O amante

O amante Marguerite Duras




Resenhas - O Amante


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isabelfilardo 15/07/2021

Um livro precioso
Fui arrebatada pela escrita de Marguerite Duras. Ela narra um evento autobiográfico. Será? Adolescente na Indochina francesa, atual Vietnã, ama (não trai, como o título poderia dar a crer, mas é O Amante, pois se amam) o homem chinês com quem inicia sua vida sexual. Será amor? Uma escrita cativante, instigante, profunda. Logo fui levada pelas páginas da narrativa e me impressionei com Marguerite.
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maguismad 06/07/2021

𝙚𝙨𝙘𝙧𝙞𝙩𝙖 𝙣𝙪𝙖, 𝙘𝙧𝙪𝙖, 𝙚 𝙢𝙪𝙞𝙩𝙤 𝙩𝙧𝙞𝙨𝙩𝙚
Definitivamente uma escrita a qual não estou acostumada, pelo livro ser um clássico e um pouco fora da minha zona de conforto.

As palavras são tristes, assim como o livro. Denso, sombrio e genuinamente depressivo.

A autora trouxe experiências próprias na história, descrevendo, com uma simplicidade complexa, sentimentos que a personagem sentia de acordo com as situações apresentadas. Ela, muitas vezes, mudava a direção dos acontecimentos de um parágrafo ao outro com uma certa fluidez, já que ao decorrer da escrita ela se lembrava de outros pontos importantes e ia encaixando na história, me obrigando a ter que focar um pouco mais enquanto lia.

O enredo em si traz um romance entre uma jovem francesa e um rico comerciante chinês, o qual a história de amor turbulenta entre eles me trouxe um novo significado à palavra “Amante”. Mas para mim não foi o melhor do livro. O que mais gostei foi definitivamente a descrição da bagagem emocional carregada pela protagonista; me envolvi com ela antes do ponto principal da história acontecer. Além de falar de questões morais ligadas ao amadurecimento forçado, já que a autora enfatiza que a protagonista é uma jovem bastante experiente para a idade: “Aos dezoito, envelheci.”

O que para mim foi um dos pontos altos do livro foi a descrição de sentimentos da protagonista em relação a sua família e consigo mesma. A situação conturbada de problemas familiares, relações sexuais precoces, emblemas ligados á preconceitos raciais e misóginos, perdas e principalmente, o entendimento da vida já quando muito jovem. Não que jovens não devessem já ter uma ideia da vida. Mas nesse livro a protagonista, já muito nova, entende as problemáticas em sua volta assim como entende que deve amadurecer por causa disso, envelhecendo antes do tempo.

A forma como a autora descreve situações são bem claras, sem esconder nada. Mostrando a forma como uma infância envelhecida é brutal. A escrita é sombria, transparente, e cheia de amargura, mas muito fluída e cativante. Além de eu ter achado algumas partes com um certo humor ácido, que eu adoro. Eu adorei as frases deste livro.

“Muito cedo na minha vida ficou tarde demais.”

“Mas sei que não se trata de beleza e sim de outra coisa, por exemplo, sim, outra coisa, por exemplo talento. Parecer aquilo que quero parecer... ”

“... jamais sozinhos de verdade, sempre sozinhos no meio da multidão.”

“... não se deve esperar nada, nunca, de ninguém e de nenhum governo, nem mesmo de um Deus qualquer.”

“... é uma menina que sempre foi livre, sem isso ela fugiria... ”

“Ensinar que a imortalidade é mortal, que ela pode morrer [...] Que é enquanto se vive que a vida é imortal, enquanto ela está viva.”

“... e subitamente não tinha certeza de não tê-lo amado com um amor que não havia percebido porque se perdera na história como água na areia e que só agora encontrava… “

ps: fui pesquisar e descobri que a autora é muito bem reconhecida na literatura francesa, esse livro até ganhou um prémio, o “Prêmio Goncourt”. também vi que ela tem uma caralhada de livro e alguns, incluindo esse, já viraram filmes. enfim, talvez eu leia alguns outros livros dela.

