O Inimigo do Mundo

O Inimigo do Mundo Leonel Caldela




Resenhas - O Inimigo do Mundo


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Blog MDL 22/12/2016

Talvez poucos aqui saibam, mas eu sou um super fã de fantasia. Principalmente se for medieval. Histórias sobre grandes cavaleiros, honra, dever, deuses, religiões e uma grande aventura me envolve de um jeito bem especial. Porém, muitos desses contos são extremamente romantizados, no tocante a tudo ser florido, os dias sempre radiantes, é primavera o ano todo, resgatar a princesa na torre do castelo que é protegido por um temível dragão, que são os elementos clássicos de RPG.

Não, meu querido leitor, RPG não é World of Warcraft ou qualquer MMO por aê, nem tão pouco o Castlevania que você jovaga no Super Nitendo quando criança, muito menos a franquia de Final Fantasy. Aliás, aqui vai uma breve descrição do que é RPG: Role Playing Game - Jogo de interpretação de personagem, concebido primeiramente em 1974 por Gary Gygax (foto) e Dave Arneson, é um jogo onde você precisa de apenas duas coisas, amigos e imaginação. Trata-se de você e seus amigos interpretando personagens de acordo com um sistema e seguindo determinada aventura guiada pelo mestre.

Apesar do RPG ter surgido nos Estados Unidos, foi amplamente massificado através do globo, dando origens a vários cenários ou mundos diferentes, com sistemas diferentes. O Inimigo do Mundo se passa em um cenário de RPG chamado Tormenta o qual é totalmente brasileiro e criado por Marcelo Cassaro, Rogério Saladino e J.M. Trevisan. Criado a mais de 10 anos vem sendo desenvolvido através de várias publicações ao longo do tempo, tanto nos acontecimentos, como nos conceitos, na intrigas entre os deuses (são 20!), nas maquinações pelo poder, no convívio entre as muitas raças, nas aventuras e na tormenta. Para saber mais aqui tem um link dos livros de suplementos e história sobre o cenário Tormenta.

Portanto, o que Caldela fez foi pegar um cenário pronto, com suas respectivas características e montar uma história em cima
dele. Ahh, e que história, meus amigos. Tem seu início com um massacre de uma família inteira por um ser humanoide chamado de o Albino. Logo, um grupo de aventureiros é chamado para investigar o caso

Acompanhamos então a jornada de, mais ou menos, nove membros em perseguição ao assassino através de todo Reinado. Cada um com personalidades bem fortes e suas próprias motivações. No começo da leitura, pode ser difícil se identificar com qualquer personagem que seja, mas com um passar das páginas, as histórias vão sendo descobertas, a disparidade entre os personagens vai aumentando seu contraste e resta Vallen tentar juntar todos.

O líder Vallen; a arqueira Ellisa Thorn; Gregor Vahn, paladino do Deus da Ressurreição; o furtivo de sorrisos fáceis, Ashlen Ironsmith; a bárbara das Montanhas Uivantes, Andilla, Dente-de Ferro; Nichaela, a sacerdotisa da vida; Artorius, o minotauro; O executor imperial tamuraniano, Masato Kodai; e Rufus Domat, o mago, ou pelo menos deveria ser.

O livro é feito tanto para os fãs do cenário, que já conhecem o mundo, como para os desavisados. Porém, para os primeiros a um gosto especial na leitura, mostrando o tom de cada personagem descrito nos livros de suplemento de uma maneira muito especial.

Apesar das ilustrações, a narrativa de Caldela é visceral e abrupta. Responsável por expurgar o conceito de contos de fadas que o senso comum tem sobre fantasia e trazer uma estranha nuvem rubra de tempestades sobre o que é bom e ruim. Aqui não temos personagens de caráter cinzento, na verdade, a linha entre o Bem e o Mal é bem nítida lhe ajudando a separar o joio do trigo. As motivações nem sempre são tão claras, cabendo ao leitor interpretar o passado de alguns personagens.
Os parágrafos se revezam entre os heróis, o assassino e os deuses, mostrando a influência de cada um no curso da história e os motivos de suas omissões e interferências.

