Mitos, emblemas e sinais

Mitos, emblemas e sinais Carlo Ginzburg




Resenhas - Mitos, emblemas e sinais


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kamipa 24/11/2023

Leitura pra faculdade
Li pra faculdade. Quando terminei de ler o primeiro parágrafo quase chorei porque não tava entendendo nada. Quando cheguei no final, parecia que eu tava no começo. Mas muito bom ??
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p4ndor1 15/07/2023

Muito bom
Li para uma resenha da faculdade e me recuso a fazer outra, mas são ensaios ótimos e valem a pena. Meus preferidos foram muito primeiro e o último
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Joachin 01/12/2012

Sobre o paradigma indiciário, na obra Mitos, emblemas, sinais: morfologia e história, Carlo Ginzburg fala sobre a importância de um modelo de deduções baseado em uma postura detetivesca que estavam norteando suas pesquisas. De modo geral, o historiador italiano explica como Arthur Conan Doyle, criador do famoso personagem Sherlock Holmes; o crítico de arte italiano Giovanni Morelli e o psicanalista Freud aperfeiçoaram uma espécie de conhecimento indiciário, guiado pelas interpretações de pistas, sinais pictóricos e do subconsciente, que poderia proporcionar a compreensão de experiências que não foram presenciadas diretamente por um pesquisador ou interlocutor.
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Cyd 26/01/2010

Ao meu ver, a obra que contém alguns dos estudos mais importantes(e interessantes) do autor. É nesse livro que encontra-se a noção de "saber indiciário"(no artigo denominado "Sinais: Raízes de um paradigma indiciário"), método costumeiramente ignorado em favor do rótulo simplista comumente atribuído a Ginzburg de "micro-historiador".

Outro artigo fundamental presente no livro é "De A. Warburg a E. H. Gombrich: Notas sobre um problema de método", o qual demonstra a influência de um pouco lembrado autor(Aby Warburg) na formação do historiador italiano.

Ao lado do famigerado "O Queijo e os Vermes", é uma leitura altamente recomendada pra se compreender a obra de Carlo Ginzburg.
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Eduars 18/07/2009

Mitos, Emblemas e Sinais
ABAIXO UM POUCO DOS ASSUNTOS EM QUE GINZBURG TRATA NO LIVRO:

Feitiçaria e piedade popular: notas sobre um processo de 1519
O Tribunal da Inquisição queimou e torturou diversos “hereges”, muitos morreram pelo modo singular de vivencia cotidiana, ou seja, não se encaixavam no modelo “fanático-religioso” da época e, por isso, foram acusados de praticas contrárias aos dogmas da Igreja.

O historiador Carlo Ginburg em seu livro: Mitos, Emblemas e Sinais analisa um processo inquisitório datado em 1519. A acusada é uma mulher camponesa chamada Chiara Signorini; a ela cabe a acusação de ter lançado um feitiço em sua antiga patroa, a qual havia lhe posto fora de sua propriedade. Devido à condição social de Chiara, assim como o opróbrio lançado sobre ela e o marido, esta decide invocar o demônio e prometer-lhe a alma se este vingasse a sua causa colocando em sua antiga patroa uma enfermidade.

Diante do Tribunal da Inquisição ela é submetida a uma série de torturas, desse modo, confessa ser verdadeira as acusações feitas contra ela. Vale destacar que antes das torturas ela havia negado.

Para os inquisidores o poder espiritual dos demônios e do diabo era uma ameaça constante às plantações, aos animais e, principalmente, às pessoas. Portanto, extirpar focos de feitiçarias, assim como, “caçarem” as possíveis bruxas era a maneira mais sensata em suas concepções de promoverem a paz.

Uma característica religiosa é observada em Chiara durante o processo, a típica religiosidade popular é expressa claramente em suas declarações, até mesmo quando ela nega as acusações acaba se comprometendo em seu linguajar religioso. A intenção do inquisidor é justamente essa, ou seja, que fique claro para os ouvintes que ela faz analogias entre o divino e o diabólico, tudo para condená-la. O divino para Chiara é a figura de Nossa Senhora, a qual lhe promete ajuda, da mesma maneira que o diabo havia lhe prometido.

Por fim, após inúmeras torturas, Chiara se “arrepende” de seu envolvimento com o demônio e, por isso, não é condenada a morte, todavia, recebe a punição de ser encarcerada perpetuamente.

Religiosidade do pago

A religião do pago - ou popular - era demasiadamente sincrética, ademais, os camponeses estavam familiarizados com práticas contrárias ao poder religioso estabelecido, tais como: poções, chás, feitiçaria, etc., os quais se mesclavam com elementos que do ponto de vista da Igreja eram sagrados, tais como: água benta, crucifixos, etc. A esses camponeses injustiçados e socialmente excluídos não importava se a ajuda vinha de Nossa Senhora (divino), ou dos demônios (diabólico), as pressões do momento os levavam a aderir a qualquer desses dois planos religiosos se, tão somente, houvesse uma promessa de término de suas angústias.


Mitologia Germânica e Nazismo: sobre um velho livro de Georges Dumézil


O historiador Georges Dumézil estudou as funções da ideologia nas sociedades humanas. Através de sua pesquisa ele defende a tese de que a cultura germânica favoreceu a propaganda nazista. A mitologia teve influência principalmente sobre os jovens nazistas. Dumézil se atêm no valor da mitologia indo-européia. Na mitologia germânica pode-se individuar um elemento – a evolução em sentido militar, tendo em Odin, a personificação do deus guerreiro. Segundo ele, a partir do século XIX houve uma valorização do conceito “guerreiro” na cultura germânica. Essas tradições mitológicas estritamente ligadas as “societes d’hommes” cederam lugar a dois desenvolvimentos diferentes: de um lado, degeneraram-se nas mascaradas de inverno, difundidas no folclore germânico e, de outro, prosseguiram transformando o frenesi originário numa força regulada que, tendia a uma espécie de cavalaria e, com isso, se atribui o sucesso dos corpos paramilitares e uma juventude uniformizada. Para Dumézil, existia uma continuidade entre a cultura germânica e as orientações políticas, militares e culturais do Terceiro Reich, e esta continuidade era uma das propagandas do regime nazista.

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