O amante

O amante Marguerite Duras




Resenhas - O Amante


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Pâm 23/01/2021

Autêntico, belo, melancólico. Fascinante.
Difícil explicar o fascínio que O amante gerou em mim. Em histórias tão íntimas, apenas costumo gostar de livros em que eu tenha absoluta identificação com um personagem. No entanto, não me identifico diretamente com a realidade ou com as reflexões da menina do livro e, ainda assim, fui completamente tragada para o livro.
Imagino que seja um livro ?ame ou odeie?, e eu amei. Um história singela e ao mesmo tempo densa, uma linha que vai sendo traçada tortamente por fragmentos que vão estimulando nossa imaginação e curiosidade. Além do mais, que beleza ao narrar! Uma narração cuja voz eu creio nunca ter lido igual. Imaginei que o envolvimento de uma menina tão jovem com um adulto me incomodaria muito, mas saio da leitura com a impressão de ter lido um fato, algo que, embora eu não concorde, está muito além do meu julgamento, pois é um acontecimento pela voz de quem participou, e é um relato honesto, invulgar, claro. Recomendo muito.
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Carol 19/01/2021

Impressões da Carol
Livro: O amante {1984}
Autora: Marguerite Duras {Vietnam, 1914-1996}
Tradução: Denise Bottmann
Editora: Cosac Naify
128p.

#1001livrosparalerantesdemorrer

"Um dia, eu já tinha bastante idade, no saguão de um lugar público, um homem se aproximou de mim. Apresentou-se e disse: 'Eu a conheço desde sempre. Todo mundo diz que você era bonita quando jovem; venho lhe dizer que, por mim, eu a acho agora ainda mais bonita do que quando jovem; gostava menos do seu rosto de moça do que do rosto que você tem agora, devastado." p.7

Marguerite Duras tem um domínio da escrita literária e poética como poucos, tal qual se vê neste primeiro parágrafo que, pra mim, é um dos mais bonitos da literatura universal. E, ainda assim, "O amante" é um livro triste, agridoce, o mais autobiográfico da autora.

Aos 70 anos, Marguerite Duras olha para a menina que foi aos quinze anos e meio. Filha de franceses, nascida em Saigon - parte da Indochina francesa - que, após a morte do pai, precisa lidar com uma mãe disfuncional, um irmão mais velho aproveitador - o menino dos olhos dessa mãe - a miséria e a descoberta do sexo.

É esse relacionamento entre uma menina francesa e um chinês de 27 anos, uma paixão sem limites, sem pudores, de puro gozo, de puro tabu que fez de "O Amante" um bestseller. O maior sucesso mercadológico de Duras.

Isso se explique, talvez, por Duras subverter as relações de poder esperadas. A menina branca que precisa se prostituir para bancar a família; o colonizado, rico, mas subjugado pelo pai. A menina que intimida o amante, que o controla pelo desejo.

"De repente ela sabe, ali, naquele instante, ela sabe que ele não a conhece, que nunca a conhecerá, que não tem como conhecer tanta perversidade." p. 34

Entre idas e vindas no tempo cronológico, num discurso fragmentado, Duras remonta essa idade crucial de sua trajetória. Reconstrói a menina na travessia do rio Mekong, a filha que ama perdidamente a mãe, a menina que se descobre mulher, a escritora que viria a ser, a Saigon que não mais existe.

Livro belíssimo, um dos meus preferidos, que releio agora para o #projetoferranteindica, do grupo de apoiadores da @alineaimee?.
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Sarah 14/01/2021

Imersão
Livro que superou minhas expectativas. Tinha assistido a adaptação cinematográfica há muitos anos e revisitar a história pelas palavras de Marguerite foi uma experiência maravilhosa. É uma autora muito talentosa. O estilo em que o livro foi escrito, entre indas e vindas, entre ondas e voltas, entre lembranças e angústias, me cativou totalmente. Me parece que se trata de livro quase autobiográfico. Terminei me questionando o que era ficção e o que aconteceu com a autora...
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Bookster Pedro Pacifico 22/12/2020

Verificado O amante, de Marguerite Duras
Em pouco mais de 120 páginas, a obra publicada em 1984 - e que levou o Prêmio Goncourt no mesmo ano - marcou a literatura mundial e colocou Duras como um dos principais nomes da literatura francesa.