A todo capítulo, Leonel nos leva a conhecer cada aspecto de Arton, seus reinos e habitantes, construindo um mundo crível de elementos concretos. O cuidado com os detalhes e com as personalidades de cada personagem manifesta o cuidado do autor com as relações que se desenvolvem ao longo da história. Se eu pudesse descrever dois sentimentos para traduzir esse livro seriam: Aflição e Amizade.

Então, além de ser uma obra literária FANTÁSTICA (em ambos os sentidos da palavra), é um universo que VOCÊ pode visitar a qualquer momento e interagir com seus elementos e personagens, tudo que você precisa fazer é sentar e se divertir com seus amigos.

Esse é o primeiro livro da série da Trilogia da Tormenta e como marinheiro de primeira viagem, Leonel Caldela abriu um novo capítulo da fantasia nacional cheio sangue e violência e deixou sua marca registrada no universo da literatura fantástica, ao lado de outros excelentes escritores nacionais da atualidade, como, Eduardo Spohr, Raphael Draccon, André Vianco e Fábio Yabu.

site: http://www.mundodoslivros.com/2016/07/resenha-o-inimigo-do-mundo-por-leonel.html
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William 21/12/2016

O Inimigo do Mundo para quem não conhece Tormenta
Depois de muitas críticas positivas a Leonel Caldela, resolvi conhecer um pouco sua obra.

Começar por "A Lenda de Ruff Ghanor" foi uma escolha feliz, mas mergulhar de cabeça em "O inimigo do mundo", logo em seguida, não é algo que recomendo aos neófitos.

A proposta da obra, foi com certeza desafiadora para Caldela, e no mínimo surpreendente para os fãs deste universo, mas para quem teve a oportunidade de ler Ghanor e "está por fora" de tormenta, a obra pode deixar muito a desejar.


Há muitos pontos altos no livro: O cenário, as personagens, a alternância entre os eventos no mundo dos Deuses e no mundo dos humanos... e etc. Mas, há pontos baixos também e o tempo dos eventos no enredo talvez seja o mais latente. O livro não possuí muitas páginas, mas quando o autor narra os eventos, faz com que muitas coisas acelerem (o deslocamento das personagens) e outras se estendam um pouco demais. Além disso, há narrativas descritivas e ou cansativas que as vezes são como flasbacks e ocorrem antes de um momento de ação pelo qual tanto se esperava (um balde de água fria).

O desfecho poderia ser melhor, dar um gostinho de "não-aguento-esperar-o-próximo", mas acaba sendo um pouco frustrante.

Enfim, o livro é bom mas Leonel Caldela é um ótimo ator, por isso havia muito potencial a ser trabalhado...
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Mestre Silfer 30/08/2016

O Amigo do Mundo
Apaixonei-me com este livro no momento que ouvi a leitura de seus primeiros capítulos no Festival Nação HQ em Belo Horizonte no longínquo ano de 2004.
O Inimigo do Mundo é um livro que pode não ser perfeito em sua escrita, mas carrega todo um teor mágico de partida de RPG que cativa os leitores apaixonados por aventuras.
A viagem do grupo protagonista nos presenteia com belas descrições do mundo de Arton e cenas eletrizantes que tiram o fôlego do leitor. O leitor vive cada momento junto com os integrantes: suas dores, alegrias, dúvidas. A riqueza de detalhes do livro e as descrições primorosas prendem você do início ao fim de uma forma que poucos livros conseguem.
O Inimigo do Mundo é leitura obrigatória para qualquer fã de livros de fantasia.
Por toda sua riqueza narrativa e importância (é o primeiro romance do maior cenário de RPG do Brasil) devo dizer que esse livro é sim O Amigo do Mundo, pois é muito viver em sua companhia.
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Pedro.Grandchamp 25/08/2015

O Inimigo do Mundo - O primeiro romance sobre a Tormenta
O Inimigo do Mundo, apesar de ser uma ótima história em si, tem um valor especial para os fãs do cenário de Arton e da antiga revista Tormenta. Leonel Caldela, munido das criações de Marcelo Cassaro, Rogério Saladino e J.M. Trevisan, apresenta uma história magnífica para explicar a chega da Tormenta ao mundo artoniano, a origem dela e qual o papel do Panteão nesse acontecimento terrível.