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Fresta0 17/06/2021

O amante é a autobiografia de Marguerite Duras que se passa na Indochina, ex-colônia francesa, durante sua adolescência. Embora as memórias tenham sido resgatadas quando contava 70 anos, aos 18 já eram poucas as suas ilusões e nenhuns os sonhos. ?Muito cedo na minha vida ficou tarde demais?, ela diz. Percebeu que a mãe tinha no filho mais velho o seu favorito. Aos demais, algumas sobras da esparsa alegria e a inteireza do abandono, do desespero e dos silêncios sufocantes. Por isso, a filha não hesitou em se entregar ao chinês, mais velho e rico. Nos encontros, descobriu os caminhos do corpo e do desejo, a barreira racial, algum cinismo, e, somente depois, também o amor.

@fresta.lit
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João 26/05/2021

A escrita da autora é muito linda e melancolica, porém para mim não rendeu. apesar de ser um livro muito curto demorei muito para ler, a leitura não fluía, ainda mais sendo uma narrativa não cronológica. Se você gosta de escritas mais poéticas e leituras mais densas, provavelmente vai se apaixonar, a história é interessante e reflexiva em certos momentos.
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Sandra 25/05/2021

"Muito cedo foi tarde demais em minha vida. Aos dezoito anos já era tarde demais. Entre os dezoito e os vinte e cinco anos, meu rosto tomou um rumo imprevisto. Aos dezoito envelheci".
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Ariadne 20/04/2021

Belo livro
Lido para o Projeto Elena Ferrante promovido pela Aline Aimée

É a primeira vez que tenho contato com a obra literária de Marguerite Duras - já tive contato com uma história sua através do filme "Hiroshima Mon Amour - e é bem claro o jogo da autora com as memórias e como ela não faz questão de não deixar muito claro em que momento a ação, portanto, tem que prestar bastante atenção quando se está lendo, pois é uma autora de nuances.
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Isa 15/04/2021

Especial
Esse livro é especial para mim pois me identifiquei muito com a história. Ele é uma autobiografia. Uma história real. Por conta disso, não é uma relacionamento perfeito. Tem intensidade, dor, amor. Não é narrado de forma linear então já sabemos que não vai dar certo. Mas por algum motivo não conseguimos parar de ler do mesmo jeito. A narrativa é linda. Simples e melancólica. É muito emocionante mesmo. Esse livro é lindo!
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Josy Rodrigues 31/03/2021

Confuso
Acho que li errado ou em um momento errado. Achei confuso e não curti muito a escrita da autoria.
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Naju 21/03/2021

Por enquanto ele está entre os favoritos do ano.

É uma autobiografia de uma mulher francesa já idosa que conta sobre sua juventude vivida em uma colônia francesa na Ásia (atual Vietnã).

O livro é bem curtinho.. não tem capítulos que separam a história. É meio aleatório a ordem cronológica.. mas não chega a ser confuso..

Se ler em voz alta parece que é uma senhora contando sobre a vida dela pra você.. eu amei.

Eu costumo não gostar dos finais... mas esse final é perfeito!!
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Stefânea 06/03/2021

Como é possível desonrar a inocência?
Um livro repleto de história, dor e muito amor. Mas será que era amor ou apenas a necessidade do dinheiro?

Esse enredo me deixou com uma pulga atrás da orelha durante todas as suas páginas. Terminei querendo recomeçar, me enveredar de novo por essas páginas e ver se não podia arrumar esse romance que já começou fadado ao fracasso.

Uma história sobre colonização, mentira, racismo e diferenças culturais. Uma escrita repleta de poesia e beleza, mas também feia e asquerosa.

Um clássico.
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Danilo 22/02/2021

Tenho lido meus livros, quietinho no meu canto, comento com pouquíssimas pessoas... Mas esse livro é meio misterioso e eu gostei da leitura. Não conheço nada da Marguerite Duras e foi uma bela surpresa. É uma história rápida e curta, mas tem diversas camadas, nada para mim ficou muito claro e eu gostei demais da forma como ela conta essa história.
Um amante, mas um amante que realmente ama, uma amada que não ama o amante... tentativas de independência, talvez? Mudanças, querer viver uma vida diferente e não se encaixar onde é o seu lugar de origem...
Vai precisar de releitura...
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carosengold 16/02/2021

