A asa esquerda do anjo

A asa esquerda do anjo Lya Luft




Resenhas - A asa esquerda do anjo


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Pseudo emo 19/09/2023

Virou um tópico na minha terapia
Esse livro é pequeno e parece não ter grandes pretensões. Não é como se contasse uma grande história com acontecimentos estarrecedores, mas justamente nos detalhes das memórias de Gisela, em suas profundas reflexões sobre a vida e seu entorno encontra-se algo muito particular.
A asa esquerda do anjo é um livro muito humano, me conectei com a personagem diversas vezes em seus medos, suas inseguranças. Me relacionei com escândalos familiares que são inevitáveis a qualquer família, e sofri imensamente com a morte do maior amor dela.
Sobretudo, algo que mais me conectei nesse livro foi acompanhar como as inseguranças de Gisela são completamente enraizadas na censura da avó, e por consequencia, na grande vontade de atender as expectativas dela. So depois de adulta ela percebe que ninguém é perfeito (nem mesmo anemarie). Mesmo assim ela não consegue se libertar dos dogmas que impedem ela de ser verdadeiramente feliz, mais do que isso, acho que por sempre ansiar ser amada, não conseguiu se permitir amar.
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10/03/2022

?
É um livro curto, a escrita é de fácil compreensão, mas não achei que um livro leve  e nem li rápido, pois em todo tempo de leitura fiquei muito reflexiva
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Mateus.Brandenburg 14/02/2022

Essa leitura me tocou, me deixou reflexivo, foi como se eu estivesse presenciando os fatos pessoalmente. Talvez o motivo disso ter acontecido, é o fato de que poderia ser uma narrativa sobre minha família. Gostei muito! Um livro cheio de surpresas (não tão boas).
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Gabriel Brandenburg 09/01/2022

Curta, mas intensa
Resumidamente, a leitura desse livro é curta, mas intensa, pois li em um único final de semana, e não sobra acontecimentos para estimular a leitura.
Lya fala de uma família como a nossa, em especial, de quem pertence a uma família de origem alemã. Para esses, como para mim, é uma olhada em um espelho metafórico. Gostei Bastante.
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Joao.Pedro 03/01/2022

Lembranças à Lya
Como não mencionar aqui esta leitura que tanto me fora proveitosa. Lembro-me de, há uns 4 anos, encontrar com uma amiga no shopping e ela me levar este livro da Lya Luft, me recomendando muito a leitura. Nunca tinha ouvido falar nesta escritora. Assim que li, receoso, as primeiras páginas, não demorei a devorar o livro e, assim, começou uma relação de muito carinho entre as palavras de Lya e eu. Então, cá ficam minhas lembranças à Lya, que deixou nosso mundo há 4 dias, em 30/12. A literatura brasileira ficou menos bonita, menos robusta. Uma escritora de alma. Grato por suas palavras.
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Evelize Volpi 25/07/2021

Estou descobrindo e gostando muito da obra da escritora Lya Luft.
Vale a pena conhecer seus livros, gostei muito da história, apenas o final achei que poderia ter mais informações.
Leitura Recomendada!
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Arthur 20/07/2017

A asa esquerda esquerda do anjo: o parto como expurgação e reivindicação dos desejos femininos
A obra de Lya Luft corresponde a um espaço ficcional que “contempla o universo feminino, enfocando questões ligadas à sexualidade, repressão familiar e traumas psíquicos vivenciados, inicialmente, por uma legião de 'mulheres perdedoras'”. Por meio de imagens lúdicas e grotescas (conforme Maria Osana de Medeiros Costa), a autora gaúcha desfia denúncias e questionamentos acerca da condição feminina: a repressão imposta pela cultura, o que leva ao silenciamento e à passividade. Entretanto, a repressão não indica que, por baixo da mordaça e da reclusão, não haja um desejo latente. As mulheres luftianas, apesar de submissas à ordem hegemônica, alimentam dentro de si – ainda que no inconsciente – fantasias de rompimento das interdições.

O instrumento de rompimento da ordem, ainda que delineado a partir de diferentes metáforas, diz respeito sempre à linguagem. A manifestação verbal surge como forma de questionamento da própria condição. A imagem dessa voz que decide ecoar em meio ao silêncio repressivo transfigura-se no ato da escrita. Isso conduz, portanto, à reflexão sobre sobre a importância da literatura feminina preocupada com a imagem da mulher e, mais que isso, com a reestruturação dessa imagem.

A asa esquerda do anjo, publicado em 1981, apresenta uma mulher em seu quarto, grávida de um verme e pronta a pari-lo. “Sozinha, tranquila e forte”, entre flashes memorialísticos, ela sofre as dores do parto do seu “invasor”, “uma coisa lustrosa, escorregadia das suas umidades ocultas”, que revira-se no “bafo de suas entranhas”, forcejando para ser expelido.

Seguindo a metáfora do parto, Luft estabelece um paralelo com a dificuldade do confronto das interdições há tanto tempo incrustadas. Quebrar tabus é rever valores assimilados. Corporificado na simbologia do verme enrodilhado no ventre que forceja para ser expelido, o desejo feminino de autonomia vem à tona pela boca. A linguagem é a maneira de estruturação e de exteriorização dos ímpetos silenciados. Ainda que ela não dê conta do turbilhão que revolve a mulher, é por meio dela que as muitas águas ecoam como uma voz.
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Wlianna 26/08/2015

...
Gigela Wolf é a personagem e a narradora do romance que trata de uma família de origem alemã, organizada rigidamente pela matriarca Frau Wolf. Já velha e solteirona, Gisela (ou Guísela?) relembra a trajetória de sua vida e de sua família, expondo ao leitor as tristezas, os arrependimentos, as pessoas que conheceu, amou e odiou desde a infância. As pessoas que mais marcaram a vida de Gisela foram os seus pais, Otto Wolf e Maria da Graça Moreira Wolf, a sua avó e sua prima Anemarie. O livro não surpreende muito, se mostra apenas como o relato de uma mulher marcada pelas tirânicas exigências de uma família de tradicionalidade fingida, com uma série de desejos reprimidos, e sempre desejosa de alguém que a ame.
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Júlia 12/03/2012

Gísela ou Guísela?
Gisela Wolf é uma garota descendente de alemães no Rio Grande do Sul, atormentada desde criança pelo peso das exigências, críticas e caprichos de sua avó Frau Wolf, pelo fato de ser a neta estranha de orelhas grandes, que não tem nenhum talento musical, não sabe costurar ou cozinhar. É o oposto de sua prima Anemarie, quem Gisela desconfia ser a única pessoa a quem Frau Wolf dedicou amor. No decorrer dos acontecimentos Gisela sofre pela difícil convivência tanto com crianças que a humilham quanto com adultos que a ignoram, com excessão de alguns momentos com sua mãe e seu pai, longe de Frau Wolf. Frau obriga a todos que falem somente alemão, demonstrando sempre seu desprezo por onde mora e as pessoas com quem convive, vivendo em um mundo somente seu que Guísela (forma como se pronuncia seu nome em alemão o qual detesta) acredita que uma hora ou outra irá ruir. Ela descobre sentimentos com os quais nunca aprende a lidar, nutrindo culpas e descobrindo a si própria longe das imposições da avó somente muitos anos depois do início da história. Lya Luft retrata com perfeição os conflitos mentais e sociais de uma menina estrangeira onde nasceu, suas tristezas e traumas insuperáveis.
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Rodrigo 11/02/2010

Por enquanto foi o pior livro que ja li...li o final umas 5 vezes pra ver se era verdade mesmo o que tinha lido!
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