Os personagens são bem interessantes e neles o autor explora a diversidade encontrada no reino de Arton, tanto de raças quanto de classes de aventureiros. O rico cenário do rpg também é bem explorado, levando o leitor aos mais diferentes territórios do Reinado. A união destes elementos, somada ao dinamismo com que a história é contada, resulta em um livro de leitura leve e interessante, que instiga o leitor a querer saber mais, não só sobre os protagonistas, como também sobre próprio cenário de Arton, suas lendas e perigos.
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Fran 09/07/2014

Leonel sabe escrever algo dramático, envolvente e escroto ao mesmo tempo. Poucos livros me deram embrulho no estômago com as descrições, a maioria deles é do Leonel Caldela.
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Kelly 20/06/2014

O Inimigo do Mundo
Esta é a primeira obra que li do Leonel Caldela e confesso que fiquei surpresa pelo modo que o escritor abrange o mundo de Arton. Neste livro você percebe que Arton esconde muito mais perigos do que aquela simplória sessão de Rpg. Aqui nos deparamos com um grupo de heróis, assim como uma missão que se torna épica no decorrer do livro. Os capítulos são muito bem estruturados e passam a tensão na medida certa surpreendendo até mesmo aqueles que já conhecem o mundo da fantasia. Nos deparamos com algumas figuras já conhecidas e a famosa Tormenta. Recomendo este livro!

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Andre 31/01/2014

O Inimigo do Mundo é baseado no Mundo de Arton - Tormenta. Esse é um RPG nacional de mesa onde o jogador desbrava mundos inteiros e segue seu próprio destino em uma mapa de RPG. Mas o livro...

Ok, comprei o livro por curiosidade e embalo porque tenho lido livros ótimos baseados no tema, mas não rolou com Inimigo do mundo... certo, o livro trás elementos legais que lembram muito a essência de outras história da fantasia, inclusive li algumas resenhas onde alguns leitores insinuam parecer com a obra de Tolkien o que não tem nada haver. O livro segue um ritmo mais caverna do dragão.

ta certo que a aventura lembra em certos pontos o Hobbit, mas a escrita e narrativa, bá! Leonel Caldela precisa tentar outra vez e desta vez seguir seu próprio caminho e deixar os gliches de lado.

eu recomendo o livro para a galera do rpg, apesar que existem muitos outros livros nacionais de rpg que valem a pena ler.
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Escriba 21/06/2013

Divertido, mas com potencial desperdiçado.
OBS.: esta resenha também foi postada em meu blog, onde listo referências (links) interessantes a respeito. Confira em: http://escribaencapuzado.wordpress.com


Primeiro romance do gaúcho Leonel Caldela, O Inimigo do Mundo é uma fantasia ambientada em Tormenta, um cenário de campanha de RPG criado em 1999 por Marcelo Cassaro, Rodrigo Saladino, e J. M. Trevisan.


Descoberto pelo último, Caldela foi convidado a transpor o universo dos jogos para a literatura. O resultado é uma obra divertida, mas com potencial desperdiçado.


Em Arton, onde o real e o fantástico coexistem, um assassino sádico e incompreensível está à solta. Em seu encalço estão nove aventureiros com aptidões e motivações próprias. Paralelamente, em planos superiores, poderosas divindades acompanham a tudo com desvelo. Que consequências terríveis uma mera busca por justiça poderá desencadear sobre o mundo?


A premissa é evidenciada nos capítulos iniciais, que revelam a influência dos deuses entre os mortais, a crueldade e a natureza dúbia do assassino, e as particularidades dos nove. O livro é dividido em duas partes – Perseguição e Ruína – no decorrer das quais são apresentados (muitos) detalhes do cenário e (poucos) do enredo.


Há uma preocupação excessiva em destacar as características que diferenciam este mundo de fantasia. Assim, a história é deixada de lado por algum tempo, com os protagonistas sendo conduzidos com o aparente propósito de expor peculiaridades de Arton.