No livro, a palavra “amante” que estampa o título foge do conceito que estamos acostumados a ouvir. Não se trata de uma traição, mas sim de uma relação amorosa, é o amante como aquele que ama. E os amantes criados pela autora formam um casal pouco provável - e pouco aceito pela sociedade da Indochina pré-guerra, ainda colônia da França. Na verdade, os personagens não são totalmente criados por Duras, já que a obra revela uma carga autobiográfica, com semelhanças do passado da autora.

De um lado, temos uma jovem francesa. De outro, um rico comerciante chinês. É uma relação que esbarra no preconceito contra o oriental, por parte da família europeia da garota, e na diferença de idade entre os dois amantes. Ao mesmo tempo, senti até mesmo uma dúvida sobre os reais sentimentos dos personagens, o que realmente é amor ou apenas uma vontade de transgredir regras sociais.

E não se engane pelas poucas páginas que compõem o livro. A leitura é densa, sobretudo pelas mudanças narrativas que a autora faz durante as páginas. Isso demanda uma atenção maior do leitor, um tempo maior para aproveitar a escrita direta e envolvente de Duras. Vale a leitura!

Nota 8,5/10

site: http://instagram.com/book.ster
Caren Ane Rhoden 23/01/2021minha estante
Já leu O Deslumbramento? Se não, recomendo.




Carla 20/11/2020

" (...) posso me tornar tudo o que quiserem que eu seja. E acreditar nisso."
- Clássico da literatura mundial;
- Ganhador do prêmio Goncourt em 1984;
- Mais de 2 milhões e meio de exemplares vendidos apenas na França.

Nessa história encontramos um romance autobiográfico de uma história de amor, nada comum, entre uma jovem francesa e um chines rico da Indochina no período pré-guerra.

Marguerite escreve em fluxo de pensamento sobre a vida em Saigon nos últimos dias do período do império colonial da França. Ele é considerado autobiográfico porque a autora sempre coloca aspectos da própria vida em seus romances.

Aqui nós temos muito da vida dessa personagem jovem e francesa que acaba conhecendo esse rapaz rico e chinês. Mas acabamos entendendo ao longo da narrativa algumas problemáticas encontradas nessa história como o preconceito com o "não branco", que é o rapaz chinês e o fato de ele ser MUITO mais velho que ela. Além de toda a problemática de ela ser "amante" dele, já que eles não tem nenhum compromisso sério. A família dele é de comerciantes ricos e não aceitam a jovem como provável esposa do rapaz, já que ela é pobre e a mãe e os irmãos dela também nunca aceitarão esse compromisso porque ele é um chinês e muito mais velho, então esse se torna mesmo um romance proibido.

"Ele sente ainda outro medo, não porque sou branca, mas porque sou tão jovem, tão jovem que ele poderia ser preso se descobrissem nossa história."

Ao longo da trama busquei o amor entre eles e não encontrei. Ela aparentemente está com ele por pura luxúria ou então eu realmente não saquei qual era a dela. Talvez fugir da família problemática.

Foi uma experiência interessante ler um clássico francês tão aclamado e o o melhor: super rápido! Ele tem 111 páginas de história e foi bem fluido.

site: @aminhaessencia_
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Babs 06/11/2020

Em cinco minutos de leitura, já tinha se tornado meu livro favorito. A dor e a crueza da escrita da Duras encantam e prendem o leitor. Você se identifica, de alguma forma, com as palavras da garota do vestido de seda e sapatos dourados. Que sorte a minha de ter lido essa obra prima.
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may.reader 04/11/2020

Um romance autobiográfico
Com uma prosa intimista e certeira, Duras evoca a vida nas margens de Saigon nos últimos dias do império colonial da França e relembra não só sua experiência, mas também os relacionamentos que separaram sua família e que, prematuramente, gravaram em seu rosto as marcas implacáveis da maturidade.
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Garuda 02/11/2020

Obra-prima
Indiscutível. Não podemos passar sem esta expressão máxima da memória, do fundamento descontínuo e fragmentado da experiência. A vida como morte, caminho para a morte, acostumar-se à morte.
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CAMBARÃ 12/10/2020

Os espaçamento
Não gostei tanto da forma narrativa os saltos de habientes não são bem marcados. Sei q a autora foi e ainda é um sucesso porém esse livros me. Foi um bocado cansativo e ver q não tem nem 100 páginas.
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Cdmm 12/09/2020

