Resenhas - Histórias de cego

Poesia na Alma 05/09/2020

arte do verbo
Histórias de cego, de Marcos Lima, Editora Oficina Raquel, como o próprio título diz, narra o cotidiano do próprio autor, que, desde 2010 faz palestras e mantem um canal no Youtube contanto de forma leve e descontraída como é o dia a dia de uma pessoa com deficiência visual.

O fato de trazer uma linguagem leve, não diminui as críticas e reflexões sobre as relações que vivencia todos os dias. Afinal, quantos de nós já refletimos como um simples orelhão pode causar diversos danos físicos e emocionais a uma pessoa com deficiência? É sobre isso que na crônica “Não enxergamos os obstáculos”, Marcos, com sensibilidade, mostra a vulnerabilidade a qual são submetidos em atividades que parecem simples, como andar na calçada.

Saiba mais - http://www.poesianaalma.com.br/2020/09/resenha-historias-de-cego.html

Andrezza.Braga 23/02/2021

Sensacional!
De forma leve mostra o que nos é necessário saber.
Na verdade apenas uma pincelada, pois precisamos ainda em muitos aspectos nos livrarmos dos Pré- conceitos arraigados e abrirmos caminho para acessibilidade.
Indico muito!

Jéssica 14/09/2021

Histórias de Cego
Conheci o Marcos Lima a partir de seu canal do Youtube, lá ele compartilha suas experiências, tira dúvidas dos seguidores e nos ensina tanto sobre a vida de uma forma leve e bem humorada.
Quando encontrei seu livro na Amazon fiquei empolgada para lê-lo, pois a escrita traz um aprofundamento de temas e como uma grande devoradora de livros, precisava desfrutar o quanto antes da leitura.
E foi incrível! Indico para todos que, assim como eu, amam conhecer mais do outro, suas histórias, desafios e também alegrias. E para quem quer conhecer ainda mais sobre o jornalista Marcos Lima, acesse seu canal do Youtube que acalenta o coração em meio a uma pandemia tão devastadora.

Monique.Mingoranse 18/12/2021

Bom livro
A vida dos cegos retratada por um deficiente visual de forma divertida e espontanea conta tambem historias reais do autor e de como ele vive feliz e superando limites

julisianthus 02/02/2023

Vale MUITO a pena!
Eu me senti em uma mesa de bar ouvindo um amigo contar fofocas sobre a própria vida. É realmente uma história muito bem humorada e repleta de viradas de chave para uma vidente como eu.

Em meio a experiências de vida, alegrias e perrengues, essa obra nos da uma dimensão de como é viver sendo cego. Confesso que me surpreendi com muitas partes do livro e fui correndo conhecer o canal no youtube para me sentir tendo capítulos extras do livro hahaha.

naluzete 05/10/2023

Pra mim, especificamente, a leitura pode servir mais do que um simples hobbie que eu faça quando der vontade. Esse livro, assim como alguns outros que já li, foram escolhidos justamente para eu entender múltiplos pontos de vista que eu não vivencio.

A parte mais interessante desse tipo de obra, que conta sobre situações vividas pelo autor, é que ele expõe todas as mini-questões cotidianas que para nós, videntes, não faz nem cócegas, mas para pessoas com deficiência é uma grande questão.

A gente percebe ao longo do livro que o mundo não para pros cegos, cadeirantes, ou demais deficiências, que por mais "inclusivo" que o mundo tente ser, ainda existem milhares problemas que até poderiam ser facilmente resolvidos e por algum motivo não são.

Outra coisa super legal que os leitores dessa obra podem tirar é que, não é porque os cegos não veem que eles não enxergam. Ou que a falta da visão seja o único grande problema da vida deles, já que, pelo menos para o autor, não é, o próprio relata na obra que apesar da falta de visão, não é algo que ele fique incessantemente buscando uma cura (claro que isso vai de pessoa pra pessoa, mas o foco é o autor e suas experiências).

Por fim, gostei muito da obra, apesar de demorar mais do que queria para terminá-la, mas, como disse, livros com relatos pessoais que me trazem um ponto de vista de pessoas com diferentes vivências das minhas é algo que eu acho bem interessante, já que são livros assim que te fazem refletir e até mesmo praticar empatia.

Maria.Batagin 07/10/2023

Bom
Um livro que li pela indicação de um podcast que ouvi da Rádio Novelo um episódio falando sobre a cegueira.
?Preconceito é algo que todos nós temos com relação ao que não conhecemos. É o pré-conceito, o conceito anterior, aquilo que a gente imagina de algo que a gente não conhece. Em suma, preconceito é desconhecimento. E como se combate o desconhecimento? Levando conhecimento.?
O conhecimento já nos ajuda a entender melhor

Mi 02/06/2024

O autor é um dos responsáveis pelo projeto histórias de cego que iniciou com narrativas em um blog, posteriormente passou para um canal no YouTube e agora com um livro com algumas crônicas.
A intenção do projeto é desmistificar o que a população vidente acha que é a vida de um cego. Além disso, mostrar como é o dia a dia e os obstáculos que enfrentam em um mundo que é predominantemente visual.
Ao decorrer das crônicas ele questiona sobre o termo ?pessoal com necessidade especial? e afirma que o melhor a dizer é ?pessoa com deficiência? afinal TODOS possuem necessidades especiais.
Marcos fala como foi importante para o desenvolvimento dele estudar em uma escola específica para cegos e pessoas com baixa visão, ali ele não era o único e muito menos coitado e sim igual a muitos. Ter professores e colegas com deficiência visual fez muita diferença na vida dele, despertando autonomia, confiança, sede de conhecimento e de novas experiências. Quando ele foi estudar numa escola regular ele já tinha uma base sólida e essa experiência também foi importante.
Ele não gosta da ideia do vitimismo pela deficiência.
No mundo totalmente visual ele diz sobre as dificuldades mas que é possível viver ter autonomia e muitas experiências. O importante é se permitir. Ele narra também a experiência no esporte que proporcionou muitas coisas boas e inclusive viagens.
Falando em viagens ele reclama dos pontos turísticos que possuem miniaturas e que estas ficam enclausuras em redomas de vidro e os turistas cegos não têm direito de tocar para conhecer.
O tato é um dos sentidos mais utilizados pelos deficientes visuais.
Ele fala também que os videntes acham que os sonhos todo cego e voltar a enxergar.
O desejo dele é fazer uma espécie de museu de miniaturas de vários pontos do mundo acessíveis aos deficientes visuais para que eles possam tocar sentir e ter uma noção de como são os lugares que eles tanto ouvem falar mas são restritos aos toque.
O livro, assim como o projeto, é uma lição de vida para os deficientes e para os videntes. Recomendo a leitura.