Isso prejudica o interesse por seus esforços, principalmente na primeira parte. Assim, sobressai-se o assassino conhecido por “o Albino”, as divindades – e estes figuram nas cenas mais envolventes (e repulsivas) –, além de alguns coadjuvantes que surgem e somem a todo instante.


A trama envolvendo os deuses também merecia atenção, visto que seus papeis nos eventos limitam-se a discussões, conchavos e uma ou outra bênção velada à missão do grupo. Considerando-se o prólogo e toda a interação que ocorre entre as divindades, espera-se uma participação mais ativa.


Assim, o que resta ao término da leitura das mais de 400 páginas é a dúvida: o que poderiam os deuses ter feito de concreto contra ou a favor do inimigo do mundo quando este sempre esteve além do controle de qualquer um deles? Infelizmente, esta não é a única indagação que permanece na cabeça do leitor.


As expectativas são um joguete nas mãos de Caldela, que as distorce com maestria, o que é uma grata surpresa. Contudo, é frustrante que isso não ocorra no momento mais crucial: a conclusão. Simplória e com buracos, esta é satisfatória e só – toda a segunda parte teve o potencial pouco trabalhado.


Com relação à narrativa, a morosidade incomoda em alguns pontos. A questão é que o autor se mostra prolixo quando um ritmo mais acelerado seria ideal e muito sucinto quando se espera algo mais contemplativo.


A ausência deste equilíbrio fica evidente quando comparadas as duas partes do livro: os eventos se desencadeiam mais rápida e superficialmente nos capítulos finais. A impressão é que estes teriam sido escritos às pressas.


As descrições são bem feitas, mas algumas batalhas são meio confusas – é comum ter a sensação de que algo escapou à atenção. Além disso, há muitas cenas difíceis de visualizar, como aquela onde um personagem investe em carga, vomita e, a seguir, desfere um golpe mortal no inimigo, nesta ordem.


A despeito destes pontos, Caldela demonstra grande talento e familiaridade com as palavras. A abordagem adulta e realista, algo pouco comum ao gênero de fantasia, é uma de suas qualidades. Em diversas passagens, ele não hesita em dar aos protagonistas ares de meros mercenários, provocando uma inesperada antipatia por alguns.


Despertar sensações de desconforto, aliás, é o que escritor faz muito bem, como na cena em que um dos personagens assassina alguém “indefeso” só para ganhar vantagem numa luta. Ele também não hesita em demonstrar o quão frágil é a vida num mundo de espada e feitiçaria onde os heróis podem morrer – mas talvez ele tenha demonstrado este aspecto cedo demais.


Passagens como estas dão sabor a O Inimigo do Mundo, evitando que a história fraca o torne um fracasso. Outro trunfo é a caracterização dos personagens. É lamentável, porém, que os antagonistas e coadjuvantes roubem a cena e sejam tão mais cativantes que os personagens principais.


As divindades do panteão são singulares, belas e complexas. As descrições de seus reinos e do modo como estes são influenciados pelas personalidades de seus regentes demonstram um trabalho inspirado. O Albino é enigmático e perigosamente curioso sobre o mundo a sua volta, intrigante em suas ações e pensamentos indecifráveis.


E por falar em vilão, a presença de um velho conhecido dos fãs de Tormenta não se justifica e surge meio deslocada, quase imposta para arrancar um sorrisinho dos leitores familiarizados com o cenário (ok, eu confesso que sorri). Alguns eventos em torno desta figura, bem como do encontro entre os noves aventureiros e sua caça, também ocorrem sem maiores explicações.


Há outros coadjuvantes muito curiosos que, certamente, mereciam mais espaço no livro – e, dentre estes, um bardo misterioso e uma bruxa assustadora deveriam ter históricos mais detalhados, já que sua participação é tão fundamental.


É estranho que os protagonistas jamais se revelem figuras tão incríveis. Todavia, há quem se destaque entre eles. A sacerdotisa da deusa da vida, Nichaela, tem uma relação conturbada com o restante do grupo graças ao seu repudio a violência, mas se vê obrigada a questionar sua crença.