Dor e delícia
Narrado em forma de um diário de lembranças esparsas sobre um caso amoroso entre uma adolescente branca no Vietnã e um chinês rico. Muita dor, prazer mas contado de forma perdida no tempo. Lembranças marcantes que ela conta como se estivesse olhando uma paisagem, ora sente mais, ora tem mais marcas. Senti uma tristeza profunda nesse relato. Talvez um desabafo de final de vida da autora. Poético e bem triste..
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Delano Delfino 08/09/2020

Eu sempre tive uma tendência a achar que quanto maior fosse o livro, melhor a história seria é mais eu poderia me envolver com ela. Talvez eles Stephen King demais tenha me deixado assim.
Marguerite Duras, prova que a máxima, tamanho não é tudo pode ser aplicada a literatura. Um livro tão pequeno mas com tanto significado e tanta profundidade. Uma escrita poética que te envolve e te carrega para onde quer que a autora queira te levar. Definitivamente um livro que merecer ser lido e relido, para que se possa extrair cada vez mais dele. Uma história de significados inesgotáveis.
Como magistralmente definiu Leyla Perrone-Moises no Posfácio: ?Uma imagem vale por mil palavras, diz-se. Mas uma imagem criada pelas palavras de um grande escritor carrega com ela mil sentidos.?
Gabi Rached 27/11/2020minha estante
Me convenceu. Vou ler! ;)


Delano Delfino 29/11/2020minha estante
Que bom Gabi, boa literatura deve ser sempre compartilhada!!!




Malucas Por Romances 13/08/2020

Resenha completa no blog Malucas por Romances
Olá, leitores!
Hoje vou falar um pouco da minha experiência com o livro O Amante, da autora Marguerite Duras. Esse é meu primeiro contato com a escrita da autora e ainda não sei como me sinto com essa história.

O livro vai contar um pouco da história de uma jovem com seus 15 anos e o início da sua vida sexual com um chinês 12 anos mais velho.

Além de contar sobre esse romance secreto, a história também aborda o drama familiar, onde a personagem principal precisa sempre conviver com as dúvidas do amor e ódio que sente por sua família.




Onde é nítida a preferência da sua mãe pelo o irmão mais velho, irmão esse violento e que vive roubando as economias da família, e enquanto esse irmão mais velho oprimia os mais novos a mãe de alguma forma sempre o defendia.

O livro não tem capítulos e muitas vezes senti que estava lendo uma série de pensamentos da autora, ela não tem uma linha cronológica "direta" e muitas vezes a gente esbarra com alguns pensamentos dela de anos depois e logo em seguida voltamos.

Não vou mentir que o relacionamento me incomodou muito, mas quanto mais eu lia mais descobria os motivos para aquele relacionamento, e o quanto uma família desestruturada levou a esse relacionamento, que em nenhum momento foi amoroso.




O livro foi escrito em 1984, mas a história se passa por volta dos anos 1930 e 1950, e retrata desde uma família falida, com irmãos problemáticos, e uma garota iniciando sua vida sexual reprovada pela mãe, mas que vê nisso quem sabe uma fonte de renda .




site: http://malucaspor-romances.blogspot.com/2020/07/resenha-o-amante-marguerite-duras.html#axzz6V2JmIofZ
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Dassa 13/08/2020

" A historia da minha vida não existe"
O livro é um misto de ficção e realidade e narra uma pequena parte da vida da autora, quando ela ainda adolescente descobre a sexualidade com um rapaz dez anos mais velho!!
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Zé - #lerateondepuder 19/07/2020