Minhas impressões sobre O Amante
Confesso que, à primeira vista, o livro me pareceu confuso e cansativo, pois além de não ser dividido em capítulos, a autora ia e voltava no tempo sem anunciar que o estava fazendo. Contudo, depois de passar pelas primeiras páginas, passei a achar essa técnica narrativa muito inteligente, pois antes mesmo de chegar ao romance já tínhamos noção da bagagem emocional da protagonista, sem que a história precisasse se prolongar para que a relação dela com o amante não soasse rasa ou precipitada. E falando no romance, tendo já assistido ao filme, sabia o que esperar. No entanto, novamente o livro me surpreendeu, pois, como disse, a bagagem emocional da protagonista vai sendo escancarada desde o início, e é muito mais sobre a garota e seus sentimentos, sua convivência familiar e como ela entende a vida do que só o relacionamento sexual com seu amante. Além do mais, a escrita é realmente boa, te faz entrar na atmosfera dos locais descritos, você consegue sentir que se tratam de lembranças. Ou seja, é muito mais do que apenas a descrição do clima e do ambiente, o que eu adorei. A história em si não é minha favorita, mas o livro definitivamente me conquistou.
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eumariaa 14/02/2021

O Amante, Marguerite Duras
visceral. intenso. íntimo demais.
triste.
acompanhamos nessas poucas páginas a vida da jovem e o seu amante. cedo demais iniciou a sua vida e descobriu os prazeres. foi também cedo demais que ela sempre soube o que era ser só.

com uma linguagem poética, intimista e certeira a narradora nos leva a conhecer e adentrar em seu mundo e sua tumultuada história de amor.

mais do que um livro sobre suas experiências, é uma obra que vai além abordando assuntos delicados como família, morte, loucura.
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Jeniffer Geraldine 04/02/2021

O Amante (Marguerite Duras)
Motivada pelo Projeto Ferrante Indica, organizado pela Aline Aimee, li O Amante, da escritora Marguerite Duras. A edição que tenho do livro faz parte da coleção Mulheres Modernistas, da Cosac Naify. Por isso já dá para ter noção de quanto tempo tenho O Amante na estante sem ser lido. Não encontrava uma motivação para realizar a leitura mas ela chegou através da curiosidade de ler um livro indicado por uma das minhas autoras contemporâneas favoritas, Elena Ferrante.

O Amante foi lançado pela primeira vez em 1984, quando a autora já tinha 70 anos de idade, e é um romance autobiográfico que, misturando tempos e vozes narrativas, conta a história de amor entre uma jovem francesa e um homem mais velho rico e chinês.

É preciso ter uma certa atenção na leitura por conta da mudança de tempo e voz narrativa. Me parece que Duras escreveu ao mesmo tempo em que a memória brincava na sua mente. No presente lembramos de um passado e de um outro passado mais antigo. Rememoramos acontecimentos em busca de explicações para as atitudes de ontem e de hoje, as nossas atitudes e as de pessoas próximas.

Apesar de ter o romance como o fio condutor da história, O Amante vai além e nos leva a pensar sobre relacionamento mãe e filha, casamento, família, e outras questões morais e sociais.

O romance é rico, instigante, e uma excelente leitura. Mas saber a história por trás dele deixa tudo ainda mais fascinante. Na edição há o posfácio escrito por Leyla Perrone-Moisés que nos ajuda a contextualizar vida e obra de Duras.

É no posfácio que encontro uma ligação interessante entre Duras e Ferrante. Ao comentar sobre os biógrafos de Duras, Leyla menciona Laure Adler e diz que a biógrafa “observou que a escritora construiu seu próprio mito, e que, sobre muitos fatos, é impossível saber a verdade.”

Me encantou a leitura de um romance autobiográfico sobre uma jovem francesa que se relaciona com um homem rico chinês por amor, prazer e dinheiro. Mas me encanta ainda mais saber que por se tratar de uma obra autobiográfica não temos motivos para duvidar dos acontecimentos retratados. Aconteceu conforme a lembrança e o que foi escrito a partir dela. E como disse Leyla, “todas as falhas da memória são preenchidas por certezas fictícias”.



site: http://jeniffergeraldine.com/2021/02/o-amante-marguerite-duras/
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