O mago Rufus é complexo em sua “insignificância” e sofre por suas atitudes (ou sua ausência), reunindo em si vários aspectos negativos do ser humano.


Um personagem que pouco convence, a princípio, mas que ganha contornos mais instigantes é o líder do grupo, o guerreiro Vallen. Contudo, isto acontece tão próximo ao desfecho que é difícil importar-se muito com ele ou com seu relacionamento com Ellisa, que surge como uma aborrecida guerreira com um passado traumático previsível.


Os demais são estereotipados a ponto de sequer merecerem muito destaque na trama. Particularmente, considero Gregor Vahn, o paladino do deus da ressurreição, o mais fraco e desinteressante, e seu “segredo” é trivial.


Caldela fez uma boa estreia com O Inimigo do Mundo. No entanto, considerando-se apenas este livro, referir-se a ele como “Bernard Cornwell brasileiro” me parece exagerado – exceto se a razão para a comparação for o estilo cru, visceral – e, claro, as paredes de escudos.


O maior mérito do autor foi dar vida a um mundo que já existia na cabeça de milhares de fãs do cenário, e ele o fez utilizando-se de cores novas e próprias, sem destruir a idealização de muitos. Isto explica, ainda, a razão pela qual a obra é tão aclamada como uma das melhores fantasias nacionais – não é.


O Inimigo do Mundo é, no máximo, divertido, e isto graças, principalmente, aos personagens, pois a história é fraca, esburacada e não entrega uma boa conclusão – a segunda edição traz um conto extra que surge como uma tentativa de corrigir esta questão, mas isto deveria ter sido feito na trama, não num remendo.


Cabe dizer que este é o primeiro volume de uma trilogia ambientada em Tormenta; O Crânio e o Corvo e O Terceiro Deus são os próximos livros da série, onde, provavelmente, questões em aberto (e o futuro incerto de certos personagens) devem ser abordadas. Ainda assim, para um livro de 400 páginas, O Inimigo do Mundo promete muito e entrega pouco.


Assim, eu concedo 3 penas-tinteiro (ou estrelas).


E esta é a humilde opinião de um escriba.
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Luh 01/06/2013

(Para quem não sabe, O Inimigo do Mundo se passa no mundo de Arton, que faz parte do cenário de RPG Tormenta. O livro conta a história da origem da Tormenta, que é um 'fenômeno' (puro eufemismo) do cenário que ninguém sabe do que se trata.)

O Albino é um humanoide que apareceu do nada e está viajando pelo mundo. Ninguém sabe seu objetivo, nem se ele tem um, só se sabe que ele é muito forte, estranhíssimo e capaz de destruir o que quer que o incomode. Então, esse típico grupo de aventureiros é contratado para perseguí-lo e derrotá-lo. Até aí, uma história como qualquer outra.

Mas, à medida que seguimos o Albino, percebemos que não é simplesmente um monstro: ele evolui, aprende, e se torna cada vez mais perigoso. Em alguns momentos, ele até se assemelha a uma criança, em sua inocência e curiosidade. Conhecemos melhor também os personagens, suas histórias e motivações. Eles têm identidades bem definidas e isso fica muito interessante no livro.

O diferencial dessa história, porém, é a maneira como é narrada. O autor sabe descrever bem aventuras, em especial o que se passa na cabeça dos personagens. Isso faz com que o livro nem pareça tão grande. Além disso, (para quem joga RPG,) são evidentes as inspirações em situações de jogo. Por exemplo, em uma cena um personagem precisa escalar, mas não tem tempo para se preparar. Logo, ele não sabe se os nós que deu são bons o suficiente. Essa dinâmica está presente em todo o texto e cria várias pequenas surpresas que tornam a história muito mais interessante.

No fim do livro conhecemos quem/o quê é o Albino e presenciamos o início de uma guerra, que é o tema do segundo livro da trilogia.
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Sib 01/12/2012

O Inimigo do Mundo - http://princesanerd.wordpress.com/
Resenha de http://princesanerd.wordpress.com/

Sinopse: O primeiro sangue é derramado.

