? que a diagnosticaram como louca, bem como os maus tratos das enfermeiras é algo surreal.

Li tudo em uma tarde e me senti transportada para aquele ambiente, da pior forma possível. Os relatos são tristes, impactantes e horrendos, tudo ao mesmo tempo.

Mas o mais chocante é a coragem da narradora em se colocar nessa situação para conseguir a narrativa. Uma heroína, com certeza.

Lulys 20/09/2022

Quem avalia a sanidade?
Com um relato preciso e sem se perder em detalhes descritivos a escritora Nellie Bly nos traz o retrato de um hospício em fins do século XIX. Não é difícil transportar esses mesmos relatos para dias mais recentes em todas as partes do mundo. A luta anti manicomial deve ser sempre uma pauta. Quem avalia a sanidade de outrem? O que é a cura? Temas muito importantes para reflexão.

Manu 15/09/2022

A coragem de Nelly é algo difícil de acreditar por exigir tremendo sacrifício, mas que valeu a pena por mostrar a crueldade dos pacientes desse manicômio

Guilherme.Oliveira 05/09/2022

O livro é bom, rápido e relata as atrocidades dentro do hospicio na qual Nellie se afunda de modo intencional.

Inegável que o maior destaque é a coragem da protagonista em se propor a tamanha dor e sofrimento para denunciar o que lá acontecia.

O livro relata muitos episódios de maus tratos onde sinto que gostaria de ler com maior aprofundamento na experiência vivida por Bly.

Mas, por ser um livro curto, com capítulos curtos, tornou uma leitura bem rápida, o que indico!

Maria1691 01/09/2022

Interessante e fraco na mesma medida?
Foi me indicado por uma colega de faculdade, que antes de terminar a leitura, assim como eu, posteriormente, havia criado certas expectativas.
Esperava relatos mais detalhados dos pacientes, dos médicos e enfermeiras. Com o pouco que Nellie Bly nos fornece, podemos ter um deslumbre do como foram seus dez dias em um hospício.

Dariele2 29/08/2022

Dez longos dias em um hospício

Nellie fingiu ter problemas psicológicos para ser internada em um hospício e observar como o local era administrado e como viviam as pacientes.

Ela passou por mais duas avaliações médicas, foi declarada como um caso sem cura e enviada para o hospício da ilha de Blackwell.

Eram 45 mulheres internadas que passavam fome, frio, tomavam banho em água gelada, as mulheres saudáveis utilizavam a mesma toalha que as mulheres com enfermidades de pele, eram agredidas pelas enfermeiras, tinham que manter o hospício limpo. A crueldade das enfermeiras era impressionante. Elas provocavam e incitavam as pacientes a ficarem violentas, riam e faziam piadas das condições delas.

Foram dez dias vivendo no hospício até ser resgatada por seu empregador, quando saiu publicou sua matéria, denunciando o hospício.