Camille.Pezzino 04/01/2023
RESENHA #217: RECEITA DA VIDA
Em 28 de junho de 1969, houve um pequeno levante num bar em Nova York, o nome do bar é homônimo ao do movimento histórico: a Revolta de Stonewall. Durante esse dia, frequentadores desse bar resolveram se rebelar contra a polícia que fazia uma batida no local. Eram pessoas que sofriam constante violência, sem nunca poder se expressar e muito dificilmente frequentar alguma outra localidade, embora a homossexualidade tenha deixado de ser crime em 1962. Na época, Stonewall In era o único bar que aceitava a diversidade sexual.
Essa é a explicação do porquê junho é o pride month (mês do orgulho LGBTQIA+), bem como – para mim – soou como inspiração para um dos títulos com maior diversidade e sutileza que eu já li: Tomates verdes fritos, de Fannie Flagg. Inclusive, vale destacar que o bar de Idgie e Ruth foi inaugurado nesse mesmo mês, quarenta anos antes da Revolta.
Dessa maneira, o primeiro comentário que eu quero fazer a respeito desse livro é a relação entre História e Ficção. Flagg se apoia, com muita segurança, em alguns momentos históricos: a narrativa se passa no Alabama, ou seja, no Sul dos Estados Unidos, e como ocorre com O Sol é para todos, durante a Grande Depressão (1929). No entanto, não para nesse momento, pois atravessa a Primeira Guerra Mundial e outros acontecimentos históricos, intercalando a narrativa entre esse passado e a década de 80, período em que o título foi escrito.
Não obstante, o romance vai trabalhar fortemente a temática racial, apresentando temas de preconceito variados: a presença da Ku Klux Klan; a segregação racial; colorismo; abuso e estupro da mulher negra; a divisão de jornada de trabalho, em que negros faziam serviços muito mais difíceis e demorados etc.
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