O massacre de uma família. Um homem sinistro vagando pelo Reinado, espalhando morte por onde passa. Um grupo de aventureiros em seu rastro. E, observando e movendo as peças, os próprios deuses.

O Inimigo do Mundo acompanha a jornada de nove heróis no mundo mágico de Arton, em sua caçada ao estranho albino. Monstros, guerra, feitiçaria, intriga e tragédia aguardam em cada cidade, cada reino. E esta missão pode selar o destino do mundo, atraindo a maior das desgraças.

O primeiro romance oficial baseado em TORMENTA, o maior cenário de fantasia criado no Brasil, revela, finalmente, a verdadeira origem da maior ameaça ao mundo de Arton.

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O Inimigo do Mundo faz parte da triologia da Tormenta e foi baseado no RPG Tormenta (Devo admitir que não sei nada sobre esse RPG, o descobri através do livro).
No início do livro, e entre alguns dos capítulos, nos é apresentada Glórienn, a deusa que é mãe dos elfos, em sofrimento por seus filhos e vagando entre os mundos dos diversos deuses, tentando convencê-los a deixar que a tormenta venha a Arton, em busca de vingança pela destruição de Lenórienn - reino onde vivem os elfos.
Em quanto isso, em Arton, acompanhamos a saga dos aventureiros e protagonistas: Vallen Allond, Ellisa Thorn, Nichaela, Masato Kodai, Adilla Dente-de-ferro, Gregor, Rufus, Ashlen e Artorius. Todos estão em busca do misterioso assassino albino, e esta parece uma missão fácil e comum, a partir do momento em que eles perdem amigos e as coisas começam a dar errado. Cada um desses acontecimentos levando ao grand finale.
Pra quem gosta de livros com finais felizes, aviso: o final é BEM TRÁGICO e triste. A narrativa do Leonel é ótima, bem fluida e leve, e você consegue ler páginas e mais páginas sem perceber que já leu tanto. Muitos livros tem o início cansativo, porém isso não ocorre n'O Inimigo do Mundo, não dá pra enjoar do livro ou abandoná-lo. Só se você não gostar de livros de fantasia e aventuras haha. Mesmo quem não conhece o RPG vai adorar o livro, a história, a narrativa e, principalmente, OS PERSONAGENS. A princípio você pode não gostar de algum ou gostar mais de apenas um, entretanto no decorrer do livro e do desenvolvimento dos personagens é impossível não se apaixonar por cada um deles.

Bem, ficou grandinha, mas é isso. Eu SUPER recomendo O Inimigo do Mundo pra todos lerem, é um ótimo livro, com uma ótima narrativa, e uma ótima história. Ganha 5 estrelas!!
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Carol 05/12/2011

RESENHA: O inimigo do mundo, por Terra das Fábulas
MAIS INFORMAÇÕES NO LINK: http://terradasfabulas.blogspot.com/2011/09/o-inimigo-do-mundo.html

O inimigo do mundo, é um romance escrito por Leonel Caldela, autor que tem se destacado cada vez mais no cenário da literatura fantastica, sendo considerado por mim, e por muitas outras pessoas, o melhor dos escritores nacionais. O livro, como disse anteriormente, é baseado no cenário de RPG nacional Tormenta, adorado por alguns, odiado por outros.

Tormenta, nesse cenário, é o nome dado a um evento sobrenatural que acontece em algumas partes do reino de Arton. Trata-se de uma tempestade sinistra, composta por núvens vermelhas como sangue que chovem gotas de ácido e trazem com sigo criaturas bizarras e ferozes que nunca foram vistas em lugar algum. Tudo oque os estúdiosos sabem, é que a tormenta é uma espécie de portal entre o plano deles, e alguma dimensão bizarra.

E é ai que a história se desenvolve, ela não acontece no tempo do cenário de RPG, e sim antes, muito antes...

O inimigo do mundo conta como foi que a tormenta apareceu no mundo de Arton, quais foram as pessoas envolvidas e quais eventos desencadearam essa desgraça.

