Flavia.Santana 23/12/2020
O lobo da estepe
Herman Hesse
Uma história incrível de um escritor sobre um escritor. Imagina o grau de imaginação que vem por aí né?
Esse romance, publicado em 1927, é um dos mais representativos da literatura alemã.
Hesse nos dá as ferramentas necessárias para que, junto com o livro, consigamos desvendar também nossos lobos.
Harry Haller, personagem principal dessa história, é um coroa de meia idade que decide dar cabo da própria vida até os 50 anos, que se aproxima.
Porém, um dia em suas voltas pela cidade, acaba em frente a um muro com a seguinte inscrição: TEATRO MAGICO
ISSO É SÓ PARA LOUCOS
SÓ PARA OS RAROS - entrada a custo de sua razão. Essa cena o perturba e curioso com o que seria, encontra o responsável pela propaganda e este lhe entrega um livreto: O tratado do lobo da estepe.
Com a chegada do Tratado ele se depara com personas como Hermínia, uma moça da vida que o faz lembrar de seu amigo de infância e Pablo, um homem misterioso que o faz trilhar rumo ao autoconhecimento.
Harry vive triste e desmotivado até conhecer Hermínia que o faz ter experiências de uma vida boêmia a qual ele nunca havia se dado o direito, por viver uma vida burguesa, com cultura clássica e fechado para o novo, mesmo tendo aversão à burguesia. Ela o faz reconhecer seu lobo interior e ir além deste, desbravando os diversos que nele habitam. O insere em seu mundo, se de fato houver um a qual pertença, e o faz conhecer os prazeres da vida e elevando sua alma para algo maior.
Harry tal qual o atleta se prepara por dias para o grande baile. Logo ele que nunca dançou, se aprontava para uma noite de farra. Não só festejando, mas também em busca de enfim conseguir no Teatro adentrar. Harry se vê, nos vê, nós nos vemos e tudo vai acontecendo.
Uma obra que serve de alimento para várias outras posteriores devido as referências nela contidas e como diria o Ventania: isso é só para loucos, caretas não!
Fazer uma resenha sem falar seu conteúdo já não é tarefa fácil, O lobo da estepe consegue ir além. Uma obra referencial como esta deve ser lida, experimentada e sobretudo vivida. Unindo as ações saberemos o quão raro és.