O Amante
A vida como ela é, em suas várias facetas diferentes para cada qual, em cada época distinta, nem sempre sendo uma mar de rosas coloridas, é o que poderia se resumir do livro O Amante de Marguerite Duras, esse clássico da literatura que recebeu o Prêmio Goncourt em 1984, com mais de 2 milhões cópias vendidas somente em território francês. Trata-se de um romance autobiográfico que conta uma verdadeira tragédia de uma adolescente de origem francesa e nascida em Saigon, que tem uma relação amorosa com um rico comerciante chinês, na então conhecida como Indochina, uma das colônias francesa dos tempos do pré-guerra.
O livro foi escrito no ano de 1984, mas conta um tempo em que Duras era adolescente nos anos 1930, principalmente, no Camboja, também de domínio francês na oportunidade, local em que a mãe da protagonista conseguiu uma possessão de terra, após a morte de seu marido, pai de Marguerite, o qual falece quando a escritora tinha apenas quatro anos. A vida da família Donnadieu (Duras foi um pseudônimo adotado) seria marcada por grandes dificuldades financeiras, por conta das investidas sofridas e pelos errôneos investimentos financeiros da mãe.
Começa a história, falando de uma pessoa que a abordou e declara que, vendo uma foto da protagonista mais velha, que esta estaria ainda mais bela. Vai, diretamente, inserindo o leitor em sua biografia, já deixando claros os problemas familiares, principalmente, o ranço que tem para com o irmão mais velho, uma indicação de que a obra se concentrará em contar a história de uma vida sofrida.
Em tom filosófico e existencial, fala de Deus, do cotidiano da vida de sua família, representando um pensamento feminino de época, muito bem relatado na questão dos estereótipos das mulheres, com o modo de se trajar, por exemplo. A descrição dos locais, como o Camboja e o Vietnã antes da guerra, incorporam o enredo, da mesma forma que destaca a riqueza do seu amante chinês, antes da Revolução Cultural, um aspecto bem capitalista, para uma China que, poucas décadas depois, se tornaria totalmente comunista, assim como o Vietnã em que ela vivia.
Passado e presente se misturam na trama, ora contada na visão da escritora, ora descrevendo as coisas como se fosse outra pessoa. O retrato em detalhes da primeira cena de sexo com seu amante dá bem o tom de sua visão de mundo, juntamente, com outras abordagens sobre as agruras da família, principalmente do vício do irmão, que praticamente a destrói. A falta constante de dinheiro que deixa todos desavergonhados, é contada da mesma forma que a clara sabedoria, a visão de louca e visionária de sua amada mãe, a qual considera ter sido assassinada pelas idas e vindas daquela sociedade.
A difícil relação com os dois irmãos, que os considerava inúteis por não tomarem à frente do sustento da família, o que a levou ao caminho de, praticamente, a prostituição como forma de sobrevivência, é colocada, descrevendo esse irmão mais velho como se fosse a guerra, que se espalha por tudo, penetrando e roubando, aprisionando, mesclando-se e a tudo roubando para manter sua dependência química, o que faz a mãe se desfazer do pouco que tinham. Em certa parte, conta como esse irmão irá morrer pobre, sozinho e como o outro mais novo falece, ainda jovem e de broncopneumonia.
Em uma escrita poética, os fatos são narrados de forma não sincrônica, do tempo de infância, da relação com seu amante chinês, de sua vida mais velha na França, uma vez que a autora se muda para esse país com 18 anos, como se tivesse sido expatriada. Lembrando que o livro foi escrito quando Marguerite contava com seus 70 anos de idade e viria a falecer 12 anos depois, não sem antes de ter relatado sua vida em um pensionato no Camboja e suas saídas para ter encontros amorosos com seu chinês rico e, mesmo sustentando a família com essa prostituição, ainda era espancada pela mãe, por ser filha desonrada que nunca se casaria.
As ambiguidades, as estranhezas estão sempre presentes nessa obra de pouco mais de 100 páginas, ao estilo nouveau roman, cujo ideal seria uma versão e visão individual das coisas, subordinando o enredo e os personagens aos detalhes do mundo, ao invés de arrolar o mundo a serviço destes. É uma leitura, por assim dizer, sombria, rancorosa e com muitos ressentimentos que contará a passagem de toda uma vida, da iniciação sexual na adolescência, às perdas diversas, até a sua velhice.
Deixa um sentimento de amargura que transparece a vida de Marguerite Duras, mas muito fácil de se ler e que vale muita a pena as poucas horas de sua apreciação. A edição que se baseia esta resenha é a da editora Cosac Naify, do ano de 2007, com a tradução de Denise Bottmann, estando disponível para baixar em: http://lelivros.love/book/download-o-amante-marguerite-duras-em-epub-mobi-e-pdf/. Veja a vídeo resenha, em: https://youtu.be/dF6bsEAOD78. Acesso em: 19 jul. 2020.


site: https://linktr.ee/prof.josepascoal
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