Com uma impressionante habilidade com as palavras, Caldela escreve com o dinamismo de um filme, um estilo que me lembra muito Dan Brown, diga-se de passagem. Oque, convenhamos, é um excelente elogio.

Ele brinca com as palavras se apropriando de tal maneira de uma história altamente literária, que eu acho particularmente impossivel representar com imagens reais aquilo que o livro foi capaz de me fazer imaginar. Dom que, até então, eu só havia encontrado em grandes mestres como Neil Gaiman, outro excepcional elogio.

Chega de melação de cueca com o autor, para aqueles que apreciam o estilo, e conhecem bem as referências que utilizei para compara-lo, sabem de que nível eu estou falando, tudo oque eu posso escrever agora é, leiam, ninguém irá se arrepender!
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andregfo 02/05/2011

[BC] O Inimigo do Mundo
Em meu blog:
http://andregfo.tumblr.com/post/4553205278/review-o-inimigo-do-mundo
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Marlon Teske 22/03/2011

Um Momento de Tormenta
Para quem chegou agora, vale a explicação: Tormenta é um cenário de RPG ambientado no mundo mágico de Arton. Aqui povos de raças diferentes coexistem lutando em nome daquilo que acreditam. E este é o livro que mudou completamente a visão de muitos sobre ele.

Em o Inimigo do Mundo, Leonel Caldela conseguiu eliminar a visão "mangateísta" de Tormenta que um dos autores, Marcelo Cassaro, conseguiu de forma tão eficiente enraizar na mente dos pobres mortais que o acompanharam, fazendo com que qualquer coisa por lá seja invariavelmente vista como cômica.

E Inimigo em geral não é engraçado. Nove heróis (as vezes mais, as vezes menos) viajam o mundo de Arton caçando um criminoso que possui a singela alcunha de Albino (pelo motivo singelo de ser um gigante de pele branca, olhos vermelhos e cabelos brancos). O fato do vilão ser muito semelhante ao de um certo best seller foi mera coincidência mesmo ;)

Nessa viagem, acabamos conhecendo os dramas e alegrias (muito mais dramas, na verdade) que permeiam a vida dos personagens. Um ponto importante: várias vezes durante a história você fica furioso ou sorri diante de algumas situações pelos quais eles passam, especialmente com o mago da equipe. É dificil não ficar furioso e com pena de Rufus Domat.

Outro ponto que foi muito bem trabalhado é a visão dos deuses diante do que seria a Tormenta futuramente, suas intrincadas tramas e tramóias, apesar de que, em certos momentos, alguns dos deuses são apenas burros (Khalmyr mais do que todos), ou agem de forma digna de serem humilhados pelo protagonista, Vallen Allond.

A história é ótima, a forma como foi contada cativa. Alguns detalhes menores da vida cotidiana dão um toque casual ao enredo; como heróis andando de mãos dadas, ou amando. Isso é raro de se encontrar com qualidade em uma aventura medieval fantástica. Cenas simples como a de Ellisa sentando na cama de Irryna e ajeitando os cabelos atrás da orelha mostram a visão descritiva e detalhista do autor, que apreciei bastante.

No princípio alguns detalhes com a forma que Caldela escreve me incomodaram um pouco. Em especial a mania de explicar ou adicionar detalhes entre parênteses, ou momentos gore demais com tripas voando, cérebros escorrendo ou ainda a repetição desnecessária de palavras para dar um tom "poético" a certas frases. Mas no geral o saldo é super-positivo.

Vale a pena ler, e quem sabe até sentir uma pontada de saudade do cenário. Espero que outros livros como este venham.

Antes que Arton se acabe.

Lido e Resenhado em Novembro de 2006
18/09/2012minha estante
Adorei tua resenha e pretendo ler os livros de Caldela... Mas tenho uma dúvida. Não conheço nada do mundo RPG. É necessário conhece-lo para apreciar este livro?


Marlon Teske 18/09/2012minha estante
Não, Bá, não é necessário conhecer nada nem do jogo, nem do cenário. O livro é muito bem escrito, você vai gostar ^^




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